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Resumindo MC e PE

Olá, no post de hoje iremos encerrar um assunto.

Vamos fazer um resumão dos assuntos, Margem de Contribuição e Ponto de Equilíbrio.

Vamos falar de Ponto de Equilíbrio Contábil, Financeiro e Econômico.

A ideia é juntar todos os Ponto de Equilíbrio com a Margem de Contribuição e entender pra que serve, por que o como fazer o cálculo.

Se você quiser ver cada um desse assuntos, em posts e videoaulas separadamente, acesse esses posts aqui:

 Margem de Contribuição

 Ponto de Equilíbrio Contábil

 Ponto de Equilíbrio Financeiro

 Ponto de Equilíbrio Econômico

Margem de Contribuição.

Vamos entender o cálculo da Margem de Contribuição através de exemplo.

Calculando…

Informações para efetuarmos os cálculos

Receita Bruta = R$1.856.300,00

(-) Devoluções e Abatimentos = R$325.432,00

Custos Variáveis = 523.097,60 = 34,17%

Despesas Variáveis = 20% = R$306.173,60


Receita Líquida = Receita Bruta (R$ 1.856.300,00) – Devoluções e Abatimentos (R$325.432,00)
Receita Líquida = R$ 1.530.868,00

Para que serve a Margem de Contribuição.

A princípio a MC é utilizada para sabermos quanto é o Ponto de equilíbrio da Empresa.

Quanto precisa faturar para cobrir os Custos e Despesas Fixos e Variáveis, com resultado zero.

Por outro lado, a Margem de Contribuição também ajuda a empresa a elaborar seu mix de produto.

Dessa forma a empresa poderá combinar a venda de produtos com Margens de Contribuição diferentes, objetivando a maior Margem de Contribuição
possível no total de vendas.

Resumindo, a Margem de Contribuição é o que sobra da sua Venda Líquida tirando os Custos e Despesas Variáveis, que vai contribuir para cobrir a sua
estrutura fixa (Custo e Despesa Fixa).

As despesas e custos variáveis são inerentes a venda, quanto mais eu vendo maior será as despesas e custos variáveis.
IMPORTANTE: Para os Custos e Despesas Variáveis você normalmente usa o número em percentual, para facilitar, por exemplo, uma projeção de
faturamento.

Dessa forma você mantém o percentual fixo, mas o valor vai alterar de acordo com a variação do faturamento.

Vamos fazer uma projeção de faturamento, partindo do exemplo anterior, justamente para entender essa questão do percentual fixo e variação de valores
conforme variação da receita.

Exemplo anterior

Agora vamos projetar um novo valor para a Receita, mantendo os percentuais dos Custos e Despesas variáveis:
Os percentuais não se alteram, porque a estrutura de venda não mudou, estamos falando da mesma empresa, e mesmo produto.

Enfim, isso significa que a Margem de Contribuição não muda percentualmente, só irá mudar se mudar a estrutura de produto ou de venda.

Ponto de Equilíbrio Contábil

Informações para efetuarmos os cálculos


Custos Variáveis = 34,17%
Despesas Variáveis = 20%
Margem de Contribuição = 45,83% (Margem de Contribuição em R$/Receita Líquida em R$)

Despesas Fixas = R$280.000,00


Custos Fixos = R$480.000,00

Ponto de Equilíbrio é um faturamento em que vamos cobrir todos os custos e despesas fixas e variáveis, mas não teremos resultado, ou seja, não dará lucro
nem prejuízo.
Custos Fixo e Variáveis + Despesas Fixas e Varáveis = Toda a estrutura da empresa.

Para conferir se o cálculo do Ponto de Equilíbrio Contábil está certo, substitua a Receita Líquida pelo valor do Ponto de Equilíbrio (R$1.658.302,42) e
multiplique pelo percentual de Margem de Contribuição.

Dessa forma você encontrará a Margem de Contribuição em Reais.

Posteriormente subtrai os Custos e Despesas Fixas desse valor da Margem de Contribuição.

Se o resultado for zero, o cálculo do Ponto de Equilíbrio Contábil estará correto.


Ponto de Equilíbrio Financeiro

Informações para efetuarmos os cálculos

Margem de Contribuição  =  45,83%


Custos Fixos = R$480.000,00
Despesas Fixas = R$280.000,00
Depreciação  =  R$12.500,00

O Ponto de Equilíbrio Financeiro é o Faturamento que vai cobrir todos os custos e despesas fixas e variáveis, mas somente aqueles que passam pelo caixa,
ou seja, itens monetários, os que não passam pelo caixa, itens não monetários, não entrem nesse cálculo.

Itens não Monetários, não passam e nunca passarão pelo caixa, por exemplo, depreciação, amortização, exaustão e equivalência patrimonial.

