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Análise de Risco da Tarefa - ART

PRO-030341 Rev.: 04 – 20/06/22


Diretoria Emitente: Diretoria de Reparação e Desenvolvimento Territorial
Responsável Técnico: Fabiana Souza Ferreira
Público Alvo: Todos os empregados Vale e Contratados que realizam atividades rotineiras e não rotineiras em áreas
controladas nas áreas da Diretoria de Reparação e Desenvolvimento Territorial
Necessidade de Treinamento: ( ) SIM (X) NÃO

Resultados Esperados: Minimizar riscos relacionados à execução de tarefas e mantê-los em níveis


toleráveis de acordo com a estratégia e governança em respostas aos riscos da Vale.

Objetivo:

Estabelecer sistemática para identificação e avaliação dos riscos de tarefa, bem como a identificação das medidas de
controle necessárias para eliminação, minimização ou manutenção destes riscos em níveis aceitáveis pela Vale nas
áreas da Diretoria de Reparação e Desenvolvimento.

Aplicação:
Este procedimento se aplica a todas às áreas controladas da Diretoria de Reparação e Desenvolvimento Territorial.

Referências:

• NFN 0001 – Norma de Planejamento, Desenvolvimento e Gestão


• NOR 0003-G – Norma de Gestão de Risco
• PNR 000031 – Permissão de Trabalho Seguro
• PNR 000069 – Requisitos de atividades críticas

Definições:

• Análise de risco: identificação das causas, consequências e medidas de controles associadas à situação
de risco;
• Avaliação de risco: processo de tomada de decisões, com base nos resultados da classificação de risco,
sobre quais ações devem ser tomadas;
• Causas: situações ou ocorrências que, se não controladas, podem resultar em um evento indesejado;
• Classificação de risco: determinação do nível de risco a partir da probabilidade e severidade;
• Consequência: resultado de um evento indesejado. Exemplo: acidente sem afastamento, fatalidade;
• Executante: empregado que irá performar a tarefa para a qual a análise de risco foi realizada;
• Identificação de risco: ação de encontrar situação de risco ou fonte de perigo antes ou durante a
execução de uma tarefa, sem necessariamente proceder para a classificação de risco;
• Medidas de controle: ação ou equipamento que objetiva prevenir a ocorrência do evento indesejado ou
mitigar suas consequências. A implementação de medidas de controles tende a diminuir a classificação
f inal do risco;
• Passo da tarefa: etapas que, em conjunto, formam uma tarefa. Os passos de uma tarefa de troca de pneu
de caminhão fora de estrada podem ser, por exemplo: despressurizar totalmente o pneu ou posicionar o
pneu na prensa com o manuseador de pneus;
• Perigo: Fonte, situação ou ato com potencial para provocar danos humanos em termos de lesão ou
doença, ou uma combinação destas. (OHSAS18001:2007);
• Controles de mitigação: medidas de controles que tendem a atenuar as consequências de um evento
indesejado;
• Controles de prevenção: medidas de controles que tendem a evitar que o evento ocorra;
• Probabilidade: a frequência que se espera que um evento ocorra;
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• Risco: a combinação entre probabilidade e severidade para que um evento ocorra;


• Riscos ou perigos circunstanciais: riscos que não fazem parte tarefa, mas que podem surgir de acordo
com o tempo ou ambiente do trabalho, durante a execução da tarefa. Exemplo: piso molhado, ambiente
escuro, outro trabalho sendo realizado no mesmo local;
• Severidade: gravidade da consequência ou efeito. Exemplo: grave, muito crítico;
• Situação de risco: evento indesejado durante a realização de uma tarefa. Exemplo: prensamento, queda
de nível, ser atingido por objeto;
• Tarefa: atribuição de trabalho a ser realizada durante determinado de tempo em um espaço físico.
Exemplo: troca de engrenagem de freio de giro de empilhadeira, troca d e pneu de caminhão fora de
estrada, substituição de dormente, etc.;
• Equipe multidisciplinar: equipe de profissionais responsáveis pela elaboração da ART.

