Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Parte Analógica
Ademarlaudo Barbosa
I – Introdução
V = RI (1)
dV
dt = 1
C I (2)
V = L dIdt (3)
V R I V C I I L V
I (t ) = I o cos(ωt ) (4)
Conforme veremos na Seção 1.2, qualquer outro sinal pode ser analisado
como uma superposição de contribuições de forma análoga a (4), daí sua
importância genérica. Nos circuitos com R, C e L, teremos respectivamente as
seguintes relações:
V (t ) = RI o cos(ωt )
V (t ) = ω1C I o sen(ωt ) = ω1C I o cos(ωt − π2 ) (5)
V (t ) = −ωLI o sen(ωt ) = −ωLI o cos(ωt − π2 ) = ωLI o cos(ωt + π2 )
ωt ± ϕ = ω (t ± ωϕ ) = ωt ,
(6)
t , = t ± ωϕ
I (t ) = I o e iωt
V (t ) = RI (t )
V (t ) = iω1C I (t ) (7)
V (t ) = iωLI (t )
Z resistor = R
Z capacitor = 1
iωC = − ωiC (8)
Z indutor = iωL
Z serie = Z1 + Z2 +...+ Zn
(9)
1
Z paralelo = 1
Z1 + 1
Z2 +...+ Z1n
2,0
Sinal defasado + π /2
Sinal defasado - π 2
1,5 Sinal original
1,0
Amplitude
0,5
0,0
-0,5
-1,0
0 5 10 15
Tempo
∞
f (t ) = ao
2 + ∑ (an cos(nωt ) + bn sen(nωt )) (10)
n =1
onde
T
ao = 2
T ∫ f (t )dt
0
T
an = 2
T ∫ f (t ) cos(nωt )dt (11)
0
T
bn = 2
T ∫ f (t )sen(nωt )dt
0
ω= 2π
T
1
Desde que atenda certas condições, como ser contínua por intervalo e assumir valores limitados.
T
2
T ∫ sen(nωt )sen( mωt ) = δ
o
nm
T
2
T ∫ cos(nωt ) cos(mωt ) = δ
o
nm (12)
T
2
T ∫ sen(nωt ) cos(mωt ) = 0
o
ao = 1
an = 0 (para todo n)
bn = − n1π
n=9
n=8
n=7
n=6
n=5
n=4
n=3
n=2
n=1
n=0
onde
ρ n = a n 2 + bn 2 (14)
ϕ n = tg −1 ( )
bn
an
Em (15) fica evidente a interpretação de que f(t) pode ser decomposta como
uma soma de oscilações harmônicas, cujas freqüência são múltiplos da freqüência
fundamental ω=2π/T. Cada termo da soma de harmônicos contribui com amplitude
ρn, e apresenta ângulo de fase ϕn.
Uma expressão ainda mais simples para (10) é possível quando fazemos
apelo a variáveis complexas. Partindo da identidade:
1
2 (an − ibn )ei( nωt ) + 12 (an + ibn )e −i( nωt ) = an cos(nωt ) + bn sen(nωt )
Portanto (10) pode também ser escrita como:
∞
[ ]
ao
f (t ) = + ∑ c n e i ( nωt ) + c − n e − i ( nωt )
2 n =1
cn = 1
2(an − ibn ) (17)
c − n = 12 (an + ibn )
co = = ∫ f (t )dt
ao 1
2 T
0
T T
(19)
∫ f (t )[cos(nωt ) − i sen(nωt )]dt = ∫ f (t )e
− i ( nωt )
cn = 1
T
1
T dt
0 0
cn = 1
2 (an − ibn )
cn = an 2 + bn 2 = ρ n (20)
Arg(cn ) = − bann = − tan(ϕ n )
∫ f (t )e
− iωt
F(ω ) = Tc n = dt (23)
− T2
∫ F (ω )e
iωt
f (t ) = 1
2π dω
−∞
∞
(24)
∫ f ( t )e
−iωt
F (ω ) = dt
−∞
f ( at ) ⇔ 1
a F( ωa )
1
a f ( at ) ⇔ F(aω )
(25)
h(t − t o ) ⇔ F(ω )e 2πiωto
f (t )e −2πiω ot ⇔ F(ω − ω o )
F ( p) = ∫[
0
]
e − rt f (t ) e − iωt dt = ∫ e − pt f (t )dt
