Você está na página 1de 57

CONSERVAÇÃO E REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS RODOVIÁRIOS 25 de Novembro de 2005

CONSERVAÇÃO E REABILITAÇÃO
DE PAVIMENTOS RODOVIÁRIOS
Laboratório Nacional de Engenharia Civil
25 de Novembro de 2005

NOVAS TÉCNICAS DE REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS, Fátima A. Batista

CONSERVAÇÃO E REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS RODOVIÁRIOS 25 de Novembro de 2005

Necessidade de melhorar,
reabilitar e conservar as
infra-estruturas existentes

Orçamentos
disponíveis
NOVAS
NOVAS TÉCNICAS
TÉCNICAS
Maiores exigências DE
de qualidade
DE REABILITAÇÃO
REABILITAÇÃO
DE
DE PAVIMENTOS
PAVIMENTOS
Preocupações
ambientais

NOVAS TÉCNICAS DE REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS, Fátima A. Batista

1
CONSERVAÇÃO E REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS RODOVIÁRIOS 25 de Novembro de 2005

TÉCNICAS TRADICIONAIS DE REABILITAÇÃO

 Reforço com misturas betuminosas a quente


 O ligante é um betume puro
(penetração nominal 35/50 ou Fabrico da mistura:
50/70 x 10-1mm) 150-170ºC
Compactação:
130-150ºC

Eventual fresagem e transporte a vazadouro de camadas


existentes

NOVAS TÉCNICAS DE REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS, Fátima A. Batista

CONSERVAÇÃO E REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS RODOVIÁRIOS 25 de Novembro de 2005

NOVAS TÉCNICAS DE REABILITAÇÃO

Reforço de pavimentos
Misturas betuminosas
 Misturas betuminosas de
de alto
alto módulo
módulo
 Misturas com betumes modificados com polímeros
 Misturas betuminosas com borracha reciclada de pneus
 Misturas betuminosas densas a frio
 Técnicas anti-reflexão de fendas

Reciclagem de pavimentos flexíveis


 Reciclagem a frio in situ
 Reciclagem a quente em central
 Outras técnicas

NOVAS TÉCNICAS DE REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS, Fátima A. Batista

2
CONSERVAÇÃO E REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS RODOVIÁRIOS 25 de Novembro de 2005

MISTURAS BETUMINOSAS DE ALTO MÓDULO

 Misturas em que se utiliza como ligante, um betume mais duro


(penetração nominal 10/20 x 10-1mm) do que é habitualmente
utilizado nas misturas tradicionais
 Maiores módulos de deformabilidade
 Melhor comportamento às deformações
permanentes
Fabrico da mistura:
 Maior viscosidade do betume 170-190ºC
Compactação:
145-175ºC
 Maiores gastos energéticos
 Maiores problemas na compactação, sobretudo em tempo frio

NOVAS TÉCNICAS DE REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS, Fátima A. Batista

CONSERVAÇÃO E REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS RODOVIÁRIOS 25 de Novembro de 2005

MISTURAS BETUMINOSAS DE ALTO MÓDULO

 Maiores módulos de deformabilidade


E1 < E2 , h1 > h2
 Pode ser interessante a sua aplicação
em zonas com condicionalismos de cotas
h1 E1 E2
h2
 Redução da utilização de recursos
naturais
 Redução dos volumes de transporte dos
materiais
 Redução dos tempos de execução da
Betõa betuminoso (Betume camada
35/50 ou 50/70)
 É desaconselhável a aplicação directa
Mistura Betuminosa de Alto
Módulo (Betume 10/20) sobre suportes relativamente flexíveis,
com alguma irregularidade ou
Pavimento existente
relativamente fendilhados

NOVAS TÉCNICAS DE REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS, Fátima A. Batista

3
CONSERVAÇÃO E REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS RODOVIÁRIOS 25 de Novembro de 2005

NOVAS TÉCNICAS DE REABILITAÇÃO

Reforço de pavimentos
 Misturas betuminosas de alto módulo
 Misturas com betumes modificados com polímeros
 Misturas betuminosas com borracha reciclada de pneus
 Misturas betuminosas densas a frio
 Técnicas anti-reflexão de fendas

Reciclagem de pavimentos flexíveis


 Reciclagem a frio in situ
 Reciclagem a quente em central
 Outras técnicas

NOVAS TÉCNICAS DE REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS, Fátima A. Batista

CONSERVAÇÃO E REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS RODOVIÁRIOS 25 de Novembro de 2005

MISTURAS COM BETUMES MODIFICADOS COM


POLÍMEROS
 Utiliza-se como ligante, um betume modificado com polímero
(termoplástico ou elastómero), conduzindo, em geral:
 Aumento da viscosidade
 Diminuição da penetração
 Aumento da temperatura de amolecimento
 Melhor resistência ao envelhecimento
Fabrico da mistura:
 Melhor adesividade
160-180ºC
Compactação:
140-160ºC

Cuidado em não exceder os 190ºC, por forma a minimizar a oxidação do


betume, e prevenir a degradação do próprio polímero
NOVAS TÉCNICAS DE REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS, Fátima A. Batista

4
CONSERVAÇÃO E REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS RODOVIÁRIOS 25 de Novembro de 2005

MISTURAS COM BETUMES MODIFICADOS COM


POLÍMEROS

Misturas betuminosas drenantes Misturas betuminosas rugosas

 Misturas aplicadas em camadas desgaste, proporcionando:


 Melhores características funcionais, através de uma
melhoria da rugosidade e da aderência (especialmente sob
tempo chuvoso)
 Apresentam uma maior durabilidade, menor susceptibilidade
térmica e maior flexibilidade
 Apresentam, em geral, melhor comportamento à fadiga e/ou
melhores resistências às deformações permanentes

NOVAS TÉCNICAS DE REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS, Fátima A. Batista

CONSERVAÇÃO E REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS RODOVIÁRIOS 25 de Novembro de 2005

MISTURAS COM BETUMES MODIFICADOS COM


POLÍMEROS

Misturas betuminosas drenantes

 Este tipo de misturas aplicadas em camadas desgaste,


proporcionam ainda:
 uma melhoria significativa das condições de circulação em
tempo de chuva
 diminuição do ruído de rolamento

No entanto, apresentam alguns problemas de manutenção, uma vez


que com a passagem do tráfego e sob as acções atmosféricas vai-se
dando a colmatação dos poros, até que a mistura apresenta no final,
características superficiais semelhantes às de uma mistura rugosa

NOVAS TÉCNICAS DE REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS, Fátima A. Batista

5
CONSERVAÇÃO E REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS RODOVIÁRIOS 25 de Novembro de 2005

NOVAS TÉCNICAS DE REABILITAÇÃO

Reforço de pavimentos
 Misturas betuminosas de alto módulo
 Misturas com betumes modificados com polímeros
 Misturas betuminosas com borracha reciclada de pneus
 Misturas betuminosas densas a frio
 Técnicas anti-reflexão de fendas

Reciclagem de pavimentos flexíveis


 Reciclagem a frio in situ
 Reciclagem a quente em central
 Outras técnicas

NOVAS TÉCNICAS DE REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS, Fátima A. Batista

CONSERVAÇÃO E REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS RODOVIÁRIOS 25 de Novembro de 2005

MISTURAS BETUMINOSAS COM


BORRACHA RECICLADA DE PNEUS

Utilização de um resíduo
(borracha de pneus moída)

NOVAS TÉCNICAS DE REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS, Fátima A. Batista

6
CONSERVAÇÃO E REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS RODOVIÁRIOS 25 de Novembro de 2005

MISTURAS BETUMINOSAS COM


BORRACHA RECICLADA DE PNEUS

 Processos de fabrico:
 Via seca (“dry process): a borracha é adicionada
juntamente com os agregados
 Via húmida (“wet process”): o betume é previamente
modificado com a borracha reciclada de pneus, antes deste
se misturar com os agregados
 Modificação em fábrica
 Modificação do betume numa unidade de produção
localizada na central de fabrico da mistura betuminosa

Processo que tem sido utilizado em Portugal

NOVAS TÉCNICAS DE REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS, Fátima A. Batista

CONSERVAÇÃO E REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS RODOVIÁRIOS 25 de Novembro de 2005

MISTURAS BETUMINOSAS COM


BORRACHA RECICLADA DE PNEUS

 Fabrico do betume modificado com borracha, junto


da central betuminosa
 Adição da borracha (≈20%) ao betume base (≈80%),
previamente aquecido até cerca de 175 a 220ºC
 “Digestão” do betume base com borracha, a uma
temperatura da ordem de 180ºC, durante cerca de 45 min.

