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INSTALAÇÃO PREDIAL

INSTRUTOR: DIEGO M. DE ANDRADE

ALUNO: _______________________________________ TURMA:_______

EDUCA CENTRO - CNPJ: 31.711.055/0001-33


Rod. Augusto Montenegro, 95 (Frente ao Comando Geral da PM) - Coqueiro –
Belém – PA Fone: (91) 98180-3131 (91) 98419-1930 / (91) 3038-4837- Fixo
E-mail: educacentropa@gmail.com
Site: https://educacentropa.wixsite.com/educacentropa
Conteúdo Programático

Princípios básicos da Eletricidade


a) Energia, Energia elétrica, Eletricidade.
b) Propriedades da matéria
c) Carga Elétrica (Princípios daEletrostática)

Eletrodinâmica (Grandezas Elétricas)


a) Tensão Elétrica
b) Corrente Elétrica (continua e alternada, efeitos da corrente)
c) Potência Elétrica (ativa, reativa, aparente, fator de potência)

Instalações elétricas residências


a) Previsões de normas (NBR 5410 – instalações elétricas em baixa tensão)
b) Dimensionamento do sistema
c) Tipos de fornecimento e tensão
d) Padrão de entrada
e) Quadro de distribuição
f) Distribuição de pontos de alimentação
g) Circuitos de distribuição
h) Circuitos terminais (Tug´s e Tue´s)
i) Divisão de circuitos (iluminação e força )
j) Condutores elétricos
k) Condutor de proteção
l) Dispositivos de proteção (Disjuntores termomagnéticos, Dispositivos DR)
m) Aterramento elétrico
n) Eletrodutos
o) Simbologia

Oficina prática
a) Instrumentação
b) Quadro de distribuição
c) Ligação de uma lâmpada comandada por interruptor simples
d) Ligação de mais de uma lâmpada comandada por interruptores simples
e) Ligação de lâmpada comandada de dois pontos (Interruptor paralelo = three-way)
f) Ligação de lâmpada comandada de três ou mais pontos (paralelo + Intermediário =
four-way)
g) Instalação de lâmpada fluorescente
h) Instalação de campainha
i) Instalação de relé fotoelétrico (fotocélula)
j) Instalação de sensor de presença
k) Ligação de tomadas de uso geral 2P+T (monofásicas)
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l) Ligação de tomadas de uso específico 2P+T (monofásicas e bifásicas)
m) Instalação de disjuntores no quadro de distribuição (DTM, DR)

Banco de imagens

Referências bibliográficas

Capitulo I

Princípios Básicos da Eletricidade

Energia, Energia elétrica e Eletricidade

Energia: é uma grandeza que caracteriza um sistema físico, mantendo seu valor
independente das transformações que ocorrem nesse sistema, expressando, também,
a capacidade de modificar o estado de outros sistemas com os quais interage. Pode-se
dizer também que energia é a capacidade que um sistema físico tem em realizar
trabalho.

Energia elétrica: é uma forma de energia baseada na geração de diferenças de


potencial elétrico (ddP)entre dois pontos (ou polos), que permitem estabelecer
uma corrente elétrica entre ambos. Mediante a transformação adequada é possível
obter que tal energia mostre-se em outras formas finais de uso direto, em forma
de Luz (Energia luminosa), Movimento (Energia mecânica) ou Calor (Energia térmica).

A energia elétrica é uma das formas de energia que o homem mais utiliza na
atualidade, graças a sua facilidade de transporte, baixo índice de perda energética
durante conversões entre outras vantagens.

A energia elétrica é obtida principalmente através deusinastermoelétricas, usinas


hidroelétricas, usinas eólicas e usinas termonucleares. A energia elétrica pode ser
gerada e transformada através de/em: Energia térmica (usina termoelétrica/calor),
Energia mecânica (turbinas geradoras/motores elétricos), Energia química (usinas
nucleares/pilha elétrica) e Energia luminosa (basicamenteLâmpadas elétricas).