0
(26)
A Transformada de Fourier inversa para e-rt f(t) deve ser tal que:
{
+∞
∫ F( p)e
iωt 0 →( t < 0 )
1
2π dω = e − rt f ( t )→ ( t > 0 )
−∞
∫ F( p)e ∫ F( p)e
iωt
f (t ) = e rt
2π dω = 1
2π
pt
dω
−∞ −∞
f (t ) = ∫ F( p)e
1 pt
2 πi dp (27)
r − i∞
As expressões (26) e (27) são análogas a (24), que define a a relação entre
f(t) e F(ω) pela Transformação de Fourier. Temos assim uma nova relação de
transformação:
r + i∞
f (t ) = ∫ F( p)e
1 pt
2 πi dp
r − i∞
∞
(28)
F( p) = ∫ f (t )e − pt dt
0
A interpretação que nos guia é: f(t) pode ser analisada como sendo
composta de oscilações harmônicas. O caso da Série de Fourier é o que se presta
mais claramente a esta interpretação. A amplitude de cada oscilação é dada por
(14), e os coeficientes an e bn foram calculados em 1.2.1. A Transformada de
Fourier para esta f(t) é:
F(ω ) = e − iω ( 1
ω2 )
+ ωi − ω12
ϕ n = ArcTg ( ∞) = π
2
0,35
1,0
0,30 Série
Integral
Integral
Série 0,8
0,25
0,20 0,6
Amplitude
Amplitude
0,15
0,4
0,10
0,2
0,05
0,00 0,0
2,5 Série
Integral
2,0
1,5
Ângulo de Fase
1,0
0,5
0,0
-0,5
-1,0
-1,5
-2,0
0 5 10 15 20 25 30 35
ω
F ( p ) = −e − p (1
p + 1
p2
)+ 1
p2
Segundo (26), F(p) é Transformada de Fourier para e-rt f(t), portanto a
composição espectral a que ela remete se refere à função atenuada pelo fator r.
Entretanto, p=r+iω, e se fizermos r=0 (⇒sem atenuação de f(t)) na expressão
acima, recuperamos exatamente a função F(ω) já calculada pela Transformada de
Fourier.
O interesse da Transformada de Laplace é precisamente facilitar o cálculo
das representações espectrais. Dada f(t), geralmente o cálculo de F(p) é mais
simples que o cálculo de F(ω), que finalmente é obtida por simples substituição da
variável p, por iω. Já são conhecidas e catalogadas em tabelas as Transformadas
de Laplace para várias funções fundamentais. A partir destas podem-se calcular
as Transformadas de Laplace para a maioria das funções de interesse prático [Ver
Tabela 01].
F(p) f(t)
1 δ(t)
1 γ(t)
1
p2
t
1 tn
pn ( n −1) !
e − at
1
p+a
te − at
1
( p + a )2
ω sen(ωt )
1 1
p 2 +ω 2
p
cos(ωt )
p 2 +ω 2
1 1
p2 −a2 a senh( at )
p
cosh( at )
p2 −a2
p+b
( p + a )2
[1 + (b − a)t ]e − at
p+b
p 2 +ω 2
1
ω b 2 + ω 2 sen(ωt + ϕ ) ↔ tgϕ = ω
b
p+a
( p + a ) 2 +ω 2
e − at cos(ωt )
ω
( p + a ) 2 +ω 2
e − at sen(ωt )
(e − at − e − bt )
1 1
( p + a )( p + b ) b−a
1
p ( p + a )( p + b )
1
ab (1 − be − at − ae − bt
b−a )
− bt − at
p be − ae
( p + a )( p + b ) b−a
1
p ( p 2 +ω 2 )
1
ω2 [1 − (ωt + 1)e ] − ωt
Ventrada Vsaída
circuito
T= = Ae iϕ
Vsaida
Ventrada (31)
T = A(ω ) = ganho
(32)
