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12 cidades para visitar em duas rodas


De Amsterdã a Bogotá, de Sevilha a Quioto, cidades que apostam em que moradores e turistas se
locomovam de bicicleta

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Um ciclista em uma rua de Dublim (Irlanda). DAVID SOANES (GETTY)

LONELY PLANET

20 DEZ 2018 - 00:00 CET

Em algumas grandes cidades se começa a apostar no transporte sustentável, NEWSLETTER


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principalmente na bicicleta, chamada para substituir o automóvel como símbolo
dessa mudança. Para comemorar isso, visitamos algumas das cidades que já
estão em duas rodas em termos de mobilidade. Daquelas com mais tradição em
ciclismo, como Amsterdã ou Copenhague, até as recém-chegadas ao uso PODE TE INTERESSAR

majoritário da bicicleta urbana, como Bogotá ou Sevilha.


Ataque no centro de Estrasburgo
deixa três mortos e 13 feridos

1. Chicago, pedalando contra o


vento Inspirações para um 2019 de
muitas viagens
Na Windy City, a cidade dos ventos, se
pode pedalar feliz entre os arranha- No compasso de Santiago de Cuba
céus do bairro de negócios, o Loop; por
vias na beira do Lago Michigan para
aqueles que preferem circular com o Bruno Covas: “Querem tirar
morador de rua, mas querem
perfil de Chicago ao fundo, ou pela direitos humanos. Difícil de lidar”
Ciclista cruzando uma rua do ‘Loop’, em
Milwakee Avenue, a chamada via Chicago (EUA), com o rio homônimo em
segundo plano. SHELLY BYCHOWSKI (GETTY)
expressa dos hipsters. Ou seja, as
possibilidades são muitas e variadas, e O MAIS VISTO EM...
» Top 50

não é coisa de agora: já em 1900, antes


ESPANHA AMÉRICA BRASIL CATALUNHA
do automóvel, esta cidade do Estado de Illinois (EUA) era bike friendly: havia mais
de cinquenta clubes de ciclismo com mais de 10.000 membros e se diz que a Neto do ex-presidente Lula morre de meningite
meningocócica aos 7 anos
comunidade do ciclismo conseguiu fazer prefeito seu advogado mais brilhante,
A morte do inocente neto de Lula soltou os monstros
Carter Harrison Jr. Curiosamente, dois prefeitos mais contemporâneos do ódio
aumentaram essa afinidade: Richard J. Daley, que promoveu a construção das
Micromachismos: se é homem e faz alguma
primeiras infraestruturas para bicicletas na década de 1970, e seu filho mais destas coisas, deve repensar seu comportamento

velho, Richard M. Daley, promotor da Chicago ciclística do século XXI. Está Justiça autoriza ida de Lula ao velório do neto em
São Paulo
previsto que em 2020 a cidade tenha 1.000 quilômetros de ciclovias.
Carga mental: a tarefa invisível das mulheres de que
ninguém fala
No McDonald’s Cycle Center, lugar único no mundo em A morte do filho
MAIS INFORMAÇÕES
pleno Millennium Park, é possível estacioná-las, aprender a Os feriados do Brasil em 2019: saiba quais as
Leia mais notícias do
consertá-las ou tomar uma ducha antes de ir trabalhar. Mais viajero chances de esticar as folgas

ao sul, o mais elegante café para ciclistas da metrópole se Lula viaja a São Paulo para velório do neto

chama Heritage. Uma das iniciativas mais bem-sucedidas é O dia em que o trabalhador teve que pagar (ainda)
mais pelo transporte em SP
o serviço de empréstimo em autosserviço Divvy, graças ao qual a cidadeganhou o
As crianças tomam conta do mundo
Top City for Cycling Award da revista Bicycling em 2016.

