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Manifesto do Partido Comunista – Parte I.

Burgueses e Proletários

“A história de toda sociedade até aqui é a luta de classes” - Marx&Engels

Segundo Marx e Engels, a luta de classes sempre existiu, desde os da escravidão, da Idade
Média, até os dias mais atuais.
Nesta parte do Manifesto, eles têm como objetivo criticar o modo como a sociedade
capitalista se formou a partir da burguesia. Já que eles eram os detentores de Capital, eram
eles os beneficiados pela maquinaria, pela revolução industrial das máquinas.
Eles aproveitam este capítulo para criticar principalmente o modo como a sociedade se
curvou aos burgueses, trabalhando para eles, virando meramente vendedores de sua mão de
obra, perdendo o seu valor.
“A burguesia despiu da sua aparência sagrada todas as atividades até aqui veneráveis e
consideradas com pia reverência. Transformou o médico, o jurista, o padre, o poeta, o homem
de ciência em trabalhadores assalariados pagos por ela.” citam os autores
Em sua visão, a burguesia suprime cada vez mais a dispersão dos meios de produção, da
propriedade e da população. Aglomeraram a população e centralizaram os meios de
produção. Assim, concentrando a propriedade em pouquíssimas mãos. Com isto, a política foi
centralizada.
“Na mesma medida em que a burguesia, é, o capital se desenvolve, nessa mesma medida
desenvolve-se o proletariado, a classe dos operários modernos, os quais só vivem enquanto
encontram trabalho e só encontram trabalho enquanto o seu trabalho aumenta o capital”
O trabalho do proletariado se perdeu com a extensão da maquinaria e com a divisão do
trabalho. Pois, a partir daí, tornam-se meros acessórios que manejam máquinas. E dessa
forma, acabam por terem seus salários bruscamente diminuídos, fazendo com que o que
ganham seja apenas para sua subsistência. Na mesma medida em que aumentam a maquinaria
e a divisão do trabalho, na mesma medida sobe também a massa do trabalho, seja pelo
aumento da jornada de trabalho, pelo funcionamento acelerado das máquinas, etc.
“O proletariado passa por diversos estádios de desenvolvimento. A sua luta contra a
burguesia começa com a sua existência.”
No começo são operários individuais que lutam, depois operários de uma fábrica, depois
operários de um ramo de trabalho contra o burguês individual que os explora diretamente. A
coesão dos operários não é resultado de sua união, mas consequência da união da burguesia.
Toda luta de classes é uma luta política. E apenas o proletariado é uma classe realmente
revolucionária. Toda a sociedade se debruça na oposição de classes opressoras e oprimidas,
mas para que possa se oprimir um, é preciso que sejam asseguradas condições em que
possam ao menos ir arrastando sua existência servil.
O servo conseguiu chegar a membro da comuna, assim como o pequeno burguês chegou à
burguês. Mas o proletário atual em vez de crescer com o progresso da indústria, se afunda
cada vez mais embaixo de sua própria classe. Por isso a burguesia é incapaz de continuar
como a classe dominante, pois como explicam os autores: “Ela é incapaz de dominar porque
é incapaz de assegurar ao seu escravo a própria existência no seio da escravidão, porque é
obrigada a deixá-lo afundar-se numa situação em que tem de ser ela a alimentá-lo, em vez de
ser alimentada por ele.”
A condição essencial para a burguesia existir é a acumulação de riqueza na mão de privados,
a formação e a multiplicação de capital. A condição do capital é o trabalho assalariado. O
trabalho está exclusivamente na concorrência entre os operários.
Assim os autores terminam o capítulo: “O progresso da indústria, de que a burguesia é
portadora, involuntária e sem resistência, coloca no lugar do isolamento dos operários pela
concorrência a sua união revolucionária pela associação. Com o desenvolvimento da grande
indústria é retirada debaixo dos pés da burguesia a própria base sobre que ela produz e se
apropria dos produtos. Ela produz, o seu próprio coveiro. O seu declínio e a vitória do
proletariado são igualmente inevitáveis.”

Bibliografia:
https://www.marxists.org/portugues/marx/1848/ManifestoDoPartidoComunista/cap1.htm

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