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Está localizada no
oeste do México, no centro de Jalisco, na área geográfica conhecida como Vale de
Atemajac. É a terceira cidade mais populosa do país, com 1 495 182 habitantes e é sede
da Região Metropolitana de Guadalajara, formada com outros sete municípios,
considerada a segunda área metropolitana mais populosa do país e a décima na América
Latina, com 4 625 000 habitantes. Seu território é delimitado a norte pelos municípios
de Zapopan e Ixtlahuacán del Río, na direção leste com Tonalá e Zapotlanejo, ao sul
com San Pedro Tlaquepaque e a oeste com Zapopan. O município possui, ainda, 814 km²,
o que faz desta uma das maiores cidades do país em área territorial, juntamente com
a Cidade do México, Monterrey, Puebla e Tijuana. Guadalajara é o terceiro principal centro
econômico mexicano, com um Produto interno bruto (PIB) de 77.400 milhões em 2012, o
décimo primeiro na América Latina.[1] É classificada, desde 2010, como uma cidade global,
sendo uma das 120 cidades mais competitivas do mundo, com uma pontuação de 39,0
pontos.[2]
A economia da cidade é baseada na indústria, especialmente de tecnologia da informação,
com um grande número de empresas internacionais e fábricas na área metropolitana de
Guadalajara. Produtos locais, tais como calçados, têxteis e indústrias de processamento
de alimentos, também faz-se presente. Guadalajara é um importante centro cultural no
México, considerado pela maioria como a casa do Mariachi e sediando vários grandes
eventos culturais, como o Festival Internacional de Cinema de Guadalajara e a Feira
Internacional do Livro - eventos de renome mundial que atraem multidões internacionais. É
também a sede do Club Deportivo Guadalajara, um dos times de futebol mais populares
no México. Guadalajara foi nomeada a Capital Americana da Cultura em 2005 e sediou
os Jogos Pan-Americanos de 2011.
Em 5 de janeiro de 1532 foi fundada a Vila de Guadalajara, por Cristóbal de Oñate e
outros 42 vizinhos. No entanto, após três tentativas fracassadas da fundação, Doña
Beatriz Hernandez convenceu a comunidade a não deixar o lugar e mantê-lo povoado.
Guadalajara desempenhou um papel importante durante a Independência do México, já
que foi nesta cidade onde o padre Miguel Hidalgo y Costilla decretou a abolição da
escravatura no país. Depois da guerra de independência, e da proclamação do estado
livre e soberano de Jalisco, Guadalajara tornou-se a capital do estado, até os dias atuais.
Guadalajara foi crescendo rapidamente em setores como a indústria, turismo e serviços.
Na cidade foi construído o primeiro shopping center da América Latina, o Plaza del Sol,
além do primeiro sistema de luz ferroviário urbano na América Latina (Light Rail), e a
primeira universidade privada no México, a Universidade Autônoma de
Guadalajara (UAG), fundada em 1935.[3]
Índice
• 1História
o 1.1Fundação e colonização europeia
o 1.2Século XIX
o 1.3Século XX
• 2Geografia
o 2.1Clima
• 3Demografia
o 3.1Religiões
• 4Governo e política
o 4.1Cidades-irmãs
• 5Economia
• 6Infraestrutura
o 6.1Educação
o 6.2Transportes
• 7Cultura
o 7.1Centro Histórico
o 7.2Museus e bibliotecas
o 7.3Culinária
o 7.4Esportes
• 8Ver também
• 9Referências
• 10Ligações externas
História
Fundação e colonização europeia
Século XIX
Século XX
Guadalajara novamente experimentou um crescimento substancial após a década de
1930[12] e o primeiro parque industrial foi estabelecido em 1947.[4] Sua população superou 1
milhão de pessoas em 1964[4] e, na década de 1970, era a segunda maior cidade do
país[12] e a maior do oeste do México.[6] A maior parte da urbanização da cidade moderna
ocorreu entre os anos 1940 e os 1980, com a duplicação da população a cada dez anos
até atingir 2,5 milhões em 1980.[13] A população do município estagnou e até declinou,
devagar, mas de forma constante, desde o início dos anos 1990.[14]