Nenhum processo de transformação de um tipo de energia em outro é ideal, pois


geralmente há energias indesejadas denominadas perdas, como exemplo; podemos
citar a lâmpada incandescente em que uma parte da energia elétrica é transformada
em energia luminosa (desejável) e a outra parte em energia térmica ou calor (neste
caso indesejável).

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A figura abaixo mostra algumas formas de energia e suas possíveis transformações
tomando como referência a energia elétrica.

Nota: um dos processos de transformação de energia elétrica em química chama-se


Eletrólise.

Propriedades da matéria
Hoje sabemos que a explicação da natureza da eletricidade vem da estrutura da
matéria, os átomos. Na figura abaixo, vemos um esboço de um átomo dos mais
simples, o de Lítio. Temos no núcleo deste átomo, que é composto por dois tipos de
partículas subatómicas: os Prótons, partículas carregadas positivamente(+), e os
Nêutrons, que têm a mesma massa dos prótons, só que não são partículas carregadas.

Orbitando ao redor do núcleo do átomo, temos partículas cerca de 1840 vezes


mais leves que os prótons, os Elétrons, que apresentam cargas negativas (-)de mesmo
valor que as dos prótons, porém com carga de sinal diferente. Em seu estado
naturaltodo átomo tem o mesmo número de prótons e elétrons, ou seja, é equilibrado
e eletricamente neutro.

Na verdade, a figura está bem fora de escala para facilitar o desenho, já que o
diâmetro das órbitas dos elétrons varia entre 10 mil a 100 mil vezes o diâmetro do
núcleo. O modelo da figura foi proposto pelo físico inglês Ernest Rutherford, após uma
série de experiências feitas em 1906. Considerando que as cargas que conhecemos são
aquelas representadas nos átomos, os prótons positivos (+) e os elétrons negativos (+).

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Podemos dizer que carga elétrica é uma propriedade das partículas subatômicas
próton e elétron.

Podemos também dizer que um corpo com carga negativa (-) na verdade é um corpo
cujos átomos há um maior numero de elétrons do que de prótons e um corpo com
carga positiva (+) é aquele cujos átomostêm maior numero de prótons do que
elétrons.

Para tornarmos um corpo carregado positivamente, por exemplo, é necessário


“arrancar” de cada átomo um elétron, dois elétrons, etc. Este processo de variação do
número de elétrons dos átomos é chamado de ionização. Um átomo cujos elétrons
não estejam em mesmo número de seus prótons é chamado de íon.

Nota: os prótons e os elétrons são também chamados de partículas fundamentais.

Carga Elétrica(Princípios da Eletrostática)

Eletrostática e a parte da Física que estuda os fenômenos relacionados ás cargas


elétricas em repouso.

O principio fundamental da eletrostática é chamado de principio da atração e


repulsão, cujo enunciado é:

- Cargas elétricas de sinais contrários se atraem e de mesmos sinais se repelem.

A carga elétrica fundamental é simbolizada pela letra q e sua unidade de medida é o


Coulomb.

O módulo da carga de um próton (+) ou de um elétron (-) é de:

Dessa forma toda carga Q pode ser calculada da seguinte maneira:

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Onde N é o número de elétrons ee a chamada carga fundamental ou q .

condutores e isolantes

Quanto mais afastado do núcleo está um elétron, maior é sua energia,


consequentemente mais fracamente ligado ao núcleo do átomo ele estará.

Materiais condutores: são aqueles que conduzem facilmente eletricidade, ou seja, sua
composição oferece uma maior liberdade de transposição aos elétrons, como o cobre
e o alumínio.

Matérias isolantes: são aqueles que não conduzem eletricidade, ou seja, sua
composição oferece uma oposição à passagem dos elétrons, como o ar a borracha e o
vidro.

Processos de Eletrização

Eletrização por Atrito: Podemos realizar uma experiência simples utilizando um pano
de lã e um bastão de vidro. Ao esfregarmos um no outro, podemos notar que o vidro
atrai a lã e vice-versa Contudo, se repetirmos a experiência com um conjunto idêntico
ao exemplo citado á pouco e aproximarmos os dois bastões de vidro, notaremos que

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estes se repelem o mesmo acontecendo com os dois panos de lã, ou seja, cargas de
sinais contrários de mesmo valor (equilíbrio eletrostático).