Orientações Gerais:

1. Disposições Gerais:

Toda taref a necessita de uma análise de risco prévia. Para atividades de rotina para as quais um
procedimento seja elaborado, esse deve ser baseado em uma ART prévia. Além disso, a ART não elimina
a necessidade de uma análise de risco no local para identificação de mudanças nas condições de trabalho
que podem não estar identificadas na ART.

2. Exemplos:

a) Trabalhos realizados pela primeira vez;


b) Taref as procedimentadas que não possuem análise de risco formal;
c) Taref as desenvolvidas por duas ou mais pessoas, pertencentes ou não a mesma equipe de
trabalho, atuando simultaneamente no mesmo ambiente e para as quais seja importante a
comunicação dos riscos existentes, analisando as interferências com as tarefas.
d) Taref a de risco alto e/ou muito alto;
e) Taref as que envolvem RAC – Requisitos de Atividades Críticas.

3. Exceções:

Não é necessário a elaboração de ART para:

a) Taref as administrativas;
b) Taref as de inspeção/observação que não envolvam atividades críticas (RACs) e em que não haja
interação com equipamentos, máquinas e estruturas. Exemplos: caminhadas e inspeções de segurança,
inspeções de FMDS, diário de bordo, dentre outros;
c) Condução de veículos em vias públicas ou em áreas cobertas por plano de trânsito;
d) Taref as de emergência de saúde, segurança e meio ambiente.

4. Responsáveis pela Elaboração e Aprovação da ART

A Análise de risco da Taref a deve ser realizada e aprovada por uma equipe multidisciplinar, composta por,
no mínimo:

a) empregado Vale ou contratado, treinado e conhecedor do método ART;


b) empregado Vale ou contratado conhecedor da tarefa a ser realizada;

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Essa equipe é responsável por identificar todas as inf ormações necessárias para elaboração da ART e
realizar a identif icação, análise, classificação e avaliação dos riscos. É importante que as inf ormações
sejam descritas de modo claro e objetivo para que o executante da tarefa compreenda.

A ART de empresa contratada ou prestadora de serviço deve ser validada por empregado Vale ou de
empresa gerenciadora delegada pela Vale.

É recomendável que, para tarefas não rotineiras e urgentes, as ARTs sejam aprovadas pelo
supervisor imediato ou profissional de Segurança.

5. Etapas da Análise de Riscos das Tarefas

A Análise de Risco da Taref a (ART) deve ser elaborada durante a etapa de planejamento de uma tarefa,
com avaliações em campo e uma mesma ART pode ser utilizada para uma tarefa que seja recorrente. A
revalidação da ART deve der diária e por todos executantes, devendo ser registrada na contra capa.

5.1 O método de elaboração é composto das seguintes etapas:

Caracterização do escopo da ART

Divisão da tarefa em passos:

Importante: o escopo e os passos devem ser específicos e restritos à tarefa que será realizada. Não é
permito a emissão de ART com escopos genéricos ou que abranjam tarefas que não serão realizadas.

a) Identif icação das situações de risco em cada passo da tarefa;

b) Caracterização das as situações de risco, identificando suas causas e ef eitos/consequências (análise de


risco);

c) Identif icar os controles existentes para prevenir a situação de risco ou mitigar os seus efeitos (análise de
risco);

d) Classif icar o risco, atribuindo probabilidade e severidade (classificação de risco);

e) Importante: a classificação deve ser f eita sobre o risco residual, ou seja, considerando os controles
disponíveis implementados;

f) Tomar as ações necessárias de acordo com a classificação de risco (avaliação de risco):Caso o risco seja
classificado como muito alto, implementar novos controles a fim de reduzi-los

g) Enquanto o risco estiver muito alto, a atividade só pode ser realizada a partir da implementação de controles
temporários que reduzam o risco para, no máximo, alto. Os cenários de riscos classificados como muito
altos em ARTs não podem permanecer por mais de 6 meses sem uma tratativa definitiva.

