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CURSO DE OPERAÇÃO E
MANUTENÇÃO DE PARQUES
EÓLICOS
Prof. Demercil
www.dee.ufc.br/~demercil
CURSO DE OPERAÇÃO E
MANUTENÇÃO DE PARQUES
EÓLICOS
Mecanismos de Formação dos Ventos
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07/03/2012
O RECURSO EÓLICO
• A energia eólica provém da radiação solar uma vez que
os ventos são gerados pelo aquecimento não uniforme da
superfície terrestre.
• Uma estimativa da energia total disponível dos ventos ao
redor do planeta pode ser feita a partir da hipótese de
que, aproximadamente, 2% da energia solar absorvida
pela Terra é convertida em energia cinética dos ventos.
• Este percentual, embora pareça pequeno, representa
centena de vezes a potência anual instalada nas centrais
elétricas do mundo.
• Os ventos que sopram em escala global e aqueles que se
manifestam em pequena escala são influenciados por
diferentes aspectos entre os quais destacam-se a altura,
a rugosidade, os obstáculos e o relevo.
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Ventos Continentais
• As monções são ventos periódicos que mudam
de direção a cada seis meses aproximadamente.
Em geral, as monções sopram em determinada
direção em uma estação do ano e em sentido
contrário em outra estação.
• Em função das diferentes capacidades de refletir,
absorver e emitir o calor recebido do Sol
inerentes à cada tipo de superfície (tais como
mares e continentes) surgem as brisas que
caracterizam-se por serem ventos periódicos que
sopram do mar para o continente e vice-versa.
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Ventos Continentais
• No período diurno, devido à maior capacidade da terra
de refletir os raios solares, a temperatura do ar
aumenta e, como conseqüência, forma-se uma
corrente de ar que sopra do mar para a terra (brisa
marítima).
• À noite, a temperatura da terra cai mais rapidamente
do que a temperatura da água e, assim, ocorre a brisa
terrestre que sopra da terra para o mar.
• Normalmente, a intensidade da brisa terrestre é menor
do que a da brisa marítima devido à menor diferença
de temperatura que ocorre no período noturno.
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VENTOS LOCAIS
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Variações Anuais
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Variações Sazonais
• O aquecimento não uniforme da superfície terrestre
resulta em significativas variações no regime dos ventos,
resultando na existência de diferentes estações do ano.
• Considerando que, em função da relação cúbica entre a
potência disponível e a velocidade do vento (na altura do
eixo da turbina), em algumas faixas de potência, uma
pequena variação na velocidade implica numa grande
variação na potência.
• Sendo assim, a utilização de médias anuais (ao invés de
médias sazonais) pode levar a resultados que se afastam
da realidade.
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Variações Diárias
• As variações diárias na velocidade do vento (brisas marítimas e
terrestres, por exemplo) também são causadas pelo aquecimento não
uniforme da superfície da Terra.
• Essas variações são importantes quando, após a escolha de uma
região, procura-se o local mais adequado para a instalação do sistema
eólico dentro dessa área.
• Ao comparar a evolução da velocidade média ao longo do dia percebe-
se que há uma significativa variação de um mês para os outros. Com
esse tipo de informação pode-se projetar melhor o sistema eólico.
• Por exemplo, nos locais em que os ventos no período do dia são mais
fortes do que os ventos no período da noite e a carga de pico ocorre
durante o dia, a carga base pode ser fornecida pelo sistema existente e
a carga adicional pelo sistema eólico.
• Entretanto, se a carga de pico ocorre durante a noite, provavelmente a
demanda será maior que o disponível e um sistema de estocagem pode
se fazer necessário.
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CURSO DE OPERAÇÃO E
MANUTENÇÃO DE PARQUES
EÓLICOS
Introdução aos Sistemas Eólicos de
Conversão de Energia
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Energia do Vento
• Fisicamente, a energia do vento consiste na energia
cinética da massa de ar em movimento. Considerando-se
que o vento apresenta direção fixa e velocidade constante,
pode-se desenvolver uma expressão para a potência
relacionada a uma determinada área de captação.
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Energia do Vento
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Energia do Vento
• Manipulando-se as equações:
Lv 2 [J]
Ec
• A potência média é 2
igual
à energia dividida pelo
intervalo de tempo desejado.
