Você está na página 1de 3

EE Dom José de Camargo Barros

Atividade de Geografia – 3º ano


Professor Luiz Fernando Zanutelli

Conteúdo -África e sua distribuição espacial - Partilha da África

Nome – Icaro Fanger_____________nº18 Série 3ºC

Atividade enviada mediante o Google Classroom, sobre o tema Partilha da África,


contendo um texto sobre o tema e como atividade dois exercícios elaborado pelo
professor.
 Atividade - exercícios.
1-) Em sua opinião qual o motivo dos europeus se considerarem superiores aos
africanos, conforme a Teoria Positivista de Auguste Comte?
O positivismo é uma teoria de desenvolvimento social que afeta o campo das ciências,
pois aposta nelas como fator de desenvolvimento social, e o campo da política, pois
desenvolve uma teoria que promove uma espécie de doutrina para
a promoção do progresso civil.

Essa teoria foi elaborada pelo filósofo Auguste Comte (1798-1857), que, influenciado


pelo iluminismo francês, elaborou uma teoria política, social e científica que apostou
em uma marcha progressiva constante da sociedade. Segundo o seu pensamento, a
humanidade teria passado por dois estágios de desenvolvimento e, no século XIX, teria
entrado no terceiro e mais aprimorado estágio, o positivo.

Para Comte, a Europa estaria vivendo uma nova configuração, demasiadamente


complexa, por conta das duas grandes revoluções ocorridas: a Revolução Francesa e
a Revolução Industrial.

No Brasil, pudemos ver reflexos dessa teoria política com o fim da monarquia e


a Primeira República, comandada pelo marechal Manuel Deodoro da Fonseca, militar
fortemente inspirado pelo positivismo.

Características do positivismo

1. Doutrina filosófica: a inspiração política do positivismo estava


no Iluminismo. Os primeiros filósofos iluministas defendiam que
o conhecimento deveria ser universalmente estimulado, mediante
uma educação emancipadora para levar a autonomia social a um nível em
que a humanidade progrediria moralmente pelos frutos do progresso
intelectual. Esse progresso somente seria pleno, no momento em que
todos se juntassem em prol
da busca pelo conhecimento esclarecedor sobre o mundo.
2. Doutrina sociológica: a ordem social estaria intimamente ligada
ao desenvolvimento moral e ao desenvolvimento científico. Portanto, seria
necessário, além de entender a natureza, entender o funcionamento da
sociedade, levando em conta a atuação dos seres humanos e criando
teorias doutrinárias que ditassem um modo de agir que levasse ao
progresso. O rigor e a ordem eram imperativos nessas teorias, pois eram
eles que garantiriam o pleno desenvolvimento humano.
3. Doutrina política: a disciplina, o rigor e a ordem social eram requisitos
políticos para a garantia do avanço social na visão de Comte. Somente com
ações voltadas para o desenvolvimento de uma disciplina pessoal e
coletiva, cultivada juntamente com o aprendizado das ciências e com o
trabalho sociológico, a política poderia render um estágio de progresso
capaz de levar a humanidade ao seu ápice.
4. Desenvolvimento das ciências e das técnicas: a tecnologia e a ciência eram
partes importantíssimas da teoria de Auguste Comte. Segundo o filósofo,
nenhum progresso seria possível no estágio positivo sem o alto grau de
aperfeiçoamento científico aliado ao alto desenvolvimento tecnológico, o
que impulsionaria a humanidade sempre adiante.
5. Religião positiva: a religião sempre foi característica comum da
humanidade. Os seres humanos sempre buscaram o culto a algum tipo de
divindade para explicar o inexplicável. Como a busca por explicações mais
elaboradas é marca comum do estágio positivo, a religião tradicional daria
lugar, segundo o pensamento positivista, a um novo tipo de religião,
o cientificismo. O cientificismo seria o ato de depositar nas ciências toda a
fé em relação ao conhecimento e ao desbravamento do mundo,
entendendo que não há sobrenatural, mas somente natureza. As ciências
ocupariam, para os positivistas, o lugar que Deus ocupou nas religiões
desenvolvidas até então.

2-) Quais foram as expedições científicas enviadas pelos europeus ao continente


africano?

O continente africano e o asiático foram os últimos a serem colonizados pelos


europeus. Nas Américas, o processo de colonização teve início ainda no século XVI.
Três séculos mais tarde o continente americano já havia sido descolonizado e a
Primeira Revolução Industrial se encontrava em plena expansão. Diante disso, os
europeus buscaram novas fontes de recursos para abastecer as suas indústrias.

No século XIX, as nações europeias, como Inglaterra, França, Bélgica, Holanda e


Alemanha, começaram a explorar de maneira efetiva o continente africano e o
asiático. A Revolução Industrial motivou esses países a explorar matérias-primas,
especialmente minérios, dentre os quais podemos destacar o ferro, cobre, chumbo,
além de produtos de origem agrícola, como algodão e borracha; todos fundamentais
para a produção industrial.

As nações americanas que foram descolonizadas se tornaram um mercado promissor


para os produtos industrializados europeus, tendo em vista que a procura na Europa
por tais mercadorias estava em queda.

As potências europeias, para garantir matéria-prima, ocuparam os territórios contidos


no continente africano. Logo depois, promoveram a partilha do continente entre os
principais países europeus da época, dando direito de explorar a parte que coube a
cada nação.

A divisão do continente africano foi consolidada através de um acordo realizado em


1885. Esse evento contou com a participação da Inglaterra, França, Bélgica, Alemanha,
Itália, Portugal e Espanha. Esse acordo foi executado na Conferência de Berlim.

Porém, o processo de exploração da África aconteceu antes mesmo de haver a partilha


do território, isso porque diversos países enviaram delegações de cientistas para o
continente. Segundo eles, os cientistas tinham o propósito de realizar pesquisas de
caráter científico, mas na verdade esses coletavam dados acerca do potencial mineral,
ou seja, as riquezas do subsolo.

Anos depois, grande parte do território africano estava colonizada. Os europeus


introduziram culturas que não faziam parte da dieta do povo nativo. Os colonizadores
rapidamente promoveram as plantations, com destaque para a produção de café, chá,
cana-de-açúcar e cacau.

Outra atividade desenvolvida foi o extrativismo mineral, com destaque para a extração
de ouro, ferro, chumbo, diamante, entre outros. Assim, os europeus conseguiram
garantir por um bom tempo o fornecimento de matéria-prima para abastecer as
indústrias existentes nos países europeus industrializados.

Você também pode gostar