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SERVIÇO SOCIAL
1 INTRODUÇÃO......................................................................................................3
2 DESENVOLVIMENTO..........................................................................................4
OS CONSELHOS GESTORES E A DEMOCRACIA PARTICIPATIVA NO BRASIL
2.1 A atuação dos Assistentes Sociais nos Conselhos de direitos e de políticas
públicas na cidade de Cruz das Almas - Bahia........................................................5
2.2 CARACTERIZAÇÃO DO MUNICÍPIO DE CRUZ DAS ALMAS........................7
3 CONCLUSÃO........................................................................................................9
4 REFERÊNCIAS...................................................................................................10
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1 INTRODUÇÃO
Este trabalho tem como objetivo analisar de que maneira ocorre a essa
pesquisa, uma reflexão teórica acerca do contexto em que se deu a expansão dos
conselhos gestores de políticas públicas no Brasil, mais precisamente no período de
1980-1990. A população brasileira, nos anos 80 e 90 do século XX, vivenciaram
profundas mudanças no âmbito social, político, econômico e cultural. Tais mudanças
deram-se a partir da ascensão dos movimentos sociais e da pressão da população
em geral não organizada, que almejava o fim do período de ditadura militar. Esse
contexto de efervescência da sociedade civil foi decisivo na luta pela
democratização política no país e contribuiu de forma incisiva para a promulgação
da Constituição Federal de 1988, que introduziu avanços históricos no campo dos
direitos sociais. Cabe destacar, também, que essa Constituição institucionalizou os
mecanismos de controle democrático e de participação popular, como os conselhos
de direitos e de políticas públicas, as conferências, os fóruns etc.
Apresenta também um panorama geral da realidade dos assistentes
sociais que atuam nesses conselhos, uma vez que esses se constituem em
importantes espaços sócio-ocupacionais do profissional de Serviço Social.
Analisamos a formatação da ética profissional com ênfase para os princípios éticos
presentes no atual código ético do profissional de Serviço Social junto aos conselhos
gestores municipais.
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2 DESENVOLVIMENTO
OS CONSELHOS GESTORES E A DEMOCRACIA PARTICIPATIVA NO BRASIL
No final dos anos de 1970 e início dos anos 1980, segundo Damasceno e
Oliveira (2004), o cenário social, político e econômico que o país enfrentava,
influenciou fortemente o surgimento dos movimentos sociais, voltados para a
discussão da redemocratização do Brasil. Os mecanismos de controle democrático,
nos anos 80, desenvolveram-se e foram propostos num contexto de ascensão da
sociedade civil, a partir da efervescência dos movimentos populares, no bojo do
processo constituinte e pós-promulgação da Carta Magna de 1988. Esta trouxe
avanços e conquistas para o conjunto da população, a partir do momento que
propõe a universalização dos direitos e a descentralização política administrativa.
Nesta mesma época, estabelece-se uma nova relação entre Estado e
sociedade civil, uma vez que se tem uma maior interferência e participação direta da
população na gestão das políticas públicas sociais, principalmente, no que diz
respeito ao planejamento, avaliação e fiscalização dessas. Dessa forma, pode-se
dizer, segundo Raichelis, (2009), que a Constituição Federal de 1988,
institucionaliza os conselhos gestores de políticas públicas, lócus de participação
dos cidadãos e controle social 3 e estabelece uma série de mudanças no cenário
social, político e cultural, em que verifica-se o protagonismo de novos atores sociais
e a contribuição destes para o fortalecimento da democracia no país.
De acordo com Tatagiba (1999, p. 54), “os conselhos gestores de políticas
públicas constituem “espaços de composição plural e paritária entre Estado e
sociedade civil, de natureza deliberativa, cuja função é formular e controlar a
execução das políticas públicas setoriais”“. Esses espaços configuram instâncias
públicas de controle democrático e a participação do assistente social, nesses
espaços, torna-se de suma importância, uma vez que, sua atuação, contribui para a
construção de uma nova ordem social, baseada na concepção da defesa dos
direitos da população trabalhadora e na direção da emancipação dos sujeitos
envolvidos pela prática profissional.
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3. CONCLUSÃO
Nos anos posteriores a década de 1990, em virtude do retraimento das
funções do aparelho estatal, tem-se evidenciado a ampliação de instâncias públicas
de controle democrático, com ênfase para os conselhos de direitos e de políticas
públicas. Sendo o profissional de Serviço Social chamado para atuar diretamente
nesses espaços seja como representante governamental seja como representante
da sociedade civil.
Essa pesquisa é de fundamental importância, pois tem permitido um conhecimento
mais aprofundado sobre a realidade dos assistentes sociais nos conselhos. A partir
dos dados obtidos com a referida pesquisa, relativos á atuação dos assistentes
sociais nos conselhos da cidade de Cruz das Almas - Bahia pode-se dizer que esses
profissionais, mesmo diante das transformações do mundo trabalho, encontram um
mercado de trabalho profissional em expansão no que respeita aos espaços sócio-
ocupacionais para além do setor estatal.
Os conselhos constituem espaços sócio-ocupacionais de atuação dos
assistentes sociais, que emergem pós-Constituição de 1988 e que têm sido um dos
campos de atuação profissional que se abrem, a cada dia, ao profissional do Serviço
Social. Embora os vínculos da maioria dos assistentes sociais entrevistados, com os
conselhos, sejam via representação governamental, a contribuição do profissional,
nesses espaços, é de fundamental importância. Através de suas ações o profissional
pode contribuir para: a ampliação dos direitos sociais à maioria da população, uma
maior democratização das relações entre Estado e sociedade; mudanças mais
substanciais nos rumos do país.
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4. REFERÊNCIAS
BRAVO, Maria Inês Souza. O trabalho do assistente social nas instâncias públicas
de controle democrático. In: CFESS/ABEPSS. Serviço Social: direitos sociais e
competências profissionais. Brasília: CFESS/ABEPSS, 2009.
FERRAZ, Ana Targina Rodrigues. Cenários da participação política no Brasil: In.
Serviço Social e Sociedade. Ano XXVII. nº 88. Novembro 2003. Ed. Cortez.
GOHN, Maria da Glória. O Protagonismo da Sociedade Civil: movimentos
sociais, ONGs e redes Solidárias. São Paulo: Cortez, 2005.
RAICHELIS, Raquel. O trabalho do assistente social na esfera estatal. In:
CFESS/ABEPSS. Serviço Social: direitos sociais e competências profissionais.
Brasília: CFESS/ABEPSS, 2009.
__________, Democratizar a gestão das políticas sociais. In: MOTA, Ana Elizabete
(et al.), (orgs). Serviço Social e saúde. 4ªed. São Paulo: Cortez; Brasília: OPAS,
OMS, Ministério da Saúde, 2009.