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Introdução
Será apresentado neste experimento o emprego de controladores PID, avaliando-se o efeito de
cada uma de suas ações, i.e., Proporcional (P), integral (I) e derivativa (D), no comportamento dinâmico do
sistema. Consideremos então, o sistema com realimentação unitária e negativa apresentado na Figura 8.1.
e(t) u(t)
+ Controlador Planta y(t)
ref(t) _
Controlador PID
A função de transferência do controlador PID é apresentada da seguinte forma:
Ki Kd s2 + K p s + Ki
PID( s ) = K p + + Kd ⋅ s = (8.1)
s s
Consideremos o diagrama de blocos apresentado na Figura 8.1, admitindo que no bloco relativo ao
controle tem-se um controlador PID. A variável e(t), representa o erro de rastreamento ou, a diferença entre
a entrada de referência e a variável de saída do sistema. Este sinal de erro será a variável de entrada do
controlador PID, que tratará de calcular a sua derivada e a sua integral. O sinal de saída do controlador,
u(t), será igual a magnitude do erro multiplicada pelo ganho proporcional (Kp) mais, o ganho integral (Ki)
multiplicado pela integral do erro e mais o ganho derivativo (Kd) multiplicado pela derivada do erro, i.e.,
de( t )
∫
u( t ) = K p e( t ) + K i e( t )dt + Kd
dt
(8.2)
Em linhas gerais pode-se dizer que o sinal de controle u(t) será aplicado a planta, implicando um
novo valor para variável de saída y(t). Este novo valor será imediatamente comparado com o sinal de
referência ocasionando um novo sinal de erro e(t). O controlador processa este novo sinal erro que, por sua
vez, gera um novo sinal de controle alterando o valor da saída.
O controlador PID representado pela equação (8.1) é uma forma simplificada. A implementação
industrial do PID deve levar em consideração alguns detalhes práticos.
Ligação alternativa do modo derivativo: O sinal de entrada usual de cada modo (proporcional, integral e
derivativo) do controlador PID é o erro entre o sinal de referência e o sinal de saída medido conforme é
apresentado na Figura 8.1. Se o sinal de erro está sujeito a mudanças repentinas de valor, o modo derivativo
tende a produzir instantaneamente valores muitos altos que podem saturar o sinal de controle. Uma forma
de atenuar esse efeito é conectar a entrada do modo derivativo diretamente do sinal de saída medido,
conforme Figura 8.2. O sinal de saída medido não apresenta alterações bruscas de valor, pois a própria
dinâmica associada ao processo funciona como um filtro. O controlador com o modo derivativo ligado
diretamente do sinal de saída medido será chamado de PI+D, para diferenciar do esquema original do PID.
A modificação proposta para o modo derivativo também pode ser aplicada no modo proporcional.
MODO
PROPORCIONAL
SINAL DE
CONTROLE
SINAL DE COM
CONTROLE SATURAÇÃO
SINAL DE
ERRO
MODO
PROCESSO
INTEGRAL
SINAL DE SINAL DE
REFERÊNCIA Atuador SAÍDA
MODO
-1 DERIVATIVO
CHAVE
SINAL DE
SAÍDA MEDIDO
SENSOR
KTd s
sKTd ⇔ (8.3)
1 + sTd / N
Saturação do sinal de controle: Os processos industriais são submetidos a restrições construtivas,
ou seja, a faixa de valores do sinal de controle aplicado ao processo é definido pelas suas características
intrínsecas. Por tanto, é preciso limitar os sinais de controle aplicados ao processo dentro uma faixa de
operação especificada. O sinal de entrada do processo deve ser limitado dentro desta faixa de operação,
conforme gráfico apresentado na Fig 8.3, que apresenta uma função chamada de saturação.
K.b
+
s . Td +
Sinal de K.c
^
referencia + 1+s.Td/N + Umax
+
- - + Umin
K Sinal de
+ Controle
- +
s . Td +
Sinal K
1+s.Td/N
medido
K + 1
Ti s
+
1
Ti
Fig. 8.6: Esquema de um PID completo com anti-windup.
Tarefas
Problema Exemplo
Propõe-se nesta aula o controle de velocidade de um motor elétrico de corrente continua com imas
permanentes, modelo GM9236C606 fabricado pela PITTMAN. Processos robotizados são exemplos
clássicos de sistemas de controle que utilizam motores elétricos. Em braços robóticos é comum que o
movimento de cada uma de suas juntas seja efetuado por meio de servoatuadores eletromecânicos. O uso de
motores elétricos também é empregado em automóveis como alternativa aos tradicionais motores a
combustão.
Velocidade
Valor de
Regime
Tempo
Tempo de Tempo de
aceleração desaceleração
Para a realização dos itens (i), (ii) e (iii) o aluno deverá ser capaz de avaliar o
comportamento de um sistema mediante a verificação e quantificação dos
seguintes fatores: tempo de estabilização, tempo de pico, sobre-sinal e erro de
regime.
Ideal sKTd
KTd s
1 + sTd / N
Real
onde
4 < N < 20
Ajustar N=10
iii) Avalie o comportamento do sistema de controle com e sem o emprego da estrutura anti-
windup no integrador quando é submetido a um valor de referência que provoca a
saturação do sinal de controle.
iv) Avalie o comportamento do sistema de controle com o bloco derivada (d/dt) do Simulink
e com a derivada aproximada pela função de transferência (ver eq. 8.3).