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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE


DEPARTAMENTO DE ODONTOLOGIA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA

LÍGIA MORENO DE MOURA

CONSTRUÇÃO E VALIDAÇÃO DO INSTRUMENTO DE INVESTIGAÇÃO DO


CONHECIMENTO DE GESTANTES SOBRE A SUA SAÚDE BUCAL E A DO SEU
BEBÊ: PERSPECTIVA DO CUIDADO EM SAÚDE

Natal/RN
2015
LÍGIA MORENO DE MOURA

CONSTRUÇÃO E VALIDAÇÃO DO INSTRUMENTO DE INVESTIGAÇÃO DO


CONHECIMENTO DE GESTANTES SOBRE SUA SAÚDE BUCAL E A DO SEU
BEBÊ: PERSPECTIVA DO CUIDADO EM SAÚDE

Tese apresentada ao Programa de Pós-


Graduação em Saúde Coletiva do
Departamento de Odontologia da
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
como requisito para obtenção do título de
Doutora.

Orientadora: Profa. Dra. Maria do Socorro


Costa Feitosa Alves
Co-Orientadora: Profa. Dra. Maísa Paulino
Rodrigues

NATAL/RN
2015
LÍGIA MORENO DE MOURA

CONSTRUÇÃO E VALIDAÇÃO DO INSTRUMENTO DE INVESTIGAÇÃO DO


CONHECIMENTO DE GESTANTES SOBRE SUA SAÚDE BUCAL E A DO SEU
BEBÊ: PERSPECTIVA DO CUIDADO EM SAÚDE

Tese apresentada ao Programa de Pós-Graduação em


Saúde Coletiva do Departamento de Odontologia da
Universidade Federal do Rio Grande do Norte como
requisito para obtenção do título de Doutora.

Aprovada em: ___/___/___

BANCA EXAMINADORA

_________________________________________________
Profa. Dra. Maísa Paulino Rodrigues – Presidente
Universidade Federal do Rio Grande do Norte

_________________________________________________
Prof. Dr. Ricardo Cavalcanti Duarte – Membro Externo
Universidade Federal da Paraíba

_________________________________________________
Profa. Dra. Maria Alice Pimentel Fuscella – Membro Externo
Universidade Potiguar

_________________________________________________
Profa. Dra. Edna Maria da Silva – Membro Interno
Universidade Federal do Rio Grande do Norte

_________________________________________________
Profa. Dra. Isabelita Duarte Azevedo – Membro Interno
Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Natal/RN
2015
DEDICATÓRIA

A Deus, pelo dom da vida com saúde e pela força com a qual me revestes para
nunca desistir. Pai, és meu tudo. Sem Ti, eu nada seria. Adoro-Te!

Ao meu amado pai, Everaldo (in memoriam). Sei que sempre estarás comigo.
Apesar de fisicamente não estarmos juntos, continuarei seguindo tudo que me
ensinaste: honestidade, dignidade, perseverança. Obrigada pelo teu amor.
Permanecerei te amando!

À minha mãe Berenice, que ainda hoje continua me acompanhando nas


madrugadas de estudo! Amo-te muito!

À minha pequena grande filha, Isianne Kelly, que é a minha razão de viver. Amo-te
do tamanho do mundo e muito mais!
AGRADECIMENTOS ESPECIAIS

À querida orientadora, amiga, Professora Doutora Maria do Socorro Costa


Feitosa Alves, pelo incentivo e exemplo de competência e perseverança não apenas
no campo científico como frente às adversidades da vida. O meu eterno
reconhecimento por ajudar a realizar este sonho. Poucos são os privilegiados em tê-
la como orientadora por duas vezes. Admiro a sua capacidade de inibir a vaidade
em prol da simplicidade e eficiência. Sou sua admiradora e tento seguir seu
exemplo como professora.

Aos professores do Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva da


UFRN, pelo compromisso com seus discentes e pela maestria como conduzem o
compartilhar dos seus conhecimentos, em especial aos professores Kênio Costa de
Lima, Aurigena Antunes de Araújo, Angelo Giuseppe Roncalli da Costa Oliveira e
Luiz Roberto Augusto Noro. Obrigada pelo apoio, orientações e contribuições. Vocês
foram imprescindíveis para este estudo.
AGRADECIMENTOS

A Deus, por ser meu principal mestre. Honra, louvor e glória a Ti, Senhor!
Aos meus pais, Everaldo (in memoriam) e Berenice, pelo amor incondicional e por
terem sido meus primeiros mestres, me ensinando muito, principalmente os limites
da vida. Acreditaram em mim e me incentivaram a trilhar os caminhos do
conhecimento, mostrando-me que ele é capaz de transformar as pessoas sempre
para melhor.
À minha filha, Isianne Kelly, minha companheira de todas as horas, meu ponto de
equilíbrio. Você me fascina. Obrigada pelos momentos que me ajudou a superar as
angustias da vida. Sem você, não sei como seria. Obrigada pelo seu amor.
Aos meus irmãos, Luiz César (in memoriam), Hélio Sergio, Lucia e Liane, obrigada
pelo carinho, estímulo, compreensão. Amo muito vocês.
Ao filho Airton Costa Filho, apesar de biologicamente só ter uma filha, Deus foi muito
generoso comigo e me presenteou com você. Obrigada por tudo.
Aos meus sobrinhos, que amo de todo coração. Obrigada por existirem na minha
vida.
À minha família, vocês são as células da minha vida!
À professora doutora Maísa Paulino Rodrigues, por aceitar ser minha co-orientadora.
Obrigada pelo carinho e presteza.
Aos professores doutores Ricardo Cavalcanti Duarte, Maria Alice Pimentel Fuscella,
Edna Maria da Silva e Isabelita Duarte Azevedo, que compuseram a banca de
avaliação desta tese, pelas disponibilidades e grandes contribuições.
Aos professores doutores Elizabeth Cristina Fagundes de Souza, Iris do Céu Clara
Costa, Dyego Leandro Bezerra de Souza, Maria Ângela Fernandes Ferreira e
Ângela Maria Vieira de Paiva, sempre disponíveis a nos orientar.
Ao funcionário do PPGSCol, Lucas Soares de Araújo, pelo carinho e competência
que nos ajuda.
Aos meus colegas do doutorado, pelos momentos de aprendizado, companheirismo
e entusiasmo que vivenciamos juntos.
Às gestantes, que foram imprescindíveis para este estudo.
Às médicas Simone Bezerra Rosado Cascudo Rodrigues e Julieta Maria de
Medeiros Dias, pela colaboração fundamental para esta pesquisa.
Aos colegas especialistas, mestres e doutores, que gentilmente participaram desta
pesquisa, dispendendo parte do seu precioso tempo para prestar fundamentais
colaborações científicas. Meus sinceros agradecimentos.
Aos meus alunos, Flavio Rocha, Roberta Rihan, Mariane Fernandes, Wigna Carlos,
Rafaelle Eveline e Geórgia Bezerra, pelos momentos que compartilhamos juntos
durante a minha pesquisa e pela fundamental ajuda na coleta dos dados. Todo o
meu carinho. Que Deus os abençoe.
Ao colega Anderson Fernandes, pela valiosa ajuda na análise dos dados.
AO INSS, pela cessão da minha licença por 10 meses, para realizar coleta dos
dados.
Ao Padre Sabino Gentili (in memoriam), por mostrar quão importante é amarmos o
próximo de maneira incondicional, me ajudando no crescimento humanístico.
Aos meus amigos, colegas, irmãos, Maria Alice Pimentel Fuscella, Maria de Fátima e
Jorge de Oliveira, pelo apoio, ensinamentos, carinho, compreensão, quando mais
precisei. Todo meu respeito e amor a vocês.
À minha amiga irmã, professora doutora Carmem Ferreira Camilo, pela forma
carinhosa que me orientas desde a graduação.
Às minhas colegas da disciplina, Adriana Alcântara e Ana Larissa Soares, por me
ajudarem na minha ausência devido ao doutorado e nos momentos difíceis que
enfrentei. Vocês têm um lugar especial no meu coração.
Aos colegas do INSS, obrigada pelo apoio, pela força e incentivo. Vocês são muito
especiais.
À amiga, professora doutora Lecy Maria Fernandes Gadelha, obrigada pelas
sugestões ao trabalho e pelo carinho.
Às minhas amigas irmãs, Maria do Socorro Medeiros, Fátima Regis, Janilene Maciel,
Newma Oliveira, comecei com vocês.
A Luciene, você sabe como foi importante nesse período.
Finalmente, quero agradecer também a todas as pessoas que, direta ou
indiretamente, intercederam por mim e colaboram para que esse sonho fosse
realizado. Como disse Milton Nascimento: “Amigo é coisa pra se guardar/ no lado
esquerdo do peito/ mesmo que o tempo e a distância digam não”. A todos, muito
obrigada, de coração.
“Os que confiam e esperam no

Senhor, sempre renovam suas

energias. Caminham e não perdem

as forças, correm e não se cansam,

sobem, voando como águias”.

Is 40:29.
RESUMO

INTRODUÇÃO: A atenção pré-natal e puerperal de qualidade e humanizada é


fundamental para a saúde materna e neonatal, bem como a atenção à saúde bucal.
Atualmente, a Política Nacional de Saúde Bucal visa à ampliação da assistência
odontológica às gestantes. Sendo assim, as políticas de promoção da saúde bucal e
de atenção ao pré-natal devem estar integradas. Entretanto, existe ainda uma
discreta participação das gestantes. Dessa forma, faz-se necessário verificar o
conhecimento das gestantes relacionado à saúde bucal, buscando estimar a
qualidade dos cuidados odontológicos oferecidos durante o pré-natal, sendo
essencial para a Estratégia da Saúde da Família dimensionar pessoal, planejar
custos e garantir o padrão de qualidade da assistência. OBJETIVO: Construir e
validar instrumento de investigação sobre o conhecimento das gestantes sobre a
sua saúde bucal e a dos seus bebês. MÉTODO: Trata-se de um estudo de
construção e validação, realizado com 93 gestantes em Unidades de Saúde da
Família e clínicas privadas especializadas em obstetrícia, na cidade do Natal/RN. Foi
autorizado pelo Comitê de Ética do Hospital Universitário Onofre Lopes da
Universidade Federal do Rio Grande do Norte sob o parecer número 421.163/13.
Para que o instrumento fosse válido, confiável e sensível, sua construção seguiu as
etapas: criação e redução dos itens (elaboração do instrumento), validade de
conteúdo e teste do instrumento e validação das hipóteses. Depois de construído o
instrumento, este foi avaliado por expertises, que sugeriram modificações. Houve
consulta à população-alvo sobre a nova versão do instrumento criada. Só então foi
verificada a validação do instrumento através da consistência interna, sendo que se
realizou a calibração intra e interexaminadores e o teste-reteste. Depois foram
validadas as hipóteses. Um banco de dados foi construído no Statistical Package for
Social Sciences (SPSS®), versão 22.0. Na validação de critérios, após criação das
hipóteses, esta associação foi verificada entre cada uma das questões específicas
para cada critério estabelecido, considerando nível de significância de 5%. A análise
dos dados foi realizada através da descrição das frequências absolutas e relativas
das variáveis concernentes às questões relativas ao conhecimento das gestantes
sobre a sua saúde bucal e de seus bebês. Para o processo de calibração (calibração
inter e intraexaminadores) utilizou-se o coeficiente Kappa, e para analisar a
reprodutibilidade do instrumento (teste-reteste) foi utilizado o coeficiente alfa de
Cronbach. Além disso, o teste do qui-quadrado foi utilizado para cruzar a variável
dependente com as variáveis independentes, as quais foram dicotomizadas.
RESULTADOS: A análise da concordância intra e intexaminadores apresentou
coeficiente Kappa entre 0,400 e 1,000. A consistência interna através da análise
mostrou que 90% das questões do instrumento apresentaram ótima confiabilidade
nas respostas (α de Cronbach˃0,7). Na investigação da relação entre a variável
dependente (conhecimento sobre saúde bucal) e as variáveis independentes
(trimestre da gravidez, escolaridade, renda e multíparas), verificou-se que nenhuma
destas variáveis independentes apresentou associação significativa. Todas as
hipóteses tiveram seus Ho confirmados. CONCLUSÃO: O instrumento criado está
validado, tendo em vista que se mostrou sensível, com boa confiabilidade e com boa
precisão, podendo ser usado para avaliar o conhecimento das gestantes sobre a sua
saúde bucal e a saúde bucal dos seus bebês.

Descritores: Validação. Conhecimento. Gestantes. Saúde bucal.


ABSTRACT

INTRODUCTION: Humanized and quality prenatal and post-partum care is critical to


maternal and newborn health, as well as oral health care. Currently, the National Oral
Health Policy is aiming at expanding dental care for pregnant women. Thus, the
promotion of oral health and attention to prenatal care policies should be integrated;
however, there is still limited participation of pregnant women. Thus, it is necessary to
verify the knowledge of pregnant women related to oral health, seeking to estimate
the quality of dental care provided during prenatal care, being essential for the Family
Health strategy to organize personnel, plan costs and to ensure the quality standard
of care. OBJECTIVE: To develop and validate a research instrument on the
knowledge of pregnant women about their oral health and of their baby. METHOD:
This is a construction and validation study with 93 pregnant women in Family Health
Units and specialized private clinics in Obstetrics, in the city of Natal / RN. It was
authorized by the Onofre Lopes University Hospital Ethics Committee of the
Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) under the registration number
421.163/13. The construction of the instrument followed steps so that it was valid,
reliable and sensitive: creation and reduction of the items (drafting of the instrument),
content validity and testing of the instrument, and hypotheses validation. Once
constructed, the instrument was evaluated by experts who suggested modifications.
There was consultation with the target population about the new version of the
created instrument, which had the instrument validation verified by internal
consistency through intra and inter-calibration and test-retest. Next, the hypotheses
were validated. A database was built in the Statistical Package for Social Sciences
(SPSS), version 22.0. After creating the hypotheses, an association was found for
validating the criteria between each of the specific issues for each established
criteria, considering a 5% significance level. Data analysis was carried out by
describing the absolute and relative frequencies of the variables pertaining to issues
relating to their pregnancy knowledge about their oral health and their baby. The
Kappa coefficient was used for the calibration process (Inter and Intra-examiner
calibration) and Cronbach's alpha coefficient was used to analyze instrument
reproducibility (test-retest). In addition, the chi-square test was used to cross the
dependent variable with the (dichotomized) independent variables. RESULTS: The
intra and inter agreement analysis presented a Kappa coefficient between 0.400 and
1.000. Internal consistency through the analysis showed that 90% of the instrument's
questions showed great reliability in the answers (Cronbach α ˃ 0.7). In the
investigation of the relationship between the dependent variable (knowledge about
oral health) and the independent variables (trimester of pregnancy, education,
income and multiparous), it was found that none of these independent variables were
significantly associated. All hypotheses had their Ho confirmed. CONCLUSION: The
constructed instrument was validated, considering that it showed to be sensitive with
good reliability and good accuracy, and therefore can be used to assess pregnant
women’s knowledge about their oral health and the oral health of their baby.

Key words: Validation. Knowledge. Pregnant women. Oral health.