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Energia do Vento
• Considerando-se a velocidade do vento
constante, a razão L/t é igual a própria
velocidade do vento. Substituindo-se L/t por v
obtém-se a equação:
v 3 [W]
Pv
2
• Considerando-se a densidade do ar igual a 1,15
kg/m obtém-se:
3
[W]
Pv 0,575 Av 3
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EXEMPLO
• Calcule a potência disponível no vento, para velocidades
de 1m/s a 20m/s, considerando-se um disco
perpendicular à sua direção, com diâmetro igual a 40m.
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COMPONENTES DE UM SISTEMA
EÓLICO
• No início da utilização da energia eólica, surgiram
turbinas de vários tipos – eixo horizontal, eixo
vertical, com apenas uma pá, com duas e três
pás, gerador de indução, gerador síncrono etc.
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COMPONENTES DE UM SISTEMA
EÓLICO
• Entretanto, algumas características desse projeto
ainda geram polêmica, como a utilização ou não
do controle do ângulo de passo (pitch) das pás
para limitar a potência máxima gerada.
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COMPONENTES DE UM SISTEMA
EÓLICO
• Vento: Disponibilidade energética do local destinado à
instalação do sistema eólico.
• Rotor: Responsável por transformar a energia cinética
do vento em energia mecânica de rotação.
• Transmissão e Caixa Multiplicadora: Responsável
por transmitir a energia mecânica entregue pelo eixo do
rotor até a carga. Alguns geradores não utilizam este
componente; neste caso, o eixo do rotor é acoplado
diretamente à carga.
• Gerador Elétrico: Responsável pela conversão da
energia mecânica em energia elétrica.
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COMPONENTES DE UM SISTEMA
EÓLICO
• Mecanismo de Controle: Responsável pela orientação
do rotor, controle de velocidade, controle da carga, etc.
• Torre: Responsável por sustentar e posicionar o rotor
na altura conveniente.
• Sistema de Armazenamento: Responsável por
armazenar a energia para produção de energia firme a
partir de uma fonte intermitente.
• Transformador: Responsável pelo acoplamento
elétrico entre o aerogerador e a rede elétrica.
• Acessórios: São os componentes periféricos.(**)
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Rotor Eólico
• O rotor é o componente do sistema eólico
responsável por captar a energia cinética dos
ventos e transformá-la em energia mecânica de
rotação.
• A configuração do rotor influenciará diretamente
no rendimento global do sistema.
• Os rotores eólicos podem ser classificados
segundo a orientação do eixo como: rotores de
eixo horizontal e os rotores de eixo vertical.
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Rotor Eólico
• A característica de conversão de um rotor
depende do seu tipo, número de pás, perfil
aerodinâmico e tamanho.
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Rotor Eólico
• Na situação em que o rotor está parado na
presença de vento, a potência produzida é zero,
embora exista torque aplicado ao rotor pelo
vento.
• Neste caso, devido a ausência de deslocamento,
não existe potência gerada, pois a potência
mecânica instantânea aplicada ao rotor é igual
ao produto entre a velocidade angular
instantânea e o torque instantâneo.
• Sendo a velocidade nula, a potência é nula
mesmo que o torque seja diferente de zero.
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Rotor Eólico
• Em outra situação extrema o rotor gira a uma velocidade
tal que o vento não impõe torque mecânico útil ao rotor;
neste caso diz-se que o rotor está rodando livre.
• A velocidade do vento permanece praticamente a mesma
ao passar pelo rotor, reduzida apenas de forma a
compensar as perdas por atrito.
• Neste caso, a potência produzida também é nula, pois o
torque útil é nulo (embora a velocidade não seja).
• Quando o rotor gira com velocidade maior que a do vento
ou então com velocidade negativa (opondo-se à direção
que seria imposta pelo vento), o rotor está dissipando
energia ao invés de absorvê-la do vento.
• Estas situações não caracterizam operação como
gerador.
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Rotor Eólico
• Por fim, existe a situação em que o rotor gira a uma
velocidade maior que zero e menor que a velocidade de
rotor livre.
• Dentro desses limites haverá potência útil disponível no
eixo do rotor que pode ser convertida em energia elétrica
por um gerador que esteja acoplado.
• Dentro desse intervalo observa-se que, dada uma
velocidade de vento, existe uma velocidade do rotor que
maximiza a potência produzida.
• Ou seja, para cada velocidade de vento a qual o rotor é
submetido, existe uma velocidade de operação que
maximiza a potência gerada.
