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SUMÁRIO
Página
RESUMO ........................................................................................................ 04
LISTA DE TABELAS ....................................................................................... 05
LISTA DE ABREVIATURAS ........................................................................... 06
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................ 07
2. REFERENCIAL TEÓRICO .......................................................................... 08
2.1. Cultura do Milheto ................................................................................ 08
2.2. Caracterização da Silagem de Milheto ................................................ 09
2.2. Caracterização da Ovinocultura ........................................................... 10
3. OBJETIVO GERAL ..................................................................................... 12
3.1. Objetivos Específicos ........................................................................... 12
4. MATERIAL E MÉTODOS ............................................................................ 12
4.1. CONSUMO, CONVERSÃO ALIMENTAR E DIGESTIBILIDADE ......... 13
4.2. DESEMPENHO PRODUTIVO ............................................................. 14
4.3. COMPORTAMENTO INGESTIVO ....................................................... 14
4.4. AVALIAÇÃO DE CARCAÇA .......……………………………….............. 14
4.5. ANÁLISE ECONÔMICA ....................................................................... 15
4.6. ANÁLISE ESTATÍSTICA ...................................................................... 15
5. VIABILIDADE FINANCIERA ....................................................................... 15
6. EXEQUIBILIDADE FINANCEIRA ............................................................... 16
6.1. ORÇAMENTO ...................................................................................... 16
6.2. EQUIPAMENTOS E INFRAESTRUTURA DO IFNMG ........................ 17
6.3. CONTRAPARTIDA NÃO FINANCEIRA DO IFNMG ............................ 17
7. PARCERIAS TÉCNICA CIENTÍFICA .......................................................... 17
8. RESULTADOS ESPERADOS .................................................................... 17
9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................... 18
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UTILIZAÇÃO DA SILAGEM DE MILHETO EM SUBSTITUIÇÃO DA SILAGEM DE
MILHO NA ALIMENTAÇÃO OVINOS CONFINADOS
RESUMO
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LISTA DE TABELAS
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LISTA DE ABREVIATURAS
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1. INTRODUÇÃO
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Objetivou-se avaliar o potencial de uso da silagem de Milheto em substituição
à silagem de milho na dieta de ovinos confinados.
2. REFERENCIAL TEÓRICO
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produção de sementes, pastoreio para gado como na região sul do país, como
planta de cobertura de solo em sistema de plantio direto e até mesmo na produção
de silagem (PEREIRA FILHO & FERREIRA, 2003).
Recentemente, tem-se observado um aumento significativo da área plantada
de milheto, principalmente na região do Cerrado, devido ao seu alto potencial de
produção de massa utilizada na cobertura de solo no sistema de plantio direto, bem
como para a produção de forragem utilizada na produção de leite e de carne
(PEREIRA FILHO & FERREIRA, 2003).
O milheto é uma planta forrageira multifuncional que pode ser utilizada para
pastejo, comumente em período de safrinha, logo após a colheita da cultura
principal (SCHWARTZ et al., 2003), para implantação e recuperação de pastagens
(MAIA et al., 2000) e na forma de silagem (SILVA et al., 2014).
Com relação ao valor nutritivo, o milheto apresenta até 14% de proteína;
produções de 60 e 20 ton ha-1 de massas verde e seca, respectivamente, boa
aceitação pelos animais com índices de digestibilidade entre 60 e 78%, podendo
também ser utilizado sob forma de pastejo direto (KICHEL & MIRANDA, 2010).
O teor de aminoácidos do milheto é superior ao de outros grãos como
cevada, arroz e ate mesmo o milho e o sorgo (EJETA et al., 1987). De acordo com
Adeola e Orban (1995) os teores de lisina, metionina, aminoácidos limitantes em
plantas de interesse comercial, são mais elevados que o do milho e o sorgo.
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A silagem de milheto pode ser considerada alternativa importante de
volumoso para alimentação de ruminantes, inclusive de animais mais exigentes
como vacas em lactação (AMARAL, et al., 2008b)
No Brasil, existem poucos estudos no que diz respeito à produção de silagem
de milheto, mesmo assim, é possível se alcançar boas produtividades com a cultura
mesmo na entressafra (AMARAL et al., 2008; COSTA et al., 2011).
Assim como a silagem produzida a partir de outras gramíneas, um dos
principais limitantes para o sucesso da fabricação da silagem de milheto é o teor de
MS. O momento ideal para efetuar a colheita, se quando o grão se encontra em
estado pastoso-farináceo, com teor de MS abaixo dos 30%, produzindo assim uma
silagem de boa qualidade (ALMEIDA, 1993).