Nota:equilíbrio eletrostático não significa que os corpos têm cargas iguais, mas que
tem potenciais elétricos iguais.

Eletrização por Contato: Supondo que dois corpos condutores, como as duas esferas
metálicas da (figura a). A esfera “A” já está carregada positivamente, enquanto a
esfera “B” está neutra. Se colocarmos as duas em contato, a tendência é que ambas
atinjam uma situação de equilíbrio (equilíbrio eletrostático). Para que isso ocorra, a
esfera “B” tende a neutralizar “A”, através de uma passagem de elétrons (cargas
negativas) de “B” para “A” (figura b), até que as duas atinjam a mesma carga, pois,
desta forma, nenhuma das duas esferas “sentirá” a outra mais eletrizada. Assim, a
carga final de cada uma delas será a metade das cargas iniciais do sistema (figura c),
neste exemplo, metade da carga inicial de ‘’A’’.

(Fig. a - “A” positivo e “B” neutro estão isolados e afastados)

(Fig. b - Colocados em contato, durante breve intervalo de tempo, elétrons livres vão
de “B” para “A”.

Fig. - Após o processo “A” e “B” apresentam-se eletrizados positivamente.


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Não esqueça que sempre raciocinamos em termos do movimento dos elétrons
(cargas negativas), que, como já discutimos, por ocuparem a órbita dos átomos, tem
uma mobilidade maior que os prótons.

Eletrização por Indução: Este tipo de eletrização faz uso decargas de sinais
contrários (opostos).

Aproximando um corpo eletrizado positivamente de um corpo condutor neutro


isolado, seus elétrons livres serão atraídos para a extremidade mais próxima do corpo
positivo. Dessa forma o corpo neutro ficará polarizado, ou seja, com excesso de
elétrons em uma extremidade (polo negativo) e falta de elétrons em outra (polo
positivo).

Aterrando o polo positivo desse corpo, ele atrairá elétrons da terra até que essa
extremidade fique novamente neutra. Desfazendo o aterramento e afastando o corpo
com carga positiva, o corpo inicialmente neutro fica com eletrizado negativamente.

Interações entre cargas elétricas:

- Campo Elétrico ( ): Já vimos no exemplo da lã e do vidro que cargas elétricas


sofrem atração ou repulsão dependendo do seu sinal. Podemos observar que esta
força é trocada entre as cargas mesmo no vácuo, ou seja, não depende de um “meio”
que faça com que uma carga “sinta” a presença da outra. Quem faz este papel é o
Campo Elétrico, que é uma medida da influência que uma carga elétrica exerce ao seu
redor. Quanto maior o valor de uma carga elétrica, maior atração ou repulsão ela pode
exercer sobre uma carga ao seu redor, portanto, maior também o valor do seu campo
elétrico. Para representarmos graficamente o campo elétrico, podemos recorrer ao
desenho das linhas de campo elétrico, que obedecem às seguintes reg

ras:

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1. As linhas de campo elétrico começam nas cargas positivas e terminam nas cargas
negativas;

2. As linhas de campo elétrico nunca se cruzam;

3. A densidade de linhas de campo elétrico dá uma ideia da intensidade do campo


elétrico: em uma região de alta densidade de linhas, temos um alto valor do campo
elétrico.

De uma maneira geral, as linhas de campo elétrico representam a trajetória de


uma carga positiva em repouso em um campo elétrico pré-existente.

Se a carga é positiva o campo é divergente, ou seja, as linhas de campo saem da carga.

Se a carga for negativa o campo elétrico é convergente, ou seja, as linhas de campo


chegam ás cargas.

Campo divergente campo convergente campo uniforme

A direção e o sentido do campo elétrico são os mesmos da força elétrica.

Força Elétrica ( ): Consideremos uma região submetida a um campo elétrico


uniforme. Colocando uma carga q num ponto dessa região, essa carga ficará sujeita á
uma força . Cuja unidade de medida é Newton [N]. Sendo assim a unidade de
medida do campo elétrico é o N/C (Newton/Coulomb).

