Você está na página 1de 5

TRAUMA DE FACE

Pode afetar: partes moles: pele, gordura, músculos e nervos; Ossos (podendo atingir
estruturas nobres)

EPIDEMIOLOGIA:

 Representa 7,4-8,7% dos atendimentos efetuados na emergência


 As lesões da cabeça e da face causam cerca de 50% de todas as mortes
FACE -> altamente vascularizada traumáticas

PRINCIPAIS CAUSAS

 Queda da própria altura (10-19 anos/idosos)


 Violência interpessoal (20-39 anos)
 Acidente com veículos (20-39 anos)
 Atropelamento (idosos)
 Atividades esportivas
 Atividades recreativas
 Ataques de animais domésticos

ATENDIMENTO NA URGÊNCIA

 Diagnóstico
 Sala de emergência
 ATLS
 Obtenção e manutenção das vias aéreas
 Ventilação mecânica
 Controle circulatório
 Estado neurológico
 Exposição do paciente e controle do meio ambiente

FERIDAS DE PARTES MOLES


 CONTUSÃO: Sem descontinuidade dos tecidos
Equimose, edema, abaulamento local
 Abrasão
 Laceração: incisa/ incisa-contusa
 Pérfuro-contusa – FAF (ferimento por arma de fogo)
 Queimaduras
ANATOMIA PALPEBRAL
TECIDO TRAUMATIZADO: muitas vezes com bordas laceradas e com distorção
anatômica pelo edema

Possibilidade de vasos e nervos importantes

Atendimento multidisciplinar: atuação em conjunto com outras especialidades

OBJETIVOS DE LESÕES DE PARTES MOLES

 SÍNTESE: Regularização das bordas da ferida


 Sutura por planos
 Pontos subdérmicos
 Material adequado
 Primeiro ponto na reestruturação da palébra: Na margem ciliar, tanto superior
 Não traumatizar as bordas da pele
quanto inferior
 Boa limpeza
 Sutura: tarso-conjuntival, muscular e pele
 Busca por corpos estranhos
 Sem necessidade de retalhos em perdas até 25%
 Reorganizar as bordas nas placas de modo pentagonal para não haver
embicamento
 Suturar margem inferior – margem superior – REALINHAR
RELAÇÕES ANATÔMICAS ANATOMIA LABIAL
 Observar a posição das estruturas anatômicas: supercílio, pálpebra, nariz, lábio
 Pele ricamente vascularizada
 Atenção para lesões: do nervo facial, ducto parotídeo, glândula parótida

Glabela, osso nasal, zigomático – regiões mais expostas.

NARIZ -> Observar a posição das estruturas anatômicas: asa nasal, columela e
cartilagens
suturas: mucosa, cartilagem e pele

Exame intranasal no trauma intranasal -> sempre cursa com epistaxe

Columela – asa nasal


Nunca do supercilio p nariz – suturar
 Primeiro ponto: na hélice
 Sutura primeiro na frente
 Não deixar cartilagem exposta
LÁBIO
 Sutura: condro-cutânea (reg. Anterior) e (região posterior)
 Primeiro ponto: no rodete do vermelhão  Coaptar anatomicamente: Escafa, anti-hélice, implantação da hélice.
 Atenção para o canto da boca e filtrum
ESCALPELAMENTO
 Sutura: Mucosa – fio absorvível; (úmida e seca), Muscular e pele
 Aproximação primária em perdas até 1/3 do lábio superior e ½ do inferior  Tricotomia
 Fechar de dentro p fora  Aproximar ao máximo os retalhos de couro cabeludo
 Sutura elástica
ANATOMIA DO PAVILHÃO AURICULAR