Aumento significativo da viscosidade


(viscosidade Brookfield da ordem de 2000 – 4000 cP)

Adaptação das centrais “tradicionais” introduzindo uma unidade de


produção de ligante entre a cisterna de armazenamento do betume
base e o misturador da central
NOVAS TÉCNICAS DE REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS, Fátima A. Batista

7
CONSERVAÇÃO E REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS RODOVIÁRIOS 25 de Novembro de 2005

MISTURAS BETUMINOSAS COM


BORRACHA RECICLADA DE PNEUS

(adaptado de EAPA, trad. APORBET, 1998)

NOVAS TÉCNICAS DE REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS, Fátima A. Batista

CONSERVAÇÃO E REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS RODOVIÁRIOS 25 de Novembro de 2005

MISTURAS BETUMINOSAS COM


BORRACHA RECICLADA DE PNEUS

Misturas betuminosas abertas Misturas betuminosas rugosas


 Mistura aberta  Mistura descontínua
 Porosidade 10 – 15%  Porosidade 4,5 – 6,5%
 9 – 10% de BMB  8 – 9% de BMB

 Melhor resistência à fadiga e à propagação de fissuras


Diminuição da espessura total de reforço do pavimento,
desde que o dimensionamento não seja condicionado por
deficiências no suporte da estrutura do pavimento
 Melhor resistência ao envelhecimento (camadas de desgaste)
 Melhoria das características superficiais e diminuição do ruído
de rolamento (camadas de desgaste)

NOVAS TÉCNICAS DE REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS, Fátima A. Batista

8
CONSERVAÇÃO E REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS RODOVIÁRIOS 25 de Novembro de 2005

NOVAS TÉCNICAS DE REABILITAÇÃO

Reforço de pavimentos
 Misturas betuminosas de alto módulo
 Misturas com betumes modificados com polímeros
 Misturas betuminosas com borracha reciclada de pneus
 Misturas betuminosas densas a frio
 Técnicas anti-reflexão de fendas

Reciclagem de pavimentos flexíveis


 Reciclagem a frio in situ
 Reciclagem a quente em central
 Outras técnicas

NOVAS TÉCNICAS DE REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS, Fátima A. Batista

CONSERVAÇÃO E REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS RODOVIÁRIOS 25 de Novembro de 2005

MISTURAS BETUMINOSAS A FRIO


(COM EMULSÃO BETUMINOSA)

 Utiliza-se como ligante, uma emulsão betuminosa


(fluído em que o betume se encontra disperso numa fase aquosa sob
a forma de glóbulos discretos que se mantêm em suspensão devido a
cargas electrostáticas produzidas pelo emulsionante)

Fabrico da mistura:
Temperatura ambiente
Compactação:
Temperatura ambiente

NOVAS TÉCNICAS DE REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS, Fátima A. Batista

9
CONSERVAÇÃO E REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS RODOVIÁRIOS 25 de Novembro de 2005

MISTURAS BETUMINOSAS A FRIO


(COM EMULSÃO BETUMINOSA)

 Materiais empregues:

 Para além de agregados e de emulsão betuminosa,


em regra á ainda, utilizada água, com o fim de
facilitar o envolvimento dos agregados pela
emulsão, bem como para efeitos de compactação
da mistura

NOVAS TÉCNICAS DE REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS, Fátima A. Batista

CONSERVAÇÃO E REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS RODOVIÁRIOS 25 de Novembro de 2005

MISTURAS BETUMINOSAS A FRIO


(COM EMULSÃO BETUMINOSA)

 Métodos de formulação

Método Marshall modificado (E.U.A)

Método adaptado das especificações NLT (Espanha)


ou “Método Espanhol”
Método que tem sido
adoptado em Portugal

Método recomendado na especificação AFNOR


NF P 98-121 (França)

NOVAS TÉCNICAS DE REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS, Fátima A. Batista

10
CONSERVAÇÃO E REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS RODOVIÁRIOS 25 de Novembro de 2005

MISTURAS BETUMINOSAS A FRIO


(COM EMULSÃO BETUMINOSA)
Formulação
Determinação da
Determinação da composição
composição
das misturas
da mistura
da mistura de
de agregados
agregados

Determinação da
Determinação da quantidade
quantidade dede água
água aa adicionar
adicionar aos
aos agregados
agregados no
no
fabrico da
fabrico da mistura,
mistura, tendo
tendo em
em vista
vista aa optimização
optimização dodo recobrimento
recobrimento
dos agregados,
dos agregados, por
por parte
parte dodo ligante
ligante

Determinação
Determinação dodo teor
teor em
em líquidos
líquidos necessário
necessário para
para
aa optimização
optimização da
da compactação
compactação da da camada
camada

Determinação
Determinação do
do teor
teor em
em ligante
ligante necessário
necessário para
para aa obtenção
obtenção de
de
adequadas características mecânicas e de durabilidade da
adequadas características mecânicas e de durabilidade da misturamistura

NOVAS TÉCNICAS DE REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS, Fátima A. Batista

CONSERVAÇÃO E REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS RODOVIÁRIOS 25 de Novembro de 2005

MISTURAS BETUMINOSAS A FRIO


(COM EMULSÃO BETUMINOSA)
Formulação
 Determinação da quantidade de água a
das misturas
adicionar à mistura

 Optimização do recobrimento dos


agregados por parte do ligante
• Ensaios de envolvimento

 Compactação da mistura
• Método “Espanhol”

• Ensaio Proctor modificado sobre a mistura de agregados


e/ou sobre a mistura de agregados + emulsão

NOVAS TÉCNICAS DE REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS, Fátima A. Batista

11
CONSERVAÇÃO E REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS RODOVIÁRIOS 25 de Novembro de 2005

MISTURAS BETUMINOSAS A FRIO


(COM EMULSÃO BETUMINOSA)
Formulação
 Determinação da percentagem de das misturas
emulsão betuminosa/betume
 Ensaios de imersão-compressão

Compactação Condicionamento Ensaio


Método dos Cura dos provetes de
provetes sem imersão com imersão rotura

Estática de duplo •2h no molde •4 dias, ao •4 dias em


“Espanhol” efeito •1 dia, ao ar ar, a 25ºC água, a 49ºC Compressão
(NLT) t=2/3min; pi=0/pf=21MPa •3 dias ao ar, •2h ao ar simples
t=2min; p=21MPa a 60ºC •2h em água, a 25ºC

(Ensaio de imersão-compressão
C.E. Tipo da ex-JAE (1998) para ABGETE:
realizado segundo as normas
ASTM D 1074 e D1075 / normas  Resistência após imersão ≥ 5 000 N  ≥ 10 kN
Espanholas NLT 161 e 162)
 Resistência conservada ≥ 60 %  ≥ 75 %

NOVAS TÉCNICAS DE REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS, Fátima A. Batista

CONSERVAÇÃO E REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS RODOVIÁRIOS 25 de Novembro de 2005

MISTURAS BETUMINOSAS A FRIO


(COM EMULSÃO BETUMINOSA)

Cura das
Processo
Processo de
de cura
cura das
das misturas
misturas misturas
fabricadas
fabricadas com
com emulsão
emulsão betuminosa
betuminosa

Rotura da
Rotura da emulsão
emulsão

Eliminação
Eliminação da
da água
água presente
presente na
na mistura
mistura
(água
(água adicionada
adicionada ++ água
água presente
presente na
na emulsão):
emulsão):
•• Expulsão da água por efeito da compactação
Expulsão da água por efeito da compactação
•• Evaporação
Evaporação da
da água
água

Desenvolvimento
Desenvolvimento das
das características
características mecânicas
mecânicas da
da mistura
mistura