LISTA DE TABELAS

Tabela 1 Percentual de resposta para se definir a reformulação dos itens


do questionário referente à fase “Consulta à população-alvo”.
40
Natal/RN, 2015................................................................................
Tabela 2 Valores do coeficiente Kappa da calibração intraexaminadores e
interexaminadores da pesquisa. Natal/RN, 42
2015.................................................................................................
Tabela 3 Valores de α de Cronbach na avaliação da consistência interna.
44
Natal/RN, 2015................................................................................
Tabela 4 Distribuição das gestantes, segundo idade, anos de estudo, nº de
consultas pré-natal ideal e tempo em que se deve amamentar.
Natal/RN, 2015................................................................................ 46

Tabela5 Distribuição das gestantes, segundo escolaridade, domicílio, tipo


de domicílio, água do domicílio, se existe saneamento, se eram
46
multíparas e qual trimestre da gravidez. Natal/RN, 2015................
Tabela 6 Distribuição das gestantes segundo conhecimento sobre sua
saúde bucal e a saúde bucal do bebê. Natal/RN, 2015.................. 47

Tabela 7 Distribuição das gestantes segundo conhecimento sobre sua


saúde bucal e a saúde bucal do bebê, de acordo com a idade
49
gestacional. Natal/RN, 2015............................................................
Tabela 8 Distribuição das gestantes segundo conhecimento sobre sua
saúde bucal e a saúde bucal do bebê, de acordo com a
50
escolaridade. Natal/RN, 2015.........................................................
Tabela 9 Distribuição das gestantes segundo conhecimento sobre sua
saúde bucal e a saúde bucal do bebê, de acordo com a renda
51
familiar. Natal/RN, 2015..................................................................
Tabela 10 Distribuição das gestantes segundo conhecimento sobre sua
saúde bucal e a saúde bucal do bebê, de acordo com ser
53
multíparas ou não. Natal/RN, 2015.................................................
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 16
2 REVISÃO DE LITERATURA ............................................................................... 199
2.1 ATENÇÃO ODONTOLÓGICA ÀS GESTANTES ................................................................................ 19
2.2 A EDUCAÇÃO EM SAÚDE: ESTRATÉGIA PARA O CONHECIMENTO ............................................. 22
2.3 CONSTRUÇÃO E VALIDAÇÃO DE INSTRUMENTO DE PESQUISA .................................................. 26
3 OBJETIVOS ........................................................................................................... 29
3.1 GERAL .......................................................................................................................................... 29
3.2 ESPECÍFICOS ................................................................................................................................ 29
4 METODOLOGIA .................................................................................................... 30
4.1 DELINEAMENTO DA PESQUISA.................................................................................................... 30
4.2 LOCAL DO ESTUDO ...................................................................................................................... 30
4.3 POPULAÇÃO DO ESTUDO ............................................................................................................ 30
4.4 PROCESSO DE ELABORAÇÃO E VALIDAÇÃO DO INSTRUMENTO DE INVESTIGAÇÃO .................. 31
4.4.1 Elaboração do instrumento e validade do conteúdo ............................ 31
4.4.1.1 Validação bibliográfica .................................................................................................. 31
4.4.1.2 Validação pelos especialistas ........................................................................................ 32
4.4.1.3 Consulta à população-alvo da investigação .................................................................. 33
4.4.2 Teste dos instrumentos .......................................................................... 35
4.4.2.1 Consistência interna ...................................................................................................... 35
4.4.2.2 Reprodutibilidade.......................................................................................................... 36
4.4.3 Validação de hipóteses ........................................................................... 36
4.5 ANÁLISE DE DADOS ..................................................................................................................... 38
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO ........................................................................... 399
5.1 ELABORAÇÃO DO INSTRUMENTO E VALIDADE DE CONTEÚDO ................................................ 399
5.1.1 Validação bibliográfica ............................................................................ 39
5.1.2 Validação pelos especialistas................................................................. 40
5.1.3 Consulta à população-alvo da investigação ......................................... 40
5.2 TESTE DOS INSTRUMENTOS ........................................................................................................ 42
5.2.1 Consistência interna................................................................................ 43
5.3 APLICAÇÃO DO QUESTIONÁRIO E VALIDAÇÃO DAS HIPÓTESES ............................................... 455
5.3.1 Conhecimentos das gestantes sobre sua saúde bucal e a saúde bucal
do seu bebê ....................................................................................................... 45
6 CONCLUSÃO ...................................................................................................... 566
REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 577
ANEXO A – Parecer do Comitê de Ética em Pesquisa ....................................... 633
APÊNDICE A – TCLE para Gestantes .................................................................. 666
APÊNDICE B – Questionário 1ª fase .................................................................... 688
APÊNDICE C – Carta convite para os Especialistas .......................................... 755
APÊNDICE D – TCLE Expertises .......................................................................... 766
APÊNDICE E – Questionário para expertises ..................................................... 788
APÊNDICE F – Instrumento Final......................................................................... 822
16

1 INTRODUÇÃO

A sociedade encontra-se em constante mudança e a ciência deve


acompanhar tais transformações, de modo a entendê-las, analisá-las e propor
soluções para eventuais problemas que surjam, à medida que são identificados
novos e inclusive antigos problemas que não tenham sido suficientemente
explorados, ou ainda novas formas de apresentação daqueles já conhecidos
(MONTEIRO; HORA, 2014).
Convém ressaltar que a atenção pré-natal e puerperal de qualidade e
humanizada é fundamental para a saúde materna e neonatal. Contudo, para sua
humanização e qualificação, faz-se necessário construir um novo olhar sobre o
processo saúde/doença, que compreenda a pessoa em sua totalidade corpo/mente
e considere o ambiente social, econômico, cultural e físico no qual vive (BRASIL,
2005).
Dessa forma, no Brasil, a Política Nacional de Saúde tem criado metas no
sentido de resolver problemas e, dentre estas, pretende-se reduzir a mortalidade
infantil. Por isso, vem desenvolvendo uma série de políticas para melhorar a
qualidade da atenção à gestante, na perspectiva da integralidade.
Quando a gestante procura o serviço para realizar o pré-natal, favorece o
procedimento de identificação de pacientes que apresentam riscos para
desenvolverem problemas inerentes a sua saúde bucal e que podem afetar a sua
saúde e a do feto. Entretanto, estes problemas podem ser evitados. Neste caso, o
conhecimento sobre os cuidados com a saúde bucal é muito importante e deve ser
adquirido e/ou reforçado neste momento, assim como a aquisição de informações de
como manter a saúde bucal do bebê, pois as mulheres quando gestantes se
encontram mais ávidas por aprender tudo relacionado à criança.
Além disso, faz-se necessário a educação em saúde bucal, utilizando-se
veículos de comunicação de grande alcance para a desmistificação de que a
atenção odontológica não deve ser realizada durante a gestação, e proporcionando
a incorporação gradativa de novos conhecimentos e práticas de saúde bucal pelos
profissionais da área odontológica (CODATO et al., 2011).
O grau de conhecimento pode ser definido por intermédio de levantamentos e
estudos com o objetivo de definir o perfil do grupo alvo, pois já foi comprovado que
17

ações que consideram a realidade local revelam-se mais efetivas do que as que
ignoram esta realidade (SOARES et al., 2013).
Por conseguinte, é imprescindível que programas odontológicos educativos
sejam realizados, levantem e interpretem de antemão necessidades da população,
principalmente daquela camada com menor acesso aos serviços de saúde
odontológica (GOUVÊA et al., 2015).
Atualmente, sobre a oferta de atenção à saúde bucal, a Política Nacional de
Saúde Bucal (Brasil Sorridente), implantada no país em 2004, visa também à
ampliação da assistência odontológica às gestantes que necessitam de prioridade
nos cuidados e apresentam quadros de saúde bucal peculiares (BRASIL, 2006).
A gravidez é o período no qual as futuras mães procuram, com frequência,
profissionais de saúde e se encontram emocionalmente mais sensíveis e envolvidas
com o seu bem-estar e de seus filhos. Porém, os trabalhos na literatura mostram que
ainda são baixas a procura e a adesão das gestantes ao tratamento odontológico,
apesar da existência dessas mudanças na política (SCAVUZZI et al., 2008).
Para Trevisan e Pinto (2013), as políticas de promoção da saúde bucal e de
atenção integral ao pré-natal devem ter como estratégia a ampliação da oferta dos
serviços de atenção odontológica à gestante. Porém, só isso não basta. A baixa
procura e adesão das gestantes ao tratamento odontológico refletem a falta de
conhecimento que esse grupo tem sobre a importância da saúde bucal durante a
gravidez.
Alguns estudos (SILVA; ROSELL; VALSECKI JÚNIOR, 2006; SCAVUZZI et
al., 2008; THOMAS; MIDDLETON; CROWTHER, 2008; GARBIN et al., 2011)
avaliaram o nível de conhecimento que gestantes têm sobre o pré-natal e sobre a
identificação de situações de risco à gravidez, bem como a respeito da saúde bucal
do bebê. Entretanto, na apresentação da pesquisa, não explicitaram a validação dos
instrumentos utilizados ou, quando o fizeram, (THOMAS; MIDDLETON;
CROWTHER, 2008; GARBIN et al., 2011), os seus instrumentos não contemplavam
o conhecimento relacionado à saúde bucal do bebê (SILVA; ROSELL; VALSECKI
JÚNIOR, 2006; SCAVUZZI et al., 2008).
Sendo assim, após busca na literatura, acredita-se que não existem,
validados no Brasil, instrumentos semelhantes ao que será utilizado neste estudo,
ou seja, instrumentos que contemplem as questões referentes ao problema desta
18

pesquisa. Entretanto, a verificação desse conhecimento possibilita estimar a


qualidade dos cuidados odontológicos oferecidos durante o pré-natal, sendo
essencial para a Estratégia da Saúde da Família (ESF) dimensionar pessoal,
planejar custos e garantir o padrão de qualidade da assistência.
Vale evidenciar que se deve considerar a atual realidade da Política Pública
de Saúde existente no Brasil, envolvendo a Estratégia da Saúde da Família (ESF),
quando a gestante deveria durante o pré-natal também receber atenção
odontológica. No entanto, as gestantes ainda desconhecem essa necessidade.
Considerando o exposto acima, este estudo justificou-se em virtude da
necessidade de se investir na saúde do binômio mãe-filho. Dessa forma, é
importante estudar o conhecimento que a gestante tem sobre a saúde durante a
gestação e a saúde bucal do bebê, principalmente devido às novas políticas de
saúde voltadas para esta e à falta de um instrumento para verificar esse
conhecimento, falta essa constatada inclusive na pesquisa bibliográfica e na prática
do desenvolvimento no estudo piloto realizado pela pesquisadora, cujo objetivo
consistiu em contribuir no estudo dessa problemática no Brasil. Deve-se considerar
ainda que esse instrumento poderá ser utilizado para obter dados que poderão
subsidiar programas de atendimentos odontológicos destinados a essa clientela,
bem como incrementar os programas de pré-natais já existentes na ESF.
19

2 REVISÃO DE LITERATURA

Considerando o tema do estudo, a revisão da literatura discorreu sobre


estudos que contemplassem a atenção odontológica para as gestantes, a educação
em saúde como estratégia para o conhecimento e validação de instrumento de
pesquisa.

2.1 ATENÇÃO ODONTOLÓGICA ÀS GESTANTES

O estado da saúde bucal apresentado durante a gestação tem relação com a


saúde geral da gestante e pode influenciar na saúde geral e bucal do bebê. Todo
serviço de saúde deve estabelecer, como rotina, a busca ativa das gestantes de sua
área de abrangência, incluindo-as no grupo operativo e no pré-natal. Os
profissionais de saúde bucal devem trabalhar em equipe de forma integrada com os
demais profissionais da equipe de saúde da ESF e, no que diz respeito à gestante,
trabalhar em constante interação com os profissionais responsáveis pelo seu
atendimento.
A técnica de adequação do meio bucal e o controle de placa são boas
condutas odontológicas preventivas e podem ser indicadas, garantindo conforto à
gestante e a continuidade do tratamento após a gravidez (BRASIL, 2006).
A Estratégia da Saúde da Família (ESF) foi implantada para reverter a forma
atual de prestação de assistência à saúde, visando implantar um novo modelo em
que as Unidades Básicas de Saúde, transformadas em Unidades de Saúde da
Família, passem a resolver a maior parte dos problemas de saúde. A ESF, iniciada
em 1994, procura reafirmar os princípios do SUS. Por meio de uma parceria entre o
Ministério da Saúde e o Unicef, pretende-se oferecer às famílias serviços de saúde
preventiva e curativa em suas próprias comunidades, resultando em melhorias
importantes nas condições de saúde das mulheres e crianças atendidas (PASQUIM,
2002; REIS; HORTALE, 2004).
No entanto, a importância de uma equipe multiprofissional no cuidado pré-
natal nem sempre é divulgada para as gestantes e raramente está disponível
(FIGUEIREDO; ROSSONI, 2008). O profissional da equipe do ESF, segundo normas
do Ministério da Saúde, precisa ser capaz de atuar com criatividade e senso crítico,
20

mediante uma prática humanizada, competente e que envolva ações de promoção,


prevenção, recuperação e reabilitação. Deve ser ainda capaz de planejar, organizar,
desenvolver e avaliar ações que respondam às necessidades da comunidade,
articulando os diversos setores relacionados à Promoção da Saúde (REIS;
HORTALE, 2004).
A possibilidade de se evitar a mortalidade materna oscila entre 90 e 95% e,
por sua vez, está ligada diretamente à oportunidade e qualidade da assistência
recebida pela mulher durante a gestação, parto e puerpério, salientando que a
melhoria da atenção pré-natal é essencial para se prevenir mortes por doenças
hipertensivas (24% das mortes maternas), hemorragia, sepse e por outras causas
diretas, além de permitir a indicação correta de cesarianas. Ou seja, um pré-natal
adequado configura-se como essencial para redução da morbimortalidade materna e
neonatal (BENIGNA; NASCIMENTO; MARTINS, 2004).
Alguns autores descreveram que os cuidados médicos e odontológicos
básicos dispensados à gestante devem ser entendidos como fundamentais,
ímpares, pelo momento de motivação que ela atravessa; prioritários, pela
importância que a futura mãe tem na multiplicação de hábitos saudáveis no seio da
família; e imprescindíveis quanto ao aspecto da promoção da saúde, que habilita a
sua franca recomendação nos serviços públicos e privados (SHROUT et al., 1992;
JEFFCOAT et al., 2001; MOURA et al., 2001; COSTA; SALIBA; MOREIRA, 2002;
TEDESCO, 2002).
De acordo com Brasil (2005), durante o pré-natal deverá ser realizado o
número mínimo de seis consultas, preferencialmente uma no primeiro trimestre,
duas no segundo trimestre e três no último trimestre. A maior frequência de visitas
no final da gestação visa à avaliação do risco perinatal e das intercorrências clínico-
obstétricas mais comuns nesse trimestre, como trabalho de parto prematuro, pré-
eclâmpsia e eclâmpsia, amniorrexe prematura e óbito fetal. Não existe “alta” do pré-
natal antes do parto. O acompanhamento da mulher no ciclo grávido-puerperal deve
ser iniciado o mais precocemente possível e só se encerra após o quadragésimo
segundo dia de puerpério, período em que deverá ter sido realizada a consulta de
puerpério.
A assistência pré-natal pode contribuir para desfechos mais favoráveis ao
permitir a detecção e o tratamento oportuno de afecções, além de controlar fatores
21

de risco que trazem complicações para a saúde da mulher e a do bebê


(DOMINGUES; HARTZ; LEAL, 2012).
A assistência que a grávida recebe durante o pré-natal tem como objetivo
proporcionar uma prestação de cuidados de saúde sistematizada, no sentido de
oferecer condições adequadas à gestação e promover um parto tranquilo,
favorecendo menores índices de morbidade e mortalidade materno-fetais,
considerando-se que a literatura relata associação entre infecções buco-dentárias e
o nascimento de crianças prematuras e/ou de baixo peso (JEFFCOAT et al., 2001;
CAMPOS et al., 2003).
Os programas de educação em saúde bucal existentes têm concentrado seus
esforços em ações preventivas, estimulando a difusão de comportamentos
saudáveis no ambiente familiar, sendo necessária a inclusão dessas ações nos
programas voltados à saúde da mulher durante o período pré-natal. Portanto, são
considerados bastante relevantes para a promoção da saúde do binômio mãe/filho
(GARBIN et al., 2011).
Em função das mudanças tanto fisiológicas quanto psicológicas pelas quais a
gestante passa, Shrout et al. (1992), Dualib e Dualib (1985), Moura et al. (2001),
Sartorio e Machado (2001), Costa, Saliba e Moreira(2002) e Tedesco (2002)
recomendam o segundo trimestre da gestação como o período mais estável e
propício para o tratamento médico-odontológico. Esclarecem que as visitas
odontológicas deverão estar atreladas às do pré-natal e, ainda, ser aconselháveis e
necessárias para prevenir casos de abscessos, focos de infecção, cárie e problemas
gengivais. Relatam a ocorrência de toxemias, pielites, flebites, nefrites, cefaleias,
anorexia e insônia na gravidez, causadas por infecções dentárias. Daí a importância
de as pacientes gestantes serem assistidas neste período. Defendem que qualquer
procedimento clínico possa ser executado, desde que alguns cuidados sejam
levados em conta: sessões clínicas curtas (máximo de meia hora) e uso criterioso de
medicamentos e anestésicos. A exposição aos raios-X só deve acontecer quando
absolutamente necessária e com uso compulsório do avental de chumbo.
Em um estudo onde se evidenciou a importância dos cuidados odontológicos
em gestantes para a obtenção da saúde bucal dos bebês, Montandon et al. (2001)
avaliaram no Hospital Universitário da Universidade Federal da Paraíba 108 mães
no período de pré ou pós-parto e relataram que, da amostra, 74 mulheres
22

