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Diario Cuiaba
Diario Cuiaba
Pesquisa Foi assim com Ana Maria (nome fictício), universitária de 23 anos, que se viu
totalmente desamparada quando o noivo terminou o relacionamento enquanto
ela planejava o casamento. Desesperada, segundo as próprias palavras, Ana
recorreu a uma “professora” para tentar reaver o noivo. Contudo, só conseguiu
Busca Google gastar dinheiro, tempo, e perder definitivamente o respeito do ex.
De acordo com ela, primeiro foi necessário pagar R$ 20 pela consulta. Depois 17:33 Mutirão pró-Aliança
tem conservadores,
de contar detalhes do rompimento com o noivo, “professora Tereza” lhe pediu tias do zap e fãs de
vários “ingredientes” para o suposto “trabalho”, entre eles uma peça de roupa Weintraub
do ex. Dias depois, com tudo preparado, Ana tinha que fazer o pagamento
17:22 Neymar sofre lesão na
antecipado de R$ 500 para ter o amado de volta em sete dias. O motivo de costela e desfalca o
pagar antes de o trabalho ser feito era que tudo podia dar errado se a PSG
universitária não tivesse fé suficiente.
17:21 Brasileiros disputam o
‘Oscar’ dos Esportes
“Gastei mais de 700 reais acreditando na promessa de ter meu noivo de volta
em até sete dias. Não deu certo. Ele continuou convicto de me deixar. Voltei ao 17:21 Brasil empata com
Colômbia em estreia
‘consultório’ da professora para reclamar e então ela disse que a culpa de ter na fase final do Pré-
dado errado era minha, então não haveria devolução de dinheiro. Só aí eu caí olímpico
na real, que havia sido enganada. Só aí vi que Cuiabá está cheia de
enganadores”, conta Ana.
Cuiabá
Histórias como a de Ana são muito comuns. Não é a toa que as ruas de Cuiabá Min: 18°
e Várzea Grande estão cheias de panfletos com promessas de trazer o amor Max: 36°
de volta, ou até mesmo de enriquecimento. A internet também hospeda vários
anúncios de místicos na capital de Mato Grosso e região. A maioria dos
anúncios promete trazer a pessoa amada em sete dias, alguns em 48 horas, e
os mais ousados afirmam que em 15 minutos o “alvo” telefonará.
Por outro lado, pouco comum são as histórias de alguém ter procurado seus
direitos após ser enganado por um suposto “guia espiritual”. Casos como os de
Ana podem enquadrar como estelionato. Se alguém contratar um “serviço
espiritual” e se sentir lesado pode acionar o charlatão em questão tanto na
esfera civil quanto na criminal.
“Se alguém oferta um serviço espiritual e outra pessoa adquire esse serviço, é
gerado um compromisso entre ambas as partes. Se alguém se sentir
enganado, como no caso de várias pessoas que gastaram valores altos, é
possível gerar uma ação criminal por ‘induzimento ao erro’, estelionato”, explica
o advogado Sílvio Soares da Silva Junior, presidente da comissão de defesa
dos direitos do consumidor da Ordem Brasileira de Advogados, seccional Mato
Grosso (OAB-MT).
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04/02/2020 Diário de Cuiabá
situação em que alguém tenta obter lucro/vantagens sobre os outros de forma
indevida. Na esfera criminal, isso pode ser interpretado como crime de
estelionato, previsto no Artigo 171 do código penal. A pena varia de um a cinco
anos de reclusão e multa.
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