NOVAS TÉCNICAS DE REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS, Fátima A. Batista

12
CONSERVAÇÃO E REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS RODOVIÁRIOS 25 de Novembro de 2005

MISTURAS BETUMINOSAS A FRIO


(COM EMULSÃO BETUMINOSA)
 Evolução do processo de cura das misturas colocadas
em obra
Evolução do teor em água da mistura

6,00 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13

5,00
Mistura betuminosa
Teor em água (%)

4,00 densa a frio


EN120
3,00

2,00

1,00

0,00
0 7 14 21 28 35 42 49 56
Idade da camada (dias)

NOVAS TÉCNICAS DE REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS, Fátima A. Batista

CONSERVAÇÃO E REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS RODOVIÁRIOS 25 de Novembro de 2005

MISTURAS BETUMINOSAS A FRIO


(COM EMULSÃO BETUMINOSA)
 Evolução do processo de cura das misturas colocadas
em obra
Evolução da altura dos tarolos extraídos
12

10
Altura média (cm)

8 Mistura betuminosa
densa a frio
6 EN120

0
0 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77
Idade da camada (dias)
NOVAS TÉCNICAS DE REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS, Fátima A. Batista

13
CONSERVAÇÃO E REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS RODOVIÁRIOS 25 de Novembro de 2005

MISTURAS BETUMINOSAS A FRIO


(COM EMULSÃO BETUMINOSA)
 Caracterização mecânica das misturas colocadas em
obra
Ensaios de carga com o deflectómetro de impacto

6000 Via de sentido Odemira/Limite


do Distrito de Faro
5000
Via de sentido Limite do
4000 Distrito de Faro/Odemira
E (M Pa)

3000

2000

1000

0
1

10

11

12
1/2s

Mistura betuminosa
densa a frio (20-25ºC)
Idade da cam ada (m eses)
EN120

NOVAS TÉCNICAS DE REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS, Fátima A. Batista

CONSERVAÇÃO E REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS RODOVIÁRIOS 25 de Novembro de 2005

MISTURAS BETUMINOSAS A FRIO


(COM EMULSÃO BETUMINOSA)
 Evolução das propriedades das misturas colocadas em
obra
O teor em água estabiliza em cerca de 1 %
Processo de ao fim de 2 a 4 semanas após a colocação em
obra
cura
(Condições
atmosféricas A integridade dos tarolos extraídos
favoráveis) (hcamada≅10-15cm) só é conseguida, em geral, ao
fim de cerca de 2 meses
O módulo de deformabilidade começa a estabilizar, em
valores da ordem de 3000 a 5000 MPa, ao fim de cerca de 2
meses após a colocação em obra

APÓS O TEOR EM ÁGUA ESTABILIZAR PODER-SE-Á COBRIR A


CAMADA, APESAR DA CURA NÃO ESTAR AINDA COMPLETA
NOVAS TÉCNICAS DE REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS, Fátima A. Batista

14
CONSERVAÇÃO E REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS RODOVIÁRIOS 25 de Novembro de 2005

MISTURAS BETUMINOSAS A FRIO


(COM EMULSÃO BETUMINOSA)
 Módulo de deformabilidade: influência do processo
de cura Mistura betuminosa
Ensaio de compressão densa a frio
3500 diametral (t=20ºC)

3000 (NAT, IST)


Cura
2500 acelerada
E (MPa)

2000

1500

1000

500

0
Obra
0
7
14
21
28
35
42
49
56
63
70
77
84
91
98
105
112
119
126
133
140
(EN120)
Idade dos provetes (dias)

NOVAS TÉCNICAS DE REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS, Fátima A. Batista

CONSERVAÇÃO E REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS RODOVIÁRIOS 25 de Novembro de 2005

MISTURAS BETUMINOSAS A FRIO


(COM EMULSÃO BETUMINOSA)
 Módulo de deformabilidade: influência da temperatura
Ensaio de compressão diametral (NAT) (t = 0 - 50ºC)

25000
Provetes com 2 meses (MBDF), com película envolvente
y = 22974e -0.0471x Provetes com 4 meses (MBDF), totalmente expostos ao ar
2
R = 0.9928 Provetes da obra do IP2 (MRF), com cerca de 1 ano
20000 Provetes de grave bitume (GB), com cerca de 14 anos

y = 6858.6e -0.0486x

15000 R2 = 0.8476
E (MPa)

y = 6847.4e -0.0541x
10000 R2 = 0.9708

y = 2011.3e -0.0439x
5000 R2 = 0.8904

0
0 10 20 30 40 50
Temperatura (ºC)

NOVAS TÉCNICAS DE REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS, Fátima A. Batista

15
CONSERVAÇÃO E REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS RODOVIÁRIOS 25 de Novembro de 2005

MISTURAS BETUMINOSAS A FRIO


(COM EMULSÃO BETUMINOSA)
Resistência à fadiga: influência do processo de cura
Ensaio de compressão diametral (NAT)
1000
(t=20ºC)
Obra (MRF, IP2)
Extensão( µ m/m)

Misturas a quente (GB)


1 dia a 2 meses
100
(MBDF, com película)
Cura completa (MBDF,
mais de 4 meses)

Obra (MBDF, EN120)

10
10 100 1000 10000 100000 1000000 10000000
Nº de ciclos até à rotura

NOVAS TÉCNICAS DE REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS, Fátima A. Batista

CONSERVAÇÃO E REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS RODOVIÁRIOS 25 de Novembro de 2005

MISTURAS BETUMINOSAS A FRIO


(COM EMULSÃO BETUMINOSA)
Resistência às deformações permanentes: influência do
processo de cura 15000
14000
13000
12000
Extensão axial (10-6m/m)

11000
10000
9000
8000
7000
6000
5000
4000
3000
2000
1000
0
0 600 1200 1800 2400 3000 3600
Nº de im pulsos
Ensaio de compressão uniaxial
(NAT, 1 dia (com película) 2 dias (com película)
IST) com cargas repetidas (Onda 1 semana (com película) 2 semanas (com película)
rectangular 1s a 100kPa + 1s 1 mês (com película)
2 meses (sem película)
2 meses (com película)
4 meses (2 com pel. e 2 sem pel.)
de repouso; t=50ºC) 4 meses (sem película) Cura acelerada
EN120 IP2
Misturas betuminosas a quente "GB"

NOVAS TÉCNICAS DE REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS, Fátima A. Batista

16
CONSERVAÇÃO E REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS RODOVIÁRIOS 25 de Novembro de 2005

MISTURAS BETUMINOSAS A FRIO


(COM EMULSÃO BETUMINOSA)
Resistência às deformações permanentes
Provetes serrados do campo
14 WTc(50ºC) O6 WTc(50ºC) O7 WTc(50ºC) O8
WTc(60ºC) O9 WTc(60ºC) O10 WTc(60ºC) O11
13
12
11
10
Deformação (mm)

9
(WT, LNEC)
8 V105-120
Ensaio de pista em 7 (x10-3mm/min)
laboratório 6
(t=50ºC e t=60ºC) 5
4 7
3 5 5
2 5
1
0
0 15 30 45 60 75 90 105 120
Tempo de ensaio (minutos)
PG3, Art.542 (M. B. a Quente; Zona Térmica
Estival Quente, 800<TMDp≤2000):
V105-120 ≤ 15 x 10-3mm/min

NOVAS TÉCNICAS DE REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS, Fátima A. Batista

CONSERVAÇÃO E REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS RODOVIÁRIOS 25 de Novembro de 2005

MISTURAS BETUMINOSAS A FRIO


(COM EMULSÃO BETUMINOSA)

Misturas
Misturas fabricadas
fabricadas ee aplicadas
aplicadas àà temperatura
temperatura ambiente
ambiente
 Redução dos gastos energéticos
Redução dos gastos energéticos
 Redução
Redução dada emissão
emissão de
de poluentes
poluentes
 Centrais
Centrais “móveis”
“móveis” de
de menor
menor complexidade
complexidade
•• Redução
Redução dos custos e tempos de
dos custos e tempos de transporte
transporte
•• Maior
Maior facilidade na utilização dos agregados
facilidade na utilização dos agregados locais
locais
NOVAS TÉCNICAS DE REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS, Fátima A. Batista

