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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL

CIÊNCIAS CONTÁBEIS

CRISTIANE DIAS DE SOUZA

JULIANA ESTEFANE DE JESUS MOTA

PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR:


CASO DA EMPRESA LOGG1 ARMAZENAMENTO E LOGÍSTICA

Machadinho D’Oeste - RO
2019
CRISTIANE DIAS DE SOUZA

JULIANA ESTEFANE DE JESUS MOTA

PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR:


CASO DA EMPRESA LOGG1 ARMAZENAMENTO E LOGÍSTICA

Trabalho apresentado ao Curso Ciências Contábeis da


UNOPAR - Universidade Norte do Paraná, para a
disciplina de: Perícia e Auditoria; Direito Tributário;
Contabilidade e Planejamento Tributário; Controladoria e
Tópicos Especiais em Contabilidade I.

Orientador: Prof. André Juliano Machado; Prof. Hugo


Campitelli Zuan Esteves; Agnaldo Pereira; Luis Fernando
Moreira Cabral da Silva; Alcides José da Costa Filho

Machadinho D’Oeste - RO
2019
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO.......................................................................................................3
2 DESENVOLVIMENTO...........................................................................................4
2.1 PRIMEIRA ETAPA.............................................................................................4
2.2 SEGUNDA ETAPA.............................................................................................4
2.3 TERCEIRA ETAPA.............................................................................................6
2.4 QUARTA ETAPA................................................................................................8
3 CONCLUSÃO......................................................................................................10
REFERÊNCIAS...........................................................................................................11
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1 INTRODUÇÃO

Ao estudarmos a contabilidade, esta é sem dúvidas a ferramenta


mais importante dentro de qualquer empreendimento, independentemente de seu
porte e atividade, sem a mesma a empresa se torna como um barco sem rumo e é
impossível entender o que se passa dentro do empreendimento.
Pode se afirmar que o profissional que atua na área de contabilidade
possui diversas áreas de atuação, e neste trabalho, através do estudo da empresa
LOGG1, serão abordadas as áreas de Perícia e Auditoria, Direito Tributário,
Planejamento Tributário, Controladoria e Tópicos especiais em contabilidade.
Para tanto, observa-se que a primeira etapa deste trabalho, sugere-
se uma nova natureza jurídica mais adequada para a abertura de seu capital social
para o mercado de ações da empresa LOGG1. Logo após, será escolhido o regime
tributário mais vantajoso para a empresa, considerando as leis tributárias vigentes.
Na terceira etapa, fala-se sobre o assunto de controladoria nas
empresas e o perfil do profissional que atua nesta área. Devido o crescimento
exponencial previsto para a empresa, é de suma importância um profissional voltado
a este assunto dentro da empresa.
Para finalizar, na quarta etapa, apontam-se todos os procedimentos
necessários no que se refere à auditoria contábil, explicando de forma objetiva e
clara as principais formas de auditoria.
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2 DESENVOLVIMENTO

2.1 PRIMEIRA ETAPA

Considerando que a empresa LOGG1 pretende abrir o seu capital


para o mercado de ações, a espécie societária que deve ser adotada pela empresa
para que consiga obter autorização para negociar seus valores mobiliários no
mercado de capitais é a SOCIEDADE ANÔNIMA.
A Sociedade Anônima é atualmente regida pela Lei 6.404, de 15 de
dezembro de 1976 (Lei das SA), e de acordo com o artigo 1º da referida Lei, “A
companhia ou sociedade anônima terá o capital dividido em ações e a
responsabilidade dos sócios ou acionistas será limitada ao preço da emissão das
ações subscritas ou adquiridas”. Desta forma, o conceito de Sociedade Anônima,
ainda de acordo com a lei “é a que possui o capital dividido em partes iguais
chamadas ações, e tem a responsabilidade de seus sócios ou acionistas limitada ao
preço de emissão das ações subscritas ou adquiridas”.
Para proteção dos investidores e do mercado acionário, a lei
determina que a sociedade anônima efetue seu registro junto à CVM -Comissão de
Valores Mobiliários.

2.2 SEGUNDA ETAPA

A empresa LOGG1 é uma empresa que atualmente opta pelo regime


tributário Lucro Presumido, porém após se tornar uma S.A e ter faturamento anual
de R$ 100.000.000,00 é necessário verificar um melhor enquadramento tributário
para a mesma, visto que, cada tipo de empresa possui restrições para o
enquadramento.
O planejamento tributário tem um objetivo a economia (diminuição)
legal da quantidade de dinheiro a ser entregue ao governo. Os tributos (impostos,
taxas e contribuições) representam importante parcela dos custos das empresas,
senão a maior. Com a globalização da economia, tornou-se questão de
sobrevivência empresarial a correta administração do ônus tributário (ZANLUCA,
2019).
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Existem 4 regimes tributários existentes, sendo eles Lucro Real,


Lucro Presumido, Simples Nacional e Lucro Arbitrado. Vamos então falar sobre cada
um deles, bem como suas restrições e verificar ao final, em qual a empresa LOGG1
se enquadraria.

