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Aluna: Karolina M.

de Lucena

Disciplina: Educação Popular

A imagem, de uma manifestação ocorrida no Brasil contra os escândalos de


corrupção do atual governo, que tinha por reinvindicações algumas medidas
inconstitucionais , como impeachmente e intervenção militar no governo, mostra uma
faixa que faz associação entre as ideias do filosofo Karl Marx e a concepção de
educação do pedagogo Paulo Freire. Karl Marx pensava principalmente o sistema
econômico capitalista, suas relações de produção, e a exploração nesse sistema
econômico do proletariado pela burguesia. Paulo Freire pensou principalmente uma
educação popular libertária, dialógica e humanizadora. Marx enxerga a sociedade
como inserida num contexto de luta de classes, onde a classe explorada, que não possui
os meios de produção, tenta se libertar da opressão da classe exploradora, que detem o
monopólio dos meio de produção. Paulo Freire também enxerga a sociedade em uma
luta entre opressores e oprimidos, entretanto a associação feita na faixa , entre a doutrina
marxista e a pedagogia de Paulo Freire é errada.

A faixa sugere que a linha pedagógica de Paulo Freire reproduz e ensina a


doutrinação marxista. Porém a pedagogia de freiriana não condiz com nenhum tipo de
doutrinação, não propõe uma luta entre as classes- propõe na verdade a libertação das
classes-, uma revolta do proletariado , ou a constituição de um governo socialista. Sua
pedagogia parte da constatação de que existem opressões não só nas relações de
trabalho, mas também opressões sócias, intelectuais e morais. E a partir dessa
perspectiva de sociedade, busca sanar essas opressões por meio de uma educação em
que o educando não se enxergue como ser passivo às ações externas, mas como sujeito
crítico no controle de sua história, capaz de buscar as mudanças necessárias a seu status
de opressão.

Paulo Freire foi um importante pedagogo, reconhecido internacionalmente e


ganhador de vário prêmios relacionados a educação popular. Ele pensa uma educação
que dialogue com a vida do educando, para que eles aprendam sobre si e sua posição na
sociedade. Uma educação em que os educandos não sejam meros depósitos dos
conteúdos de seus educadores. Conteúdos que os educandos não reconhecem, por não
fazerem parte de sua realidade, e por isso são desinteressantes. Gravar datas, números e
fatos, não educa. O que educa verdadeiramente é a ponte que se faz entre tais datas,
números e fatos e o cotidiano no educando. A educação deve despertar no individuo,
principalmente, sentimento critico. Dessa forma o educando se vê como produtor de
sua história e cultura.

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