17
CONSERVAÇÃO E REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS RODOVIÁRIOS 25 de Novembro de 2005

NOVAS TÉCNICAS DE REABILITAÇÃO

Reforço de pavimentos
 Misturas betuminosas de alto módulo
 Misturas com betumes modificados com polímeros
 Misturas betuminosas com borracha reciclada de pneus
 Misturas betuminosas a frio (MBF)
 Técnicas anti-reflexão de fendas

Reciclagem de pavimentos flexíveis


 Reciclagem a frio in situ
 Reciclagem a quente em central
 Outras técnicas

NOVAS TÉCNICAS DE REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS, Fátima A. Batista

CONSERVAÇÃO E REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS RODOVIÁRIOS 25 de Novembro de 2005

TÉCNICAS ANTI-
ANTI-REFLEXÃO DE FENDAS

Acções ambientais Acções ambientais


Cargas devidas ao Cargas devidas ao
tráfego tráfego

Fenda transmitida através Camada de reforço


da camada de reforço Camada de reforço
Interface anti-fissuras

Camadas betuminosas Camadas betuminosas


Fenda existente antigas Fenda existente
antigas

Camadas granulares Camadas granulares

Solo de fundação
Solo de fundação

NOVAS TÉCNICAS DE REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS, Fátima A. Batista

18
CONSERVAÇÃO E REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS RODOVIÁRIOS 25 de Novembro de 2005

TÉCNICAS ANTI-
ANTI-REFLEXÃO DE FENDAS

Solução de referência:
Reforço tradicional

Soluções de
reabilitação
adoptadas na
EN118

NOVAS TÉCNICAS DE REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS, Fátima A. Batista

CONSERVAÇÃO E REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS RODOVIÁRIOS 25 de Novembro de 2005

TÉCNICAS ANTI-
ANTI-REFLEXÃO DE FENDAS

Geotextil Dispensam a fresagem das


impregnado com
emulsão camadas fendilhadas

Redução dos volumes de


vazadouro

Grelha
metálica
com Slurry
Seal

NOVAS TÉCNICAS DE REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS, Fátima A. Batista

19
CONSERVAÇÃO E REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS RODOVIÁRIOS 25 de Novembro de 2005

NOVAS TÉCNICAS DE REABILITAÇÃO

Reforço de pavimentos
 Misturas betuminosas de alto módulo
 Misturas com betumes modificados com polímeros
 Misturas betuminosas com borracha reciclada de pneus
 Misturas betuminosas a frio (MBF)
 Técnicas anti-reflexão de fendas

Reciclagem de pavimentos flexíveis


 Reciclagem a frio in situ
 Reciclagem a quente em central
 Outras técnicas

NOVAS TÉCNICAS DE REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS, Fátima A. Batista

CONSERVAÇÃO E REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS RODOVIÁRIOS 25 de Novembro de 2005

RECICLAGEM DE MATERIAIS
FRESADOS DO PAVIMENTO

 Utilização do pavimento como fonte


de matéria prima

 Redução dos volumes de vazadouro

•• Redução
Redução da
da utilização
utilização de
de recursos
recursos naturais
naturais
•• Minimização
Minimização da
da quantidade
quantidade de
de resíduos
resíduos
•• Protecção
Protecção do
do Ambiente
Ambiente

NOVAS TÉCNICAS DE REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS, Fátima A. Batista

20
CONSERVAÇÃO E REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS RODOVIÁRIOS 25 de Novembro de 2005

RECICLAGEM DE MATERIAIS
FRESADOS DO PAVIMENTO
em central
 Localização dos trabalhos
in situ

betume
emulsão betuminosa
 Ligante utilizado
cimento
etc
a quente
Temperatura de fabrico semi-quente
a frio (temperatura
ambiente)

NOVAS TÉCNICAS DE REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS, Fátima A. Batista

CONSERVAÇÃO E REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS RODOVIÁRIOS 25 de Novembro de 2005

RECICLAGEM DE MATERIAIS
FRESADOS DO PAVIMENTO

 Reciclagem em central

 A quente (com betume)


 Semi-quente (com emulsão betuminosa modificada)

 Reciclagem in situ
 A quente (com betume)
 A frio (com emulsão betuminosa, com espuma de
betume, com cimento, etc)

NOVAS TÉCNICAS DE REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS, Fátima A. Batista

21
CONSERVAÇÃO E REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS RODOVIÁRIOS 25 de Novembro de 2005

RECICLAGEM DE MATERIAIS
FRESADOS DO PAVIMENTO

EM PORTUGAL

RECICLAGEM A QUENTE EM CENTRAL

 Com betume
RECICLAGEM A FRIO “IN SITU”

 Com emulsão betuminosa


 Com emulsão betuminosa e cimento
 Com cimento

NOVAS TÉCNICAS DE REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS, Fátima A. Batista

CONSERVAÇÃO E REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS RODOVIÁRIOS 25 de Novembro de 2005

RECICLAGEM
A QUENTE
EM CENTRAL

NOVAS TÉCNICAS DE REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS, Fátima A. Batista

22
CONSERVAÇÃO E REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS RODOVIÁRIOS 25 de Novembro de 2005

RECICLAGEM A QUENTE EM CENTRAL

Pavimento degradado

Estado do pavimento
Remoção das camadas
Condicionalismos de betuminosas existentes
reabilitação

Materiais betuminosos
Armazenamento do fresados
material junto à central
CENTRAL DE FABRICO
Fabrico da mistura
betuminosa incorporando
materiais fresados Reforço do pavimento
com uma camada em
mistura reciclada a
quente
Pavimento a reabilitar

NOVAS TÉCNICAS DE REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS, Fátima A. Batista

CONSERVAÇÃO E REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS RODOVIÁRIOS 25 de Novembro de 2005

RECICLAGEM A QUENTE EM CENTRAL

 Materiais constituintes

 Agregados e betume “novos”

 Materiais fresados de pavimentos antigos


degradados

NOVAS TÉCNICAS DE REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS, Fátima A. Batista

23
CONSERVAÇÃO E REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS RODOVIÁRIOS 25 de Novembro de 2005

RECICLAGEM A QUENTE EM CENTRAL

 Centrais de fabrico

 Mesmo tipo de centrais “fixas” que as utilizadas


para o fabrico das misturas betuminosas a
quente convencionais, sendo, no entanto,
necessário introduzir algumas modificações às
referidas centrais por forma a adaptá-las para
esse efeito

NOVAS TÉCNICAS DE REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS, Fátima A. Batista

CONSERVAÇÃO E REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS RODOVIÁRIOS 25 de Novembro de 2005

RECICLAGEM A QUENTE EM CENTRAL

 Centrais contínuas

 incorporação de 10 a 50% de material a reciclar

 Centrais descontínuas

 incorporação de 10 a 70% de material a reciclar

(EAPA, trad. APORBET, 1998)

NOVAS TÉCNICAS DE REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS, Fátima A. Batista

24
CONSERVAÇÃO E REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS RODOVIÁRIOS 25 de Novembro de 2005

RECICLAGEM A QUENTE EM CENTRAL

 Em função do processo adoptado para o


aquecimento os materiais fresados dos
pavimentos antigos degradados, assim serão as
percentagens permitidas para a sua incorporação
no fabrico de misturas betuminosas a quente

NOVAS TÉCNICAS DE REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS, Fátima A. Batista

CONSERVAÇÃO E REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS RODOVIÁRIOS 25 de Novembro de 2005

RECICLAGEM A QUENTE EM CENTRAL

 As limitações à quantidade de material fresado a


reciclar, prendem-se, fundamentalmente, com o
facto de este ser um material constituído por
agregados e betume envelhecido, que requer
cuidados especiais durante o seu aquecimento
(por exemplo: temperatura empregue)

NOVAS TÉCNICAS DE REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS, Fátima A. Batista

25
CONSERVAÇÃO E REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS RODOVIÁRIOS 25 de Novembro de 2005

RECICLAGEM A QUENTE EM CENTRAL

 Centrais contínuas

 As misturas betuminosas a reciclar são, em


geral, introduzidas na zona central do tambor
secador-misturador, onde estão protegidas da
chama do queimador.