2. Bogotá, a revolução das duas


rodas
É uma das cidades que fez da bicicleta
um emblema da mudança, com novas
infraestruturas projetadas para o
transporte sustentável,
especificamente a bicicleta. Para ver
esse novo fenômeno ciclístico em seu
auge não há nada melhor do que sair na
rua em qualquer domingo. Nesse dia, a
Ciclovía coloca à disposição dos
bogotanos 100 quilômetros do melhor
asfalto, as avenidas mais largas da
cidade e mais de um milhão de
cidadãos ocupam suas ruas a pé, de
patins ou, a grande maioria, de
bicicleta. A Ciclovía tem sua própria Ciclistas na Carrera Séptima, em Bogotá. ALAMY

história. Nasceu na década de 1970, da


imaginação de Ortiz Marino, ativista de
grande senso cívico escandalizado com a grande quantidade de espaço ocupado
pelos carros nas vias públicas. Teve a ideia pioneira de mobilizar os ciclistas como
contraponto e o sucesso foi fulgurante, tanto que a iniciativa atravessou todas as
classes sociais.

Em 2016, apenas 4% dos habitantes iam trabalhar de bicicleta, talvez por causa
dos eficazes corredores do ônibus TransMilenio e apesar dos 400 quilômetros de
ciclovias. Desde o bairro histórico de La Candelaria, seu Museu do Ouro e suas
ruas de paralelepípedos, se pode pedalar pela Carrera Séptima –a prestigiada rota
7– até Catación Pública, onde se degustam os melhores cafés da capital da
Colômbia.

Ciclistas no Phoenix Park, ao norte de Dublim. D. SOANES (GETTY)

3. Dublin, ciclismo urbano com ar celta


A conquista de Londres pelos ciclistas, inclusive antes dos Jogos Olímpicos de
2012, inspirou Dublin, uma pequena cidadede 500.000 habitantes. Tanto que
atualmente é possível circular alegremente de bicicleta pela capital da Irlanda
graças aos 120 quilômetros de pistas exclusivas para ciclistas e outros 50
quilômetros de vias compartilhadas com ônibus. Dentro da cidade não há uma
única ladeira e o Dublinbikes, o serviço público de locação, tinha 70.000
assinantes em 2016.

A bicicleta é especialmente prática para visitar tanto os seus tesouros


arquitetônicos –do Trinity College ao castelo de Dublin, ao sul de Liffey– quanto
os seus espaços verdes: da ciclovia do Grande Canal ao magnífico Phoenix Park,
ao norte, cujas avenidas mais bonitas são hoje dedicadas às duas rodas. Uma boa
ideia para os ciclistas é subir as montanhas localizadas ao sul de Dublin: três
enormes rochas a 444 metros acima do nível do mar que oferecem uma vista
fabulosa da cidade e fazem com que o esforço valha a pena.

Ciclovia na cidade francesa de Estrasburgo. DIRK MUTHOFF (GETTY)

4. Estrasburgo, a pequena França com pedais


Deve-se chegar a Estrasburgo de trem. E logo depois da vidraça da estação
central, parar por um momento diante da visão de centenas de bicicletas
amarradas a arcos ou umas às outras. Considerada a capital da União Europeia, é
indubitavelmente uma cidade ciclística. Provavelmente a mais comprometida
com as duas rodas da França, e a quarta na Europa, de acordo com a
classificação elaborada pelo gabinete dinamarquês Copenhagenize em 2015. Na
ilha central e em seus arredores, da catedral à pitoresca Petite France, existe uma
atmosfera agradável. Os ciclistas conquistaram a cidade na década de 1990,
paralelamente à renovação do bonde. Cada um dos canais que a percorrem, cada
uma das suas avenidas, tem desde então um espaço reservado para as bicicletas.
Até 600 quilômetros em 2017.

Por estar tão perto da Alemanha, as reivindicações dos grupos ecologistas são
ouvidas: as empresas assumem a metade da assinatura anual do Vélhop –
sistema público de bicicletas compartilhadas– de seus empregados e o uso da
bicicleta pode ser prescrito por um médico. Estrasburgo vê nesse meio de
transporte um projeto de longo alcance, e inclusive já conta com um agradável
circuito: a rota dos fortes. A partir da estação de bonde Parc de l’Orangerie, são
85 quilômetros que revelam 19 obras do Cinturão dos Fortes.