aumentaram a ingestão de carboidratos, 67 diminuíram a frequência das


escovações diárias e 94 apresentavam lesões cariosas.
Uma pesquisa realizada em Londrina (PR) em 2004 demonstrou que a busca
pela atenção odontológica como ação complementar ao pré-natal era mais comum
dentre aquelas gestantes que realizaram o pré-natal no SUS, quando comparadas
com aquelas que realizaram esse cuidado no serviço privado (CODATO; NAKAMA;
MELCHIOR, 2008).
Em estudo realizado por Esposti et al.(2015), cuja finalidade era analisar o
acesso ao cuidado pré-natal a partir das representações sociais de 24 puérperas do
Sistema Único de Saúde de Vitória (ES), verificou-se que, de acordo com o relato da
maioria da mulheres, havia indisponibilidade de cuidado odontológico e que em
poucos casos houve garantia de atendimento. A maioria das mulheres não sabia ou
não foi informada quanto à necessidade de cuidado odontológico durante a
gestação, muito menos o recebeu, fato também ocorrido dentre aquelas que
cumpriram o mínimo de consultas pré-natais. Os autores concluíram que entender
as peculiaridades envolvidas no acesso ao cuidado pré-natal contribui para a
reorganização dos serviços.
O curso de Odontologia da Universidade Estadual de São Paulo (UNESP) há
15 anos desenvolve o “Programa de Atenção Odontológica à Gestante” junto ao
Serviço Municipal de Saúde de Araçatuba/SP, considerando que a atenção à saúde
da gestante é prioridade nos serviços de saúde na maioria dos países e tendo em
vista que a mortalidade materno-infantil constitui-se um grande problema de saúde
pública. Participam do programa graduandos, pós-graduandos, docentes, técnicos e
profissionais da rede e tem como escopo promover o cuidado à saúde bucal do
binômio mãe/filho, por meio de ações educativas, preventivas e curativas. As ações
educativas visam à manutenção da saúde bucal e melhoria das taxas de aleitamento
materno exclusivo. Há produção científica e de materiais educativos. O programa
tem alcançado os objetivos propostos, com resultados satisfatórios, integrando a
universidade ao serviço de saúde (RÓS et al., 2014).

2.2 A EDUCAÇÃO EM SAÚDE: ESTRATÉGIA PARA O CONHECIMENTO


23

Tem-se observado que, a partir da discussão relacionada aos programas


educativos em saúde, seria improdutivo educar crianças sem envolver os pais, pois
além de as primeiras não terem poder decisório, são estes que estimulam e
controlam a formação de hábitos dos filhos. Além disso, está provado que a família
representa a primeira barreira social em que tudo se esbarra. Portanto, se ela estiver
motivada, as possibilidades de sucesso de um programa educativo em saúde serão
maiores (NOVAK; CASAMASSIMO, 1995; COSTA et al., 1998; CERQUEIRA et al.,
1999; WALTER et al., 1997).
Os diversos trabalhos educativos, desenvolvidos para a gestante no período
pré-natal, têm mostrado nas suas avaliações a relevância se investir neste grupo
populacional, seja no nível individual ou coletivo. Em qualquer dos casos, o retorno é
sentido, observando-se mudanças significativas na conduta dos pais com relação à
saúde dos filhos. Neste sentido, estudos com gestantes revelaram que estas podem
ser vistas como um grupo populacional prioritário a ser alvo de programas de
educação em saúde bucal, tanto pelo seu significado social quanto por ser grupo de
risco às doenças bucais, pelas diversas transformações biológicas, fisiológicas e
hormonais pelas quais passam. Acrescenta-se ainda o fato de ser um grupo de fácil
acesso, por estarem enquadradas em programas com periodicidade definida, bem
como por ser uma clientela motivada para receber informações e conhecimentos
novos associados à preservação e manutenção da saúde (MENINO; BIJELLA, 1995;
COSTA et al., 1998;CORSETTI; FIGUEIREDO; DUTRA, 1998; CERQUEIRA et al.,
1999; SARTORIO; MACHADO, 2001).
Para Dantas (1996), Costa et al. (1998), Corsetti, Figueiredo e Dutra (1998),
quando a questão é saúde, as mães exercem um papel chave na família, pois
servem de exemplo para muitos comportamentos que os filhos adotarão. É sabido
que os comportamentos adquiridos ou desenvolvidos na infância fazem parte da
socialização primária, fixam-se profundamente, resistem às mudanças e,
especificamente neste caso, transformam-se em atitudes positivas para com a
saúde e a vida. O convívio familiar marca profundamente a criação de hábitos e a
consolidação da experiência e do saber individual e social. O papel da família na
formação social do indivíduo é indiscutível, pois vai desde a sua socialização, onde o
sujeito, a partir da sua visão de mundo, é capaz de se inserir no macro e ajustar-se à
ordem social vigente.
24

Dentro da família, a mãe deve ser vista como uma célula, a partir da qual tudo
se multiplica. Sobre essa atribuição, a literatura relata claramente a relação da
atitude da mãe com a saúde bucal dos filhos. Existe evidência científica de que,
quanto mais positiva a atitude materna com a própria saúde, menos doenças bucais
terá e mais correta será a sua atitude no que se refere aos filhos, que podem ter
menos cáries e outros problemas bucais (FERREIRA; KRAMER; LONGONI, 1999;
BRITO; CAMPELO; COSTA, 2006).
Para Costa et al. (1998), a mãe deve ser informada, esclarecida e estimulada
a ter uma boa saúde bucal, pois isso se refletirá na saúde bucal do filho. Nos
resultados da sua investigação, todas as mães, desde que bem motivadas, servem
como modelos transmissores de hábitos saudáveis, não importando a que classe
social pertençam nem o nível de escolaridade.
O período gestacional é apontado por vários autores (SROUT et al., 1992;
COSTA et al., 1998; MOURA et al., 2001; MEDEIROS JÚNIOR et al., 2005) como o
ideal para se orientar e informar as futuras mães, uma vez que se trata de um
momento significativo na formação de novas atitudes e na criação de um ambiente
familiar voltado à promoção da saúde bucal. Segundo Shrout et al. (1992), quanto
mais positiva for a atitude da mãe em relação à sua própria saúde bucal, mais isto
se refletirá nos seus filhos, que terão melhor higiene bucal e, consequentemente,
menor incidência de doenças. Para o referido autor, a educação para a saúde no
pré-natal deve envolver diversos aspectos em termos de orientações, informações e
conhecimentos à gestante, usando como estratégia a discussão e a persuasão, de
maneira que ela, como núcleo da família e na fase receptiva em que se encontra,
possa direcionar tudo o que conseguir captar e apreender em benefício da própria
família.
Em relação à gravidez, Tedesco (2002) relata se tratar de uma experiência
humana que abarca a mulher em sua totalidade, embora o aspecto social, fato
determinante da qualidade de vida, nem sempre seja suficientemente valorizado. No
que se refere à informação neste período, Sarnat et al. (1984) lembra ser necessária
não somente para a saúde da mãe, mas especialmente para o bebê. Por isso,
insiste nas rechamadas pós-natais, para reforço das atitudes positivas adquiridas no
pré-natal.
25

Ao realizarem um estudo transversal com a finalidade de avaliar o nível de


conhecimento das gestantes residentes na periferia da cidade de Rio Grande (RS)
têm sobre o pré-natal e sobre a identificação de situações de risco à gravidez,
Mendonza-Sassi et al. (2007), concluíram que há necessidade de se intensificar o
processo educativo entre as gestantes, permitindo assim que esse conhecimento se
torne mais adequado e difundido. Essa ação diminuiria a assimetria na relação
gestante-serviço de saúde e melhoraria a qualidade da atenção, com consequente
impacto no declínio da morbimortalidade materno-infantil, sobretudo no período
perinatal.
Numa proposta de discutir a percepção de gestantes usuárias do Sistema
Único de Saúde e também as assistidas em serviço privado conveniado sobre saúde
bucal no período gestacional, Codato, Nakama e Melchior (2008) realizaram vinte
entrevistas semiestruturadas. Os resultados mostraram a existência de mitos, medos
e restrições relacionados à atenção odontológica no pré-natal e que a busca pela
atenção odontológica entre as usuárias do SUS é mais rotineira e sistemática
durante o pré-natal, devido à oferta programática realizada neste período pelas
Unidades Básicas de Saúde (UBS), sendo uma oportunidade de resolver problemas
odontológicos preexistentes. Já entre as gestantes assistidas por convênio, a
existência de atenção odontológica programada em outras épocas é evitada durante
o pré-natal.
Em um estudo onde participaram 53 gestantes que frequentavam uma
Unidade Básica de Saúde em Araraquara (SP), foi aplicado um questionário
contendo questões do índice GOHAI, questões sobre a autopercepção das
condições bucais e as características sociodemográficas. Os dados subjetivos
mostram que apenas 12,0% das gestantes classificaram sua condição bucal como
"ruim"; a maioria declarou não ter nenhum problema dentário, embora 58,7% tenham
relatado sentir alguns distúrbios gengivais. As questões como dor e/ou desconforto
foram as mais notadas. A percepção das condições bucais, medida pelo índice
GOHAI, foi positiva e apresentou um valor médio de 31,6. Assim sendo, os autores
concluíram que as gestantes fizeram uma avaliação satisfatória de sua condição
bucal (SILVA; ROSELL; VALSECKI JÚNIOR, 2006).
Outro estudo realizado em quinze gestantes, com o objetivo de caracterizar
as que estivessem sendo acompanhadas em uma Unidade Básica de Saúde da
26

Família da zona leste de São Paulo, para identificar as informações adquiridas por
estas durante o acompanhamento multiprofissional do pré-natal em relação aos
cuidados com o bebê e conhecer qual a fonte destas informações, mostrou que a
maioria das gestantes não trabalha; 66,7% relataram não ter participado de grupos
de orientações para gestantes; 40,0% referiram ter informações sobre o
desenvolvimento do bebê e sinais de parto, porém 53,3% delas nunca tinham tido
informações acerca dos cuidados com a boca do bebê. Das informações obtidas, a
maior parte foi através de médicos e de enfermeiros. Estes dados identificaram que
ações educativas devem ser intensificadas para conscientização e mudança de
comportamento das mães (MELO et al., 2007).

2.3 CONSTRUÇÃO E VALIDAÇÃO DE INSTRUMENTO DE PESQUISA

A construção de um instrumento de pesquisa deve ser bastante criteriosa,


considerando que o uso de questionários longos é muitas vezes inviável em estudos
epidemiológicos (SLADE, 1997). Kline (1995) ressaltou ser importante que se tenha
cuidado com o número de itens em um instrumento de pesquisa, pois este não deve
ser extenso para não aborrecer os sujeitos; propôs também que a aplicação não
ultrapasse uma hora para sujeitos adultos.
Uma etapa que não deveria faltar durante o desenvolvimento de um
instrumento consiste na análise e validação dos itens por especialistas. Para isso,
um dos pontos que deveriam ser discutidos refere-se ao número e à qualificação dos
profissionais que irão compor o comitê de especialistas. Por isso, devem-se
considerar as características do instrumento. Em seu estudo, Lynn (1986)
recomenda um mínimo de cinco e um máximo de dez especialistas,. enquanto
Haynes, Richard e Kubany (1995) sugerem de seis a vinte sujeitos. Em relação à
seleção desses profissionais, deve-se levar em consideração a experiência e a
qualificação.
Na seleção dos especialistas, alguns pré-requisitos devem ser considerados,
como ter experiência clínica, publicar e pesquisar sobre o tema e ser perito na
estrutura conceitual envolvida (DAVIS, 1992; GRANT;DAVIS,1997).
A utilização de instrumentos válidos para a coleta de dados de estudos
epidemiológicos é de inegável relevância, partindo-se do princípio de que um dos
27

principais aspectos a ser considerados quando da análise dos resultados dos


estudos epidemiológicos se refere à precisão dos dados (GOESet al. 2006;
FERNANDES, 2002). A validação de um instrumento possibilita comprovar se este
mede com precisão o que se propõe, isto é, se avalia a capacidade de um
instrumento medir com precisão o fenômeno a ser estudado (ROBERTS; PRIEST;
TRAYNOR, 2006).
Para Keeney, Hasson e Mckenna (2006) e Brod, Tesler e Christensen (2009),
em seus estudos, a validade corresponde à precisão e ao grau com que um
determinado instrumento mede o que deve medir. Apesar de não existir medição
perfeita, este é um dos requisitos essenciais que deve conter um instrumento de
coleta de dados. Portanto, o processo de validação requer rigor metodológico,
etapas bem definidas, procedimentos precisos e um longo período de pesquisa
devido às adaptações, modificações e análises para cada etapa da validação
(COSTA; MARCON, 2009).
Ao planejar o método de coleta de dados, deve-se pensar em procedimentos
que garantam indicadores confiáveis. A decisão vai depender do desenho da
pesquisa e da seleção de instrumentos de medidas adequados e precisos,
considerando que existe um grande número de questionários e escalas disponíveis.
Assim sendo, deve-se ter cuidado para que se tenha uma correta avaliação das
qualidades dos instrumentos de coleta de dados (SALMOND, 2008).
Na validação de um instrumento vai se verificar a confiabilidade, a
sensibilidade e consistência desse instrumento. Foi evidenciado pelos autores que a
confiabilidade diz respeito a quanto um experimento, teste ou qualquer outro
procedimento de medida produz idêntico resultado em repetidas tentativas
(CARMINES, ZELLER,1979).
Monteiro e Hora (2014), também estudando a confiabilidade, citam que esta
refere-se à capacidade que um instrumento tem de medir a variação de um
fenômeno, não importando quando ou quem esteja aferindo, evocando os conceitos
de estabilidade e equivalência. O coeficiente alfa de Cronbach tem sido considerado
como a estatística mais amplamente utilizada para verificar a coerência interna de
um conjunto de itens, determinando a confiabilidade de uma medida.
É importante avaliar a confiabilidade de um instrumento, em função de dois
aspectos que são frequentemente avaliados: a confiabilidade entre avaliadores, na
28

qual as mesmas unidades amostrais são avaliadas por dois ou mais avaliadores,
para assim se investigar a concordância de aplicação e/ou de interpretação; e a
confiança teste-reteste, na qual as unidades amostrais são avaliadas em dois
momentos diferentes, para se obter os mesmos resultados em momentos diferentes
(MENEZES et al.,2000).
O teste-reteste significa uma das maneiras de avaliar a confiabilidade, no
caso de o instrumento ser um questionário, pois permite comparar se os resultados
semelhantes são reproduzidos quando o instrumento é aplicado sob as mesmas
circunstâncias, mas em momentos diferentes (GRIEPet al., 2003). Esse segundo
momento da aplicação não pode ser muito próximo do primeiro momento nem muito
distante.
Em um estudo que descreveu aspectos do processo de realização da
validade de conteúdo, Alexandre e Coluci (2011) afirmaram considerar a validade do
conteúdo uma fase importante do desenvolvimento e adaptação de questionários e
escalas. Ressaltaram ainda que esse é somente o início de um processo que deve
englobar também outras medidas para avaliar outros tipos de validade e a
confiabilidade. Compreender esses procedimentos revela-se essencial para
pesquisadores e profissionais da área de saúde preocupados em utilizar cada vez
mais medidas e instrumentos confiáveis e apropriados para determinada população.
29

3 OBJETIVOS

3.1 GERAL

Construir e validar instrumento de investigação sobre o conhecimento das


gestantes sobre a sua saúde bucal e dos seus bebês.