5.2 Identificação de Novas Situações de Riscos e Não Conformidade da ART com a


Situação Real de Trabalho

Durante a verif icação no local de trabalho, na hipótese de identificação de novas situações de riscos não
previstas na ART, o executante não deve iniciar a atividade e deve preencher nas linhas em branco da
ART quais são essas situações de riscos. O líder ou encarregado pela atividade deve ser comunicado e
tomar uma das seguintes medidas:
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a) Se os riscos f azem parte dos passos taref a, comunicar à equipe responsável pela elaboração, que
deverá incluir essa situação na ART, preenchendo as inf ormações f altantes e realizando análise,
classificação e avaliação de risco. Cabe ao líder ou encarregado pela atividade av aliar se a tarefa pode
ser continuada após a implementação de controles no momento da execução da taref a ou se é
necessário aguardar a análise e classificação de risco pela equipe elaboradora.

b) Se os riscos são circunstanciais (não estão associados a algum passo da tarefa), implementar os
controles necessários para continuidade da atividade.

Na hipótese de não conformidade da ART com a situação real de trabalho o executante deve interromper
ou não iniciar a atividade e comunicar ao líder ou encarregado pela atividade.

5.3 Considerações Importantes:

Os riscos circunstanciais (que não são associados ao passo da taref a) identificados em taref as que
necessitem de uma PTS – Permissão de Trabalho Seguro (conforme PNR 00031) devem ser identificados
na PTS, podendo também ser refletidos na ART;

Se a situação de risco verificada no momento da execução é associada a um passo da tarefa, por mais
que o executante faça a identificação do risco, não é dever do executante identificar as outras informações
necessárias (análise de risco), classificar (probabilidade x severidade) ou avaliar o risco. Esse processo
deve ser realizado pela equipe multidisciplinar e não há necessidade de ser feita em campo, porém essa
situação de risco deve ser avaliada e medidas de mitigação implementadas garantindo a execução de
f orma segura;

A ART deve ser verificada e assinada pelos executantes no momento da realização da tarefa e, durante a
execução, deve ficar em local de fácil acesso para eventual consulta dos executantes;

Em atividades de urgência, não planejadas, para as quais não existam ARTs previamente elaboradas e
não f or possível a elaboração da ART contemplando todas as etapas, é permitido a elaboração de ART
resumida, contendo no mínimo os passos da tarefa, situações de riscos e medidas de controles.

Essa hipótese deve ocorrer em caráter de exceção e a ART deve ser complementada após o término da
atividade.

5.4 Revisão da ART

A ART deve ser revisada quando a equipe responsável por sua elaboração entender necessário e sempre que:

a) O escopo da tarefa for modificado;

b) Um incidente acorrer durante a execução da tarefa;

c) For identificado falha ou ausência de medidas de controles previstas na ART e essa f alha ou ausência
não puder ser resolvida imediatamente para a execução da tarefa;

d) For identificada nova situação de risco antes ou durante a execução da tarefa;


e) O procedimento associado a ART for alterado.

Responsabilidades:

Gerente de Área :

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• Garantir que todas as tarefas executadas sob sua responsabilidade sejam, prévia e f ormalmente,
avaliadas nos seus riscos;
• Gerir e implementar a Análise de Risco das Taref as nas áreas sob sua responsabilidade nos termos deste
documento;
• Assegurar os recursos necessários (financeiros, humanos e materiais) para propiciar o gerenciamento
ef etivo dos riscos identificados nas tarefas em áreas sob sua responsabilidade.