Se a carga é positiva, a força age no mesmo sentido da linha de campo, se a carga é


negativa, a força age no sentido contrário ao da linha de campo. Essa força que age na
carga é de atração ou repulsão entre q e a carga geradora desse campo elétrico.

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Na figura abaixo, temos representado um campo elétrico formado entre duas
placas carregadas com cargas de sinais opostos.

Deslocando a carga positiva q do ponto A ao ponto B marcado na figura, teremos


então uma diferença de potencial (DDP que é expressa em Volt (V)) entre os pontos A
e B.

Watt (W) é o trabalho realizado pelo campo elétrico ao deslocar a carga q de A até B,
como neste exemplo q é positiva temos que W é positivo.

Temos também que:

•Cargas positivas movem-se para pontos de menor potencial;

•Cargas negativas movem-se para pontos de maior potencial.

Lei de Coulomb

Como decorrência do estudo do campo elétrico gerado por uma carga e da força que
surge em outra carga colocada nesse campo, pôde-se deduzir a expressão que nos dá
módulo da força de atração e repulsão entre duas cargas elétricas devido à interação
de seus campos elétricos. Essa expressão é denominada Lei de Coulomb e é expressa
da seguinte forma:

Onde:

Potencial Elétrico (V)

Vimos que em uma região submetida á um campo elétrico, uma carga fica sujeita á
uma força, fazendo com que ela se movimente. Isso significa que em cada ponto dessa

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região existe um potencial para a realização de trabalho. Quanto menor a distância
entre o ponto considerado e a carga geradora, maior é o potencial elétrico e vice-
versa.

O potencial elétrico é uma grandeza escalar podendo ser positivo ou negativo,


dependendo da natureza de sua carga. Calcula-se o potencial elétrico da seguinte
maneira:

Onde:

Capitulo II

Princípios da Eletrodinâmica

A Eletrodinâmica é a parte da Física que estuda os fenômenos relacionados às cargas


elétricas em movimento.

Grandezas Elétricas:
Tensão Elétrica (Diferença de potencial-DDP): é a diferença de potencial elétrico entre
dois pontos, fazendo assim com que as cargas elétricas se desloquem de um ponto ao
outro. Pode-se dizer também que Tensão Elétrica é a força que impulsiona os elétrons
em um condutor.

Esta pode ser contínua ou alternada e sua unidade de medida é o Volt (V).

O aparelho que mede a tensão elétrica chama-se Voltímetro, e para obter a medição
deve-seconectá-lo em paralelo ao circuito.

Corrente Elétrica: ao gerarmos uma diferença de potencial entre dois pontos, por
exemplo, em um condutor, os elétrons livres deste se movimentarão de forma
ordenada de um ponto ao outro. A essa movimentação dos elétrons de forma
ordenada denomina-se Corrente Elétrica.

Em um circuito elétrico, a Corrente elétrica pode ser calculada da seguinte maneira:

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Onde: Ié a CorrenteElétricaá ser calculada,Pa Potência Elétricaem watt (W) e Va
Tensão Elétrica em Volt (V) que alimenta o circuito.

Esta pode ser contínua ou alternada e sua unidade de medida é o Ampere (A).

O aparelho que mede a corrente elétrica chama-se Amperímetro, e para obter a


medição deve-seconectá-lo em série ao circuito.

Nos condutores, a corrente elétrica é formada apenas por cargas negativas (elétrons)
que se deslocam do potencial menor para o maior.

Para evitar o uso frequente do valor negativo para a corrente, utiliza-se um sentido
convencional para ela, isto é, considera-se que a corrente em um condutor metálico
seja formada por cargas positivas, indo neste caso do potencial maior para o menor.

Sentido real Sentido convencional

Fontes de alimentação

Fonte Contínua

Nasfontes de tensão e corrente contínuas, não há variação de polaridade, pois o


campo elétrico que á produz permanece invariável, ou seja, fluxos das cargas seguem
sempre em um único sentido polar de deslocamento, usualmente do positivo (+) para
o negativo (-), como por exemplo, nas pilhas e baterias elétricas.