• Por este motivo, a operação em freqüência variável é
preferível à operação em freqüência fixa.
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Rotor Eólico
V2
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Rotor Eólico
• Ao passar pelo rotor, a velocidade do vento é reduzida de v para
v2. A energia cinética da massa de ar que segue em direção ao
rotor é dada pela equação
m.v 2
Ec
2
• Da mesma forma, a energia associada ao vento à jusante do rotor
é dada por:
m.v 22
Ec 2
2
• Obviamente, se v é igual a v2, não há alteração na energia cinética
do vento e Ec é igual a Ec2. Se v é diferente de v2, parte da
energia cinética do vento é convertida pelo rotor. A energia que é
absorvida pelo rotor é igual a diferença entre Ec e Ec2, sendo dada
pela equação
Er
m. v 2 v 22
2
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Rotor Eólico
• A potência absorvida pelo rotor é obtida derivando-
se em relação ao tempo.
pr
2
d m v v2
2
dt 2
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Rotor Eólico
• Segundo a teoria da mecânica dos fluidos, pode-se provar que a
velocidade v1 é igual a média aritmética da velocidade à jusante e da
velocidade à montante, sendo dada por :
v v2
v1
2
• Manipulando-se as equações:
. A.v 2 v 22
. v v2
pr
4
• Essa equação fornece a potência absorvida pelo rotor em função das
velocidades à montante e à jusante, da área interceptada e
densidade do ar. Define-se como coeficiente de potência, Cp, a razão
entre a potência mecânica realmente convertida pelo rotor e a
potência disponível no vento.
Pr 1 v 2 v 2
2
Cp .1 .1
Pv 2 v v
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Rotor Eólico
• Quando v2/v=1, ou seja, quando v não é
alterada, nenhuma energia é absorvida pelo
rotor.
• À medida que o rotor passa a absorver a energia
cinética do vento, a velocidade v2 passa a ser
menor que v e CP >0, indicando que foi entregue
potência ao rotor.
• Nota-se que CP apresenta um ponto de valor
máximo, para v2/v=1/3,dado por:
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C p max 0,593
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Rotor Eólico
• Conclui-se então que máxima potência é extraída do vento
quando a sua velocidade é reduzida a 1/3 do seu valor.
• O valor de Cp=0,593 corresponde ao máximo rendimento
que pode ser obtido por um rotor ideal, sendo por isso
chamado de coeficiente de potência ideal.
• Para v2/v=0, ou seja, v2=0, parte da energia é dissipada.
• Para v2=0, Cp=0,5, metade da potência eólica é convertida
pelo rotor, sendo que a outra metade é dissipada.
• Para 0 < v2 <v, parte da energia cinética do vento é
convertida pelo rotor, parte é dissipada e outra parte
continua em forma de energia cinética no vento que segue.
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Rotor Eólico
• Em geral, o comportamento de um rotor é
fornecido em forma de um gráfico que relaciona
os coeficientes CP e .
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EXEMPLO
• Determine a potência mecânica disponível no
eixo do rotor de uma turbina com velocidade
variável com 40m de diâmetro, considerando-se
um rotor de 3 pás ideal (vnominal=12m/s).
• Qual a velocidade de rotação?
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Mecanismos de Controle
• Os mecanismos de controle destinam-se à orientação do
rotor, ao controle de velocidade, ao controle de carga, etc.
Pela variedade de controles, existe uma enorme variedade
de mecanismos que podem ser mecânicos (velocidade,
passo, freio), aerodinâmicos (posicionamento do rotor) ou
eletrônicos (controle da carga).
• Os modernos aerogeradores utilizam dois diferentes
princípios de controle aerodinâmico para limitar a extração
de potência à potência nominal do aerogerador. São
chamados de controle estol (stall) e controle de passo
(pitch).
• No passado, a maioria dos aerogeradores usavam o
controle estol simples; atualmente, entretanto, com o
aumento do tamanho das máquinas, os fabricantes estão
optando pelo sistema de controle de passo que oferece
maior flexibilidade na operação das turbinas eólicas.
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Controle de Passo
• O controle de passo é um sistema ativo que normalmente
necessita de uma informação vinda do controlador do
sistema.