TRAUMA DE FACE COM FRATURA

 FRATURA OSSOS DA FACE


 Intensidade da força a área recebida x velocidade (quanto > velocidade < área
de contato > força aplicada)
 Fraturas que requerem baixo impacto (>50G)
Osso nasal (30G)
Osso zigomático (50G)
 Fraturas que requerem grande impacto (50G)  Obstrução de fluxo aéreo
 Rinite e sinusite maxilar
Incidências de fraturas
 Epistaxe
 Nasais
FRATURA DE ÓRBITA
 Mandibulares
 Malares  Principais achados: edema periorbitário, equimise e hemorragia subconjutival
 Fratura orbitária mais comum: zigomático
FRATURAS EXPOSTA -> Visualização dos fragmentos osseos através dos ferimentos
 Palpação: desníveis ósseos, enfisema subcutâneo, fragmento de corpo
FRATURA FECHADA -> Hematomas, edemas estranho em partes moles
 Diploplia: encarceramento da musculatura extrínseca do olhos
EXAME CLÍNICO LOCAL
 Herniação de gordura retro orbitária
 Contornos faciais  Lesão na inervação (III e IV pares)
 Visão- movimento ocular  Lesão direta ou indireta músculos extra oculares
 Hematoma (Septo)  Hemorragia retrobulbar (exoftalmia)
 Epistaxe  Lesão assoalho -> desabamento globo ocular -> enoftalmia
 Má oclusão dentária
AMAUROSE (atrofia n. óptico, hemorragia, sexção)
 Fistula liquórica
Sindrome Ápice orbitário
No exame físico é mais fácil achar lesões quando desalinhadas, alinhadas só
 Cegueira
EXAME RADIOLÓGICO
 Oftalmoplegia
 Melhor exame: TC  Midríase
 Rx simples  Ptose palpebral
 Towne: avalia condilos  Perda de sensibilidade no território do trigêmeo
 Waters (mento-naso): maxila, seios max, orbita, ossos próprios do nariz
FRATURA DO OSSO FRONTAL
CLASSIFICAÇÃO QUANTO A COMPLEXIDADE
 Ruptura da cavidade craniana anterior- parede posterior do seio
 SIMPLES: apenas um traço de solução de continuidade e dois fragmentos (pneumoencefelo)
individuais  Fistula licórica
 Complexa: traços múltiplos  Meningite
 Sinusite
DE ACORDO COM A POSIÇÃO DOS FRAGMENTOS
FRATURA NASOETMOIDOORBITÁRIAS
 Com deslocamento
 Sem deslocamento  Impactação da porção mediana 1/3 médio da face:
 Intrusão do complexo nasoetmoidal em direção a fossa craniana anterior
FRATURA NASAL
 Nariz em sela
 Mais frequentes  Fistula liquórica (rompimento da dura-mater) – meningite
 Alterações de posicionamento  Hiposmia ou anosmia (fratura lâmina crivosa do etmoide – nervo oftálmico)
FRATURA OSSO ZIGOMÁTICO TRATAMENTO

 Achatamento da convexidade do malar  REDUÇÃO:


 Hipoestesia ou parestesia do trigêmeo  ABERTA
 Epistaxe homolateral  FECHADA
 Alteração do ligamento cantal lateral
 Dificuldade de abertura oral FIXAÇÃO
 Hirtz, axial ou submento vértice: arco zigomático IMOBILIZAÇÃO

FRATURA DO MAXILAR Objetivos:

 Le fort I, II, III -> áreas de fraqueza da maxila  Restauração da função


 FRATURA I DE LE FORT: chamada de fratura de Guérin ou fratura transversa,  Visão
envolve a maxila, separando-a do palatino  Respiração nasal
 A fratura II de Le fort: conhecida como fratura piramidal, atravessa os ossos  Mastigação
nasais e o arco orbital  Reparação crânio-facial
 A Fratura III de Le fort: Chamada de Disjunção craniofacial, atravessa a frente  Restauração estética
da maxila e envolve as suturas zigomaticofrontal, maxilofrontal, nasofrontal,
os assoalgos das orbitas, o etmoide e o esfenoide -> Waters

 Disoclusão: Mordida aberta e cruzada


 Fístulas
 Hipoestesia e parestesias
 Disjunção
 Liquorragia

FRATURA DE MANDÍBULA

 Desoclusão
 Queda da língua -> obstrução via aérea
FACE NYLON FIO 5 E 6
 Trismo
PODE SUTURAR ATÉ 6 HORAS
 Alterações de crescimento
 Hipoestesias e parestesias
 Comprometimento da deglutição
 Rx towne – condilos
 PA mandíbula, lateral obliqua, perfil de face

Você também pode gostar