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Dos Fatos
O requerente e o requerido celebraram um contrato de dar
coisa certa. Samuel, por força de um contrato escrito,
domiciliado em Campo Grande/MS, deveria restituir o cavalo
mangalarda chamado de “Tufão”, avaliado em R$ 10.000,00,
para Bernardo, que mora na cidade de Dourados/MS.
Conforme previsto no contrato, o dia para cumprir a tradição
deveria ocorrer no dia 02 de outubro de 2020. Contudo, até o
mês de janeiro de 2021, Samuel ainda não havia restituído por
pura desídia, quando uma forte chuva causou a morte do
cavalo.
Assim sendo, resta evidente a responsabilidade de Samuel no
acidente e da obrigação restituir o requerente.
Do Direito
Conforme previsto, no artigo 399 do código civil: “O devedor em
mora responde pela impossibilidade da prestação, embora
essa impossibilidade resulte de caso fortuito ou de força maior,
se estes ocorrerem durante o atraso; salvo se provar isenção
de culpa, ou que o dano sobreviria ainda quando a obrigação
fosse oportunamente desempenhada.”
Destarte, mesmo que por razões óbvias Samuel não ter sido o
causador da chuva que acometeu a morte do cavalo, sua mora
em efetuar a tradição, ou seja, transposição do prazo firmado
em contrato (Anexo. 1) gera o direito subjetivo do requerente
pedir restituição de perdas e danos.
É garantido não apenas a restituição a restituição de perdas
danos, como também o que a pessoa deixou de lucrar,
conforme disposto no Art. 402 CC.
“Art. 402. Salvo as exceções expressamente previstas
em lei, as perdas e danos devidas ao
credor abrangem, além do que ele efetivamente
perdeu, o que razoavelmente deixou de lucrar.”
É certo que a recusa injustificada configura ato ilícito, vez que
causou prejuízos ao autor devendo, portanto, promover a
reparação por todos os danos causados, nos termos do artigo
186 combinado com o artigo 927 do Novo Código Civil
Brasileiro.
Prelecionam os citados artigos:
“Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão
voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e
causar dano a outrem, ainda que exclusivamente
moral, comete ato ilícito.”
“Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187),
causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.”
DO PEDIDO
Ante o exposto requer:
I- a citação da ré a comparecer à Audiência de
Conciliação, que poderá ser imediatamente convolada
em Audiência de Instrução e Julgamento, para oferecer
resposta, sob pena de revelia e confissão ficta da
matéria de fato;
II- Seja julgado procedente o pedido para condenar o réu
a pagar R$ 10.000,00, referente ao valor do cavalo e
perdas de danos no montante de R$ 5.000,00.
DAS PROVAS
Requer a produção de provas na amplitude do artigo 32 da
lei 9099/95, em especial documental testemunhal e
depoimento pessoal do réu, sob pena de confissão.
DO VALOR DA CAUSA
Dá-se à causa o valor de R$ 15.000,00