3.2 ESPECÍFICOS

- Verificar a confiabilidade do instrumento de investigação em relação ao


conhecimento das gestantes sobre a sua saúde bucal e dos seus bebês;
- Avaliar a sensibilidade do instrumento utilizado para verificar o conhecimento
das gestantes sobre a sua saúde bucal e dos seus bebês.
30

4 METODOLOGIA

4.1 DELINEAMENTO DA PESQUISA

O presente estudo é do tipo transversal-observacional e é considerado como


pesquisa de desenvolvimento, ou seja, é uma estratégia de pesquisa que, utilizando
sistematicamente conhecimentos existentes, objetiva elaborar e validar um
instrumento (CONTADRIOPOULOS et al., 1999).

4.2 LOCAL DO ESTUDO

O estudo foi realizado no período de dezembro de 2013 a setembro de 2015.


Para que o instrumento, após ser validado, venha a ser utilizado em estudos futuros
tanto no serviço público quanto no privado, estabeleceu-se que os locais das coletas
de dados deveriam contemplar serviços que oferecessem assistência à saúde da
gestante nesses serviços.
No serviço público, os locais da coleta dos dados foram definidos através de
um sorteio realizado entre as Unidades Básicas de Saúde que possuíam Estratégia
da Saúde da Família no município de Natal (RN) (Unidades de Saúde da Família da
África, Felipe Camarão II, Redinha, Bairro Nordeste e Centro de Saúde Nova
Descoberta).
Quanto ao serviço privado, optou-se por realizar o estudo em clínicas
privadas que tivessem atendimentos para acompanhar gestantes durante o pré-
natal, sendo estas escolhidas por conveniência, considerando a garantia do acesso
às gestantes, de forma a facilitar sua participação na pesquisa.

4.3 POPULAÇÃO DO ESTUDO

A amostra pesquisada foi constituída por gestantes maiores de 18 anos de


idade e com mais de treze semanas de gestação (acima de três meses de
gestação). Trinta gestantes participaram da fase de consulta à população-alvo da
investigação, outras três participaram da fase da consistência interexaminadores e
mais sessenta formaram o grupo que participou do teste-reteste.
31

A participação das gestantes foi solicitada no momento em que estas estavam


esperando para realizar a consulta do pré-natal, e isto não interferiu na
operacionalização e atividades cotidianas destas.
Todas foram esclarecidas a respeito da finalidade da pesquisa e, quando
desejaram e concordaram em participar do estudo, assinaram o Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) específico para este estudo (Apêndice
A). No final da aplicação do questionário, para as gestantes que se mostraram
interessadas nas informações odontológicas, foram repassadas orientações
pertinentes ao solicitado.
Esta pesquisa foi autorizada pelo Comitê de Ética do Hospital Universitário
Onofre Lopes (HUOL) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), sob
o parecer número 421.163 de 27/09/2013 (Anexo A), e acompanhou as normas da
Resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde envolvendo seres humanos.

4.4 PROCESSO DE ELABORAÇÃO E VALIDAÇÃO DO INSTRUMENTO DE


INVESTIGAÇÃO

Para que o instrumento seja válido, confiável e sensível, sua construção


seguiu as etapas de criação e redução dos itens (elaboração do instrumento),
validade de conteúdo, teste do instrumento e validação das hipóteses.

4.4.1 Elaboração do instrumento e validade do conteúdo

Consistiu em três etapas: validação bibliográfica, validação pelos


especialistas e consulta à população-alvo da investigação.

4.4.1.1 Validação bibliográfica


Inicialmente, houve determinação do que se queria avaliar, e logo em seguida
foi construída uma lista de questões e gerados os itens para o instrumento
específico para este estudo.
Para isso, o processo se deu primeiro por meio da livre associação de ideias,
contemplando todos os conteúdos considerados importantes diante da experiência
que a pesquisadora e orientadora tinham sobre o tema. Depois foram selecionados
32

os conteúdos baseados nos aspectos pertinentes, descritos na literatura, que foram


pesquisados nas bases de dados para validação bibliográfica, sobre os aspectos
relevantes com relação ao conhecimento da gestante sobre sua saúde bucal e a do
bebê. Essas questões e itens foram sendo revistos e reformulados.
Para a pesquisa bibliográfica, foram utilizadas as bases de dados Medline,
Embase, Lilacs, Scielo e Biblioteca Cochrane, com seleção dos idiomas inglês,
português e espanhol, sem limitação da data da publicação, considerando a
pequena quantidade de estudos encontrados. As palavras-chave e descritores
utilizados em inglês foram ”knowledge”, ”oral health”, “pregnant women” e “baby”, e,
em português, “conhecimento”, “saúde bucal”, “gestantes” e “bebê”. Desta forma,
criou-se a primeira versão do instrumento sobre o conhecimento da gestante sobre a
sua saúde bucal e a saúde bucal do bebê. Esse instrumento teve os itens
aglomerados por afinidade (Apêndice B).

4.4.1.2 Validação pelos especialistas

Para a validade do conteúdo dos instrumentos, a primeira versão foi enviada


para um comitê de especialistas com experiência e representatividade na área.
Estes especialistas deveriam avaliar a clareza e abrangência das perguntas em
relação ao conhecimento das gestantes sobre sua saúde bucal e a saúde bucal do
bebê, cujo instrumento se propunha a investigar.
Este comitê foi formado por 36 especialistas, mestres ou doutores, expertises
em saúde coletiva e/ou odontopediatria, os quais podiam sugerir a retirada,
acréscimo ou modificação dos itens. Os especialistas receberam via correio
eletrônico, contendo a carta-convite (Apêndice C), explicando a pesquisa e os
objetivos e contendo também o link para acessar o questionário. Ao acessá-lo, o
especialista teria de assinalar o TCLE (Apêndice D), antes de iniciar a avaliação do
instrumento.
No instrumento utilizado para os expertises, foram dispostas, entre cada
pergunta, as opções “adequada” e “inadequada”, seguida de espaço em branco para
justificativa do especialista; caso este considerasse a questão inadequada, poderia
sugerir modificações (Apêndice E). Além disso, deixou-se um espaço para que
33

redigissem comentários e acrescentassem itens que julgassem relevantes e que não


tinham sido contemplados no instrumento.
Retornaram dezenove avaliações. Cada item, com seus respectivos
comentários, foi analisado pela pesquisadora, juntamente com a orientadora e um
professor do Departamento de Odontologia da UFRN e do Programa de Pós
Graduação em Saúde Coletiva (juízes). Só permaneceram no instrumento as
questões que apresentaram pelo menos 70% de concordância entre os juízes.
Desse modo, foi definida a segunda versão do instrumento (Apêndice F).

4.4.1.3 Consulta à população-alvo da investigação

A etapa seguinte consistiu em consulta à população-alvo da investigação,


composta por trinta gestantes maiores de 18 anos de idade, frequentadoras do
sistema de saúde público e/ou privado. Seguiu-se a orientação do número mínimo
de voluntários para realização desta etapa (MARTINEZ et al., 2006), considerando o
equilíbrio de gestantes de diferentes classes sociais, níveis de escolaridade e idade,
que foram previamente convidados para contribuírem com a análise das questões
do instrumento quanto aos aspectos semântico e contextual de cada item.
A questão norteadora foi: “Você entendeu o que foi perguntado?” O valor
mínimo de resposta foi 0 (“não entendi nada”) e o valor máximo foi 5 (“entendi
perfeitamente e não tenho dúvidas”). Até quatro valores, ou seja, de 0 a 3, foram
considerados como uma compreensão insuficiente e as questões seriam refeitas
(CLARK et al, 2003) (Quadro 1).
Além do questionamento quanto à clareza de cada questão, foi solicitado que
as gestantes repetissem a pergunta da maneira como compreenderam. Caso
houvesse diferença na maneira de repetir, a questão seria copiada pela
pesquisadora e, quando tivesse o sentido modificado, seria marcada como “não
aplicável”.
Cada pergunta dos instrumentos que, no total, contabilizasse mais de 30%
como “não aplicável”, deveria ser reformulada de forma consensual pela
pesquisadora e sua orientadora.
34

Quadro 1 – Caracterização das 30 gestantes, quanto à fase: consulta à população-


alvo. Natal/RN, 2015.
5
(Entendi
4
Escores 1-3 (Não tudo
0 (Não (Entendi
entendi perfeita
entendi , mas
quase mente e
nada) tenho
Item nada) não
dúvidas)
tenho
dúvidas)

1- Qual a sua escolaridade e total de anos


01 - 02 27
estudados?
2- Quantas pessoas moram na sua casa;
Quantas recebem rendimento; Idade das - - 01 29

pessoas?
3- Estado e tipo de domicílio, água, lixo e se tem
- - - 30
saneamento
4-Você acha importante fazer o pré-natal? - - - 30

5- Qual o motivo mais importante para fazer o


01 - - 29
pré-natal?
6- Você sabe quantas consultas de pré-natal
- - - 30
devem ser feitas?
7- Informe em qual idade de gestação está. - - - 30

8- Qual a maior importância da amamentação? - - 01 29

9- Por quanto tempo pretende amamentar? - - - 30

10- Nesta gravidez, você procurou ou pretende


- - - 30
procurar o dentista?
11- Você acha que a gravidez causa algum
- - 02 28
problema na boca?
12- Como você faz para limpar a boca? - - - 30

13- Para você, a doença na gengiva pode afetar - - 03 27

a gravidez?
14- Quando seu filho deve ser levado ao dentista - - 02 28

pela primeira vez?


15- Você limpará a boca do seu bebê? - - 02 28
35

16- Após o nascimento dos dentes, a criança - - - 30

pode receber leite do peito à noite?


17- Após o nascimento dos dentes, a criança - - - 30

pode receber leite da mamadeira à noite?


18- Caso o seu filho venha a chupar dedo, pode - - - 30

acontecer algum problema na saúde bucal do


bebê?
19- Você pretende dar chupeta ao seu bebê? - - - 30

Fonte: Arquivo da autora, 2015.

4.4.2 Teste dos instrumentos

Após a elaboração do instrumento e validação do conteúdo, foram realizados


testes para verificar a consistência interna.

4.4.2.1 Consistência interna

Antes da aplicação desta etapa, os examinadores (equipe técnica composta


por alunos bolsistas) passaram por treinamento com o objetivo de assegurar a
uniformidade de entendimento, interpretação e a aplicação dos quesitos a serem
investigados.
Esta etapa incluiu a calibração dos examinadores, para se verificar
concordância inter e intraexaminadores.
Na calibração interexaminador, cada examinador fez a coleta dos dados que
estavam sob sua responsabilidade. Neste caso, foram convidadas especificamente
três gestantes maiores de 18 anos de idade, com mais de 13 semanas de gestação
(acima de 03 meses de gestação) para participar desta fase e, em seguida, foi
verificada e constatada a concordância entre os examinadores por meio do
coeficiente Kappa.
Na calibração intraexaminador, foi realizada a reaplicação dos instrumentos
de maneira aleatória, considerando 1 (um) a cada 3 (três) indivíduos entrevistados, e
foi feita durante a aplicação da versão preliminar do instrumento em sessenta
gestantes maiores de 18 anos de idade, com mais de 13 semanas de gestação
36

(acima de 3 meses de gestação). Todas eram do serviço de saúde público ou


privado. Este número foi suficiente para atender aos objetivos da pesquisa
(MARTINEZ et al, 2006). Também teve como medida de concordância o coeficiente
Kappa. No caso das questões em que os valores de kappa foram abaixo de 0,5,
identificou-se o examinador e discutiu-se a forma como este deveria formular a
perguntar para a gestante.

4.4.2.2 Reprodutibilidade

Para avaliar a reprodutibildade dos instrumentos, foi realizado o teste-reteste.


A etapa (teste) consistiu inicialmente em aplicar o instrumento para sessenta
gestantes maiores de 18 anos de idade, com mais de 13 semanas de gestação
(acima de 3 meses de gestação) do serviço de saúde público ou privado.
Dentro do período de dez a quinze dias após a primeira aplicação do
instrumento, o mesmo foi reaplicado (reteste) e depois os resultados analisados
através do teste alfa de Cronbach.

4.4.3 Validação de hipóteses

Na construção deste instrumento, não foi realizada a validação de constructo,


pois se está medindo conhecimento e, como inexiste um padrão ouro devido à
natureza do estudo, foi utilizado o critério que consiste na proposição de hipóteses.
Segundo Marconi e Lakatos (1999), testes de hipóteses consistem no
instrumental metodológico que permite ao pesquisador apreciar sobre a validade de
expandir seus dados para amplas generalizações ou, ao contrário, verificar se esses
são extremamente valiosos por diferirem do que se conhece até então a esse
respeito. Sendo assim, foram propostas (três) hipóteses que deveriam atender às
seguintes questões:

a. H0: As gestantes maiores de 18 anos de idade, com mais de 13 semanas de


gestação (acima de 3 meses de gestação), frequentadoras do sistema de saúde
público ou privado e com maior escolaridade apresentam mais conhecimento sobre
saúde bucal das gestantes e bebês;
37

H1: As gestantes maiores de 18 anos de idade, com mais de 13 semanas de


gestação (acima de 3 meses de gestação), frequentadoras do sistema de saúde
público ou privado e com maior escolaridade não apresentam mais conhecimento
sobre saúde bucal das gestantes e bebês;

b. H0: As gestantes maiores de 18 anos de idade, com mais de 13 semanas de


gestação (acima de 3 meses de gestação), frequentadoras do sistema de saúde
público ou privado e que possuem renda familiar dentro da classe alta apresentam
mais conhecimento sobre saúde bucal das gestantes e bebês;
H1: As gestantes maiores de 18 anos de idade, com mais de 13 semanas de
gestação (acima de 3 meses de gestação), frequentadoras do sistema de saúde
público ou privado e que possuem renda familiar dentro da classe alta não
apresentam mais conhecimento sobre saúde bucal das gestantes e bebês;

c.H0: As gestantes maiores de 18 anos de idade, com mais de 13 semanas de


gestação (acima de 3 meses de gestação), frequentadoras do sistema de saúde
público ou privado e que são multíparas apresentam mais conhecimento sobre
saúde bucal das gestantes e bebês;
H1: As gestantes maiores de 18 anos de idade, com mais de 13 semanas de
gestação (acima de 3 meses de gestação), frequentadoras do sistema de saúde
público ou privado e que são multíparas não apresentam mais conhecimento sobre
saúde bucal das gestantes e bebês.

Na formulação destas hipóteses foram consideradas a escolaridade, a renda


familiar e a quantidade de partos que as mulheres já tiveram com filhos nascidos
vivos. Com relação à escolaridade, foi considerada a quantidade de anos estudados.
Para a renda familiar empregou-se a classificação estabelecida pela Secretaria de
Assuntos Estratégicos do Governo Federal – SAE (Brasil, 2013). Sobre a quantidade
de partos das mulheres que as mulheres já tiveram filhos, de acordo com a literatura
(MONTENEGRO; REZENDE, 2011), multíparas são as mulheres que pariram duas
ou mais vezes.
Estas hipóteses foram validadas através do instrumento que foi aplicado nas
mesmas mulheres que participaram da etapa da reprodutibilidade.
38

4.5 ANÁLISE DE DADOS

Todos os dados compuseram um banco de dados construído no Statistical


Package for Social Sciences (SPSS®) na versão 22.0. Na validação dos itens, após
criação das hipóteses, esta associação foi verificada entre cada uma das questões
específicas para cada critério estabelecido, considerando um nível de significância
de 5%. A análise dos dados foi realizada através da descrição das frequências
absolutas e relativas das variáveis concernentes à caracterização das questões
relativas ao conhecimento sobre saúde bucal das gestantes e bebês.
Na calibração dos examinadores (concordância intra e entreexaminadores) foi
utilizado o coeficiente Kappa.
A reprodutibilidade do instrumento (teste-reteste) no processo de validação foi
analisada através do coeficiente alpha de Cronbach. Além disso, o teste do qui-
quadrado foi usado para cruzar a variável dependente com as variáveis
independentes, as quais foram dicotomizadas.
39

5 RESULTADOS E DISCUSSÃO

A identificação do conhecimento das gestantes sobre a sua saúde bucal e a


do seu bebê, por meio de protocolos validados e de fácil aplicabilidade, é um grande
desafio e necessidade, principalmente para um país como o Brasil, onde o
cumprimento das diretrizes odontológicas ainda acontece de forma discreta. Apesar
da recomendação para o dentista participar da equipe que realiza o pré-natal, a
presença deste na equipe multiprofissional nesta área ainda é de maneira discreta,
tanto no setor público como no privado.
Optou-se por apresentar os resultados seguindo a mesma sequência da
metodologia, à medida que também foram discutidos.