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É geralmente representada pelas siglasCC (Corrente contínua) ou DC
(DirectCourrent)e pelas simbologias de traços contínuos (---) ou(-).

Fonte Alternada

Estes tipos de fontes são caracterizadas pelo fato de o sentido do campo elétrico que
ás produz ser periodicamente invertido, alternando deste modo o seu sentido e
polaridade (ora positivo (+), ora negativo (-)), em períodos definidos pela sua
frequência(Hertz-Hz).

Em geral as redes de distribuição de energia elétrica são alimentadas a partir de


geradores de corrente alternada instalados nas usinas (Hidrelétricas, Termelétricas,
Nucleares etc.). Dependendo da região a frequência de distribuição pode ser 50HZ em
países como na Argentina e Bolívia, por exemplo, ou 60HZcomo no Brasil e EUA.

É geralmente representada pelas siglas CA (Corrente Alternada) ou AC


(AlternateCourrent) e sua simbologia gráfica é geralmente representada
porumasenóide( ).

Éimportante enfatizar que, onde há tensão contínua(DCV) há também corrente


contínua(CC ou DC), assim como onde há uma tensão alternada (ACV) há também uma
corrente alternada(CA ou AC).

Resistência Elétrica

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A Resistência Elétrica é relacionada á característica elétrica dos materiais, que
representa a oposição á passagem da corrente elétrica neste material, ou seja, a
passagem dos elétrons.

Esta oposição á condução da corrente elétrica é provocada principalmente pela


dificuldade que os elétrons encontram em se deslocarem nos materiais, está
diretamente relacionado á sua estrutura atômica, suas dimensões e temperatura.

Um bom condutor (o cobre, por exemplo) oferece pouca resistência á passagem da


corrente elétrica e um material isolante (a Borracha, por exemplo) oferece muita
resistência á passagem dos elétrons.

A resistencia elétrica é representada pela letra R e sua unidade de medida é o Ohm


[Ω],

o choque dos elétrons com os átomos do material provoca a transferência de parte da


sua energia para eles (os átomos), que passam a vibrar com mais intensidade
aumentando a temperatura do material convertendo parte da energia elétrica em
energia térmica, á esse fenômeno de conversão denomina-se efeito Joule

1ª Lei de Ohm

Uma resistência comporta-se como um bípolo passivo, isto é, quando uma corrente
passa pela resistência, estaconsome a energia elétrica fornecida pela fonte de
alimentação, provocando queda de potencialno circuito como no exemplo abaixo:

A intensidade da corrente elétrica I depende do valor da tensão V aplicada e da própria


resistênciaR.á essa relação entre a corrente, tensão e resistência é denominada 1ª Lei
de Ohm, cujas relações são expressasmatematicamente das seguintes maneiras:

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Resistor

O resistor é um dispositivo de um circuito que transforma energia elétrica em calor,


cujo valor de resistência sob determinadas condições permanece constante.
Comercialmente podem ser encontrados resistores com diversas tecnologias, aspectos
e características (como o valor da sua resistência).

O aparelho que mede a resistência elétrica chama-se ohmímetro. Para medir a


resistência de um resistoré necessário que não haja tensão ou corrente no circuito.

2ª Lei de Ohm

A 2ª Lei de Ohm estabelece a relação entre a resistência de um material com a sua


natureza e suas dimensões.

Quanto á natureza, os matérias se diferenciam por suas resistividades, característica


essa que é representada pela letra grega ϱ(Rô), cuja unidade de medida é o
Ohm/metro [Ωm]. Quanto ás dimensões do material, são importantes o seu
comprimento L, em metros [m] e a área da seção transversal S, em metros quadrados
[m²].

A 2ª Lei de Ohm mostra que, a resistênciaRde um material é diretamente proporcional


á sua resistividade ϱ e ao seu comprimento L, e inversamente proporcional á área de
sua secção transversal S. Esta lei é expressa matematicamente da seguinte forma:

A tabela abaixo mostra a resistividade médiaϱde diferentes materiais, esses valores


são aproximados e tomados a temperatura de 20ºC.