Mãe com os filhos atravessando de bicicleta um dos canais de Amsterdã. BUMBLEE DEE (GETTY)

5. Amsterdã, paisagem (ciclo)urbana


Se existe uma cidade ciclística por excelência, é Amsterdã, onde há praticamente
tantas quanto habitantes. Ou inclusive mais, porque o excesso desses veículos
tornou-se quase um problema para os pedestres. Na cidade holandesa as
bicicletas fazem parte da paisagem urbana, que já possui três elementos
inconfundíveis: os canais, as fachadas do século XVII e as bicicletas. Em
Amsterdã, transformada em paraíso para os ciclistas antes de qualquer outra
cidade, nada é longe, o terreno é totalmente plano e os usuários são lembrados
por um revestimento vermelho que estão circulando em uma via onde a
velocidade é limitada a 30 quilômetros por hora. Em cada semáforo há um
espelho para que os motoristas possam ver os ciclistas em seu ponto cego.
Aprende-se a andar de bicicleta e as regras de circulação na creche, e os pontos
negros da cidadesão sinalizados e objeto de intervenções.

É por isso que a cidade convida a ser explorada em duas rodas. Primeiro o
Jordaan, o bairro burguês e boêmio. Dali até o Dam, o centro nevrálgico, e um
pouco mais adiante o Museumplain, para admirar Rembrandt, Vermeer, Van
Gogh, os mestres holandeses. O Vondelpark oferece uma pausa bucólica, para
logo parar em um coffee shop para tomar um bruin café(café marrom) bem
quentinho.

Também é possível fazer um passeio mais longo aproveitando as rotas ciclísticas


demarcadas em todo o país, como a rota de Zaanse Schans: 15 quilômetros ao
norte de Amesterdã, em ciclovias que margeiam os canais e o rio Zaan. Depois de
um agradável passeio de apenas uma hora se chega ao Zaanse Schans, uma
paisagem de cartão-postal que é um parque protegido, um museu ao ar livre
gratuito, especialmente entre abril e outubro, quando é possível visitar os
moinhos.

Dois turistas em bicicletas públicas de aluguel pedalando ao longo do rio Guadalquivir, em Sevilha, com
o bairro de Triana ao fundo. KAV DADFAR (GETTY)

6. Sevilha, agora de bicicleta


Os sevilhanos e sevilhanas desafiam os clichês locomovendo-se de bicicleta. Na
capital andaluza o cicloturismo explodiu, com passeios em duas rodas tão
atraentes como o que vai da ponte de Triana à catedral, passando pela Plaza de
España. Antes, a cidade teve de ser transformada. Os planos de circulação
desenhados na margem ocidental do Guadalquivir, por ocasião da Expo 92,
abriram uma brecha. Atualmente, Sevilha possui um serviço municipal de aluguel
compartilhado de 3.000 unidades e calcula-se que quase 100.000 circulem
diariamente pelos 120 quilômetros de vias reservadas às bicicletas (de cor verde).
Costumam ser acessíveis desde as calçadas e são protegidas por uma barreira de
cones. Além disso, desde 2010, o número de lojas especializadas em bicicletas
aumentou de 10 para 50 e algumas delas (como a Santa Cleta) oferecem
treinamento gratuito ou mecânico para os desempregados.

Os arredores da cidade andaluza também oferecem rotas para todos os gostos e


durante todo o ano, pois o termômetro não costuma baixar de 10ºC.

Ciclistas cruzando a ponte Inner Harbour, em Copenhague. ÁNGEL VILLALBA (GETTY)

7. Copenhague, 12.000 quilômetros sem subidas


A aposta da capital dinamarquesa pela bicicleta é tão evidente que pode ser vista
do céu. Da janela do avião, antes do pouso, é possível ver áreas exclusivas para
bicicletas pintadas de azul elétrico (também em cada cruzamento) e, em tons
laranja ou verde, ciclovias que percorrem toda a cidade. Uma vez na rua, as
surpresas continuam. Os táxis não podem se recusar a transportar uma bicicleta
e a tarifa por isso é de apenas 50 centavos. A sincronização dos semáforos é feita
em função da velocidade dos ciclistas. Além disso, desde 2005, foram investidos
150 milhões de euros (cerca de 640 milhões de reais) em infraestruturas para
bicicletas, como pontes exclusivas para ciclistas, como a de Cykelslangen, ou o
Inner Harbor, que liga os bairros de Nyhavn e Christianshavn.

