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INSTITUTO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO MIGUEL CALMON

DROGAS

SEGURANÇA DO TRABALHO

ISADORA CAVALHEIRO DE ANDRADE

SALTO DO JACUÍ/RS
2020
INSTITUTO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO MIGUEL CALMON

DROGAS

ISADORA CAVALHEIRO DE ANDRADE

Trabalho semestral da disciplina de iniciação à


pesquisa do Trabalho. Etapa 1 do Técnico em
Segurança do Trabalho.
Professora Camila Pozzatti.

SALTO DO JACUÍ/RS
2020
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO......................................................................................................4

2 DROGAS ................................................................................................................5

2.1 DROGAS ILÍCITAS E A SOCIEDADDE .............................................................5

2.2 CONSEQUÊNCIAS ...............................................................................................5

3 GRUPO DE VULNERABILIDADE ...................................................................5

4 USO DE DROGAS NA JUVENTUDE.................................................................6

4.1 DROGAS NA ESCOLA..........................................................................................7

4.2 O QUE A ESCOLA PODE FAZER .......................................................................7

5 O AUMENTO DO USO DE DROGAS ENTRE OS JOVENS..........................8

6 CONSEIDERAÇÕES FINAIS .............................................................................9

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................................10


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1 INTRODUÇÃO

A dependência de drogas é um dos temas de grande preocupação nacional e


internacional, devido não só aos danos causados a saúde individual e coletiva, mas também
pelo impacto em toda a sociedade, exigindo para sua prevenção e enfrentamento a adoção de
políticas e ações articuladas que visem minimizar as consequências deste tão relevante
problema social, bem como conscientizar a população sobre o tema em questão.
Um dos grandes problemas das drogas é a sensação que elas causam no organismo dos
usuários tornando-os dependentes. A droga dá prazer. É devido a esse fato que aqueles que
usam uma vez, sempre voltam a usar (Herculano-Houzel, 2003, p.87), porém esses não
conhecem no primeiro contato os estragos que as mesmas causam com seu uso contínuo,
prejudicando o seu estado físico, psíquico e social.
O primeiro contato com as drogas acontece principalmente na juventude. Isso porque
esse é um momento em que ocorre diversa mudança relacionada com o psicológico do
adolescente, que se torna mais vulnerável e, por isso, pode ser considerado um grupo de risco.
O consumo de drogas lícitas e ilícitas se dá por diversos fatores, entre eles o
sentimento de indestrutibilidade, relações com amigos e família e falta de autoconhecimento.
Além desses fatores, é importante compreender de onde vem o interesse em consumir drogas,
pois muitas vezes os jovens têm seus próprios motivos para as usarem ou utilizam pela
primeira vez dentro de casa, com o apoio dos pais.
Este trabalho será apresentado por 4 capítulos, o primeiro que fala sobre o que é droga
e nos tipos que ela é classificada, o segundo que fala sobre os grupos de maior
vulnerabilidade, o terceiro que diz respeito ao uso das drogas e o quarto que fala sobre o
aumento do usos destas substâncias.
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2 DROGAS

As drogas, substâncias naturais ou sintéticas que possuem a capacidade de alterar o


funcionamento do organismo, são divididas em dois grandes grupos, segundo o critério de
legalidade perante a Lei: drogas lícitas e ilícitas.
As drogas lícitas são aquelas legalizadas, produzidas e comercializadas livremente e
que são aceitas pela sociedade. Os dois principais exemplos de drogas lícitas na nossa
sociedade são o cigarro e o álcool. Outros exemplos de drogas lícitas: anorexígenos
(moderadores de apetite), benzodiazepínicos (remédios utilizados para reduzir a ansiedade),
etc.
Já a cocaína, a maconha, o crack, a heroína, etc., são drogas ilícitas, ou seja, são
drogas cuja comercialização é proibida pela legislação. Além disso, as mesmas não são
socialmente aceitas.

2.1 DROGAS ILÍCITAS E A SOCIEDADE

As drogas há muitos anos estão presentes nas mais diversas sociedades do planeta e no
nosso país como o Brasil com um alto indicie de desigualdade social, muitos jovens, pessoas
de classe média baixa e principalmente pessoas com poucas perspectivas recorrem ao uso e ao
tráfico de drogas ilícitas.

2.2 CONSEQUÊNCIAS

A dependência química faz com que o indivíduo esteja sempre em busca do consumo
da droga, o que pode afetar suas relações profissionais, afetivas e familiares. O dependente
químico, muitas vezes, não consegue mais trabalhar, relacionar-se, o que faz com que muitas
famílias acabem sendo desestruturadas.