O aumento da população trouxe consigo um aglomerado urbano agora
denominado Grande Guadalajara, em vez de um aumento na densidade populacional da
cidade. Os migrantes que entram em Guadalajara da década de 1940 para a década de
1980 eram principalmente de áreas rurais e moravam no centro da cidade até terem
dinheiro suficiente para comprar imóveis. Estas propriedades eram geralmente compradas
nas margens da cidade, que estavam se urbanizando em áreas residenciais.[15] Na década
de 1980, foi descrito como uma "cidade dividida" de leste a oeste com base na classe
socioeconômica. Desde então, a cidade evoluiu para quatro setores, que são ainda mais
ou menos centrados em classes. As classes superiores tendem a viver em Hidalgo e
Juárez no noroeste e no sudoeste, enquanto as classes mais baixas tendem a viver no
centro da cidade, Libertad no nordeste e em Reforma, a sudeste. No entanto, o
desenvolvimento de classes mais baixas desenvolveu-se na periferia da cidade e as
classes média e alta estão migrando para Zapopan, o que tornou a situação social da
região menos bem dividida. (Napolitano21-22).[16]
Em abril de 1992 a cidade sofreu uma série de explosões causadas por uma corrosão no
oleoduto da Pemex deixando 300 mortos e 1500 feridos.[17]
Desde 1996, a atividade de empresas multinacionais teve um efeito significativo no
desenvolvimento econômico e social da cidade. A presença de empresas
como Kodak, Hewlett-Packard, Motorola e IBM, que construíram instalações de produção
fora da própria cidade, trouxeram mão de obra e capital estrangeiros. Isso foi possível na
década de 1980 devido à mão de obra excedente, melhorias de infraestrutura e incentivos
governamentais. Essas empresas se concentram em itens elétricos e eletrônicos, que
agora é um dos dois principais produtos de Guadalajara (o outro é a cerveja). Isso
internacionalizou a economia, afastando-a da fabricação e dos serviços, dependente da
tecnologia e do investimento estrangeiro. Isso não tem sido favorável para a classe
trabalhadora não qualificada e os setores tradicionais do trabalho.[18]
Geografia
Demografia
Com uma população de 1.495.189, é o quarto município mais populoso do
México.[19] A Região Metropolitana de Guadalajara inclui sete municípios adjacentes com
uma população de cerca de 5 milhões de pessoas em 2017,[20] o que a torna a
segunda área metropolitana mais populosa do México, atrás da Cidade do México.[21][14] O
município é o segundo mais densamente povoado, sendo o primeiro Nezahualcóyotl,
no estado do México.[22] É um centro comercial e econômico forte na região do Bajio.[23][24]
Religiões
Governo e política
Prefeitura da cidade.
Como outros municípios no México, Guadalajara é governada por um presidente
municipal, que exerce o poder executivo por três anos consecutivos. Atualmente, este
escritório é ocupado por Enrique Alfaro (Movimento Ciudadano).
A legislatura tem o cabildo, formado pela forma escolhida pelo candidato para o prefeito,
composta por regentes, que não são eleitos pelas pessoas por voto direto ou indireto, mas
o retorno acontece automaticamente se o prefeito ganhar.
O município é dividido em cinco distritos eleitorais com a finalidade de eleição de
representantes da cidade na legislatura federal. Esses distritos são os VIII, IX, XI, XIII e
XIV do estado de Jalisco.
Cidades-irmãs
Economia
Infraestrutura
Educação
Universidade de Guadalajara.
Guadalajara é um núcleo importante de universidades e centros de ensino de prestígio
nacional. O mais importante é a Universidade de Guadalajara, que foi criada em 12 de
outubro de 1791 por decreto real. A entidade passou por uma série de reestruturações
desde então, mas a universidade moderna como está hoje foi criada em 1925, quando o
governador de Jalisco convocou professores, estudantes e outros, para restabelecer a
universidade.