5.1 ELABORAÇÃO DO INSTRUMENTO E VALIDADE DE CONTEÚDO

A avaliação de conteúdo representa um passo essencial para o


desenvolvimento de novas medidas porque representa o início de mecanismos para
associar conceitos abstratos com indicadores observáveis e mensuráveis (WYND;
SCHMIDT; SCHAEFER, 2003).

5.1.1 Validação bibliográfica

O instrumento construído tinha muitas questões, justamente com a intenção


de se ir adaptando ao objetivo da pesquisa. Então, foi-se reduzindo a quantidade de
questões, até o momento em que se avaliou que estava contemplando conteúdos
necessários, bem como a quantidade de itens que relativamente atendesse ao que
foi citado na literatura por Slade em 1997 e Kline em 1995. Estes autores relatam
que o uso de questionário longos são inviáveis em estudos epidemiólogicos e não
devem causar incômodo às pessoas que estiverem participando da pesquisa.
Inicialmente o instrumento continha três questões que identificavam o perfil e
as condições socioeconômicas da gestante, seis questões que avaliariam o
conhecimento da gestante sobre o pré-natal e acesso aos serviços de saúde,
enquanto onze questões avaliariam o conhecimento da gestante sobre sua saúde
bucal e a do bebê (Apêndice B).
40

5.1.2 Validação pelos especialistas

Para este estudo foram enviados os instrumentos para 36 expertises


convidados, e retornaram à pesquisadora as avaliações do instrumento feitas por 19
especialistas. Neste caso, o total de especialistas que tiveram efetiva participação no
estudo estava de acordo com o estudo de Haynes, Richard e Kubany (1995), que
sugerem a participação de seis a vinte sujeitos.
Após a análise das sugestões e comentários, só permaneceram no
instrumento as questões que apresentaram pelo menos 70% de concordância entre
os juízes.
A partir desse processo, o questionário foi modificado. Considerando as
sugestões dos expertises, apenas uma questão foi retirada e quinze modificadas. O
instrumento passou a conter três questões que identificariam o perfil e as condições
socioeconômicas da gestante, seis questões que avaliariam o conhecimento da
gestante sobre o pré-natal e acesso aos serviços de saúde e dez questões que
avaliariam o conhecimento da gestante sobre sua saúde bucal e do bebê (Apêndice
F).

5.1.3 Consulta à população-alvo da investigação

Depois da consulta à população-alvo da investigação, foi feita uma avaliação


pela pesquisadora juntamente com a orientadora sobre cada pergunta do
instrumento.
Após essa avaliação, que consistiu em contabilizar a questão que
apresentasse mais de 30% como “não aplicável” e, então, consensualmente pela a
pesquisadora e sua orientadora, considerando as sugestões da população-alvo,
compondo a análise qualitativa do instrumento. Mas neste estudo para nenhuma
pergunta foi contabilizado esse valor, ou seja, o maior percentual encontrado foi 10%
para os itens 1 e 13 (Tabela 1). Sendo assim, o instrumento permaneceu contendo o
mesmo formato (Apêndice F).
Tabela 1 – Percentual de resposta para se definir a reformulação dos itens do
questionário referente à fase “Consulta à população-alvo”. Natal/RN, 2015.
41

Percentual de respostas para


definir reformulação da pergunta
Item Não aplicável Reformula
(30%) pergunta?
1- Qual a sua escolaridade e total de anos
10,0% Não
estudados?
2- Quantas pessoas moram na sua casa; Quantas
3,0% Não
recebem rendimento; Idade das pessoas?
3- Estado e tipo de domicílio, água, lixo e se tem
0,0% Não
saneamento
4-Você acha importante fazer o pré–natal? 0,0% Não
5- Qual o motivo mais importante para fazer o pré-
3,0% Não
natal?
6- Você sabe quantas consultas de pré-natal devem
0,0% Não
ser feitas?
7- Informe em qual idade de gestação está. 0,0% Não
8- Qual a maior importância da amamentação? 3,0% Não
9- Por quanto tempo pretende amamentar? 0,0% Não
10- Nesta gravidez, você procurou ou pretende
0,0% Não
procurar o dentista?
11- Você acha que a gravidez causa algum
6.6.% Não
problema na boca?
12- Como você faz para limpar a boca? 0,0% Não
13- Para você, a doença na gengiva pode afetar a
Não
gravidez? 10,0%
14- Quando seu filho deve ser levado ao dentista
6,6% Não
pela primeira vez?
15- Você limpará a boca do seu bebê? 6,6,% Não
16- Após o nascimento dos dentes, a criança pode
0,0% Não
receber leite do peito à noite?
17- Após o nascimento dos dentes, a criança pode
0,0% Não
receber leite da mamadeira à noite?
18- Caso o seu filho venha a chupar dedo, pode
0,0% Não
acometer algum problema na saúde bucal do bebê?
19- Você pretende dar chupeta ao seu bebê? 0,0% Não
Fonte: Arquivo da autora, 2015.
42

Apesar de se considerar importante “a consulta a população-alvo”, tendo em


vista a achar relevante a opinião dos representantes da população de interesse
(BURNS; GROVE, 1997; DEVON et al., 2007) na fase de elaboração do instrumento
e validação do conteúdo, Marques, Figueiredo e Gutierrez (2015) em seu estudo não
relataram ter realizado essa fase.
Cabe enfatizar que esta é uma das fases relevantes do processo de validação
de um instrumento de pesquisa, de acordo com Keeney, Hasson e Mckenna (2006)
e Brod, Tesler e Christensen (2009), visto que a desconsideração da validade de
conteúdo de um instrumento pode comprometer sua acurácia e, consequentemente,
produzir resultados pouco confiáveis.
Para construir a variedade de itens, o pesquisador deve inicialmente definir o
problema de pesquisa que o interessa, definir suas dimensões por meio de pesquisa
bibliográfica e consultar estudiosos da área e a representantes da população de
interesse (BURNS; GROVE, 1997; DEVON et al., 2007). Todas estas fases iniciais
também foram seguidas neste estudo.

5.2 TESTE DOS INSTRUMENTOS

A equivalência refere-se à concordância interexaminadores, quando dois ou


mais observadores apresentam concordância na aplicação do mesmo instrumento;
ou a coerência quando a aplicação de formas alternadas de um mesmo instrumento
produz alta correlação (LOBIONDO-WOOD; HABER, 2001).

Tabela 2 – Valores do Coeficiente kappa da calibração intraexaminadores e


interexaminadores da pesquisa. Natal/RN, 2015.
Intraexaminadores Interexaminadores
Q1 * *
Q2 * 0,410
Q3 * 1,000
Q4 * 1,000
Q5 * 0,557
43

Q6 0,500 1,000
Q7 * *
Q8 * 0,486
Q9 * 1,000
Q10 * -0,059
Q11 * *
Q12 * *
Q13 * *
Q14 * 1,000
Q15 * -0,059
Q16 1,000 1,000
Fonte: Arquivo da autora, 2015.
* As variáveis se apresentaram constantes.

De acordo com a tabela 2, a análise da concordância intraexaminadores


mostrou que 87,5% das respostas das questões se mantiveram constantes e duas,
que apresentaram variabilidade, apresentaram Coeficiente Kappa bom (Q6) e ótimo
(Q16).
Na mesma tabela, observou-se na avaliação da concordância
interexaminadores, que duas questões apresentaram valores abaixo de 0,40. Ou
seja, apresentaram fraca confiabilidade, segundo parâmetros de Fleiss(1981). Neste
caso o examinador foi orientado para modificar a forma de realizar a aplicação do
instrumento.
De acordo com Fleiss (1981), considera-se uma ótima confiabilidade quando
os valores de Kappa atingem valores maiores que 0,75, uma boa confiabilidade para
valores de Kappa entre 0,40 a 0,75 e, uma fraca confiabilidade para valores de
Kappa abaixo de 0,40.

5.2.1 Consistência interna


44

Ao se analisar a consistência interna no que se refere ao grau com que os


itens do questionário estão correlacionados entre si e com o resultado geral da
pesquisa, isto representa uma mensuração da confiabilidade deste, observou-se que
todas as questões do instrumento apresentam ótima confiabilidade nas respostas (α
de Cronbach˃0,7), com exceção de uma delas com um α de Cronbach ruim (˂0,7),
indicando que a questão pode apresentar variação nas respostas diante de um
mesmo entrevistado (Tabela 3).
Para essa questão ficou resolvido entra a pesquisadora e orientadora que
permanecerá no instrumento, considerando a importância da higienização da boca
do bebê desde o seu nascimento, seja inicialmente para se adaptar com a
manipulação intraoral, seja para a criança adquirir depois o hábito da higienização,
sendo, portanto, necessário conhecer o que sabem as gestantes com relação a essa
prática.
Tabela 3 – Valores de α de Cronbach na avaliação da consistência interna.
Natal/RN, 2015.
ITEM αde Cronbach p
Você sabe quantas consultas de pré-natal devem ser
0,897 <0,001
feitas?
Por quanto tempo pretende amamentar? 0,818 <0,001
Nesta gravidez, você procurou ou pretende procurar o
0,965 <0,001
dentista?
Você acha que a gravidez causa algum problema na
0,872 <0,001
boca?
Para você, a doença na gengiva pode afetar a
0,856 <0,001
gravidez?
Você limpará a boca do seu bebê? 0,240 <0,001
Após o nascimento dos dentes, a criança pode
0,720 <0,001
receber leite do peito à noite?
Após o nascimento dos dentes, a criança pode
0,655 <0,001
receber leite da mamadeira à noite?
Caso o seu filho venha a chupar o dedo, pode
0,902 <0,001
acometer algum problema na saúde bucal do bebê?
Você pretende dar chupeta ao seu bebê? 0,961 <0,001
Fonte: Arquivo da autora, 2015.
45

Com os resultados obtidos a partir da análise da consistência interna do


instrumento, observou-se bons resultados, com valores de Alfa de Cronbach
maiores do que 0,6, exceto para um item, assim confere-se ao instrumento
homogeneidade, que está entre as características da confiabilidade. Estes achados
se assemelham aos estudos de Silveira (2011),o que não foi conferido ao estudo de
Costa e Marcon (2009), considerando que estes não realizaram a etapa da
verificação da consistência interna.
O processo de validação deste instrumento deverá conferir segurança e
confiabilidade aos profissionais que os utilizarem. Implicou rigor metodológico,
etapas bem definidas e procedimentos precisos, semelhante ao realizado estudo de
Silveira (2011), e requereu um período de pesquisa, adaptações, modificações e
análise para cada uma das etapas da validação. Portanto, esses estudos são de
grande importância para levantamentos de dados epidemiológicos.

5.3 APLICAÇÃO DO QUESTIONÁRIO E VALIDAÇÃO DAS HIPÓTESES

Após a realização da coleta dos dados da população-alvo para a fase do


estudo do teste-reteste, as respostas foram analisadas e, com base nos resultados,
foram estudadas as hipóteses levantadas para este estudo considerando que para a
validação de critérios não seria possível a validação do constructo, tendo em vista
estar se medindo conhecimento e também por não existir um padrão ouro, conforme
mencionado.

5.3.1 Conhecimentos das gestantes sobre sua saúde bucal e a saúde bucal do
seu bebê

Das sessenta entrevistadas, a média de idade foi de 28,63 anos (±5,36 DP)
cujas idades variaram de 19 a 40 anos. Sobre a quantidade de consultas pré-natais,
a média das respostas revelou uma quantidade de quase nove consultas (Tabela 4).
Outra variável importante deste estudo, diz respeito ao tempo destinado à
amamentação. Conforme a Tabela 4, as gestantes informaram que, em média,
46

deveriam amamentar por dez meses, aspecto de extrema importância para a


Odontologia, conhecendo os benefícios que esta proporciona à saúde bucal.

Tabela 4 – Distribuição das gestantes, segundo idade, anos de estudo, número de


consultas pré-natal ideal e tempo em que se deve amamentar. Natal/RN, 2015.
Média DP Md Mín-Máx Q25-Q75
Idade (em anos) 28,63 ±5,36 28 19-40 24-33,75
Anos de estudo 13,10 ±4,48 12 2-25 11-15
Quantas consultas de pré-
8,54 ±1,75 9 4-14 8-9
natal deve-se fazer?
Tempo de amamentação
10,09 ±6,53 6,5 3-36 6-12
(em meses)
Fonte: Arquivo da autora, 2015.

As gestantes deste estudo sabem a quantidade ideal de consultas que devem


ser realizados durante o pré-natal (Tabela 4), mas estudos mostram que ainda só
são realizadas em média seis consultas (ESPOSTI et al., 2015; DOMIGUES;
HARTZ; LEAL, 2012). Isso demonstra que existe uma lacuna, entre o saber e o que
é praticado, devendo ser investigado o que está acontecendo, considerando que
existem políticas direcionadas à essa população-alvo. É preocupante essa realidade
tendo em vista o alto índice de mortalidade materno infantil.
Na Tabela 5, observou-se que quanto à escolaridade, a maior parte delas
tinha o ensino médio completo, eram primíparas e estavam no segundo ou terceiro
trimestre da gravidez. Já quanto às condições de moradia, a maioria possui casa
própria sendo de alvenaria, água tratada e saneamento básico.

Tabela 5 – Distribuição das gestantes, segundo escolaridade, domicílio, tipo de


domicílio, água do domicílio, se existe saneamento, se eram multíparas e qual
trimestre da gravidez. Natal/RN, 2015.
N %
Escolaridade
Fundamental 5 8,3
Médio 34 56,7
Superior 21 35,0
Domicílio
Alugado 17 28,3
47

Cedido 3 5,0
Próprio 40 66,7
Tipo de domicílio
Taipa - -
Alvenaria 60 100,0
Água
Não tratada 2 3,3
Tratada 58 96,7
Lixo
Jogado na rua 1 1,7
Queimado - -
Enterrado - -
Coletado 59 98,3
Saneamento
Não 18 30,0
Sim 42 70,0
Multíparas
Não 37 61,7
Sim 23 38,3
Trimestre da gravidez
1º 6 10,0
2º 25 41,7
3º 29 48,3
Fonte: Arquivo da autora, 2015.

Na tabela 06, as gestantes foram questionadas sobre a importância do pré-


natal e se tinham procurado o dentista na gestação. Também foram verificados
conhecimentos sobre saúde bucal da gestante e do seu bebê.
Tabela 6 – Distribuição das gestantes segundo conhecimento sobre sua saúde
bucale a saúde bucal do bebê. Natal/RN, 2015.
N %
Pré-natal é importante?
Não - -
Sim 60 100,0
Procurou atendimento odontológico?
Não 34 55,9
48

Sim 26 44,1
Gravidez pode causar problemas
bucais?
Não 39 64,4
Sim 21 35,6
Doença na gengiva afeta a gravidez?
Não 34 55,9
Sim 26 44,1
Você limpará a boca do bebê?
Não 3 5,1
Sim 57 94,9
Pode dar leite do peito antes de
dormir?
Não 16 27,1
Sim 44 72,9
Pode dar mamadeira após erupção dos
dentes?
Não 15 25,4
Sim 45 74,6
Pretende dar chupeta ao bebê?
Não 19 32,2
Sim 41 67,8
Chupar o dedo pode causar problemas
bucais?
Não 5 8,5
Sim 55 91,5
Fonte: Arquivo da autora, 2015.
Quando questionadas se o pré-natal é importante, todas as gestantes
responderam afirmativamente com o intuito de se verificar e monitorar tanto a sua
saúde quanto a do bebê. Ao ser inquerida sobre saúde bucal, a maioria das mães
relatou que não procuram atendimento odontológico durante a gravidez e que a
doença gengival não afeta a gravidez. Além disso, em sua maioria, as mães
relataram que irão dar leite e mamadeira após a erupção dos dentes e antes de
dormir, vão dar chupeta aos seus filhos e que chupar o dedo pode acarretar em
49

problemas bucais (Tabela 6). Resultados semelhantes foram encontrados nos


estudos de Garbin et al. (2011) e de Codato, Nakama e Melchior (2008).
Com relação a não procura pelo atendimento odontológico, Codato et al.
(2011) relatam que alguns profissionais de saúde alimentam e proferem mitos e
medos sobre atenção odontológica e saúde bucal relacionados ao período
gestacional, ao mesmo tempo em que sugerem aos graduandos e pós-graduandos
de Odontologia investirem mais na educação em saúde da gestante.
Na Tabela 7, houve uma correlação da idade gestacional com o
conhecimento da gestante sobre questões relacionadas saúde bucal dela e do bebê.