Supervisor:

• Garantir o cumprimento de todos os requisitos estabelecidos neste documento;


• Identif icar os elaboradores de ART na sua equipe;
• Garantir o treinamento de todos os seus liderados em ART;
• Disponibilizar os recursos necessários para execução das atividades conforme previsto na ART;
• Usar as ART para planejar a preparação e execução das tarefas;
• Buscar alternativas para execução da atividade de maneira a reduzir a frequência de ocorrência ou a
severidade das consequências;
• Parar a atividade e refazer a ART caso ocorram mudanças nas etapas da tarefa durante a realização da
mesma ou se forem identificados novos riscos no ambiente que interfiram na tarefa ou impactem os
executantes da mesma;
• Incluir na sua inspeção de campo a verificação dos serviços quanto ao cumprimento das ART.
• Elaboradores de ART:
• Participar da elaboração da ART e nas revisões regulares do documento;

Executantes:

• Seguir todas as recomendações da ART;


• Participar da avaliação das ARTs no local da tarefa;
• Cumprir as medidas de controle indicadas pela ART;
• Parar a atividade quando ocorrerem situações que não estejam contempladas;
• Usar as ART para planejar a preparação e execução das tarefas;
• Complementar, caso necessário, a ART no campo, considerando os riscos encontrados no local da
atividade
• Complementar a ART toda vez que houver mudança das etapas ou nos riscos da tarefa.

Gerente de Saúde, Segurança e Meio Ambiente:

• Apoiar outras gerências na implementação da Análise de Risco das Taref as nos termos deste documento;
• Indicar multiplicadores responsáveis pelo treinamento da ART;
• Prof issional de Saúde, Segurança e Meio Ambiente:
• Garantir o treinamento dos responsáveis por conduzir a elaboração de ARTs em todas as gerências sob
sua responsabilidade.
• Apoiar, quando solicitado, na identificação de alternativas para execução da atividade;
• Apoiar, quando solicitado, na elaboração de ARTs para tarefas de maior complexidade.
• Auditar os serviços quanto ao cumprimento deste procedimento.

Nota sobre a revisão e prazo para implementação

A partir da publicação desta revisão no SISPAV, todas as ART’s devem ser elaboradas conforme este procedimento.
As empresas que prestam serviços em outras diretorias, devem atender as exigências da unidade de atendimento.
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Para consulta da definição de probabilidade, verificar PNR 000068, anexo III.

Anexos:

Anexo 01 – Formulário de Análise de Risco da Tarefa – ART.

Disposições Gerais:

11.1 Controle de Revisão

Número e data da revisão Item alterado Revisor Referência da Mudança

Rev 00 – 15/05/2021 Emissão Inicial Fabiana Souza Ferreira Emissão Inicial

Rev 01 – 11/08/2021 Contra capa Fabiana Souza Ferreira Correção de texto e Alteração
de layout

Rev 02 – 22/11/2021 Contra capa Fabiana Souza Ferreira Alteração de layout

Rev 03 – 27/05/22 Anexo I Fabiana Souza Ferreira Inclusão dos itens de MA e


atendimento PNR 00068

Rev 04 – 20/06/22 Anexo I Ana Almeira Correção do Anexo I

11.2 Controle de Registros

Anexos Tempo mínimo de Local de Disposição após


Título do registro
retenção do documento arquivo/controle tempo de retenção

6 meses*
Anexo 01 Formulário ART (*) Em caso de evento pessoal o documento Área Executante NA
deverá ser anexado à investigação e
arquivado por no mínimo 20 anos.

Elaboradores:

Nome Matrícula Área

Gerência de Segurança do Trabalho – Diretoria de


Fabiana Souza Ferreira 01484315
Reparação e Desenvolvimento Territorial

Gerência de Segurança do Trabalho – Diretoria de


Anilton Anjos 01352419
Reparação e Desenvolvimento Territorial

Gerência de Licenciamento – Diretoria de Reparação


Ana Almeida 01496053
e Desenvolvimento Territorial

Gerência de Licenciamento – Diretoria de Reparação


Carolina Silva 01506820
e Desenvolvimento Territorial

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