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Radio
Radio
Apesar de estar vivendo sua época de ouro. nos anos 40 teve em sua
história a intervenção federal, marcando nela um forte controle social
determinado pelo Governo. É nessa configuração social que surge o Ibope –
Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística.
Em 1942, a Rádio Panamericana, de São Paulo, transformou-se em
“Emissora de Esportes”. E surge o radiojornalismo com o “Repórter Esso”, “O
Grande Falado Tupi”, e “O Matutino Tupi”.
A época de ouro declina-se com o advento da televisão, nos 50. Teve, então,
que ir modificando sua programação para necessidades mais regionais.
Contudo, teve um grande aliado: o transistor 1956 – um elemento
eletrônico que possibilitava ouvir rádio em qualquer lugar e hora. Também,
criou-se o Serviço de Utilidade Pública, em todo o país.
Traçando uma linha do tempo, da década de 50 aos anos 2000, temos:
1956: Invenção do transmissor que permitiu a fabricação de rádios
menores que ia a qualquer lugar. O rádio se torna mais companheiro com essa
mobilidade.
1959: O rádio inicia a corrida para o jornalismo ao vivo dado o grande
sucesso das reportagens de rua, e das entrevistas fora dos estúdios.
Nos anos 60, com a Rádio Excelsior, São Paulo, inaugura-se a
tendência à programação musical e começam a operar as primeiras FMs como
“música ambiente”. Somente na década de 70, elas se tornam canais abertos
voltados exclusivamente para programação musical; a primeira, foi a Rádio
Difusora de São Paulo. E para sair do marasco dos anos 50, percebe-se cada
vez mais a tendência à profissionalização.
1962: Primeira transmissão Via Satélite
1966: Surge o som estéreo.
1968: Fim do Repórter Esso. O locutor Gontijo Theodoro ficou à frente
do Repórter Esso por 18 anos, 9 meses e 10 dias. Com sua voz possante e
dicção perfeita, Gontijo Theodoro , às 8 horas da noite, em ponto, dava o seu
"Boa Noite" e passava a informar só notícias confirmadas. Sua credibilidade
era tanta, que houve um tempo em que se dizia: "Se o Repórter Esso não deu,
não aconteceu".
1970: Surgimento das primeiras emissoras de freqüência modulada (FM)
do país.
1975: A Rádio Globo se consagra nas transmissões de partidas de
futebol.
1977: Inauguração da Rádio Cidade FM, no Rio de Janeiro, líder de
audiência na década de 80.
Devido à expansão e ao conteúdo da radiodifusão sonora, o Governo
mostra sua preocupação criando, em 1976, a Radiobrás – Empresa Brasileira
de Radiodifusão, para “organizar emissoras, operá-las e explorar os serviços
de radiodifusão do Governo Federal; montar e operar sua própria rede de
repetição e retransmissão de rádio, explorando os respectivos serviços; realizar
a difusão de programação educativa, produzida pelo órgão federal próprio, bem
como produzir e difundir programação informativa e de recreação; promover e
estimular a formação e o treinamento de pessoal especializado, necessário às
atividades de radiodifusão e prestar serviços especializados.
A Rádio Jornal do Brasil, em 1982, foi a pioneira na utilização de discos
“laser”. Outra contribuição tecnológica importante acontecida foi a transmissão
por ondas médias com som estéreo, e ainda, as tímidas transmissões por
satélite.
Não existe muita coisa escrita sobre o jornalismo esportivo, apenas
citações e narrações breves. Contudo, ele contribuiu muito para criar as
imagens mentais no ouvinte. O primeiro locutor a transmitir uma partida de
futebol foi Nicolau Tuma, no dia 10 de fevereiro de 1930; aconteceram também,
as transmissões de competições automobilísticas.
1982: A Rádio Fluminense FM, mais conhecida como "Maldita", criou
uma nova linguagem de locução nas FMs. Era a Rádio Rock!. Na época do
primeiro Rock in Rio, estava entre as cinco mais ouvidas regularmente.
Hoje, a rádio perdeu seu caráter nacionalista devido à regionalização. O
que tem regido os princípios do rádio não é tanto os interesses do público mas
a ganância comercial. Assim, as emissoras vão se especializando em
determinadas faixas etárias e público, anunciando os produtos comerciais ao
público específico. Na busca de definir melhor a especialização do rádio, Artur
da Távola denomina o Rádio de Alta Estimulação e de Baixa Estimulação –
rádio de mobilização ou de relaxamento.
As rádios livres – piratas – querem atingir públicos específicos, regionais
e principalmente, minorias marginalizadas. Elas também surgiram há muito
tempo, porém, nos anos 70 é que se proliferaram pelo mundo ligadas a
movimentos libertários. O que é mais importante nessas redes é o feedback
com os ouvintes, que é imediato. No Brasil, esse fenômeno só começou a
ganhar corpo na década de 80.
1991: Com o slogan " A rádio que toca notícia ", o Sistema Globo de
Rádio inaugura a Central Brasileira de Notícias (CBN-AM), com 24 horas de
informações.
1996: Lançamento da CBN-FM São Paulo, primeira rádio só de notícias
em freqüência modulada. O governo envia ao Congresso projeto de lei que
prevê a regulamentação do funcionamento das rádios comunitárias.
1997: O percentual de domicílios brasileiros com aparelhos de rádio
chega a 90,3%,contra 84,9% em 2000, segundo o IBGE. Na Região Sul, o
índice é de 94,8%; na Sudeste, 94,3%; na Centro-Oeste, 87,2%; e na
Nordeste, 83,3%.
2000: Começam a ter destaque as rádios virtuais pela Internet. Entra em
atividade a RadioClick do Sistema Globo de Rádio.
2005: No ano em que o rádio comemora 83 anos de transmissão
analógica no Brasil, as principais emissoras do país começam a testar a
difusão digital de sua programação. A tecnologia é testada por parte das
emissoras dos grupos Eldorado, Bandeirantes, Jovem Pan, RBS e Sistema
Globo de Rádio.
2011: O rádio se reinventa para manter como meio publicitário e não só
apenas um canal de musica,agregando-se as novas mídias e tendências do
século. A internet é muito mais do que uma plataforma alternativa. Acredito
inclusivamente que a emissão e recepção do radio se tornará obsoleta. A
Internet não só resolve muitos dos problemas do rádio convencional, como
permite abrir novos horizontes. Permite por exemplo, pensar num meio quase
tão interativo que permite responder a iteração direta, ouvinte e radio.