Tabela 7 – Distribuição das gestantes segundo conhecimento sobre sua saúde bucal
e a saúde bucal do bebê, de acordo com a idade gestacional. Natal/RN, 2015.
Trimestre da gravidez
1º 2º e 3º p
n (%) n (%)
Gravidez pode causar problemas
bucais?
Não 5 (13,2) 34 (86,8)
0,407
Sim 1 (4,8) 20 (95,2)
Doença na gengiva afeta a gravidez?
Não 5 (15,2) 29 (84,8)
0,215
Sim 1 (3,8) 25 (96,2)
Você limpará a boca do bebê?
Não - 3 (100)
1,000
Sim 6 (10,7) 51 (89,3)
Pode dar leite peito após erupção
dentes antes de dormir?
Não 1 (6,2) 15 (93,8)
1,000
Sim 5 (11,6) 39 (88,4)
Pode dar mamadeira após erupção dos
dentes?
Não 1 (6,7) 14 (93,3)
1,000
Sim 5 (11,4) 40 (88,6)
Pretende dar chupeta ao bebê?
Não 2 (10,5) 17 (89,5)
1,000
Sim 4 (10) 37 (90)
50

Chupar o dedo pode causar problemas


bucais?
Não 1 (20) 4 (80)
0,427
Sim 5 (9,3) 50 (90,7)
Fonte: Arquivo da autora, 2015.

Observou-se na Tabela 7 que a maioria das gestantes disse que poderia


oferecer leite materno para o bebê antes de dormir, mesmo os dentes já tendo
erupcionado (73,3%). Este achado é preocupante tendo em vista que não existe
acompanhamento odontológico para essas gestantes – momento em que elas
poderiam ser orientadas sobre a importância da prática da higiene oral nessas
crianças. Contudo, essa realidade difere do que é preconizado pelo Ministério da
Saúde em seu Protocolo de Atenção ao Pré-natal de Baixo Risco que recomenda
aos profissionais de saúde bucal trabalharem de forma humanizada e integrados
com os demais profissionais da equipe de saúde, que deveriam compartilhar
informações sobre a importância do acompanhamento educativo, preventivo e
curativo odontológico na gravidez. (BRASIL, 2012).

Tabela 8– Distribuição das gestantes segundo conhecimento sobre sua saúde bucal
e a saúde bucal do bebê, de acordo com a escolaridade. Natal/RN, 2015.
Escolaridade
Superior Fund./Médio p
n (%) n (%)
Gravidez pode causar problemas bucais?
Não 12 (31,6) 27 (68,4)
0,560
Sim 9 (42,9) 12 (57,1)
Doença na gengiva afeta a gravidez?
Não 10 (30,3) 24 (69,7)
0,495
Sim 11 (42,3) 15 (57,7)
Você limpará a boca do bebê?
Não 2 (66,7) 1 (33,3)
0,286
Sim 19 (33,9) 38 (66,1)
Pode dar leite antes de dormir?
Não 5 (31,2) 11 (68,8)
0,905
Sim 16 (37,2) 28 (62,8)
51

Pode dar mamadeira após erupção dos


dentes?
Não 5 (33,3) 10 (66,7)
1,000
Sim 16 (36,4) 29 (63,6)
Pretende dar chupeta ao bebê?
Não 5 (26,3) 14 (73,7)
1,000
Sim 16 (40) 25 (60)
Chupar o dedo pode causar problemas bucais?
Não 2 (40) 3 (60)
0,462
Sim 19 (35,2) 36 (64,8)
Fonte: Arquivo da autora, 2015.

Independente da escolaridade das gestantes (Tabela 8), de acordo com


Montadon et al. (2001), faz-se necessário a existência de programas educativo-
preventivos visando à promoção da saúde de seus bebês, portanto, essas deveriam
fazer parte de um grupo prioritário e ser alvo de programas de educação em saúde,
diante do fácil acesso a elas e por estarem motivadas, retornando os benefícios
também para os filhos (Medeiros Jr et al., 2005; Figueredo; Rossoni, 2008). Essa
necessidade é corroborada pela maioria das mães desse estudo (66,66%) que,
independente da escolaridade, disseram que pretendem dar chupeta para os seus
bebês, ainda que 40% delas tenha escolaridade superior. Rós et al.(2014) evidencia
a importância de um programa de educação em saúde para gestante desenvolvido
pela UNESP de Araraquara junto ao Serviço de Saúde, considerando que tem
alcançado os objetivos propostos de promover o cuidado à saúde bucal do binômio
mãe/filho.
Observou-se na Tabela 9, que há uma associação significativa entre renda e
a variável “se doenças gengivais podem afetar a gravidez”, mostrando que mães de
alta renda afirmam mais que existe tal relação entre doenças gengivais e problemas
na gravidez.

Tabela 9 – Distribuição das gestantes segundo conhecimento sobre sua saúde bucal
e a saúde bucal do bebê, de acordo com a renda familiar. Natal/RN, 2015.
Renda Familiar
Baixa/Média Alta p
n (%) n (%)
52

Gravidez pode causar problemas bucais?


Não 34 (86,8) 5 (13,2)
0,306
Sim 16 (76,2) 5 (23,8)
Doença na gengiva afeta a gravidez?
Não 32 (93,9) 2 (6,1)
0,016
Sim 18 (69,2) 8 (30,8)
Você limpará a boca do bebê?
Não 3 (100) -
1,000
Sim 47 (82,1) 10 (17,9)
Pode dar leite antes de dormir?
Não 15 (93,8) 1 (6,2)
0,259
Sim 35 (79,1) 9 (20,9)
Pode dar mamadeira após erupção dos
dentes?
Não 14 (93,3) 1 (6,7)
Sim 36 (79,5) 9 (20,5) 0,426
Pretende dar chupeta ao bebê?
Não 18 (94,7) 1 (5,3)
0,145
Sim 32 (77,5) 9 (22,5)
Chupar o dedo pode causar problemas
bucais?
Não 5 (100) -
0,577
Sim 45 (81,5) 10 (18,5)
Fonte: Arquivo da autora, 2015.

A Tabela 9 mostra também que a maioria das gestantes deste estudo


pertencem as classes de baixa e média renda, e isto confirma a desigualdade social
no Brasil, corroborando o estudo realizado por Nunes et al. (2001), tendo em vista
que o mesmo mostrou que as desigualdades de saúde no Brasil apresentaram,
entre os indicadores de qualidade selecionados, o percentual de mulheres que
receberam pelo menos seis consultas pré-natal. Na correlação entre taxa de
pobreza e cobertura pré-natal, os autores asseguraram que esta é inversamente
proporcional, embora ocorra interferência de outros fatores. O resultado dessa
correlação apontou que a maioria dos estados com cobertura de pelo menos seis
consultas de pré-natal apresentava um nível econômico compatível com o esperado
53

para a realização dessas consultas e que, a cada redução de 10% na taxa de


pobreza, haveria o aumento de 7% na cobertura pré-natal, ratificando o vínculo entre
assistência e renda.
Para a Tabela 10, foi observado se as mães multíparas têm mais
conhecimento sobre saúde bucal que as mães primíparas.
Tabela 10 – Distribuição das gestantes segundo conhecimento sobre sua saúde
bucal e a saúde bucal do bebê, de acordo com ser multíparas ou não. Natal/RN,
2015.
Multíparas
Não Sim p
n (%) n (%)
Gravidez pode causar problemas bucais?
Não 26 (65,8) 13 (34,2)
0,707
Sim 12 (57,1) 9 (42,9)
Doença na gengiva afeta a gravidez?
Não 24 (69,7) 10 (30,3)
0,328
Sim 14 (53,8) 12 (46,2)
Você limpará a boca do bebê?
Não 2 (66,7) 1 (33,3)
1,000
Sim 36 (62,5) 21 (37,5)
Pode dar leite antes de dormir?
Não 13 (81,3) 3 (18,8)
0,135
Sim 25 (55,8) 19 (44,2)
Pode dar mamadeira após erupção dos
dentes?
Não 10 (66,7) 5 (33,3)
0,954
Sim 28 (61,4) 17 (38,6)
Pretende dar chupeta ao bebê?
Não 14 (73,7) 5 (26,3)
Sim 24 (57,5) 17 (42,5) 0,361
Chupar o dedo pode causar problemas
bucais?
Não 3 (60) 2 (40)
1,000
Sim 35 (63) 20 (37)
Fonte: Arquivo da autora, 2015.
54

Apesar da maioria (66,6%) relatar, inclusive as multíparas (Tabela 10), que


vai oferecer chupeta para o bebê, acredita-se que este, ao receber aleitamento
materno, rejeitará a chupeta. O estudo realizado por Caramez da Silva, Justo
Giuliani e Capsi Pires (2012) verificou que o aleitamento materno por mais de seis
meses reduz significativamente a prevalência de má oclusões na dentição decídua.
Importante considerar o que foi evidenciado no estudo de Montadon et al., 2001,
sobre a importância do pré-natal e da manutenção do contato com as mães no pós-
natal.
O desafio maior consiste em estabelecer um papel mais claro acerca das
estratégias de intervenção nos indivíduos e nos grupos sociais, no sentido de
apreender a extensão das implicações da doença na sua história de vida.
Considerando que não é apenas um fator que interfere no conhecimento e sim o
conjunto dos fatores inerentes a contextualização do processo social.
As novas alternativas à difusão do saber e às práticas odontológicas
requerem problematização acerca da relação do modelo de formação, com os
serviços e a comunidade. Essa forma de intervir para modificar a realidade do
escasso conhecimento que as gestantes têm acerca da sua saúde bucal e
consequentemente dos seus bebês tem sido uma experiência exitosa na cidade de
Araraquara, onde existe um programa de Atenção à saúde bucal das gestantes,
desenvolvido pela UNESP juntamente com a Prefeitura Municipal (RÓS et al., 2014).
Em um estudo nacional, realizado com 23 894 mulheres em 2011 e 2012, foi
observado que há menor adequação do pré-natal em adolescentes, em mulheres
negras, de baixa escolaridade e renda e sem trabalho, bem como a maior
adequação em primíparas e em mulheres com companheiro. Em conclusão, a
assistência pré-natal no Brasil alcançou cobertura praticamente integral, mas
persistem desigualdades no acesso a um cuidado adequado que teria potencial de
reverter os indicadores perinatais desfavoráveis ainda observados no país.
Estratégias voltadas para as populações menos favorecidas socialmente são
essenciais, visando a facilitar o ingresso precoce no pré-natal e o contato com os
serviços de saúde para garantir a realização de cuidados efetivos em saúde.
Dessa forma, observa-se que não houve evolução com relação à cobertura
pré-natal quando se estuda o vínculo entre a assistência e a renda. Apesar de que
neste estudo 100% das gestantes (Tabela 6) revelaram ser importante o pré-natal, e
55

que o número de consultas pré-natal recomendado era em média 8, provavelmente,


isto se deva ao fato da maioria ser primípara (61,7%) (Tabelas 5 e 10). Este fato
também foi observado no estudo de Domingues, Hartz e Leal (2015).
De acordo com os achados neste estudo, foi confirmada para a variável
independente escolaridade a hipótese H0: as gestantes maiores de 18 anos de
idade, com mais de 13 semanas de gestação (acima de três meses de gestação)
frequentadoras do sistema de saúde público ou privado com maior escolaridade
conhecem mais sobre saúde bucal das gestantes e bebês;
Para a variável renda familiar, também foi confirmada a hipótese H0: As
gestantes maiores de 18 anos de idade, com mais de 13 semanas de gestação
(acima de três meses de gestação) frequentadoras do sistema de saúde público ou
privado que possuem renda familiar dentro da classe alta conhecem mais sobre
saúde bucal das gestantes e bebês;
E, por último, a terceira hipótese H0: As gestantes maiores de 18 anos de
idade, com mais de 13 semanas de gestação (acima de três meses de gestação)
frequentadoras do sistema de saúde público ou privado que já são multíparas
conhecem mais sobre saúde bucal das gestantes e bebês, para a variável
multíparas da mesma forma foi confirmada.
56

6 CONCLUSÃO

A conclusão do processo de validação permitiu constatar que seguindo as


etapas propostas e efetivadas é possível construir um instrumento confiável,
sensível e preciso, portanto, válido, podendo ser utilizado em estudos sobre a
avaliação do conhecimento das gestantes sobre sua saúde bucal e do bebê.
Contudo, o modelo de instrumento, na condição presumível de pioneiro, deverá ser
enriquecido com mais dados, corrigido e melhorado em alguns aspectos, à medida
que seja usado.
Com este estudo, pode-se concluir que apesar das modificações existentes
na Política de Saúde Bucal a gestante ainda apresenta pouco conhecimento acerca
da manutenção da saúde bucal dela e do bebê, mostrando a fragilidade da atuação
da equipe de saúde bucal com relação à interação com a comunidade e com equipe
multidisciplinar, sendo necessárias mudanças a partir do processo de formação dos
profissionais que deveriam vivenciar a prática do ensino-serviço-comunidade.
Portanto, a importância de se ter na prática um instrumento que reúne
critérios de validade psicométrica, sendo confiável, que avalie o conhecimento das
gestantes sobre sua saúde bucal e a saúde bucal do bebê reside no fato de auxiliar
na avaliação e adequação das políticas públicas voltadas para a perspectiva do
cuidado em saúde dessas pessoas, considerando a importância do conhecimento
adquirido pelas atividades desenvolvidas através da promoção de saúde.
57

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63

ANEXO A – Parecer do Comitê de Ética em Pesquisa


64
65
66

APÊNDICE A – TCLE para Gestantes

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE


CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
DEPARTAMENTO DE ODONTOLOGIA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

VALIDAÇÃO DO INSTRUMENTO DE INVESTIGAÇÃO DO CONHECIMENTO DE GESTANTES SOBRE A


SUA SAÚDE BUCAL E A SAÚDE BUCAL DO SEU BEBÊ:PERSPECTIVA DO CUIDADO EM SAÚDE

Voluntário nº ( ) Iniciais do voluntário: ( )

Data de Nascimento: _____/_____/______.

Obrigado (a) pela sua participação como voluntário (a) em nossa pesquisa. O objetivo é VALIDAR UM
INSTRUMENTO DE INVESTIGAÇÃO DO CONHECIMENTO DE GESTANTES SOBRE A SUA SAÚDE BUCAL
E A SAÚDE BUCAL DO SEU BEBÊ. Com isto serão obtidas informações capazes de nos auxiliar a produzir
novos conhecimentos para uma contribuição com a saúde geral e bucal das gestantes como um todo.