Aqui os turistas podem ir de bicicleta da Pequena Sereia aos jardins de Tívoli,


passando pela igreja de São Salvador e sua escadaria em espiral. Segundo a
população local, pedalar tem uma influência positiva na atmosfera da cidade. E
isso é dizer muito em uma das capitais com maior qualidade de vida do mundo.

Semáforo para ciclistas ao lado da Porta de Brandemburgo, em Berlim. FRANK HERRMANN (GETTY)

8. Berlim, um mundo à parte


Em 2016, um grupo ecologista iniciou um processo de referendo popular para
pressionar o Governo municipal a pôr em prática um ambicioso plano voltado à
bicicleta: 450 quilômetros de novas ciclovias, 100 deles para usuários rápidos,
vias de ao menos dois metros de largura em cada avenida, semáforos
sincronizados de acordo com a velocidade dos ciclistas... Além de flashes da
história europeia mais recente –dos restos do Muro ao Reichstag e a Porta de
Brandeburgo–, percorrer Berlim transmite uma enorme energia e vitalidade
contemporânea, cultural e artística, por exemplo, na elegante Potsdamer Platz, e
fazê-lo de bicicleta permite se deslocar confortavelmente por uma cidade que é
oito vezes mais extensa do que Paris.

Suas avenidas são amplas, longas e seguras, o terreno é plano e, nas antigas ruas
de paralelepípedos, a ciclovia costuma ser asfaltada. Pode-se alugar uma bicicleta
elétrica por apenas 25 euros no famoso Fat Tire ou tomar o metrô ou o trem com
a bicicleta incluída por 1,50 euro suplementar, e nenhuma zona verde é proibida,
como o antigo aeródromo Tempelhof (hoje um enorme parque) ou o magnífico
Tiergarten. Os motoristas são respeitosos e quase todos os edifícios têm um
estacionamento fechado para bicicletas. Mais do que um paraíso para os ciclistas,
a capital da Alemanha é um mundo à parte.

Ciclista urbano descansa no parque Zaryadye, em Moscou, com o Kremlin e a catedral de São Basílio ao
fundo. VIACHESLAV LOPATIN (GETTY)

9. Moscou verde, seguindo o Moscovo


A queda da URSS aconteceu há 25 anos, mas a ânsia dos moscovitas para exibir
seu acesso aos bens de consumo ostentosos continua enorme. E o automóvel
(um que seja caro), é um objeto de desejo. Desde 2010 Moscou é a cidade mais
congestionada do mundo, onde a bicicleta poderia ser uma solução. A mudança é
lenta –apenas 3% da população aproveita as ciclovias do centro– mas os
usuários não recuam, nem sequer diante do frio mais intenso: no inverno de 2017,
com temperaturas de 30 graus abaixo de zero, grupos de militantes noctâmbulos
circulavam de bicicleta.

Embora as infraestruturas estejam atrasadas e as existentes não sejam muito


felizes, as maravilhas arquitetônicas e naturais que a capital russa exibe podem
ser percorridas de bicicleta sem medo de arriscar a vida. Mas há avanços
pendentes: elas continuam proibidas no metrô, o transporte público mais
eficiente; o asfalto costuma estar em mau estado e as calçadas são muito altas.
Além disso, os pedestres não estão conscientizados e os motoristas ainda pecam
por imprudência.

Para os mais esportistas do pedal, as colinas de Krylatskoye, a oeste, não muito


distantes, contam dom uma rota circular protegida de 13 quilômetros que
lembram os Jogos Olímpicos de 1980: as provas de ciclismo foram realizadas ali,
consagrando Sergei Sukhoruchenkov, o melhor ciclista soviético de todos os
tempos.

Estacionamento gratuito de bicicletas na estação central de Utrecht (Holanda), em Smakkelaarsveld.


GETTY IMAGES

10. Utrecht, o novo modelo


A quarta cidade da Holanda tem muitos encantos: canais, becos medievais,
terraços com uma atmosfera quase latina e vida estudantil ao abrigo de uma das
universidades mais prestigiadas da Europa. Mas com 400.000 habitantes,
Utrecht é, em primeiro lugar, uma cidade de ciclistas. Cerca de 40% dos milhares
de passageiros que chegam diariamente à estação central o fazem de bicicleta.
Isso explica o arriscado projeto de criar o maior estacionamento de bicicletas do
mundo, uma vez levada ao extremo a adaptação das vias de circulação e depois
de escavar vários túneis e inaugurar diversas pontes reservadas às duas rodas.
No subsolo do complexo de salas de exposição Jaarbeurs, cerca de 30.000 vagas
de estacionamento estarão disponíveis em 2020, distribuídas em três andares,
com vagas corrediças de modernidade absoluta. Utrecht é a cidadeeuropeia que
deve ser descoberta de bicicleta neste início do século XXI.