Arg(T ) = ϕ (ω ) = fase
T = T1 T2 ... Tn (33)
Tomemos o caso de um circuiro RC, como o mostrado na Fig. 06. É fácil
mostrar que:
1
T= = =
Vsaida i ωC 1
Ventrada 1+ iω1C 1+ iωRC (34)
Daí tiramos
A(ω ) = 1
1+ω 2 R 2 C 2
(35)
ϕ (ω ) = − ArcTan(ωRC )
Ventrada Vsaída
A(ν ) = 1
1+ν 2
(36)
ϕ (ν ) = − ArcTan(ν )
1dB = 20 Log10
Vsaida
Ventrada (37)
1,0
0,0
0,9
0,7
-1,0
0,6
0,5
-1,5
0,4
0,001 0,01 0,1 1 0,1 1 10 100
ν ν
dt + C = Ventrada
R dQ Q
(38)
− RC
t
dI
dt
= − RCI ⇒ I (t ) = I o e
Q (t ) = ∫ I (t ) dt = I o RC 1 − e ( − RC
t
) (39)
dVsaida
dt
= 1 dQ
C dt
⇒ Vsaida = 1
C ∫ I (t )dt =RI o (1 − e ) − RC
t
(40)
1.4 Convolução
∞ N −1 N −1 N −1
f (t )e −iωnt dt ≈ ∑ f k e ∆t = ∑ f k e ∆t = ∆t ∑ f k e
−i 2π Nn∆t tk −i 2π Nn∆t k∆t − 2 πNink
F (ω n ) = ∫
−∞ k =0 k =0 k =0
N −1
Fn = ∑ f k e
− 2 πNink
(45)
k =0
[F ]= [M ][ f ]
k kn
n (46)
onde:
− 2Nπi nk
M nk = e (47)
{0000,1000,0100,1100,0010,1010,0110,1110,0001,1001,0101,1101,0011,1011,0111,1111}
{0000,0001,0010,0011,0100,0101,0110,0111,1000,1001,1010,1011,1100,1101,1110,1111}
[F ]= [M
n n(2k )
][ f ]+ M [M
2k
n n( 2k )
][ f ], onde M
2 k +1
n
=e
− 2Nπi n
[50]
e que
[F ]= [M
n n(2k )
][ f ]+ M [M
2k
n n( 2k )
][ f ] 2 k +1 (para 0 ≤ n ≤ N
2
− 1) [51]
[ 2k ]
F n+ N2 = M n ( 2 k ) [ f ]− M n M n ( 2 k ) [ f ]
2 k +1 [ ] (para N
2
≤ n ≤ N − 1) [52]
F 0 = M 00 f 0 + M 0 ( M 00 f1 ) = f 0 + M 0 f1
F 1 = F 0+1 = M 00 f 0 − M 0 ( M 00 f1 ) = f 0 − M 0 f1
F 0 = M 00 f 0 + M 02 f 2 + M 0 ( M 00 f1 + M 02 f 3 ) = f 0 + f 2 + M 0 ( f1 + f 3 )
F 1 = M 10 f 0 + M 12 f 2 + M 1 ( M 10 f1 + M 12 f 3 ) = f 0 + M 12 f 2 + M 1 ( f1 + M 12 f 3 )
F 2 = F 0 + 2 = M 00 f 0 + M 02 f 2 − M 0 ( M 00 f1 + M 02 f 3 ) = f 0 + f 2 − M 0 ( f1 + f 3 )
F 3 = F 1+ 2 = M 10 f 0 + M 12 f 2 − M 1 ( M 10 f1 + M 12 f 3 ) = f 0 + M 12 f 2 − M 1 ( f1 + M 12 f 3 )
Ou seja,
F 0 = A + M 0B
F 1 = C + M 1D
F 2 = A − M 0B
F 3 = C − M 1D
Onde
A = f0 + f 2
B = f1 + f 3
C = f 0 + M 12 f 2
D = f1 + M 12 f 3
m( p ) = 12 NLog 2 N = 12 Np
a ( p ) = NLog 2 N = Np
De fato, se
m( p) = 12 Np
então
m( p + 1) ≡ 2m( p) + 2 p = 2(12 Np ) + 2 p = 2 p p + 2 p = 2 p ( p + 1) = 12 2 p +1 ( p + 1)
Portanto:
Donde:
1010 100
Transformada regular
109
108
10-1
107
Númerototal de operações
6
10
Nop(FFT)/Nop(TF)
105 10-2
FFT
104
103
10-3
102
101
100 10-4
100 101 102 103 104 105 100 101 102 103 104
Número de termos Número de termos
Fig. 08: Esquerda: número de operações em função do número de termos no cálculo da FFT
e da transformada regular. Direita: quociente entre as curvas do primeiro gráfico,
evidenciando a redução no tempo de computação