Será aplicado um questionário para estudar o seu conhecimento sobre a sua saúde geral e bucal e do
seu bebê. Caso seja relatado algum problema de ordem odontológica, serão tomadas, em concordância com
você, as medidas necessárias para manter a sua saúde.
Todos os procedimentos serão realizados pelo pesquisador, que é qualificado para isso.
Não se espera que você tenha problema algum em consequência da realização das atividades de
pesquisa, considerando que não existirão procedimentos dentro da boca. Em relação aos riscos, existe a
possibilidade de você sentir-se cansada ou constrangida em responder os questionários, mas se isso acontecer
terá o direito de se recusar a respondê-lo.
Caso você tenha algum gasto financeiro pelo seu deslocamento, será devidamente ressarcido.
Não há previsão de ressarcimentos financeiros para outras despesas pessoais.
As atividades serão previamente apresentadas e combinadas com você, que escolherá a melhor hora
para participar. Você poderá desistir da pesquisa em qualquer momento, mesmo que você tenha assinado este
termo de consentimento. As informações obtidas de cada participante são confidenciais e somente serão usadas
com o propósito científico, sem divulgar o nome do participante. A pesquisadora, os demais profissionais
envolvidos nesse estudo e o Comitê de Ética e Atividades reguladoras, terão acesso aos arquivos dos
participantes, para verificação de dados, sem, contudo violar a confidencialidade necessária.
A assinatura desse formulário de consentimento formaliza sua autorização para o desenvolvimento de
todos os passos anteriormente apresentados.
A senhora ficará com uma cópia deste Termo e toda dúvida que a senhora tiver a respeito desta
pesquisa, poderá perguntar diretamente para Lígia Moreno de Moura, no telefone (84) 94318353, e-mail
Ligia_moura@yahoo.com.br.
Dúvidas a respeito da ética dessa pesquisa poderão ser questionadas ao Comitê de Ética em Pesquisa
do Hospital Universitário Onofre Lopes, situado na Avenida Nilo Peçanha, nº 620. Cep: 59012-300, Fone: 3342-
5003, e-mail: cep_huol@yahoo.com.br.
67

Consentimento Livre e Esclarecido – Autorização da Voluntária


Declaro que, após ter lido e compreendido as informações contidas neste formulário, concordo em
participar desse estudo.
E através deste instrumento e da melhor forma de direito, autorizo a doutoranda em Saúde Coletiva pela
UFRN/Natal, Lígia Moreno de Moura, brasileira, Cirurgiã-Dentista, portador da carteira de identidade SSP/RN
599324 e CRO/RN-1220, telefone: 84-94318353, e-mail: ligia_moura@yahoo.com.br, residente à Rua São
Cristovão, nº 95, apto. 102, Bairro Lagoa Nova, Natal/ RN, a utilizar as informações obtidas sobre minha pessoa,
através do que for falado, escrito e visto, com a finalidade de desenvolver trabalho de cunho científico na área da
Odontologia.
Autorizo também a publicação do referido trabalho, de forma escrita, podendo utilizar depoimentos,
fotografias. Concedo também o direito de retenção e uso para quaisquer fins de ensino e divulgação em jornais
e/ou revistas científicas do país e do estrangeiro, desde que mantido o sigilo sobre minha identidade, podendo
usar pseudônimos.
Estou ciente que se houver gasto financeiro pelo meu deslocamento, serei devidamente ressarcida,
bem como, se houver algum gasto que seja devido à minha participação na pesquisa, caso eu solicite.
Declaro ter ciência que tal trabalho será desenvolvido através da realização de uma entrevista e coleta
de dados contendo, entre outras, informações sócias - econômicas, previamente apresentadas.

Natal, ___ / ___ / ____

De acordo,___________________________________________________________

Endereço:___________________________________________________________

CI:__________ CPF:___________________________________

Impressão datilocospia

Compromisso do Pesquisador

Eu, Lígia Moreno de Moura, discuti as questões acima apresentadas com os indivíduos participantes do estudo.
É minha opinião que o indivíduo entende os riscos, benefícios e obrigações relacionadas a este projeto.

______________________________________________________________
(Pesquisador)
68

APÊNDICE B – Questionário 1ª fase

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE


CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
DEPARTAMENTO DE ODONTOLOGIA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA

VALIDAÇÃO DO INSTRUMENTO DE INVESTIGAÇÃO DO CONHECIMENTO DAS


GESTANTES SOBRE SUA SAÚDE BUCAL E A SAÚDE BUCAL DO BEBÊ

Data: ___/___/___ No. ____________

PERFIL E CARACTERÍSTICAS SÓCIO-DEMOGRÁFICAS

NOME: IDADE EM ANOS COMPLETOS:

ENDEREÇO: TELEFONE:

ESTÁ GRÁVIDA? ( ) SIM ( )NÃO ( )Não sabe/não respondeu


IDADE GESTACIONAL:
ESTADO CIVIL:(1) SOLTEIRO (2) CASADO (3) DIVORCIADO (4) VIÚVO (5) OUTROS (9 ) Não sabe/não
respondeu
ESCOLARIDADE: ANOS DE ESTUDO NÃO REPETIDOS:___________
VISITAS AOPRÉ-NATAL________________MÉDICO:_________________
ATUALMENTE TEM ALGUM RENDIMENTO? SIM ( ) NÃO ( )
No mês passado, quanto receberam, em reais, juntas, todas as pessoas que moram na sua casa incluindo
salários, bolsa família, pensão, aluguel, aposentadoria ou outros rendimentos?

1-De 227 a 1.539,99 reais; 2-De 1.540,00 a 2.812,99 reais; 3-De 2.813,00 a 12.988,00 reais;4- Mais do
que 12.813,00 reais; 9-Não sabe/não respondeu

NUMEROS DE FILHOS

( )1ªgestação ( ) 01 ( ) 02 ( ) 03 ( ) mais 3 ()não sabe/não


respondeu
OCORRÊNCIA DE ABORTO NO PASSADO:
( ) não ( ) espontâneo ( ) provocado ( ) não sabe/não respondeu

1. CONHECIMENTOS SOBRE PRÉ-NATAL E ACESSO AO SERVIÇO


Sabe a importância de realizar um pré-natal?
Sim ( ) 01 Não ( )02 Não sabe ( )98 Não respondeu ( ) 99
Motivo pelo qual acha importante fazer o pré-natal?
( )avaliação do bebê ( ) acompanhar e manter sua própria saúde ( ) acompanhar e manter sua saúde e a do
bebê ( ) não sabe ( ) não respondeu
69

Nº de consultas que devem ser feitas durante a gravidez:


( )até 05 ( )06 ( )07 ou 08 ( )09 ou + ( ) não sabe/não respondeu

Mês que a gestante deve iniciar o pré-natal:


( ) primeiro ( ) quando descobrir que está grávida ( ) outros meses ( ) -não sabe/não respondeu
Nº de doses de vacina antitetânica que uma gestante deve tomar:
Apenas reforço se já foi vacinada ( )
Três doses de nunca foi vacinada ou vacina está vencida ( )
Outra resposta( )
Não sabe ou não respondeu ( )
Você sabe qual é a importância da amamentação?
Sim ( ) Não ( )02 Não sabe( )98 Não respondeu ( ) 99
Se respondeu sim, para que é importante?
( ) para que a criança fique resistente às doenças
( ) para a mãe não precisar comprar leite
( ) Para ter dentes fortes
( ) não sabe
( ) outros motivos _____________________________________________________
( ) não se aplica

Por quanto tempo deve-se amamentar?


( )menos de 06 meses ( )até 06meses ( )mais de 06 meses ( ) -não sabe/não respondeu
Por quanto tempo a amamentação deve ser exclusiva?
( )menos de 06 meses ( )até 06meses ( )mais de 06 meses ( ) -não sabe/não respondeu

Você sabe a importância do pré-natal?

Sim ( ) 01 Não ( )02 Não sabe/ Não respondeu ( ) 99

Se respondeu sim, qual é a importância?


( ) Saúde da mãe
( )saúde do bebê
( ) saúde da mãe e do bebê
( ) outros motivos, quais?_______________________________
( ) não se aplica

Você fez ou está fazendo pré-natal?

Sim ( ) 01 Não ( )02 Não sabe/ Não respondeu ( ) 99


70

No Centro de Saúde que você frequenta tem algum profissional na área da Saúde
bucal?
Sim ( ) 01 Não ( )02 Não sabe( )98 Não respondeu ( ) 99

Nesta gravidez já foi ao dentista?


Sim………( ) Não….……… ( )Não respondeu
____|____
Se respondeu Sim, quem a encaminhou?
O médico de Clínica Geral……………………………………………….. 01
O Ginecologista……………………………………………………………. 02
O enfermeiro………………………………………………………………. 03
Outro profissional…………………………………..….………………….. 04 ____|____
O dentista alertou‐me para isso……………………………………….... 05
Ninguém, eu mesma tomei esta iniciativa……………………………… 06
Nãose aplica.......................................................................................99

Como classifica a recepção/acolhimento/ atendimento que teve no dentista?


Excelente……………………………….………. 01
Bom………………….……………………….……. 02
Regular…………………….…………………….. 03
____|____
Mau………………………………………………….. 04
Péssimo…………………………………………….. 05
Não sabe……………………………………………... 98
Nãose aplica.......................................................................................99

2. CONHECIMENTO SOBRE SAÚDE BUCAL

Você sabe o que é cárie?


( ) Sim ( )Não ( )Não sabe
Se respondeu sim, o que é cárie para você?________________________________

_______________________________________________________

Que fatores acha que podem contribuir para o aparecimento da cárie dentária?
Higiene oral insuficiente…………………………………. 01
Alimentação rica em açúcar……………………………. 02
O não acesso ao dentista…....................................…. 03 ____|____
Falta de medidas preventivas…………………………….04
Falta de informação ……………………...…………..…..05
Outros……………………………………..………………. 06
Mais de 03 itens dos citados acima..............................07
Não sabe……………….....................……………………98
Não respondeu..............................................................99

Conhece alguma forma de prevenir a cárie dentária? ( ) Sim ( ) Não


Qual?
Escovar os dentes……………………………………... 01
Uso controlado do açúcar …………….……………… 02
Uso do flúor………………………………………………03 ____|____
Visita ao dentista........................................................04
Todas as respostas estão certas……………............. 05
Outras…………………………..……………..………… 06
71

Mais de 03 itens dos citados acima...........................07


Não sabe……………………………..…………………. 98
Não respondeu..............................................................99

Você costuma escovar os dentes? ( ) sim ()não


Quando?
Sempre que como ……………………………………………. 01
Pela manhã, quando acordo……………………..………….. 02
Após o almoço……..............………….……...............…….. 03
À noite, quando vou dormir……………..…………………… 04 ____|____
Após as refeições principais (café, almoço e jantar)e antes de dormi.......…05
Às vezes quando lembro………...…………….................... 06
Raramente escovo………...........…………………….……… 07
Não sabe…...………………………………………..………… 98
Não respondeu....................................................................99

É importante ir ao dentista durante o período da gravidez?


Sim ( ) não ( ) Não sabe ( )
Por que?
Para prevenir as doenças da boca……………………………….. 01
Para tratar as doenças da boca…………………………………. 02
Para receber uma assistência integral (como um todo)………. 03
Porque a boca é importante para a saúde como um todo..……04
Porque durante a gravidez surgem muitos problemas na boca 05 ____|____
Mais de 03 itens dos citados acima...........................................07
Não sabe……………………………..………………….................98
Não respondeu..........................................................................99

Em relação a afirmativa: na gravidez aparecem mais cáries”:

Concorda…………………………………………….….. 01
Não concorda nem discorda…………………………………………………….…. 02 ____|____
Discorda
Não sabe……………………………….………………….. 98
Não responde

Se respondeu concordo, na sua opinião é resultado de:


Uma alimentação inadequada (doces e salgados em excesso)01
Vômitos frequentes…..…………………….………………………. 02
Falta de limpeza da boca............................................................03 ____|____
Outras razões….……………………………………………………. 04
Não sabe…………………………………………………….....…… 98
Nãose aplica..............................................................................99

- Durante a gravidez sentiu dor de dente?


Sim……………………………………………………. 01
Não……………………………………………………. 02
Não sabe/ não respondeu....................................03 ____|____
Se respondeu Sim, desde quando?
( ) Antes de engravidar
( )no primeiro trimeste
( ) a partir do 3º trimestre
72

( ) Não se aplica

- Durante a gravidez sua gengiva sangra ou sangrou?

Sim……………………………………………………. 01
Não……………………………………………………. 02
Não sabe ou não respondeu...................................................... ____|____
Se respondeu Sim, desde quando?
( ) Antes de engravidar
( )no primeiro trimeste
( ) a partir do 3º trimestre
( ) Não se aplica

Em que momento elas sangram ou sangraram?


( ) Quando escova/ usa fio dental ou se aliment
( )Espontaneamente
( ) Não se aplica

Qual desses procedimentos a mulher não deve fazer durante a gestação?

___Extração ___radiografia________________limpeza _____Aplicação topica de flúor

___Anestesia________não sabe

Para você a carie ou a doença na gengiva pode interferir na gravidez?


Sim……………………………………………………. 01
Não……………………………………………………. 02
Não sabe ou não respondeu...................................03 ____|____
Se respondeu sim, diga como?___________________________________

3. SOBRE SAÚDE BUCAL DO BEBÊ

-O bebê deve ser levado ao dentista?


Sim…………………………………………………………………… 01
Não….....………………………………………………………..…… 02 ____|____
Não sabe ou nãorespondeu........................................................98

Com que idade o bebê deve ser levado ao dentista pela primeira vez?
Nunca levarei o (s) meu (s) filho (s) ao dentista………………………………. 01
Antes dos 12 meses……..……………………………………………….……. 02
____|____
Entre os 12 e 36 meses..……………………………………………………… 03
Somente quando nasceu o primeiro dente………………………………….. 04
Com 06 anos...............................................................................................05
Não sabeou não respondeu…………………………………………..........… 98

-Você deve limpar a boca do seu filho?


( )sim ( )não ( )não sabe ou não respondeu

Se respondeu sim, quantas vezes por dia você deve limpar a boca do seu filho?
73

1 vez…………………………………………………………..…… 01
2 vezes….........………………….……………..…………….…... 02
3 vezes....………………………………………….……………… 03
Mais de 3 vezes…………….…………………………………….. 04
Não sabe…………………,,,…………………………….………. 98
____|____
Nãose aplica..........................................................................99

- Se respondeu Sim à pergunta anterior, você acha que deve limpar a boca do seu filho com quê?

Com dedeira tipo escova……………………………….…….……01


Com fralda ou compressa molhada ……………….......…..…… 02
Usa outro processo……………………………………….……….. 03 ____|____
Qual?________________________________________________
Nãose aplica..............................................................................99

Você acha que deve-ser feito a limpeza a boca do seu filho antes de ir dormir?
Sim……………………………………………………...… 01
Não………………………………………………………… 02 ____|____
Nãosabe ou não respondeu...............................................................99

Se respondeu Sim, por que?


Acho que é a hora mais importante………………………… 01
Outras razões………………..……………..…………..…….. 02 ____|____
Qual (ais)?_________________________________
Nãose aplica.....................................................................99

Se respondeu Não, por que?


Acho desnecessário……………………..………………… 01
Só vou limpar quando aparecerem os dentes…..……… 02
Outras razões………………………………………..……. 03 ____|____
Qual(ais)?____________________________________
Nãose aplica.....................................................................99

4-SOBRE ALIMENTAÇÃO DOS SEUS FILHOS BEBÊS


De que forma deve ser oferecido leite ao seu filho nos primeiros 6 meses de vida?
Apenas peito………………………….……………….……….... 01
Apenas mamadeira…...................…….…………………..……..….. 02
Peito + mamadeira………………………………………….………. 03
Líquidos em geral no copo de chupar (sucos, chá adoçado, Xarope)…04
____|____
Ele não aceita leite……………………………………….…….. 05
Não sabe ou não respondeu...................................................
Nãose aplica..........................................................................99

Em relação ao período noturno, acriança pode receber leite no peito ou na mamadeira:


( )sim ( )não ( )não sabe ou não respondeu
74

Se respondeu sim , qual a hora em que a criança pode receber leite no peito ou na
mamadeira:
Mais de 1 hora antes de dormir………………….…………… 01
Na hora da criança dormir.....……………………………..….. 03
Durante toda a noite…....…………………………………..…. 04 ____|____
Não deve tomar leite neste período.................................................06
Não sabe ou não respondeu...................................................
Nãose aplica..........................................................................99

Até a idade de 06 meses, outros alimentos podem ser usados nas refeições do seu filho?
( )Sim ( ) não ( )não sabe

Se respondeu SIM, quais?


Não uso outros alimentos……………………………….. 01
Uso na hora do lanche (Iogurte, Chá ou sucos açucarados,
refrigerante, Bolachas doces, pão)……………………....02 ____|____
Comida caseira salgada…………………………………. 03
Frutas………………………………………………………. 04
Comida caseira e frutas.................................................05
Meu filho come ou comerá todos os alimentos citados acima..........06
Não sabe ou não respondeu...................................................
Nãose aplica..........................................................................99

Quantas vezes ao dia o seu filho pode receber alimentos açucarados?

