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A receita da Prefeitura Municipal de São Paulo continua tendo

crescimento real em relação aos anos anteriores, e em especial em relação a


2020, demonstrando a retomada da atividade econômica na maior parte dos
setores e o crescimento em novas áreas. Houve um aumento real de 0,8%
levando-se em conta a administração indireta, Câmara e TCM e de 1,8%
levando-se em conta apenas a administração direta.

As receitas têm sido ampliadas em especial em função do aumento na


arrecadação, que é a mais lata dos últimos 10 anos em termos reais. Em
especial há um aumento significativo na receita proveniente do ISS – R$, 10,34
bi arrecadados até junho, 14,3% a mais que no mesmo período de 2020 em
valores corrigidos.

Embora não tão relevante em termos absolutos, o amplo aumento na


arrecadação do ITBI (Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis), que
totalizou 62% em valores corrigidos – arrecadando R$ 1,65 bi – indica um
aquecimento acentuado no mercado imobiliário.

Nos dois casos a arrecadação principal dos dois tributos foi o


componente principal, demonstrando que referem-se a atividades presentes –
a arrecadação referente a parcelamentos, juros, multas e outros procedimentos
referentes a débitos tributários antigos caiu em um terço para o ISS e teve
aumento real de apenas 20% em relação ao ITBI.

O crescimento destas duas fontes de receita tributária compensou o


desempenho mais modesto do IPTU, que arrecadou R$ 7,66 bi – 3,17% de
aumento real. Por outro lado, o IPTU teve um comportamento inverso ao do
ITBI e ISS, com aumento de 22% na arrecadação devida a parcelamentos,
juros e outros procedimentos referentes a débitos mais antigos. Enquanto a
arrecadação principal cresceu apenas 2,01%.

A prefeitura mantém a política de manter grande quantidade de recursos


em caixa e mantendo os níveis de investimento em níveis modestos. Foram
investidos apenas R$ 491,08 milhões, dos quais 69,04 foram referentes a
condenações judiciais, 67,4 na produção de unidades habitacionais e 59,78 na
área da Saúde. A prefeitura mantém R$ 21,44 bi em caixa – aproximadamente
R3,5 bi a mais que no mesmo período do ano anterior.

Destes valores, R$ 11,6 bi são recursos não carimbados que podem ser
usados livremente – dos quais R$ 2,6 bi foram acrescentados só entre os
meses de maio e junho. Entre os recursos com aplicação carimbada destacam-
se os R$ 2,94 bi no caixa das operações urbanas – R$ 2,14 bi só na OUC Faria
Lima. Embora a destinação destes recursos esteja vinculada ao programa de
obras destas Operações poderiam já estar sendo utilizados. A estes valores
somam-se R$ 1,27 bi disponíveis no Fundurb – valor que cresceu mais de R$
200 milhões nestes seis meses – aguardando destinação.

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