 Simples Nacional:

O Simples Nacional é o regime tributário diferenciado, criado para


favorecer as empresas com receita bruta até R$ 4,8 milhões, chamadas de
Microempresas e Empresas de Pequeno Porte, através da simplificação do
pagamento de todos os tributos por meio de guia de pagamento, chamado
DAS (Documento de Arrecadação do Simples Nacional).

 Lucro Presumido
O Lucro Presumido é um regime tributário disponível para quase
todo tipo de empresa: os requisitos são apenas que se fature abaixo de R$78
milhões anuais e que não se opere em ramos específicos, como bancos e empresas
públicas. Empresas do Lucro Presumido têm alíquotas de imposto que podem variar
de acordo com o tipo de atividade que exercem - essa porcentagem pode variar de
1,6% até 32% sobre o faturamento. Explicamos detalhadamente como fazer o
cálculo na Tabela de Impostos do Lucro presumido (FREITAS, 2018).
Diferente do Simples Nacional, em que você paga apenas uma guia
DAS com todos os impostos, no Lucro Presumido, se pagam várias guias
específicas e diversas obrigações acessórias mais detalhadas e em maior número
(FREITAS, 2018).

 Lucro Real
O Lucro Real é o regime tributário cujo cálculo do imposto de renda
e da contribuição social é feita sobre a apuração do lucro líquido contábil ajustado de
acordo com a legislação comercial e fiscal, direcionado a empresas que possuem
despesas dedutíveis consideráveis, que ultrapassaram o limite de R$ 78 milhões de
receitas totais ou aquelas que de acordo com a lei são obrigados a esta forma
de tributação, como as instituições financeiras.
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Em regra, o calculo do PIS e do Cofins são não-cumulativos, ou


seja, há possibilidade do desconto dos créditos (PIS e Cofins pagos, descontados
nas nf’s) auferidos na contratação de serviços e despesas gerais dedutíveis. Apesar
da possibilidade do abatimento da base de calculo, a alíquota de 7,6% para Cofins
e 1,65% Pis, é superior ao do regime de cumulativamente.
Diante das modalidades de tributação apresentadas, verifica-se que
o Lucro Real é o único enquadramento possível para a empresa LOGG1, isso
porque, é o único que possibilita faturamento anual superior a R$ 100.000.000,00.
As alíquotas no regime do Lucro Real são calculadas com base no
efetivo lucro obtido pela empresa. O cálculo do lucro é feito pela seguinte fórmula:
Receitas – Despesas = Lucro Real.
Empresas que adotam esse regime tributário precisam ficar atentas
às suas contas. Devem ter um controle rigoroso dos valores de entradas e saídas. A
opção pelo Lucro Real é adotada quando o lucro efetivo (Lucro Real) é inferior a
32% do faturamento no período de apuração.

As alíquotas para cálculo do Imposto de Renda Pessoa Jurídica são


de 15% (quinze por cento) para lucro de até R$ 20.000,00 mensais, e 25% para
lucro superior a R$ 20.000,00 mensais. Já para pagamento da Contribuição Social
sobre o Lucro Líquido, a alíquota será de 9% (nove por cento) sobre o lucro.

2.3 TERCEIRA ETAPA

A controladoria é considerada um segmento de administração ou de


contabilidade, e pode ser dividida em Controladoria Administrativa e Controladoria
Contábil. Porém, na prática do cotidiano, as duas costumam ficar sob o comando de
um único gestor, geralmente chamado de controller, ou controlador, devendo este
ser um profissional qualificado, detendo conhecimentos e habilidades para exercer a
função com êxito, principalmente por auxiliar no planejamento e controle dando
suporte à administração e gerando informações com o objetivo de alcançar os
resultados das organizações. A formação acadêmica deste tipo de profissional deve
ser Ciências Contábeis, Administração ou Economia. (RIBEIRO et al., 2008).
Segundo Endeavor (2017) o controller é o profissional que se
responsabiliza pela controladoria das suas operações. Suas atribuições costumam
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ser: monitorar a contabilidade fiscal; elaborar orçamentos e previsões de negócios;


desenvolver projetos; gerenciar a tesouraria; acompanhar o departamento
financeiro; organizar o planejamento tributário; participar da Previsão Orçamentária
Anual (Budget); participar do planejamento estratégico; elaborar relatórios para
tomada de decisões; entre outros.
Fischer (2010) afirma que:

A controladoria assume papel fundamental na administração do negócio,


apoiando os gestores no planejamento e controle de gestão por meio de
manutenção eficiente de um sistema de informações integrado que poderá
suprir a escassez de informações para tomada de decisão (FISCHER, 2010,
p. 2).