Quando se colhe o grão em estádio pastoso-farináceo, encontra-se maiores
teores de MS em comparação ao sorgo granífero, sorgo forrageiro e o capim sudão,
colhidos em diferentes épocas, mostrando que o milheto produz mais forragem que
as demais espécies citadas (BISHNOI et., al., 2003).
Para Guimrães Jjunor 2009, os ruminantes tem boa aceitabilidade pela
silagem de milheto, não apresentando fatores antinutricionais que prejudiquem o
desempenho animal.
A composição química da silagem de milheto pode variar em função da
época de plantio, de colheita e cultivar a ser utilizada. Estrategicamente a silagem
de milheto vem sendo amplamente utilizada em substituição à silagem de outros
grãos como milho e o sorgo, mesmo apresentando valor energético inferior, se
destaca por ser boa fonte proteica (GUIMARÃES JÚNIOR, 2009).
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considerados os animais domésticos mais distribuídos geograficamente pelo planeta
(FILHO, 2006).
Segundo Viana (2008), a criação de ovinos está presente em quase todos os
continentes, onde a ampla disseminação dessa espécie se deve principalmente
porque tem a capacidade de se adaptar a uma variedade de vegetação.
A atividade é exercida no semiárido brasileiro, que compreende também o
norte e nordeste de Minas Gerais, com suas particularidades entre clima e
temperatura, locais onde se predomina a exploração econômica à subsistência dos
pequenos agricultores familiares, sendo possível encontrar diferentes tipos de
criação, onde se predomina sistemas extensivos, em algumas vezes quase que
selvagens.
Os ovinos são animais de pequeno porte, devido a isso consomem menos
alimento, água e até mesmo menos espaço em relação a outros animais
ruminantes, sendo essas características importantes para introdução como
alternativa para pequenos produtores rurais, além disso, possuem um ciclo curto em
relação aos bovinos.
Segundo Santello et. al. (2006), entre as espécies de ruminantes
domesticados para produção de carne, os ovinos se destacam por apresentar
rápido ciclo produtivo de dez meses (cinco de gestação e cinco para cria e recria), o
que faz da ovinocultura uma das atividades pecuárias com boa possibilidade de
retorno econômico.
De acordo com Araújo (1999), na produção intensiva de ovinos, alguns
aspectos devem ser melhorados, tanto nas instalações, qualidades na alimentação,
sanidade, manejo reprodutivo, gestão dos negócios da propriedade, gerando assim
um produto final de melhor qualidade que atenda a demanda do mercado.
O cordeiro é a categoria animal que fornece carne de melhor qualidade e
apresenta, nessa fase, os maiores rendimentos de carcaça e maior eficiência de
produção, devido a sua alta velocidade de crescimento (PIRES et. AL., 1999).
O rendimento como porcentagem de carcaça em relação a um determinado
peso vivo varia enormemente em ovinos (SAÑUDO & SIERRA, 1986), sendo a base
genética um dos principais fatores dessa variação (Fernandes et al., 2008; Sousa et
al., 2008), que junto a uma boa alimentação traz resultados elevados com
viabilidade econômica e rentabilidade.
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Segundo Viana 2008, embora restrito em comparação com outros produtos
de origem animal, o consumo de carne ovina apresenta tendência de mercado
bastante promissor. A demanda da carne de ovinos pelos países em
desenvolvimento é crescente diante do crescimento demográfico e variações das
preferências e dos hábitos alimentares (FAO, 2007).
De acordo com Medeiros (2006), os ovinos apresentam características
produtivas diferentes dos bovinos, com melhor qualidade de carne, maiores índices
de rendimentos de carcaça e eficiência de produção decorrente de sua alta
velocidade de crescimento. O confinamento de ovinos despertou o interesse de
muitos criadores, como alternativa para melhorar o sistema de produção, visando
manter a regularidade na oferta de carne e pele durante o ano para atender o
mercado nacional.
3. OBJETIVO GERAL
4. MATERIAL E MÉTODOS
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Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB). Serão utilizados 32 cordeiros, machos
castrados, em fase de crescimento, idade média de 3 meses e peso vivo médio
inicial de 15 kg, os quais serão distribuídos em delineamento inteiramente
casualizado, com quatro dietas e oito repetições. A silagem de milheto substituirá a
silagem de milho presente na dieta em níveis de 0; 25; 50 e 75%.
As dietas serão formuladas para atender às exigências diárias de ganho de
peso de 200 g, segundo o NRC (2007). A ração será fornecida em dois horários, às
8 h e 16 h, na forma de mistura completa.
O experimento terá duração total de 74 dias, de modo que os primeiros 14
dias serão destinados à adaptação dos animais ao manejo, instalações e as dietas.
O período de coleta de dados terá duração de 60 dias, divididos em três períodos de
20 dias para a avaliação do desempenho produtivo e avaliação comportamental.