O aquecimento e desidratação das misturas betuminosas


fresadas é feito quer pelos gases de combustão
quentes, quer pelo contacto com os agregados
sobreaquecidos a incorporar na mistura betuminosa.

NOVAS TÉCNICAS DE REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS, Fátima A. Batista

CONSERVAÇÃO E REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS RODOVIÁRIOS 25 de Novembro de 2005

RECICLAGEM A QUENTE EM CENTRAL

(adaptado de EAPA, trad. APORBET, 1998)

NOVAS TÉCNICAS DE REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS, Fátima A. Batista

26
CONSERVAÇÃO E REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS RODOVIÁRIOS 25 de Novembro de 2005

RECICLAGEM A QUENTE EM CENTRAL

 Centrais descontínuas

 Forma mais simples: Introdução das misturas


betuminosas a reciclar directamente no
misturador
incorporação de 10 a 30% de material a
reciclar

O aquecimento e desidratação das misturas betuminosas


fresadas é feito pelo contacto com os agregados
sobreaquecidos a incorporar na mistura betuminosa.

NOVAS TÉCNICAS DE REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS, Fátima A. Batista

CONSERVAÇÃO E REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS RODOVIÁRIOS 25 de Novembro de 2005

RECICLAGEM A QUENTE EM CENTRAL

(EAPA, trad. APORBET, 1998)

NOVAS TÉCNICAS DE REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS, Fátima A. Batista

27
CONSERVAÇÃO E REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS RODOVIÁRIOS 25 de Novembro de 2005

RECICLAGEM A QUENTE EM CENTRAL

 Centrais descontínuas

 Outra forma: Complementar a central


descontínua de fabrico, com a instalação de
outro tambor secador destinado ao
aquecimento, em separado, das misturas
betuminosas fresadas

incorporação até 70% ou mais de


material a reciclar

NOVAS TÉCNICAS DE REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS, Fátima A. Batista

CONSERVAÇÃO E REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS RODOVIÁRIOS 25 de Novembro de 2005

RECICLAGEM A QUENTE EM CENTRAL

(EAPA, trad. APORBET, 1998)

NOVAS TÉCNICAS DE REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS, Fátima A. Batista

28
CONSERVAÇÃO E REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS RODOVIÁRIOS 25 de Novembro de 2005

RECICLAGEM A QUENTE EM CENTRAL

 Principais vantagens
 Redução da utilização dos recursos naturais

 Possibilidade de utilizar materiais provenientes


de outra obra

 Redução de depósitos em vazadouro

 Possibilidade de usar equipamentos e métodos


construtivos tradicionais, com pequenas
modificações

NOVAS TÉCNICAS DE REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS, Fátima A. Batista

CONSERVAÇÃO E REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS RODOVIÁRIOS 25 de Novembro de 2005

RECICLAGEM A QUENTE EM CENTRAL

 Aspectos a ter em atenção:

 A viabilidade económica deste tipo de solução


depende das distâncias de transporte

 “Nem todo o material fresado é reciclável”

Seleccionar os materiais fresados em


função do tipo de mistura betuminosa que
se pretende fabricar

NOVAS TÉCNICAS DE REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS, Fátima A. Batista

29
CONSERVAÇÃO E REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS RODOVIÁRIOS 25 de Novembro de 2005

RECICLAGEM A QUENTE EM CENTRAL

 “Nem todo o material fresado é reciclável”

O material retirado de pavimentos antigos é,


geralmente, armazenado junto à central de fabrico
para posterior utilização.

Este material deve ser armazenado em lotes


consoante a sua proveniência
Por exemplo:
Materiais provenientes da fresagem de diferentes tipos de
camadas betuminosas devem ser armazenados em lotes
separados.

NOVAS TÉCNICAS DE REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS, Fátima A. Batista

CONSERVAÇÃO E REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS RODOVIÁRIOS 25 de Novembro de 2005

RECICLAGEM A QUENTE EM CENTRAL

Selecção Selecção do
dos lotes a material fresado
reciclar
Caracterização dos agregados,
após extracção do betume

Não
Satisfaz
Sim
Determinação da
percentagem de betume
Não
Satisfaz
Sim
Formulação da mistura betuminosa
incorporando materiais fresados

NOVAS TÉCNICAS DE REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS, Fátima A. Batista

30
CONSERVAÇÃO E REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS RODOVIÁRIOS 25 de Novembro de 2005

RECICLAGEM A QUENTE EM CENTRAL

Formulação
da mistura Material fresado seleccionado

Granulometria dos agre- Percentagem de betume Caracterização do betume


gados do mat. fresado do mat. fresado do mat. fresado

Composição da
mistura de agregados

Percentagem de Percentagem de
betume final betume novo

Selecção do tipo de betume novo

Determinação da percentagem óptima de betume

NOVAS TÉCNICAS DE REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS, Fátima A. Batista

CONSERVAÇÃO E REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS RODOVIÁRIOS 25 de Novembro de 2005

RECICLAGEM A QUENTE EM CENTRAL

 Caso de obra

Obra de reabilitação do pavimento da


EN 105 – Travagem/Santo Tirso (≈≈16km)

 Data: 1999 e 2000

 Reforço do pavimento: execução de uma camada de


regularização em mistura betuminosa a quente, fabricada em
central, incorporando materiais betuminosos fresados,
provenientes da fresagem das camadas superiores do pavimento
existente num troço da EN 14 situado naquela zona

NOVAS TÉCNICAS DE REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS, Fátima A. Batista

31
CONSERVAÇÃO E REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS RODOVIÁRIOS 25 de Novembro de 2005

RECICLAGEM A QUENTE EM CENTRAL

EN 105 –
 Formulação da mistura Travagem/Santo
Tirso

 Estudo de três composições da mistura de agregados,


correspondentes à adopção de três percentagens de material
fresado reciclável:
20 % 30 % 40 %

 Para cada uma destas composições realizaram-se ensaios


Marshall e realizaram]se trechos experimentais
 Concluiu-se que todas as composições satisfaziam as exigências
preconizadas no Caderno de Encargos da Obra
 Por razões económicas e ambientais, optou-se por realizar uma
mistura betuminosa incorporando 40 % de material fresado

NOVAS TÉCNICAS DE REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS, Fátima A. Batista

CONSERVAÇÃO E REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS RODOVIÁRIOS 25 de Novembro de 2005

RECICLAGEM A QUENTE EM CENTRAL

 Composição da mistura de agregados

100
90
% de material passado

80 fuso C.E. da
Obra
70
EN 105
Mistura 60
betuminosa Mistura de
50
incorporando agregados
40% de 40 composta
material 30
fresado para Agregados do
camada de 20 material fresado
regularização 10
0
0.01 0.1 1 10 100
abertura dos peneiros (mm)

NOVAS TÉCNICAS DE REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS, Fátima A. Batista

32
CONSERVAÇÃO E REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS RODOVIÁRIOS 25 de Novembro de 2005

RECICLAGEM A QUENTE EM CENTRAL

 Composição da mistura de agregados

 40 % material fresado (após


extracção de betume)
 15 % Gravilha 14/20
 10 % Gravillha 10/14
 10 % Gravilha 6/10
 13 % Pó 0/6 EN 105
Mistura betuminosa
incorporando 40% de
 2 % de filler comercial material fresado para
camada de
regularização

NOVAS TÉCNICAS DE REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS, Fátima A. Batista

CONSERVAÇÃO E REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS RODOVIÁRIOS 25 de Novembro de 2005

Viscosidade do betume
RECICLAGEM A do material fresado

QUENTE EM
CENTRAL

Selecção do tipo Viscosidade Viscosidade


de betume novo pretendida do betume a
para o betume adoptar
da mistura

(Asphalt Institute MS-2


“Fig. A.2 – Asphalt
viscosity blending chart”)

NOVAS TÉCNICAS DE REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS, Fátima A. Batista

33
CONSERVAÇÃO E REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS RODOVIÁRIOS 25 de Novembro de 2005

100 Betume do
RECICLAGEM A material fresado

Penetração, 0.1 mm
QUENTE EM
CENTRAL 10

Betume virgem
PEN 35/50
Selecção do tipo
tAB(ºC) 50/58
de betume novo 1
0 20 40 60 80 100
100

Temp.amolecimento, ºC

10

EN 105 Betume da
Mistura betuminosa mistura reciclada
incorporando 40% de
material fresado para
camada de 1
regularização 0 20 40 60 80 100
Percentagem ponderal de betume virgem
em relação ao betume total, %

NOVAS TÉCNICAS DE REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS, Fátima A. Batista

CONSERVAÇÃO E REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS RODOVIÁRIOS 25 de Novembro de 2005

RECICLAGEM A QUENTE EM CENTRAL

 Central contínua “Ermont XLM 21”


Unidade de
alimentação
do material
fresado Tambor
secador-misturador

EN 105
Mistura betuminosa
incorporando 40% de
material fresado para
camada de
regularização

(Monte & Monte, S.A.)