Guadalajara é também o lar da ITESO, uma universidade jesuíta, e tem campus de várias
escolas particulares, como um campus da Universidad del Valle de México, Tec de
Monterrey, Universidad Panamericana Sede México, Universidad Marista de
Guadalajara, Universidad de Guadalajara LAMAR e Universidad del Valle de Atemajac,
bem como a Universidad Autônoma de Guadalajara (UAG), que foi fundada em 1935 e é a
mais antiga universidade privada do México. Além disso, a cidade abriga a Fundação
Escola Americana de Guadalajara (ASFG). A ASFG tem 1420 aluno no ensino pré-escolar
após segunda série.
Transportes
VLT de Guadalajara.
Cultura
Teatro Degollado.
Guadalajara é o centro cultural do oeste mexicano e o segundo mais importante do país.
Ela é apelidada de "Pérola do Oeste." Embora seja uma cidade moderna, manteve muitas
das tradições rurais de Jalisco, como o mariachi. O turismo cultural é uma das mais
importantes atividades econômicas, especialmente no Centro Histórico. Guadalajara é um
centro de aprendizagem, com seis universidades, dois institutos de culinária e um centro
de arte. Guadalajara tem 22 museus, incluindo o Museu Regional de Jalisco, o Museu de
Cera, Museu das Crianças Trompo Mágico e o Museu da Antropologia. O Hospício
Cabañas, no Centro Histórico, é Patrimônio Mundial da Humanidade. Por estes e outros
atributos, a cidade foi nomeada Capital Americana da Cultura em 2005.
Centro Histórico
Culinária
Torta ahogada.
A culinária é uma mistura de influências pré-hispânicas e espanhola, como o resto do
México, mas os pratos aqui têm os seus próprios sabores e são feitos com suas próprias
técnicas. Um dos principais pratos é a birria: carne de bode ou de carneiro assada com
molho picante e temperada com pimenta, gengibre, cominho, pimenta-do-reino, orégano e
cravo-da-índia. A forma tradicional de preparar birria é assar a carne e especiarias
embrulhadas em folhas de agave. É servida com cebola picada, limão e tortilhas. Um dos
mais conhecidos restaurantes de birria é chamado Las Nueve Esquinas e possui três
pontos, todos localizados no Centro Histórico.
Esportes
Estadio Akron.
A cidade de Guadalajara é uma das mais tradicionais do México no futebol, sendo a casa
de três clubes que participam do Campeonato Mexicano de Futebol na temporada 2014-
2015, sendo um destes o Club Deportivo Guadalajara, que atua no Estádio Omnilife,
localizado em Zapopan, cidade da região metropolitana. Os outros dois clubes são o Atlas
de Guadalajara e o Leones Negros, este último pertencente à Universidade de
Guadalajara. Ambos mandam seus jogos no Estádio Jalisco.[43]
Através do Estádio Jalisco, Guadalajara sediou partidas de duas Copas do
Mundo: 1970 e 1986. Em 1970, o estádio recebeu seis partidas da fase de grupos, uma
das quartas-de-final e uma semi-final. Já em 1986, foram três partidas da fase de grupos,
uma das oitavas-de-final, uma das quartas-de-final e uma semi-final. O Estádio Tres de
Marzo, na cidade limítrofe de Zapopan, também recebeu três partidas da fase de grupos
daquela Copa do Mundo.[44][45][46][47] A cidade voltou a receber partidas de uma competição
intercontinental de seleções em 1999, quando da ocorrência da Copa das
Confederações no México. Na ocasião, o Estádio Jalisco recebeu seis partidas da fase de
grupos, uma semi-final e a disputa pelo terceiro lugar.[48][49]
Guadalajara foi escolhida pela Organização Desportiva Pan-Americana (ODEPA) em maio
de 2006 para sediar os Jogos Pan-Americanos de 2011, tendo sido a única cidade a se
candidatar para receber o evento.[50] A cidade já havia se candidatado para os Jogos Pan-
Americanos de 2003, mas a sede escolhida na ocasião foi Santo Domingo, na República
Dominicana.[51] O Estádio Omnilife, na vizinha cidade Zapopan, sediou as cerimônias de
abertura e encerramento.[52] O evento ocorreu de 14 a 30 de outubro e envolveu mais de 6
mil atletas, oriundos de 42 países das Américas, que competiram em 36 modalidades
esportivas sediadas em Guadalajara ou em outras cidades do estado de Jalisco.[52]