A ideia aqui é saber qual faturamento eu preciso para cobrir todos os custos e despesas fixas representadas por itens monetários, por isso eu tenho que
extrair das despesas e custos fixos os itens não monetários.
No Exame de Suficiência, se a questão for sobre Ponto de Equilíbrio Financeiro, no enunciado terá informações sobre os itens não monetários.

Conferindo…

Diminuindo depreciação
Ponto de Equilíbrio Econômico

Informações para efetuarmos os cálculos

Margem de Contribuição  =  45,83%


Custos Fixos = R$480.000,00
Despesas Fixas = R$280.000,00
Custo de Oportunidade = 20% do Capital Social
Capital Social = R$200.000,00

O detalhe desse cálculo fica por conta do Custo de Oportunidade

Em outras palavras o Custo de Oportunidade representa o ganho que os sócios deveriam ter com a empresa, para desencoraja-los a aplicar esse
investimento em outra oportunidade, ou seja, em outro negócio.

É  quanto eu quero que valha essa oportunidade de colocar o meu dinheiro nessa empresa, a forma de calcular vai depender o objetivo e prioridade de cada
sócio, de cada empresa.

No Exame de Suficiência a informação sobre o Custo de Oportunidade estará no enunciado da questão.


Conferindo…
RESUMO

Margem de Contribuição = 45,83%

Ponto de Equilíbrio Contábil = R$1.658.302,42 (Considerando todos os Custos e despesas)

Ponto de Equilíbrio Financeiro   = R$1.631.027,71 (Todos Custos e Despesas – Itens não Monetários)

Ponto de Equilíbrio Econômico  = R$1.745.581,50 (Todos os Custos e despesas + Custo de Oportunidade)


Olá, hoje vamos falar sobre Estoques – Ajuste entre o Físico e o Contábil.

Por que o Ajuste?


Essa situação é muito comum em empresas que periodicamente fazem inventario dos seus estoques. Dificilmente você terá um
inventario que baterá exatamente a quantidade que tem no físico e no Contábil, o que muda é se essa diferença é muito alta, ou se
é insignificante.

É procedimento rotineiro em qualquer empresa a contagem dos estoques, ou seja, o inventário que pode ser realizado
periodicamente ou ao menos uma vez por ano.

O objetivo do inventário é principalmente a conferência dos registros contábeis com a existência física dos estoques. É comum
que possam haver algumas divergências tanto para mais quanto para menos, porém todas as divergências devem ser ajustadas
para que a contabilidade reflita exatamente o que existe fisicamente.

Eu diria que além de ser ajustada essa diferença, nós devemos sempre saber os motivos que causaram essas diferenças. O
objetivo é trabalhar essas diferenças para evitá-las no futuro.

Regularização
A Regularização do saldo (ajuste) será feita a Débito ou a Crédito de Estoque dependendo se a diferença for a maior ou a menor,
porém a contrapartida, vai depender da relevância e principalmente do motivo da diferença, a saber:

1. Ajustaremos na Conta “Custo das Mercadorias Vendidas” ou “Custo dos Produtos Vendidos”, se forem divergências
pouco significativas ou decorrentes de erros na movimentação dos estoques;
2. Ajustaremos na Conta “Despesas não Operacionais”, se as divergências forem significativas e principalmente se forem
provenientes de eventos não relacionados com as operações normais da empresa, podendo ser: roubo, furto, perda, etc.

Caso Prático

A Empresa XYZ efetuou a contagem física ao final do exercício e apurou algumas diferenças em algumas de suas mercadorias, a
saber:

Observação Importante:

Após algumas verificações de controles constatou-se que a diferença apurada na mercadoria “C” foi fruto de um roubo
Analisando, podemos perceber que o Contábil era maior, por isso, ajustaremos com o Físico, creditando a Conta de Estoques.

Como a diferença é irrelevante e o problema é oriundo de controle eu irei debitar o Custo de Mercadoria vendida no resultado.

Também temos uma diferença pequena nesse caso, porém é ao contrario, fisicamente eu tenho mais do que contabilmente. Aqui
o problema também é controle e o valor irrelevante. Por contabilmente estar menor que fisicamente eu tenho que debitar os
Estoques e Creditar Custos de Mercadoria Vendida.

Nesse caso já há uma diferença maior, por isso usaremos Despesa não Operacional. Neste caso o Contábil está maior do que o
Físico por motivo de roubo, por isso irei debitar Despesa não Operacional e creditar Estoque de Mercadorias.

Como dissemos anteriormente, o mais importante nas diferenças de inventário é entender o que ocasionou as diferenças, para
tentarmos evitá-las ao máximo

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