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Tipos de cargas (Ondas de Corrente e Tensão)

As ondas de Corrente e Tensão podem estar defasadas uma da outra em um circuito


elétrico: quando a corrente está em uma determinada posição a tensão pode estar em
outra e vice-versa.

Quando a tensão está em fase com a corrente, a carga é denominada Resistiva. O


circuito elétrico é Resistivo.

Quando a corrente estáatrasada em seu deslocamento da tensão, a carga é


denominada Indutiva. O circuito elétrico é Indutivo. Esse atraso (defasamento) é de
até 90°.

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Quando a corrente está adiantada em seu deslocamento da tensão, a carga é
denominada Capacitiva. O circuito elétrico é Capacitivo. Esse atraso (defasamento) é
de até 90°.

Em um circuito de Corrente Alternada (CA), a oposição á passagem da corrente elétrica


recebem as seguintes denominações:

Resistência (R): quando se tratar de um circuito formado por resistência elétrica;

Reatância indutiva (XL): quando se tratar de bobinas (enrolamentos);

Reatância capacitiva (XC): quando se tratar de capacitor.

A soma vetorial destas duas reatâncias (XC+XL) + a resistência (R) chama-se


Impedância (Z).

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Potência Elétrica

É o resultado ou produto da tensão elétricapela corrente elétrica, ou seja, é a


quantidade de energia elétrica transformada em um determinado intervalo de tempo.

Esta energia elétrica convertida em outros tipos de energia, isto é, a Potência


Elétricapode ser percebida através de diversos tipos de transformação de energia
elétrica, estas podem ser potência ou energia luminosa (luz), potência ou energia
térmica (calor), potência ou energia mecânica (movimento).

A Potência Elétrica é medida em Volt-ampère (VA),á essa potência denomina-se


Potência Aparente, é a potência total fornecida pelo gerador, que por sua vez é
composta de duas parcelas a Potência Ativa e a Potência Reativa

Potência Ativa

É a parcela da potência aparente que é efetivamente transformada nas seguintes


Potências:

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É a parcela da potência aparente ou potência total fornecida pelo gerador, por ela ser
totalmente dissipada é também denominada potência útil, real ou de trabalho.
A potência ativa é medida em Watt (W), e pode ser calculada da seguinte maneira:

P=V.I
Potência reativa

É a parcela da potência aparente ou potência total fornecida pelo gerador


transformada em campo magnético, necessário para o funcionamento de:

A potência reativa é medida em Volt-ampère-reativo (Var).

Em projetos de instalações elétricasresidenciais,os cálculos efetuados são baseados na


potência aparente e potencia ativa, por tanto, é importante conhecer a relação entre
estas para que se entenda o que é fator de potência.

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Fator de potencia

Sendo a potencia ativa uma parcela da potencia aparente, pode-se dizer que esta
representa a porcentagem da potencia aparente que é ou será transformada em
trabalho. A esta parcela denomina-se fator de potencia.

Quando o fator de potencia é igual á 1, significa que toda a potencia aparente foi
transformada em potencia ativa. Isto acontece nos equipamentos que só possuem
resistência, tais como: lâmpadas incandescentes, chuveiros elétricos, ferro elétrico etc.

Os conceitos vistos anteriormente possibilitarão o entendimento do próximo assunto:


levantamento das potências (cargas) da instalação.

O levanta mento das potencias é feito mediante uma previsão das potencias (cargas)
mínimas de iluminação e tomadas a serem instaladas, possibilitando assim determinar
a potencia total prevista para a instalação.

A previsão de carga deve obedecer os critérios da NBR 5410, item 4.2.1.2

A planta abaixo servira de exemplo para o levantamento das potencias (cargas).

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Planta baixa de uma residência

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Prevendo a carga de iluminação da planta residencial utilizada para o exemplo temos:

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Para obter a potencia total da instalação, faz-se necessário calcular a potencia ativa e
depois soma-las.

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Em função da potencia ativa total prevista para a residência é que se determina o
padrão de fornecimento, a tensão de alimentação e o padrão de entrada.