Abaixo se apresenta algumas funções da controladoria, segundo


Almeida, Parisi e Pereira (2001):
 Subsídio ao processo de gestão: Esta função envolve ajudar
a adequação do processo de gestão à realidade da empresa em seu ambiente.
Sendo a função importante tanto como um suporte à estruturação dos processos de
gestão, como também pelo efetivo apoio às fases do processo de gestão, por meio
de um sistema de informação que permita simulações e projeções sobre eventos
econômicos no processo de tomada de decisão;
 Apoio à avaliação de desempenho: Na avaliação de
desempenho, a Controladoria estará: Elaborando a análise de desempenho
econômico das áreas; elaborando a análise de desempenho dos gestores;
elaborando a análise de desempenho econômico da empresa; avaliando o
desempenho da própria área;
 Apoio à avaliação de resultado: Ao apoiar a avaliação de
resultado, a Controladoria estará: elaborando a análise de resultado econômico dos
produtos e serviços; monitorando e orientando o processo de estabelecimento de
padrões; avaliando o resultado de seus serviços;
 Gerir os sistemas de informações: Desempenhando a função
de gerir os sistemas de informação, estará a Controladoria: Definindo a base de
dados que permita a organização da informação necessária à gestão; elaborando
modelos de decisão para os diversos eventos econômicos, considerando as
características físico-operacionais próprias das áreas, para os gestores;
padronizando e harmonizando o conjunto de informações econômicas (Modelo de
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Informação);
 Atendimento aos agentes de mercado: A empresa é um
sistema aberto, portanto, interage com o meio. Para tanto, a Controladoria
desempenha função de atender às demandas externas, tais como: Analisando e
mensurando o impacto das legislações no resultado econômico da empresa;
atendendo aos diversos agentes de mercado, ou seja, como representante legal
formalmente estabelecido, apoiando o Gestor responsável.

2.4 QUARTA ETAPA

A evolução das empresas e a consequente competição do mercado


tornam as empresas carentes de informações precisas e fidedignas capazes de
levá-las à tomada de decisão segura. A Auditoria Interna e Externa surgiu para
suprir às necessidades de informações que os usuários precisavam (GALO;
BARBOSA, 2019).
A auditoria interna é uma atividade independente e objetiva, que
presta serviços de avaliação, assessoramento e consultoria e tem como objetivo
adicionar valor e melhorar as operações de uma organização. A auditoria auxilia a
organização a alcançar seus objetivos por meio de uma abordagem sistêmica e
disciplinada para a avaliação e melhoria da eficácia dos processos de gestão de
riscos, controles e governança corporativa (PORTAL DE AUDITORIA, 2018).
Segundo Galo e Barbosa (2019), a Auditoria Interna beneficia a
empresa com um melhor controle de seu patrimônio, procurando reduzir a
ineficiência, negligência, incapacidade etc. Com essa ferramenta de controle
administrativo a empresa se beneficiara dos diagnósticos, quanto à obediência as
normas e procedimentos internos, possíveis áreas de risco, possibilitando a
administração tomar as decisões necessárias. Portanto essa ferramenta tão
preciosa – auditoria interna proporciona maior segurança ao funcionamento correto
das operações.
A Auditoria Externa surgiu com a necessidade que os investidores
tinham de ter informações sobre a veracidade das demonstrações contábeis que a
empresa dispõe e constitui o conjunto de procedimentos técnicos que tem por
objetivo a emissão de parecer sobre a adequação com que estas representam à
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posição patrimonial e financeira, o resultado das operações, as mutações do


patrimônio líquido e as origens e aplicações de recursos da entidade auditada,
seguindo as Normas Brasileiras de Contabilidade e a legislação específica 9GALO;
BARBOSA, 2019).
De acordo com Jund (2001), as principais vantagens que uma
organização pode obter a partir de um programa de auditoria bem preparado, são as
seguintes:
• Permite com maior clareza, a fixação sobre a importância de cada
trabalho executado dentro da organização;
• A ênfase do exame sobre as áreas com maior prioridade;
• A possibilidade de dividir racionalmente o trabalho entre cada um
dos elementos de uma equipe;
• A antecipação da descoberta sobre possíveis problemas;
• A empregabilidade do programa, através de adaptações em áreas
e trabalhos diferentes.