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4.2. DESEMPENHO PRODUTIVO
O abate será realizado após jejum e dieta hídrica de 16-24 horas seguindo
normas de abate humanitário, quando os cordeiros atingirem 60 dias de
confinamento. Após a obtenção do peso corporal em jejum (PCCJ), o animal será
atordoado via concussão cerebral e sacrificado por meio de corte na artéria carótida
e na veia jugular, seguida da esfola e evisceração.
Segundo Carvalho (1998), por conter a parte comestível do animal, a carcaça
consiste no elemento mais importante a ser observado e analisado. Ao se retirar a
cabeça, vísceras, extremidades das patas, peles, cauda, sangue e órgãos sexuais,
obtêm-se o peso da carcaça quente (PCQ). A obtenção do rendimento de carcaça
quente (RCQ) será determinada por meio da relação entre os pesos da carcaça
quente e peso corporal em jejum.
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Para avaliação da composição química da carne far-se-á os seguintes
procedimentos: as amostras serão moídas e os teores de matéria seca, cinzas,
proteína bruta e matéria graxa total determinados, segundo metodologia da AOAC
(1980). A extração do colesterol será feita de acordo com o método descrito por Al-
Hassani et al. (1993).
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investido para realização do experimento. Como renda bruta, serão considerados os
valores correspondentes à venda total dos animais a preço de mercado, na ocasião
da comercialização.
Em relação aos custos do experimento, serão levados em consideração os
gastos e as despesas com alimentação, medicamentos e mão de obra contratada.
Para análise do valor da mão de obra serão considerados o salário mínimo e os
encargos sociais vigentes.
Como já explanado anteriormente, a taxa de retorno sobre o capital investido
(RSCI) por animal, em cada tratamento, será calculada com base na seguinte
fórmula: RSCI (%) = [RB-COT/(CFI/2/N)]*100*365/T Em que: RB = renda bruta;
COT = custo operacional total; CFI = capital fixo investido; N = número de animais
utilizados no experimento e T = tempo de confinamento em dias.
6. EXEQUIBILIDADE FINANCEIRA
6.1. ORÇAMENTO
Total 18.000,00
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6.2. EQUIPAMENTOS E INFRAESTRUTURA O IFNMG
7. PARCERIAS TÉCNICO-CIENTÍFICAS
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9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BISHNOI, U. R.; OKA., G. M.; FEARON, A. L. Quantity and quality of forage of pearl
millet in comparison to sudax, grain and forage sorghum harvested at different
growth stages. Tropical Agriculture, v 70, n. 2, p 98-102, 2003.
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confinamento. Dissertação (Mestrado em Zootecnia) - Universidade Federal de
Santa Maria, 1998, Santa Maria. 102 f.
EJETA, G.; HANSEN, M.M.; MERTZ, E.T. In vitro digestibility and amino acid
composition of pearl millet (Pennisetum typhoides) and others cereals. Proceedings
of National Academy of USA, v.84, p.6016-6019, 1987.
GRAINS. In: NATIONAL RESEARCH COUNCIL. Lost crops of África. DC: National
Academy, Washington, v. 1, n. p. 77-125, 1996.
FAO. Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação. Estatísticas FAO,
2007. Disponível em: Acesso em: 23 jun 2012.
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KICHEL, A. N.; MIRANDA, C.H.B. Uso do milheto como planta forrageira. Embrapa
Gado de Corte. Campo Grande, MS, dez. 2000 no 46.
NEUMANN, M.; OLIBONI, R.; OLIVEIRA, M.R.; FARIA, M.V.; UENO, R.K.;
REINERH, L..L.; DURMAN, T. Aditivos químicos utilizados em silagens. Pesquisa
aplicada & Agrotecnologia, v. 3, n. 2, mai-ago, 2010.
PEREIRA FILHO, I.A., FERREIRA, A.S., COELHO, A.M., CASELA, C.P., KARAM,
D., RODRIGUES, J.A.S., CRUZ, J.C., WAQUIL, J.M. Manejo da Cultura de Milheto.
Circular Técnica 29. MAPA. Sete lagoas. Dez. 2003.
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SANTELLO, G. A.; MACEDO, F. A. F.; MEXIA, A. A.; SAKAGUTI, E. S.; DIAS, F. J.;
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n. 4, p. 1852-1859, 2006.
SCHWARTZ, F.; ROCHA, M. G.; VERAS, M.; FARINATTI, L. H.; PIRES, C. C.;
CELLA JÚNIOR, A. Manejo de milheto (Pennisetum americanum Leeke) sob pastejo
de ovinos. Revista Brasileira de Agrociência, Pelotas, v. 9, n.2, 2003.
SILVA, A. H. G.; RESTLE, J.; MISSIO, R.; BILEGO, U. O.; FERNANDES, J. J. R.;
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