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CENTRO UNIVERISITÁRIO FAMETRO

CURSO: ODONTOLOGIA
8º PERÍODO - NOTURNO

FRANCISCA ÉRICA ALVES CARDOSO


418373

INTRODUÇÃO:
TRATAMENTO ENDODÔNTICO E REABILITAÇÃO COM RETENTORES
INTRARRADICULARES

MANAUS, 03 DE DEZEMBRO DE 2020.


FRANCISCA ÉRICA ALVES CARDOSO
418373

INTRODUÇÃO:
TRATAMENTO ENDODÔNTICO E REABILITAÇÃO COM RETENTORES
INTRARRADICULARES

Avaliação Institucional-N2 da disciplina


de Trabalho de Conclusão de Curso I do
curso de Odontologia da Faculdade
FAMETRO, ministrada pela Prof.ª
Gabriela Meira. Trabalho orientado pela
Prof.ª Mariana Mena Barreto.

MANAUS, 03 DE DEZEMBRO DE 2020.


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TRATAMENTO ENDODÔNTICO E REABILITAÇÃO COM RETENTORES


INTRARRADICULARES

A reabilitação de dentes com tratamento endodôntico tem sido uma constante na


prática clínica dos cirurgiões dentistas. Dentes com ampla destruição da coroa, seja
pela presença de cárie ou por traumatismo, são submetidos à terapia endodôntica e
posterior reabilitação com pino intrarradicular e coroa. A partir de protocolos a serem
seguidos, a função e estética deste elemento dentário serão recuperadas.

O tratamento endodôntico tem como principal função prevenir e/ou tratar infecções da
polpa, lesões perriradiculares, eliminando o foco infeccioso para que a função daquele
elemento seja reestabelecida. (SIQUEIRA JUNIOR et al., 2012). As etapas de preparo
químico-mecânico, medicação e obturação, precisam ser respeitadas para o sucesso
da terapia endodôntica (MACHTOU, 1980).

O preparo do canal radicular com instrumentos mecanizados associados a


substancias químicas antimicrobianas, permitem a diminuição da carga bacteriana no
interior do conduto. O hipoclorito de sódio dissolve matéria orgânica e remove por
ação física os detritos ali presentes. A medicação intracanal potencializa o efeito do
tratamento alcançando áreas ainda mais restritas, não alcançados pela
instrumentação e eliminando os microorganismos. A obturação do canal radicular é o
último protocolo do tratamento endodôntico, tem como finalidade, selar o sistema de
canais radiculares impedindo a reinfeção e proporcionando o reparo dos tecidos
periapicais (SIQUEIRA JUNIOR et al., 2012).

A utilização de retentores na reabilitação estética de elementos com grande destruição


de estrutura dental e com tratamento endodôntico tem como finalidade a retenção,
conservação e estabilidade da restauração a partir de uma adequada dissipação das
forças oclusais de modo que a estética e funcionalidade daquele elemento sejam
recuperadas ao mesmo tempo. (FERREIRA et al., 2018). O pino intrarradicular não
tem como função restaurar o elemento dentário e sim dar estabilidade e retenção ao
material restaurador na porção coronária do remanescente dental permitindo a
reabilitação da função mastigatória, função estética e estabilidade oclusal. (BISPO,
2008)
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Em se tratando de dentes endodonticamente tratados, faz-se necessário que alguns


protocolos tenham sido cumpridos de forma criteriosa, visto que, o retentor radicular
depende das boas condições do conduto para que haja retenção. Alguns critérios são
avaliados para a indicação de um pino intrarradicular: a qualidade da obturação, a
ausência de lesão periapical, o nível de inserção óssea, a forma e espessura das
paredes do conduto. Além das condições gerais do paciente, situação da oclusão, a
existência de hábitos parafuncionais, as condições dos tecidos de suporte e o domínio
da técnica escolhida por parte do cirurgião dentista, complementam a indicação.
(MUNIZ et al., 2010)

A escolha do pino deve levar em consideração alguns fatores primordiais como


posição do dente, anatomia radicular e principalmente a situação do remanescente
dental. Este último, determinará que tipo de retentor deve ser usado e se é possível
uma reabilitação com esse remanescente. (FERREIRA et al, 2018). Um remanescente
de 2mm permite a utilização de pino de fibra de vidro. Porém, menor que 2mm, a
indicação é o uso de núcleo fundido. Em qualquer um dos casos, o sucesso da técnica
exige o cumprimento de protocolos seguidos de forma criteriosa, evitando posterior
fratura da restauração (PEGORARO et al.,1998).

A reabilitação oral de um paciente devolve a ele além da estética e função


mastigatória, o lado social e integral dentro da sociedade em que vive.

O presente trabalho tem como objetivo relatar a reabilitação funcional e estética do


elemento dental 21, a partir do tratamento endodôntico seguido da instalação de
retentor intrarradicular e coroa protética.
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REFERÊNCIAS:

ABREU, R; SCHNEIDER, M; AROSSI, G.A. Reconstrução anterior em resina


composta associada a pino de fibra de vidro: relato de caso. Rev. Bras. Odontol. Rio
de Janeiro, v. 70, 2013.

BISPO, L.B. Reconstrução de dentes tratados endodonticamente: retentores intra-


radiculares. RGO, Porto Alegre, v. 56, n.1, p. 81-84, 2008.

DENARDI, D.R; CRUZ, D.P.O; RODRIGUES, B.A; PRIETO, A.K, C. PEREIRA, T.T;
NERY, M.J; FILHO, J.E.G; CINTRA, L.T.A. Considerações sobre o sucesso do
tratamento endodôntico. UNINGÁ Review, Paraná, p. 52-64, 2010.

FERREIRA, C.G; BUENO, G.M; AMORIM, D.E. Reabilitação em dentes anteriores


com pinos de fibra de vidro. RFO UFP, Passo Fundo, 2018.

SIQUEIRA, J. F., JR; RÔÇAS, I. N; LOPES; H. P; ALVES, F.R. F; OLIVEIRA, J. C. M;


ARMADA, L; PROVENZANO, J. C. Princípios biológicos do tratamento endodôntico
de dentes com polpa necrosada e lesão perirradicular. Rev. Bras. Odontol. Rio de
Janeiro, v. 69, n. 1, p. 8-14, 2012.

MACHTOU PPL. Irrigation en endodontie. Actual Odonto Stomatol 1980


Sep;34(131):387- 394

MUNIZ, L; FONTES, C.M; MATHIAS, P. Decisão de Tratamento em Dentes


Comprometidos Endodonticamente. In: MUNIZ, L at al (Org.). Reabilitação Estética
em Dentes Tratados Endodonticamente. São Paulo: Santos; 2010.

PEGORARO L.F. Núcleos. In: PEGORARO L.F, Valle A.L, ARAUJO, C.R.P,
BONFANTE, G, CONTI, P.C.R, BONACHELA, V. Prótese fixa. São Paulo: Artes
Médicas; 1998. p. 87-110.

PEREIRA, N; CORDEIRO, R.K; MELLO A.M.D; MELLHO, F.A.S. Pino de fibra de vidro
associado à restauração classe IV e faceta direta em resina composta em dente
anterior: relato de caso. Revista Gestão &Saúde, 2017.

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