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Sepotencia total prevista for:

Até 7.500W

Acima de 7.500W á 15.000W

Acima de 15.000W á 75.000W

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No exemplo a potência ativa total foi de:

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Através do circuito de distribuição, essa energia é levada do medidor até o quadro de
distribuição também conhecido com quadro de luz através dos condutores.

A concessionária fornece até 30m de cabo condutor para o ramal de ligação,


excedendo esse valor, o solicitante da unidade consumidora fica responsável pela
compra do material excedente.

Unidade consumidora

• Conjunto de instalações e equipamentos elétricos caracterizados pelo


recebimento de energia elétrica em um só ponto de entrega, com medição
individualizada e correspondente a um único consumidor.

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O quadro de distribuição deve obrigatoriamente estar em lugar de fácil acesso e o mais
próximo possível do medidor. Isto é feito para se evitar gastos desnecessários com os
fios do circuito de distribuição que são os mais grossos de toda a instalação, e,
portanto, mais caros.

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Abaixo veremos um exemplo de distribuição de circuitos para a planta baixa de
exemplo

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Algumas das principais sibologias usadas em projetos de instalações elétricas:

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Os condutores para uma melhor identificação de suas funções possuem cores padrão:

Condutor fase: Fase é onde tem a variação de potencial, hora positivo hora negativo
geralmente varia assim 60 vezes por segundo 60Hz,pode ter uma diferencia de
potencial de 220V,380V,440V... entre duas fases e tensões de 127,220,256...entre uma
fase e o neutro (dependendo da tensão da rede). As cores padrão deste condutor são:
Vermelho, Preto ou Branco.

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Condutor neutro: O Neutro é o potencial zero da carga se aterrado ou em cargas
equilibradas. A cor padrão deste condutor é: Azul

Condutor terra e Aterramento

Um sistema de aterramento é um conjunto de condutores (Hastes) enterrados, cujo


objetivo é realizar o contato entre o circuito e o solo com a
menor impedância possível. Os sistemas mais comuns são hastes cravadas
verticalmente, condutores horizontais ou um conjunto de ambos.
A forma de aterramento mais completa é a malha de terra, composta de condutores
horizontais formando um quadriculado, com hastes cravadas em pontos estratégicos.
As malhas são amplamente usadas em subestações. Além das funções descritas
anteriormente, as malhas de terra devem assegurar que os níveis de tensão de toque e
de passo sejam inferiores ao risco de morte por choque.
Condutor terra:Interliga o ponto de conexão (á ser aterrado) ás hastes de
aterramento, escoando assim correntes de fuga, sobre-correntes e sobre-tensões
provenientes de curtos-circuitos. As cores padrão deste condutor são: Verde ou Verde
e Amarelo.
Exemplo de distribuição do condutor terra

Condutor de retorno: interliga a fase á carga através de um interruptor,A cor


padrão deste condutor é: Amarelo ou preto (se o fase for de outra cor).

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A planta abaixo demonstra os encaminhamentos dos eletrodutos e pontos de
iluminação e tomadas.

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Representação gráfica da fiação

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Banco de imagens

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Referencias bibliográfica:
Instalações elétricas residenciais Vol. 3 (2003): professor Hilton Moreno

Instalações elétricas prediais: Alfonso Martignoni

Eletricidade básica: Petrobras – Nelson Cortez Saavedra Filho

Circuitos elétricos: Marco Markus

Manual de Instalações elétricas : CEMIG

Laboratório de instalações elétricas: UFCG (universidade federal de campina grande)

Estudos das correntes: Internet (sem autor mencionado)

Banco de imagens e tabelas: Internet

Agradecimentos:
A Deus pai, Jesus, Juliana Flor, Bernardo Andrade (em memoria), Karen Andrade, Tânia Andrade, Denise
Andrade, Dennis Andrade, Tháila, Kelly de Fátima, Shirley Cristina, Rosilene de Fátima, Sergio Santana,
Erica Gonçalves, Tereza Brasil, Bibí e aos autores da referencias bibliográficas. Á todos muito obrigado!

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