• Sempre que a potência nominal do gerador é
ultrapassada, devido à um aumento da velocidade do
vento, as pás do rotor giram em torno do seu eixo
longitudinal; em outras palavras, as pás mudam o seu
ângulo de passo para reduzir o ângulo de ataque.
• Esta redução do ângulo de ataque diminui as forças
aerodinâmicas atuantes e, conseqüentemente, a extração
de potência.
• Para todas as velocidades do vento superiores à
velocidade nominal, o ângulo é escolhido de forma que a
turbina produza apenas a potência nominal.
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Controle de Passo
• Turbinas com controle de passo são mais
sofisticadas do que as de passo fixo, controladas
por estol porque estas necessitam de um sistema
de variação de passo. Por outro lado, elas
possuem certas vantagens:
• permitem controle de potência ativo sob todas as
condições de vento, também sob potências parciais;
• alcançam a potência nominal mesmo sob condições de
baixa massa específica do ar (grandes altitudes dos
sítios, altas temperaturas);
• maior produção de energia sob as mesmas condições
(sem diminuição da eficiência na adaptação ao estol da
pá);
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Controle de Passo
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Controle de Passo
• Na Alemanha cerca de 50% de todos os aerogeradores
instalados são do tipo controle de passo porque dois dos
maiores fabricantes preferem este tipo de controle de
aerogeradores.
• Na nova geração de turbinas da classe de megawatt, muitos
fabricantes mudaram para sistemas de controle de passo
(curva característica).
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Controle Estol
• O controle estol é um sistema passivo que reage à
velocidade do vento. As pás do rotor são fixas em seu
ângulo de passo e não podem girar em torno de seu eixo
longitudinal.
• O ângulo de passo é escolhido de forma que, para
velocidades de vento superiores a velocidade nominal, o
escoamento em torno do perfil da pá do rotor descola da
superfície da pá (estol), reduzindo as forças de
sustentação e aumentando as forças de arrasto.
• Sob todas as condições de ventos, superiores à
velocidade nominal, o escoamento em torno dos perfis
das pás do rotor é, pelo menos parcialmente, descolado
da superfície produzindo menores forças de sustentação
e elevadas forças de arrasto.
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Controle Estol
• Menores sustentações e maiores arrastos atuam contra um
aumento da potência do rotor.
• Para evitar que o efeito estol ocorra em todas as posições
radiais das pás ao mesmo tempo, o que reduziria
significativamente a potência do rotor, as pás possuem uma
pequena torção longitudinal que as levam a um suave
desenvolvimento deste efeito.
• Sob todas as condições de ventos superiores à velocidade
nominal o fluxo em torno dos perfis das pás do rotor é, pelo
menos, parcialmente descolado da superfície (Figura),
produzindo, portanto sustentações menores e forças de
arrasto muito mais elevadas.
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Controle Estol
• Turbinas com controle estol são mais simples do
que as de controle de passo porque elas não
necessitam de um sistema de mudança de
passo. Os aerogeradores com controle estol, em
comparação com os aerogeradores com controle
de passo possuem, em princípio, as seguintes
vantagens:
• inexistência de sistema de controle de passo;
• estrutura de cubo do rotor simples;
• menor manutenção devido a um número menor de
peças móveis;
• auto-confiabilidade do controle de potência.
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Controle Estol
• Muitos fabricantes inicialmente utilizaram esta
possibilidade simples de controle de potência, que
sempre necessita de uma velocidade constante do rotor,
geralmente dada pelo gerador de indução diretamente
acoplado à rede.
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Controle Estol-Ativo
• Mais recentemente surgiu uma concepção que mistura os
mecanismos de controle por estol e de passo
(denominada “estol ativo”).
• Neste caso, o passo da pá do rotor gira na direção do
estol e não na direção da posição de embandeiramento
(menor sustentação), como é feito em sistemas de passo
normais. As vantagens deste sistema são:
• necessidade de reduzidas mudanças no ângulo do
passo;
• possibilidade de controle da potência sob condições de
potência parcial (baixas velocidades de vento);
• a posição de embandeiramento das pás do rotor para
cargas pequenas em situação de altas velocidades de
vento.
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Exercício
• Traçar as curvas de potência de uma turbina eólica,
sendo dados:
• C1=0,5176;
• C2=116;
• C3=0,4;
• C4:5,0; i
1
1 0, 035
• C5=21
0, 08 3 1
• C6=0,0068
C
C 5
C p C1 2 C3 C4 e i C6
i
68
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