Em relação a auditoria contábil e financeira:


A auditoria contábil é um conjunto de atividades técnicas e
procedimentos, exercidas de forma sistematizada numa entidade, compreendendo a
avaliação e exame dos procedimentos e das operações praticadas, com vistas a
apurar a exatidão dos registros contábeis e a realidade das operações, e sobre
estes emitir uma opinião. O principal objetivo da Auditoria Contábil consiste em
verificar se as demonstrações contábeis refletem adequadamente a situação
patrimonial, financeira e econômica das empresas (PORTAL DE AUDITORIA, 2019).
A auditoria financeira concentra-se na rotina da área de gestão
financeira. Além de validar saldos financeiros, também analisa se as aplicações
financeiras efetuadas pela empresa estão sendo feitos de maneira eficiente e
rentável. Dentre os benefícios da auditoria financeira, podemos citar a garantia de
validação dos saldos de extratos bancários, registros contábeis e fluxo de caixa, com
os valores físicos (TATICCA, 2019).
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3 CONCLUSÃO

Observou-se que a empresa LOGG1 é uma empresa optante pelo


Lucro Presumido atuando na área de logística, cujo objetivo principal é a prestação
de serviços para cessão de espaços, galpões de armazenamento e transporte. A
mesma possui 20 anos de experiência, onde pretende aumentar o seu volume de
negócios através da abertura de seu capital, sendo assim, ela terá uma opção a
mais como fonte de recursos financeiros para seus investimentos.
Para tanto o trabalho em questão cumpriu com os objetivos
propostos e foi muito importante, pois permitiu o desenvolvimento da capacidade de
pensamento voltado ao planejamento tributário e as implicações decorrentes dos
tributos e de um planejamento tributário bem realizado ou não, situação relevante
ante ao contexto empresarial atual, assim como as articulações com as disciplinas
de perícia e auditoria; direito tributário; contabilidade e planejamento tributário;
Controladoria e tópicos especiais de contabilidade.
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REFERÊNCIAS

ALMEIDA, L. B. de; PARISI, C.; PEREIRA, C. A. Controladoria. In: CATELLI, A.


(Coord.). Controladoria: uma abordagem da Gestão Econômica GECON. São Paulo:
Atlas, 2001. p. 343- 355.

ENDEAVOR. Controladoria: dicas para sua gestão não derrapar e sair da disputa.
2017. Disponível em: https://endeavor.org.br/financas/controladoria/. Acesso em
março 2017.

FISCHER, V. Controladoria como suporte de gestão das indústrias moveleiras na


Região Oeste de Santa Catarina. Revista Catarinense da Ciência Contábil, Santa
Catarina, v. 9, n. 27, 2010.

FREITAS, Adrielle. O que é Lucro Presumido?. 2018. Disponível em: <


https://www.contabilizei.com.br/contabilidade-online/lucro-presumido/>. Acesso em
março 2019.

GALO, Gisele Cristiane; BARBOSA, Roseli Aparecida de Oliveira. Auditoria Interna


E Externa. 2019. Disponível em: <
http://www.univale.com.br/portalnovo/images/root/anaisadmix/5.pdf>. Acesso em
março 2019.

JUND, Sérgio. Auditoria: conceitos, normas, técnicas e procedimentos. Rio de


Janeiro: Consulex, 2001.

PORTAL DE AUDITORIA. Introdução Á Auditoria Contábil. 2018. Disponível em:


http://www.portaldeauditoria.com.br/tematica/auditoriacontabil.htm. Acesso em
março 2019.

RIBEIRO, L. M. S. et al. Perfil do controller em empresas de médio e grande porte


da Grande Florianópolis. Revista Catarinense da Ciência Contábil, Florianópolis, v.7,
n. 20, p.57-70, abr/jul. 2008.
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TATICCA. Há Diferença Entre Auditoria Contábil E Auditoria Financeira?. 2019.


Disponível em: http://www.taticca.com.br/pt-br/blog/ha-diferenca-entre-auditoria-
contabil-e-auditoria-financeira. Acesso em março 2019.

ZANLUCA, Júlio César. Planejamento tributário – luxo ou necessidade?. 2019.


Disponível em: < http://www.portaltributario.com.br/artigos/planejamento.htm>.
Acesso em março 2019.

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