NOVAS TÉCNICAS DE REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS, Fátima A. Batista

34
CONSERVAÇÃO E REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS RODOVIÁRIOS 25 de Novembro de 2005

RECICLAGEM A QUENTE EM CENTRAL

 Central contínua “Ermont XLM 21”

Pormenor do anel localizado


na zona central do tambor
secador-misturador para
introdução do material a
reciclar

EN 105
Mistura betuminosa
incorporando 40% de
material fresado para
camada de
regularização
(Monte &
Monte, S.A.)

NOVAS TÉCNICAS DE REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS, Fátima A. Batista

CONSERVAÇÃO E REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS RODOVIÁRIOS 25 de Novembro de 2005

RECICLAGEM A QUENTE EM CENTRAL

 Caracterização mecânica
Ensaios de carga com o Ensaios de flexão (f=10Hz; t = 22ºC)
deflectómetro de impacto  Módulo de deformabilidade
 Módulo de deformabilidade E ≈ 4000 MPa
E > 5000 MPa  Resistência à fadiga
10000
(ESH, LNEC)
No campo
Em 1000
Extensão ( µ m/m)

laboratório 100

EN 105 Vigas de mistura reciclada em


10 central
Mistura betuminosa
incorporando 40% de Mistura convencional, tipo
material fresado para macadame betuminoso
camada de 1
regularização 100 1.000 10.000 100.000 1.000.000
Número de aplicações de carga

NOVAS TÉCNICAS DE REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS, Fátima A. Batista

35
CONSERVAÇÃO E REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS RODOVIÁRIOS 25 de Novembro de 2005

RECICLAGEM A QUENTE EM CENTRAL

 Caracterização mecânica
Ensaios de pista em laboratório (t = 60ºC)
 Resistência às deformações permanentes
(WT, LNEC)
8,00
V105-120
7,00 (x10-3mm/min) 18
L1 L2
6,00
Deformação (mm)

17
5,00
4,00
3,00

EN 105 2,00 PG3, Art.542 (M.B. a Quente; Zona


Térmica Estival Média, 200<TMDp≤800):
Mistura betuminosa 1,00 V105-120 ≤ 20 x 10-3mm/min
incorporando 40% de
material fresado para 0,00
camada de 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120
regularização
Tempo (minutos)

NOVAS TÉCNICAS DE REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS, Fátima A. Batista

CONSERVAÇÃO E REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS RODOVIÁRIOS 25 de Novembro de 2005

RECICLAGEM
A QUENTE
IN SITU

NOVAS TÉCNICAS DE REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS, Fátima A. Batista

36
CONSERVAÇÃO E REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS RODOVIÁRIOS 25 de Novembro de 2005

RECICLAGEM A QUENTE IN SITU

Pavimento degradado a reabilitar

“Substituição”
de camadas
existentes por
uma camada
nova
MÁQUINA RECICLADORA

NOVAS TÉCNICAS DE REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS, Fátima A. Batista

CONSERVAÇÃO E REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS RODOVIÁRIOS 25 de Novembro de 2005

RECICLAGEM A QUENTE IN SITU

(EAPA, trad. APORBET, 1998)

 Aquecimento do pavimento existente e sua fresagem


 Eventual adição de novos materiais (agregados, betume, etc.)
 Mistura dos materiais
 Espalhamento

NOVAS TÉCNICAS DE REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS, Fátima A. Batista

37
CONSERVAÇÃO E REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS RODOVIÁRIOS 25 de Novembro de 2005

RECICLAGEM A QUENTE IN SITU

 Materiais constituintes

 Materiais fresados de pavimentos antigos degradados

 Materiais “novos” (agregados, betume, etc.), cuja


incorporação está limitada, por questões dos
equipamentos, a 30% em massa do material a reciclar
(ARRA, 2001)

NOVAS TÉCNICAS DE REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS, Fátima A. Batista

CONSERVAÇÃO E REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS RODOVIÁRIOS 25 de Novembro de 2005

RECICLAGEM A QUENTE IN SITU

 Centrais de fabrico

 Centrais móveis munidas de unidades de aquecimento dos


diversos materiais

Devido, por um lado, à dimensão e complexidade dos equipamentos


utilizados para a reciclagem a quente in situ, e por outro, ao facto de
durante o fabrico da mistura serem emitidas substâncias para a
atmosfera (resultantes do aquecimento dos materiais), este tipo de
solução pode conduzir a impactos sociais e ambientais consideráveis,
para além de constituir um investimento financeiro importante.

NOVAS TÉCNICAS DE REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS, Fátima A. Batista

38
CONSERVAÇÃO E REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS RODOVIÁRIOS 25 de Novembro de 2005

RECICLAGEM
A FRIO
IN SITU
COM EMULSÃO
BETUMINOSA

NOVAS TÉCNICAS DE REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS, Fátima A. Batista

CONSERVAÇÃO E REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS RODOVIÁRIOS 25 de Novembro de 2005

RECICLAGEM A FRIO IN SITU

Pavimento degradado a reabilitar

“Substituição” de
camadas existentes
por uma camada nova

Eventual desagregação prévia das camadas


Espalhamento de material correctivo

MÁQUINA RECICLADORA
Desagregação dos materiais
Adição de água e emulsão
Mistura dos materiais
Espalhamento

NOVAS TÉCNICAS DE REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS, Fátima A. Batista

39
CONSERVAÇÃO E REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS RODOVIÁRIOS 25 de Novembro de 2005

RECICLAGEM A FRIO IN SITU

(EAPA, 1995)

NOVAS TÉCNICAS DE REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS, Fátima A. Batista

CONSERVAÇÃO E REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS RODOVIÁRIOS 25 de Novembro de 2005

RECICLAGEM A FRIO IN SITU

NOVAS TÉCNICAS DE REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS, Fátima A. Batista

40
CONSERVAÇÃO E REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS RODOVIÁRIOS 25 de Novembro de 2005

RECICLAGEM A FRIO IN SITU

NOVAS TÉCNICAS DE REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS, Fátima A. Batista

CONSERVAÇÃO E REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS RODOVIÁRIOS 25 de Novembro de 2005

RECICLAGEM A FRIO IN SITU

NOVAS TÉCNICAS DE REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS, Fátima A. Batista

41
CONSERVAÇÃO E REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS RODOVIÁRIOS 25 de Novembro de 2005

RECICLAGEM A FRIO IN SITU

NOVAS TÉCNICAS DE REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS, Fátima A. Batista

CONSERVAÇÃO E REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS RODOVIÁRIOS 25 de Novembro de 2005

RECICLAGEM A FRIO IN SITU

NOVAS TÉCNICAS DE REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS, Fátima A. Batista

42
CONSERVAÇÃO E REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS RODOVIÁRIOS 25 de Novembro de 2005

RECICLAGEM A FRIO IN SITU

NOVAS TÉCNICAS DE REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS, Fátima A. Batista

CONSERVAÇÃO E REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS RODOVIÁRIOS 25 de Novembro de 2005

RECICLAGEM A FRIO IN SITU

 Aspectos a ter em atenção:

 Adição de materiais correctivos (pó de pedra,


cimento, cal, etc)

Estes materiais são normalmente espalhados


sobre o pavimento a reciclar, imediatamente
antes da passagem da máquina recicladora,
devendo decorrer o mínimo de tempo possível
entre as duas operações (espalhamento e
passagem da máquina), por forma a diminuir o
risco destes materiais serem afastados da
zona alvo.