3 GRUPO DE VULNERABILIDADE

Estudos sugerem que, no período da adolescência, existe uma vulnerabilidade


acentuada para a experimentação e o abuso de substâncias psicoativas. Tal vulnerabilidade se
deve ao desenvolvimento não linear de estruturas cerebrais ligadas às sensações prazerosas e
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de recompensa e áreas responsáveis pela inibição de comportamentos de risco e capacidade de


postergar satisfação.
A adolescência é um momento especial na vida do indivíduo. Nessa etapa, o jovem
não aceita orientações, pois está testando a possibilidade de ser adulto, de ter poder e controle
sobre si mesmo. É um momento de diferenciação em que "naturalmente" afasta-se da família
e adere ao grupo de iguais. Se esse grupo estiver experimentalmente usando drogas, o
pressiona a usar também. Ao entrar em contato com drogas nesse período de maior
vulnerabilidade, expõe-se também a muitos riscos. O encontro do adolescente com a droga é
um fenômeno muito mais frequente do que se pensa e, por sua complexidade, difícil de ser
abordado.

4 USO DE DROGAS NA JUVENTUDE

A maturidade e o desenvolvimento do adolescente vão depender de diversos


fatores em que o adolescente está inserido, tais como sociais, culturais e históricos.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) definiu como período cronológico de idade
dos adolescentes de 10 aos 19 anos.
A adolescência passou a ser vista com olhar analítico além do que ela representava no
passado, que seria somente um momento de transformações, pois os adolescentes estão cada
vez mais em busca de novas sensações (LIMA, NASCIMENTO, ALCHIERI, 2015).
O adolescente, quando tem sua primeira experiência com a droga, o estágio
de consumo e de substâncias como outras drogas aumenta com rapidez, porém, na
vida adulta, há uma queda considerável por conta dos compromissos, como a
sustentabilidade de sua família (PESHANSCKY et. al., 2014).
Segundo “a organização Mundial de Saúde (OMS) aponta o álcool como
sendo a substância psicoativa mais consumida por crianças e adolescentes. A
média de idade, no Brasil, para o primeiro uso de álcool é de 12 e 15 anos”
(PECHANSKY et. al., 2014, p. 68).
A relação do uso de substância química e o adolescente é a realidade do nosso país. É
na faixa etária de transição entre a infância e a vida adulta que, contemporaneamente, as
substâncias entorpecentes exercem maior poder de atração. Para além de um problema
meramente individual daqueles envolvidos na difícil relação drogas e juventude, o assunto já
se tornou uma questão de saúde pública e com consequências sociais de longo alcance.
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Observa-se que o consumo de drogas por adolescentes é uma realidade em todo


mundo, que tem se ampliado em todas as sociedades, um fenômeno complexo, pois é na
adolescência que o uso de entorpecentes pode causar danos por toda sua vida. O uso de drogas
por adolescentes se constitui em um problema psicossocial, problemática que não está
inserida apenas em nossa atualidade e sim vem sendo discutida há algum tempo, sendo
necessário refletir sobre esse problema.

4.1 DROGAS NA ESCOLA

A escola é o lugar idôneo para um trabalho educacional de prevenção do uso de


drogas, pois quem compõe a escola são pessoas, e estas podem ou não ter idoneidade, por isso
à escola tem um papel básico no processo educativo. (ANTÓN, 2000).
Já idéia que Ávila nos passa é que, a iniciação do consumo de drogas está em torno
dos 12 anos, e que a escola tem certa vulnerabilidade em relação a isso, já que a escola faz
uma ligação entre família, sociedade, cultura e profissão; e o tráfico encontra em suas
proximidades sua melhor clientela; por se tratar de jovens e crianças desinformadas, cheios de
sonhos, ideais, sempre cobrados e afetivamente carentes e instáveis, tornando-se alvos fáceis
de certo tipo de conversa amigável e sedutora. (ÁVILA, 1998, p.152).
Em nossa realidade não é diferente, é o que a mídia nos mostra e o que os Instrutores
já presenciaram, afirmando já terem encontrado tanto drogas lícitas como ilícitas dentro de
salas de aulas por crianças e adolescentes, e isso só vem dar ênfase na necessidade de se
trabalhar a prevenção às drogas no ambiente educacional.
Vale aqui ressaltar que existe a Lei Estadual nº. 7.599, de 27 de Dezembro de 2001,
que no seu Art. 1º trás que: “fica proibida a prática do fumo em escolas públicas e
particulares; de educação infantil; ensino fundamental, ensino médio e técnico e
estabelecimentos congêneres, inclusive cursos diversos, onde seja preponderante a presença
de criança e adolescentes”.