“We all cycle” (todos nós pedalamos) é o lema da cidade holandesa, que apela ao
coletivo. Em 2015, 180 moradores de Utrecht foram recrutados para definir as
estruturas do futuro, com o objetivo de ultrapassar Amsterdã e Copenhague
como a cidade mais adaptada aos ciclistas do mundo. Por exemplo, desenvolver
uma tecnologia que permita aos usuários saber qual é o estacionamento mais
próximo com vagas disponíveis por meio do celular.

Ponto de aluguel de bicicletas públicas em Liubliana (Eslovênia). GETTY IMAGES

11. Liubliana, a mais avançada dos Balcãs


À noite, as bicicletas rodam pelas tranquilas ruas de Liubliana. E não apenas no
centro histórico, cheio de arte barroca e modernista, do qual os carros foram
expulsos. Deve-se lembrar de que na antiga Iugoslávia a bicicleta era o meio de
transporte de operários e camponeses, e a cultura do ciclismo vem de longe.
Também não se deve esquecer que no final da década de 1990, um responsável
de urbanismo, Edvard Ravnikar, preocupado com os congestionamentos, foi a
Copenhague para aprender sobre a implantação da bicicleta na cidade, e ao voltar
aplicou o que aprendeu. Hoje, para além da Ponte do Dragão e da catedral de São
Nicolau, Liubliana é uma autêntica cidade ciclística. São 80 quilômetros de vias
sinalizadas e outros tantos de vias exclusivas. Na avenida Dunajska, um contador
indica a cada dia da semana quantas bicicletas descem do norte da cidade para o
centro (mais de 5.000 por dia). O belo parque Tívoli, mais a oeste, tem sua
própria faixa exclusiva e, em 2016, Liubliana foi eleita a capital verde da Europa.

O resto do país é um presente para os ciclistas de montanha. Ao sair da cidade,


logo se chega ao sopé dos montes Dolomitas, como no final do belo passeio que
leva até o circuito de Podutik, adaptado às bicicletas em 2015. Desfrutar disso
com uma mountain bike custa apenas 15 euros.

Rua de Quioto na plenitude do outono, a nordeste da cidade japonesa. FRANK CARTER (GETTY)

12. Quioto, ciclismo zen


Quando era capital imperial (há mais de 1.000 anos), Quioto era chamada Heian-
Kyo, cidade da paz e da tranquilidade. Nada mudou. Em contraste com as
turbulentas Osaka e Kobe, a plenitude jamais abandonou a metrópole japonesa,
um magnífico exemplo do Japão ancestral. Plana e desenhada em quadrículas,
com asfalto em perfeito estado de conservação, é ideal para ser percorrida de
bicicleta. Surpreende, no entanto, que se possa circular pela maioria das calçadas,
compartilhadas com os pedestres –advertidos pelas campainhas das bicicletas–,
embora a principal preocupação dos viajantes seja lembrar que no Japão se
circula à esquerda.

Um dos mais belos itinerários leva, ao longo de um canal, ao Caminho da


Filosofia. Ali se chega aos famosos templos de Ginkaku-ji (Pavilhão de Prata) e
Nanzen-ji, e em abril centenas de sakura (cerejeiras) florescem. No outono a
natureza oferece cores diferentes um pouco mais a oeste, no limite da vila
imperial de Katsura. Só resta reservar um ryokan, albergue tradicional e, se
possível, com onsen, um banho termal quente.

Em Quioto, a mamachari, uma bicicleta para mães original da década de 1950, é


onipresente: quadro robusto em forma de U, projetado para transportar (várias)
crianças pequenas, ir ao supermercado ou à estação sem pensar muito na
manutenção ou na segurança. O preço é acessível, em torno de 100 euros.

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