NOVAS TÉCNICAS DE REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS, Fátima A. Batista

43
CONSERVAÇÃO E REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS RODOVIÁRIOS 25 de Novembro de 2005

RECICLAGEM A FRIO IN SITU

 Aspectos a ter em atenção:

 Número de passagens da máquina recicladora por


secção tipo

Tendo em atenção as características do perfil


transversal do pavimento (largura da via) a
reciclar, bem como os condicionamentos de
tráfego, define-se o número de passagens da
máquina, em cada local, por forma a reciclar toda a
largura do pavimento existente, e determinam-se
as zonas de sobreposição, cuja largura deve, em
geral, situar-se num intervalo de 15 a 30 cm.

NOVAS TÉCNICAS DE REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS, Fátima A. Batista

CONSERVAÇÃO E REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS RODOVIÁRIOS 25 de Novembro de 2005

RECICLAGEM A FRIO IN SITU

 Aspectos a ter em atenção:

 Número de passagens da máquina recicladora por


secção tipo
Nas zonas de sobreposição há que evitar que haja “sobredosagem” de
emulsão e água, e, em caso disso, de materiais correctivos:
 quando da primeira passagem da máquina recicladora, os eventuais
materiais correctivos não devem ser adicionados nessas zonas, e os
injectores de emulsão e água aí localizados devem ser desligados.
Portanto, como resultado da 1ª passagem da máquina, recicla-se o
pavimento na largura da máquina recicladora, excepto nas zonas de
sobreposição, onde o pavimento é apenas desagregado.

NOVAS TÉCNICAS DE REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS, Fátima A. Batista

44
CONSERVAÇÃO E REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS RODOVIÁRIOS 25 de Novembro de 2005

RECICLAGEM A FRIO IN SITU

Compactação:
• Cilindro de rasto liso (com
vibração, ≥ 11 t)

• Cilindro de pneus (≥23 t)

NOVAS TÉCNICAS DE REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS, Fátima A. Batista

CONSERVAÇÃO E REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS RODOVIÁRIOS 25 de Novembro de 2005

RECICLAGEM A FRIO IN SITU

 Materiais constituintes

 Materiais fresados de pavimentos


antigos degradados

 Emulsão betuminosa

 Água

 Materiais correctivos

NOVAS TÉCNICAS DE REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS, Fátima A. Batista

45
CONSERVAÇÃO E REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS RODOVIÁRIOS 25 de Novembro de 2005

RECICLAGEM A FRIO IN SITU

 Os “agregados” serão essencialmente constituídos pelo


material fresado do pavimento existente
Maior variabilidade que os
 A sua natureza dependerá: convencionais agregados “novos”
 Espessura a reciclar
 Proporção entre os materiais que constituem as camadas do
pavimento a reciclar

 A granulometria dependerá:
 Materiais a serem reciclados
 Processo de reciclagem (por ex: velocidade de avanço da máquina
recicladora)

O material utilizado na formulação deve ser semelhante


ao resultante da acção da máquina recicladora
NOVAS TÉCNICAS DE REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS, Fátima A. Batista

CONSERVAÇÃO E REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS RODOVIÁRIOS 25 de Novembro de 2005

RECICLAGEM A FRIO IN SITU


Formulação
das misturas
Amostras de material fresado
recolhido da máquina recicladora

Granulometria do material fresado Selecção do tipo de emulsão betuminosa

Composição da mistura de agregados Teor em emulsão aproximado


- Correcção da granulometria
- Adição de material para tratamento Ensaios de envolvimento com:
de materiais contaminantes - Teor em emulsão aproximado
- Teor em água variável

Teor em líquidos óptimo de compactação Sim Não


Ensaio de compactação “Proctor” modificado Satisfaz

Teor em betume residual óptimo


Ensaios de imersão-compressão cujos provetes são moldados com :
- Teor em água total óptimo de compactação
- Teor em emulsão variável

NOVAS TÉCNICAS DE REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS, Fátima A. Batista

46
CONSERVAÇÃO E REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS RODOVIÁRIOS 25 de Novembro de 2005

RECICLAGEM A FRIO IN SITU

 Principais vantagens

 Oportunidade de melhorar a homogeneidade e a


regularidade do pavimento, e eliminar as zonas
fendilhadas
 Redução da utilização dos recursos naturais
 Redução de depósitos em vazadouro
 Redução de gastos energéticos Fabrico à
temperatura
 Redução da emissão de poluentes ambiente

NOVAS TÉCNICAS DE REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS, Fátima A. Batista

CONSERVAÇÃO E REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS RODOVIÁRIOS 25 de Novembro de 2005

RECICLAGEM A FRIO IN SITU

 Aspectos a ter em atenção:

 Requer equipamentos específicos

 Viabilidade depende das dimensões da obra

 “Nem todo o material fresado é reciclável”

Requer avaliação cuidada dos riscos


envolvidos

NOVAS TÉCNICAS DE REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS, Fátima A. Batista

47
CONSERVAÇÃO E REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS RODOVIÁRIOS 25 de Novembro de 2005

RECICLAGEM A FRIO IN SITU

 Avaliação dos riscos

Fase de projecto  Caracterização detalhada do


pavimento (espessura e natureza
das camadas, contaminação,
reparações pontuais)

 Caracterização detalhada das


fundações (tipo de solos, estado
hídrico, susceptibilidade à água)

AVALIÇÃO DA VIABILIDADE DE RECICLAR


ZONAS / TODA A EXTENSÃO DO PAVIMENTO

NOVAS TÉCNICAS DE REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS, Fátima A. Batista

CONSERVAÇÃO E REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS RODOVIÁRIOS 25 de Novembro de 2005

RECICLAGEM A FRIO IN SITU

 Avaliação dos riscos

Fase de obra  Adequabilidade dos equipamentos de


reciclagem (face às características das
camadas a reciclar)

 Adequabilidade dos equipamentos de


compactação

 Riscos ambientais (materiais


correctivos)

 Condições atmosféricas

NOVAS TÉCNICAS DE REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS, Fátima A. Batista

48
CONSERVAÇÃO E REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS RODOVIÁRIOS 25 de Novembro de 2005

RECICLAGEM A FRIO IN SITU

 Evolução do processo de cura das misturas colocadas


em obra
Evolução do teor em água da mistura

8
Locais ensaiados "in situ"
7

6
Teor em água (%)

5 Mistura betuminosa
4 reciclada a frio
IP2
3

0
0 7 14 21 28 35 42 49 56 63
Idade da camada (dias)

NOVAS TÉCNICAS DE REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS, Fátima A. Batista

CONSERVAÇÃO E REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS RODOVIÁRIOS 25 de Novembro de 2005

RECICLAGEM A FRIO IN SITU

 Evolução do processo de cura das misturas colocadas


em obra
Evolução da altura dos tarolos extraídos

1ª semana 2ª semana 3ª semana 4ª semana 5ª semana

Mistura betuminosa
Idade da camada reciclada
reciclada a frio
IP2

NOVAS TÉCNICAS DE REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS, Fátima A. Batista

49
CONSERVAÇÃO E REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS RODOVIÁRIOS 25 de Novembro de 2005

RECICLAGEM A FRIO IN SITU

 Caracterização mecânica das misturas colocadas em


obra
Ensaios de carga com o deflectómetro de impacto
6000
EN260-SP2

5000 EN260-SP3

4000 EN260-SP4
E (MPa)

3000

2000

1000

0
1

10

11

12
1/2s

Mistura betuminosa Idade da camada reciclada (meses)


reciclada a frio (18-26ºC)
EN260

NOVAS TÉCNICAS DE REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS, Fátima A. Batista

CONSERVAÇÃO E REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS RODOVIÁRIOS 25 de Novembro de 2005