4.2 O QUE A ESCOLA PODE FAZER

Nesse contexto é de fundamental a participação da escola e do professor como


orientadores para que possam em conjunto buscar prevenir que os jovens passem a consumir
drogas, pois uma vez dentro dessa realidade, sair dela é quase impossível. É importante
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ressaltar que o problema do usuário de drogas é de toda a sociedade e não apenas dos pais e
do próprio usuário.
Deve-se frisar que a questão do relacionamento entre a escola e a família no trato com
os jovens é de fundamental importância e ambos precisam andar sempre juntos para que
possam gerar resultados, seja na prevenção do uso as drogas, seja no desenvolvimento pessoal
e profissional.

5 O AUMENTO DO USO DE DROGAS ENTRE OS JOVENS

O adolescente brasileiro tem consumido um numero maior de álcool e drogas nos


últimos anos. Esse consumo pode causar uma série de problemas para os adolescentes que
podem durar a vida inteira e causar vários tipos de transtornos
Entre os anos de 2012 e 2015 houve um aumento de 1,6% e 5,2% no consumo de
álcool e cigarro, respectivamente, entre os adolescentes. Esse aumento tem várias causas,
porém podemos citar duas causas principais. A primeira delas é como o consumo dessas
substâncias são retratadas em redes sociais que, na maioria das vezes, representa felicidade e
elevado status social entre os jovens. A segunda causa é a permissão, ou falta de proibição,
dos pais em relação ao consumo de álcool dos filhos que passam a acreditar que o consumo
pode não ser tão prejudicial assim já que seus pais o permitem.
Entretanto, o consumo de álcool e drogas por menores de idade é muito prejudicial.
Eles podem ter uma ação que prejudicam o desenvolvimento físico dos adolescentes como,
por exemplo, causar uma interferência na progressão da puberdade e causar desequilíbrio
hormonal que pode levar a transtornos mentais. Além disso, o jovem fica propenso a uma
dependência desses produtos em uma idade muito jovem que pode prejudicar suas relações
sociais e, por consequência disso, prejudicar a formação da vida adulta desses jovens.
Resolver esse problema não é trivial. As leis que já existem são pouco eficientes para
evitar a situação e a adição de novas não fará muita diferença. O que pode ser feito é a
criação, pelo Ministério da Educação com o apoio das instituições de ensino, de uma
campanha recorrente de conscientização com os adolescentes, a partir do segundo segmento
do ensino fundamental, e seus pais sobre os riscos do consumo de álcool e drogas na
adolescência e que leva exemplos de pessoas reais que passaram por situações difíceis por
terem feito o consumo das substâncias enquanto ainda eram adolescentes.
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6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Após analisar a pesquisa, é possível entender que o uso de drogas principalmente na


juventude é mais frequente do que imaginamos e que é preciso ainda ser muito debatido na
nossa sociedade.
É um assunto delicado e que precisa de muita atenção, pois o uso de drogas na
juventude causa dados irreversíveis para a vida toda, e por isso é necessário que tenhamos um
maior zelo pela saúde dos nossos jovens.
Fazer trabalhos preventivos nas escolas, como palestras, dando informações e apoio
emocional para adolescentes, é muito importante, porém a família deve andar de mãos dadas
com os educadores para maiores resultados, uma conversa e um bom exemplo na família
também são fundamentais para evitar que a droga chegue com mais facilidade.
As leis já existem, basta serem cumpridas com maior vigor, tendo uma maior
fiscalização ao tráfico e ao comércio ilegal de drogas lícitas e ilícitas, com isso, será mais
difícil que as drogas cheguem com maior facilidade aos jovens.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGÁFICAS

DIAS, Adriana. Brasil escola. Educação e prevenção, a questão drogas nas escolas: de que
forma a escola trabalha a questão das drogas (lícitas/ilícitas) e sob que condições são
realizadas. Disponível em:
https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/educacao/educacao-prevencao-questao-drogas-nas-
escolas.htm. Acesso em 07 de jul. de 2020.

MARQUES, Ana Cecília. Scielo. O adolescente e o uso de drogas. Disponível em:


https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-44462000000600009. Acesso
em 07 de jul. de 2020.

NOBREGA, Hamilton Felix. Brasil escola. O papel do professor e da escola no combate às


drogas: como a escola e os professores podem contribuir para evitar que os jovens sejam
seduzidos pelas drogas. Disponível em: https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/educacao/o-
papel-professor-escola-no-combate-as-drogas.htm. Acesso em 07 de jul. de 2020.

NOGUEIRA, Gabriel. Fórum PiR2. Drogas ilícitas na sociedade contemporânea. Segunda,


28 set.. Disponível em:
https://pir2.forumeiros.com/t98374-drogas-ilicitas-na-sociedade-contemporanea Acesso em
07 de jul. de 2020

RIBEIRO, Bianca. Clínica Jorge Jader. Uso de drogas de na adolescência. 2018. Disponível
em: https://clinicajorgejaber.com.br/novo/2018/12/uso-de-drogas-na-adolescencia/.Acesso em
07 de jul. de 2020.

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