RECICLAGEM A FRIO IN SITU


 Controlo de qualidade
 Quantidade de betume residual presente nas
misturas recicladas
 Análise granulométrica
 Avaliação da compacidade
 Realização de ensaios de “imersão-compressão”
utilizando mistura recolhida em obra, à saída da
máquina recicladora
 Resistência à compressão simples, depois de
imersão em água (Rim.água ) ≥ 5 kN ≥ 10 kN

 Resistência conservada
≥ 75%
(Rim.água/Rsecox100) ≥ 60%
C.E. Tipo da ex-JAE (1998) para ABGETE
NOVAS TÉCNICAS DE REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS, Fátima A. Batista

50
CONSERVAÇÃO E REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS RODOVIÁRIOS 25 de Novembro de 2005

RECICLAGEM A FRIO IN SITU

 Controlo de qualidade

Compacidade da camada reciclada

Valores determinados com o Troxler 3450


2,200 Valores determinados pelo método da "garrafa de areia"
Baridade seca (g/cm3)

2,000
1,800
1,600
1,400
1,200
1,000
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
Locais ensaiados
Mistura betuminosa
reciclada a frio
IP2

NOVAS TÉCNICAS DE REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS, Fátima A. Batista

CONSERVAÇÃO E REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS RODOVIÁRIOS 25 de Novembro de 2005

RECICLAGEM
A FRIO
IN SITU
COM ESPUMA
DE BETUME

NOVAS TÉCNICAS DE REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS, Fátima A. Batista

51
CONSERVAÇÃO E REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS RODOVIÁRIOS 25 de Novembro de 2005

RECICLAGEM A FRIO IN SITU


COM ESPUMA DE BETUME

 Utiliza-se como ligante, espuma de betume (foamed


bitumen)
 A espuma de betume é produzida através da adição de
pequenas quantidades de água, geralmente da ordem de 2 a
3% da massa de betume, a betume quente (acima de 170ºC)
• Quando se junta água ao betume quente, a água evapora-
se rapidamente, levando o betume a formar uma
“espuma”, cujo volume pode ser cerca de 20 a 30 vezes
superior ao volume inicial do betume.
• Aumenta-se a superfície específica do betume e reduz-se
significativamente a sua viscosidade

NOVAS TÉCNICAS DE REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS, Fátima A. Batista

CONSERVAÇÃO E REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS RODOVIÁRIOS 25 de Novembro de 2005

RECICLAGEM A FRIO IN SITU


COM ESPUMA DE BETUME

 Utiliza-se como ligante, espuma de betume

(Wirtgen,
2001)

NOVAS TÉCNICAS DE REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS, Fátima A. Batista

52
CONSERVAÇÃO E REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS RODOVIÁRIOS 25 de Novembro de 2005

RECICLAGEM A FRIO IN SITU


COM ESPUMA DE BETUME

 Utiliza-se como ligante, espuma de betume


 A espuma de betume é um sistema essencialmente formado
por água no estado gasoso, betume e ar, que ao fim de
uns segundos tem tendência para voltar ao estado inicial
• “Taxa de expansão” – relação entre o máximo volume
atingido durante a formação da espuma de betume e o
volume final do betume após dissipação da espuma
(medida indirecta da viscosidade da espuma)
• “Meia-vida” - tempo que decorre, em segundos, entre o
instante em que a espuma de betume atinge o volume
máximo e o instante em que esse volume se reduz a
metade (estabilidade da espuma)

NOVAS TÉCNICAS DE REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS, Fátima A. Batista

CONSERVAÇÃO E REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS RODOVIÁRIOS 25 de Novembro de 2005

RECICLAGEM A FRIO IN SITU


COM ESPUMA DE BETUME

 Características da espuma de betume

(adaptado de
J.Q.Ribeiro, 2003)

NOVAS TÉCNICAS DE REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS, Fátima A. Batista

53
CONSERVAÇÃO E REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS RODOVIÁRIOS 25 de Novembro de 2005

RECICLAGEM
A FRIO
IN SITU
COM CIMENTO

NOVAS TÉCNICAS DE REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS, Fátima A. Batista

CONSERVAÇÃO E REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS RODOVIÁRIOS 25 de Novembro de 2005

RECICLAGEM A FRIO IN SITU


COM CIMENTO

 Materiais constituintes

 Materiais fresados de pavimentos


antigos degradados

 Cimento

 Água

 Materiais correctivos

O processo construtivo é semelhante ao utilizado na reciclagem com emulsão


betuminosa, exceptuando-se a forma de adição do ligante empregue

NOVAS TÉCNICAS DE REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS, Fátima A. Batista

54
CONSERVAÇÃO E REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS RODOVIÁRIOS 25 de Novembro de 2005

RECICLAGEM A FRIO IN SITU


COM CIMENTO

 Formas de adição de cimento e da água necessária à


sua hidratação:

 Adiciona-se ao material fresado, o cimento e a água


por separado

 Juntam-se previamente o cimento e a água,


injectando-se de seguida, a calda assim formada, ao
material fresado

NOVAS TÉCNICAS DE REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS, Fátima A. Batista

CONSERVAÇÃO E REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS RODOVIÁRIOS 25 de Novembro de 2005

RECICLAGEM A FRIO IN SITU


COM CIMENTO

 Adição de cimento previamente à passagem da


recicladora:
 Espalhamento manual dos sacos de cimento sobre o
pavimento, em quadrículas pré-definidas
Dificuldades em garantir uma distribuição homogénea do cimento (obras
de pequena dimensão e para tráfego reduzido)

 Espalhamento com recurso a pulverizadores


mecânicos
O cimento deve espalhar-se o mais uniformemente possível, na
dosagem pretendida

O tempo que decorre entre o espalhamento do ligante e a


passagem da máquina recicladora deve ser o menor possível
NOVAS TÉCNICAS DE REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS, Fátima A. Batista

55
CONSERVAÇÃO E REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS RODOVIÁRIOS 25 de Novembro de 2005

RECICLAGEM A FRIO IN SITU


COM CIMENTO

 Adição de cimento através de dispositivos que se instalam


à frente da máquina recicladora
 Garantem a adição da dosagem de cimento estabelecida
(comporta rotativa que espalha o cimento imediatamente à frente
da câmara de fresagem e de mistura da máquina recicladora)
 Minimizam o levantamento do pó para fora da zona alvo
 Possibilitam a realização dos trabalhos em condições atmosféricas
mais desfavoráveis

(adaptado de
E.Neusser, 2001)

NOVAS TÉCNICAS DE REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS, Fátima A. Batista

CONSERVAÇÃO E REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS RODOVIÁRIOS 25 de Novembro de 2005

RECICLAGEM A FRIO IN SITU


COM CIMENTO

 Adição de calda de cimento e água através de


misturadoras móveis que circulam acopladas à
máquina recicladora
 Permitem a mistura do cimento e da água nas
dosagens exactas
 Não existe qualquer
levantamento de
nuvens de cimento.

(adaptado de
Wirtgen, 1998)

NOVAS TÉCNICAS DE REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS, Fátima A. Batista

56
CONSERVAÇÃO E REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS RODOVIÁRIOS 25 de Novembro de 2005

RECICLAGEM A FRIO IN SITU


COM CIMENTO

 As camadas recicladas com cimento apresentam, em


relação à reciclagem com emulsão betuminosa:
 Maiores resistências à compressão
 Maiores módulos de deformabilidade
 Camadas mais propensas ao fendilhamento
 Durante a execução da camada é necessário proceder-se ao
controlo do fendilhamento por retracção, provocado pela
libertação do calor de hidratação que ocorre durante a cura

Para controlar este fenómeno, é frequente recorrer-se a técnicas que


consistem na criação artificial de “fendas” com espaçamento pré-definido,
como por exemplo, “pré-fissuração”

NOVAS TÉCNICAS DE REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS, Fátima A. Batista

CONSERVAÇÃO E REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS RODOVIÁRIOS 25 de Novembro de 2005

NOVAS TÉCNICAS DE
REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS

Benefícios económicos e Estudos de formulação


ambientais adequados

Afinação de processos
Controlo da qualidade construtivos
eficaz

Obtenção de
parâmetros para o dimensionamento

NOVAS TÉCNICAS DE REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS, Fátima A. Batista

57

Você também pode gostar