De uma até cinco vezes ao dia…………………………….. 01


Entre seis e nove vezes ao dia…………………………….. 02
Mais que nove vezes ao dia………………………………. 03
____|____
Nenhuma vez…………………..........................................04
Nãosabe ou não respondeu..................................................................99

Acha que faz bem ou mal, o seu bebê chupar dedo ou chupeta?
Não faz mal nenhum……………………………………...........................01
Pode prejudicar a formação dos ossos do rosto e dos dentes..............02
Acalma a criança, se colocar açúcar ou mel na chupeta...................... 03
Não sabe ………………………….....………………........................….. 98 ____|____
Nãose aplica......................................................................................99
75

APÊNDICE C – Carta convite para os Especialistas

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE


CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
DEPARTAMENTO DE ODONTOLOGIA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA

CONVITE

Prezado(a) Senhor(a),

Considerando a sua excelente formação e desempenho acadêmico, venho


através desse e-mail solicitar a sua colaboração como avaliador do conteúdo de um
instrumento em construção, referente a pesquisa "VALIDAÇÃO DO INSTRUMENTO
DINVESTIGAÇÃO DO CONHECIMENTO DAS GESTANTES SOBRE SUA SAÚDE
BUCAL E A SAÚDE BUCAL DO BEBÊ", que foi aprovado através do parecer de nº
437.565, na data de 25/10/2013, emitido pelo Comitê de Ética do Hospital
Universitário Onofre Lopes – HUOL/ UFRN.
Este instrumento será utilizado na minha pesquisa de Tese do doutorado em
Saúde Coletiva na UFRN, sob a orientação da Profa. Dra. Maria do Socorro Costa
Feitosa Alves, considerando as ações desenvolvidas para gestantes na Estratégia
da Saúde da Família, bem como as ações preconizadas pelo Programa de
Humanização no Pré-Natal e Nascimento do Sistema Único de Saúde. Com este
estudo pretende-se subsidiar dados para planejamento e execução de atividades
acadêmicas e ações de saúde coletiva voltados para gestantes.
Estamos enviando a primeira versão para o(a) senhor(a), como especialista
em Saúde Coletiva e/ou Odontopediatria, avaliar a clareza e abrangência das
perguntas em relação ao conhecimento das gestantes sobre sua saúde bucal e a
saúde bucal do bebê, o qual este instrumento se propõe investigar, considerando a
população de mães em idade fértil e/ou gestantes.
Para que o (a) senhor (a) faça essa avaliação, deverá acessar o link abaixo:
http://freeonlinesurveys.com/s.asp?sid=vd8mnhxlr50ctkg373807
Qualquer dúvida, por gentileza entrar em contato através do e-mail
ligia_doutorado2013@yahoo.com.br ou pelos telefones abaixo descritos.
Antecipadamente deixo os meus sinceros agradecimentos pela valiosa
colaboração!

Atenciosamente,

Lígia Moreno de Moura


Doutoranda do Programa de Pós-graduação em Saúde Coletiva da UFRN.
Fones: 084-943 8353 ou 084- 32060401
76

APÊNDICE D – TCLE Expertises

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE


CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
DEPARTAMENTO DE ODONTOLOGIA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

VALIDAÇÃO DO INSTRUMENTO DE INVESTIGAÇÃO DO CONHECIMENTO DE GESTANTES SOBRE A


SUA SAÚDE BUCAL E A SAÚDE BUCAL DO SEU BEBÊ:PERSPECTIVA DO CUIDO EM SAÚDE

Voluntário nº ( ) Iniciais do voluntário: ( )

Data de Nascimento: _____/_____/______.

Obrigada pela sua participação como voluntário (a) em nossa pesquisa. O objetivo é VALIDAR UM
INSTRUMENTO DE INVESTIGAÇÃO DO CONHECIMENTO DE GESTANTES SOBRE A SUA SAÚDE BUCAL
E A SAÚDE BUCAL DO SEU BEBÊ. Com isto serão obtidas informações capazes de nos auxiliar a produzir um
instrumento que será usado em uma pesquisa que investigará o conhecimento da gestante sobre sua saúde
bucal e a saúde bucal do bebê.
Não se espera que você tenha problema algum em consequência da realização das atividades de
pesquisa, considerando que não existirão procedimentos dentro da boca. Em relação aos riscos, existe a
possibilidade de você sentir-se cansado em responder o questionário, mas se isso acontecer terá o direito de se
recusar a respondê-lo.
Se você tiver algum gasto que seja devido à sua participação na pesquisa, você será ressarcido, caso
solicite. Em qualquer momento, se você sofrer algum dano comprovadamente decorrente desta pesquisa, você
terá direito a indenização.
Você poderá desistir da pesquisa em qualquer momento, mesmo que você tenha assinado este termo
de consentimento. As informações obtidas de cada participante são confidenciais e somente serão usadas com o
propósito científico, sem divulgar o nome do participante. A pesquisadora, os demais profissionais envolvidos
nesse estudo e o Comitê de Ética e Atividades reguladoras, terão acesso aos arquivos dos participantes, para
verificação de dados, sem, contudo violar a confidencialidade necessária.
Toda dúvida que o(a) senhor(a) tiver a respeito desta pesquisa, poderá perguntar diretamente para Lígia
Moreno de Moura, residente à rua São Cristovão, nº 95, apto. 102, Lagoa Nova, Natal-RN, Cep.: 59056-290, no
telefone (84) 94318353, e-mail ligia_moura@yahoo.com.br.
Dúvidas a respeito da ética dessa pesquisa poderão ser questionadas ao Comitê de Ética em Pesquisa
do Hospital Universitário Onofre Lopes, situado na Avenida Nilo Peçanha, nº 620. Cep: 59012-300, Fone: 3342-
5003, e-mail: cep_huol@yahoo.com.br.

Consentimento Livre e Esclarecido


77

Declaro que, após ter lido e compreendido as informações contidas neste formulário, concordo em
participar desse estudo.
E através deste instrumento e da melhor forma de direito, autorizo a doutoranda em Saúde Coletiva pela
UFRN/Natal, Lígia Moreno de Moura, brasileira, Cirurgiã-Dentista, portador da carteira de identidade SSP/RN
599324 e CRO/RN-1220, telefone: 84-94318353, e-mail: ligia_moura@yahoo.com.br, residente à Rua São
Cristovão, nº 95, apto. 102, Bairro Lagoa Nova, Natal/ RN, a utilizar as informações através do que for escrito e
visto, com a finalidade de desenvolver trabalho de cunho científico na área da Odontologia.
Autorizo também a publicação do referido trabalho, de forma escrita. Concedo também o direito de
retenção e uso para quaisquer fins de ensino e divulgação em jornais e/ou revistas científicas do país e do
estrangeiro, desde que mantido o sigilo sobre minha identidade, podendo usar pseudônimos.
Estou ciente que se houver gasto financeiro, serei devidamente ressarcida, bem como, se houver algum
gasto que seja devido à minha participação na pesquisa, caso eu solicite.
Declaro ter ciência que tal trabalho será desenvolvido através da realização da avaliação de um
questionário que será disponibilizado pela internet.

De acordo,___________________________________________________________

Endereço:___________________________________________________________

CI:__________ CPF:___________________________________

Impressão datilocospia

Compromisso do Pesquisador

Eu, Lígia Moreno de Moura, discuti as questões acima apresentadas com os indivíduos participantes do estudo.
É minha opinião que o indivíduo entende os riscos, benefícios e obrigações relacionadas a este projeto.

_________________________________________________________
(Pesquisador)
78

APÊNDICE E – Questionário para expertises

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE


CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
DEPARTAMENTO DE ODONTOLOGIA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA

VALIDAÇÃO DO INSTRUMENTO DE INVESTIGAÇÃO DO CONHECIMENTO DAS


GESTANTES SOBRE SUA SAÚDE BUCAL E A SAÚDE BUCAL DO BEBÊ

Data: ___/___/___ No. ____________

PERFIL E CARACTERÍSTICAS SÓCIO-DEMOGRÁFICAS

1.Nome: 2.Idade em anos completos:

3.ENDEREÇO:
_____________________________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________________________

4.TELEFONE PARA CONTATO: ____________


5.ESTÁ ATUALMENTE GRÁVIDA? ( ) SIM ( )NÃO ( )Não sabe ( )Não respondeu
6. COM QUANTOS MESES COMPLETOS DE GRAVIDEZ VOCÊ ESTÁ : NÃO SABE ( )

7.ESTADO CIVIL: (1) SOLTEIRO (2) CASADO (3) DIVORCIADO (4) VIÚVO (5) OUTROS (9 ) Não respondeu

8.ESCOLARIDADE: ANOS DE ESTUDO NÃO REPETIDOS:___________


9.Nº de visitas que já fez do pré-natal nesta ou na última gravidez ________________

10. Atualmente exerce alguma atividade remunerada? Sim ( ) Não ( )

11.No mês passado, quanto receberam, em reais, juntas, todas as pessoas que moram na sua casa incluindo salários, bolsa família,
pensão, aluguel, aposentadoria ou outros rendimentos?
1-De 227 a 1.539,99 reais; 2-De 1.540,00 a 2.812,99 reais; 3-De 2.813,00 a 12.988,00 reais;4- Mais do que 12.813,00 reais; 98-Não
sabe; 99-Não respondeu

12.NUMEROS DE FILHOS
( )1ªgestação( ) Até 02( ) 03 ou mais( )Não respondeu

13. EM QUAL SITUAÇÃO SE INSERE O DOMICÍLIO QUE VOCÊ RESIDE:

( ) Domicílio adequado (Domicílio particular permanente com rede geral de abastecimento de água, com rede geral de esgoto ou fossa
séptica, coleta de lixo por serviço de limpeza e até 2 moradores por dormitório);
( ) Domicílio semi-adequado ( Domicílios particulares permanentes com pelo menos um serviço inadequado);
( ) Domicílios inadequado(Domicílios particulares permanentes com abastecimento de água proveniente de
poço ou nascente ou outra forma, sem banheiro e sanitário ou com escoadouro ligado à fossa rudimentar, vala, rio, mar ou outra forma e
lixo queimado, enterrado ou jogado em terreno baldio ou logradouro, em rio, lago ou mar ou outro destino e mais de 2 moradores por
dormitório

a. CONHECIMENTOS SOBRE PRÉ-NATAL E ACESSO AO SERVIÇO


TIREI A 1, 6, 10
1..Por qual motivo acha importante fazer o pré-natal?
( )avaliação da saúde do bebê ( ) acompanhar e manter sua própria saúde ( ) acompanhar e manter sua saúde e a do bebê ( ) outros
motivos, quais? _______ ( )não acha importante ( ) não sabe ( ) Não respondeu
Opinião expertise:
( )ADEQUADA ( )ADEQUADA COM MODIFICAÇÕES ( )INADEQUADA ( )
Comente se adequada com modificações ou
inadequada___________________________________________________________________________________________________
79

2.Nº de consultas que devem ser feitas durante a gravidez:


( )menos de 06 ( )06 ou mais ( ) não sabe ( )não respondeu
Opinião expertise:
( )ADEQUADA ( )ADEQUADA COM MODIFICAÇÕES ( )INADEQUADA ( )
Comente se adequada com modificações ou
inadequada___________________________________________________________________________________________________

3.Você fez ou está fazendo pré-natal? Sim ( ) Não ( ) Não respondeu ( )


Opinião expertise:
( )ADEQUADA ( )ADEQUADA COM MODIFICAÇÕES ( )INADEQUADA ( )
Comente se adequada com modificações ou
inadequada___________________________________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________________________________
____________________
4. Você sabe a importância da amamentação?
( ) Para a manutenção da própria saúde e saúde do beb~e
( ) para que a criança fique resistente às doenças
( ) para a mãe não precisar comprar leite
( ) não sabe
( ) outros motivos _____________________________________________________
( ) não se aplica
Opinião expertise:
( )ADEQUADA ( )ADEQUADA COM MODIFICAÇÕES ( )INADEQUADA ( )
Comente se adequada com modificações ou
inadequada___________________________________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________________________

5.Por quanto tempo deve-se amamentar de forma exclusiva?


( )menos de 06 meses ( )até 06meses ( )mais de 06 meses ( ) não sabe ( )não respondeu
Opinião expertise:
( )ADEQUADA ( )ADEQUADA COM MODIFICAÇÕES ( )INADEQUADA ( )
Comente se adequada com modificações ou
inadequada___________________________________________________________________________________________________
6. Quais exames foram realizados, nesta gravidez ou quando esteve grávida, por duas vezes ou mais?

QUALITATIVO HEMOGLOBINA/ SOROLOGIA TESTE HIV GLICEMIA EM


DE URINA HEMATÓCRITO PARA SÍFILIS JEJUM
SIM
NÃO
NÃO
RESPONDEU
NÃO SABE

7.Você sabe qual o nº de doses de vacina antitetânica que uma gestante deve tomar:
( ) Apenas reforço se já foi vacinada, ou três doses se nunca foi vacinada ou vacina está vencida ( )Não sabe ( )Não respondeu
Opinião expertise:
( )ADEQUADA ( )ADEQUADA COM MODIFICAÇÕES ( )INADEQUADA ( )
Comente se adequada com modificações ou
inadequada___________________________________________________________________________________________________

8. Nesta gravidez ou quando esteve grávida, o cirurgião dentista que você procurou era de qual serviço?

PÚBLICO ( ) PRIVADO ( ) Não procurei o dentista ( ) não respondeu( )

Opinião expertise: ( )ADEQUADA ( )ADEQUADA COM MODIFICAÇÕES ( )INADEQUADA ( )


Comente se adequada com modificações ou
inadequada___________________________________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________________________________
____________________
9. Caso tenha ido ao cirurgião dentista nesta gravidez ou quando esteve grávida, encontrou alguma dificuldade no acesso?
SIM ( ) NÃO ( ) Não se aplica ( ) Não respondeu ( )
Opinião expertise: ( )ADEQUADA ( )ADEQUADA COM MODIFICAÇÕES ( )INADEQUADA ( )
Comente se adequada com modificações ou
inadequada___________________________________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________________________________
____________________
10. Caso não tenha ido ao cirurgião dentista nesta gravidez ou quando esteve grávida, porque não procurou?
Não teve tempo, descuido, esquecimento, relaxamento, medo
ou achou que não precisava
Por motivo financeiros
Dificuldade de ser atendida na rede pública.
Mulher grávida não pode ir ao dentista, pois existem
procedimentos odontológicos que não podem ser realizados na
gravidez.
O médico não autorizou
O cirurgião-dentista se recusou a atender
Não sentiu dor ou desconforto
Não se aplica
80

1. Qual o tipo de problema bucal mais comum na gravidez?


CÁRIE GENGIVITE AFTA HERPES MAU CÂNCER SAPINHO NÃO NÃO
HÁLITO SABE RESPONDEU

Outro: ___________________________________________________________________________________
Opinião expertise:
( )ADEQUADA ( )ADEQUADA COM MODIFICAÇÕES ( )INADEQUADA ( )
Comente se adequada com modificações ou
inadequada___________________________________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________________________________
____________________
2.Que fatores acha que podem contribuir para o aparecimento desses problemas bucais?
( ) Higiene oral insuficiente ( ) Alimentação rica em açúcar ( ) Má alimentação ( )Não ir ao dentista
( ) Falta de medidas preventivas ( ) Falta de informação sobre como cuidar dos dentes
( ) Mais de 03 itens dos citados acima ( )Não sabe ( )Não respondeu
Outros: __________________________________________________________________________________________________
Opinião expertise:
( )ADEQUADA ( )ADEQUADA COM MODIFICAÇÕES ( )INADEQUADA ( )
Comente se adequada com modificações ou
inadequada___________________________________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________________________________
____________________
3.Quando você costuma escovar os dentes?
( ) Sempre que como ( )Pela manhã, quando acordo ( )Após o almoço ( ) Só à noite, quando vou dormir ( )Após as refeições principais
(café, almoço e jantar) e antes de dormi
( )Raramente escovo ( )Não sabe ( )Não respondeu
Opinião expertise:
( )ADEQUADA ( )ADEQUADA COM MODIFICAÇÕES ( )INADEQUADA ( )
Comente se adequada com modificações ou
inadequada___________________________________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________________________________
____________________

6.Você acha que durante a gravidez deve ir ao dentista? Nesta gravidez ou quando esteve grávida, você foi ao dentista?retirar
( ) Não
( )Sim, para prevenir as doenças da boca
( )Sim, para tratar as doenças da boca
( ) Sim, para receber uma assistência integral (como um todo)
( )Sim, porque a boca é importante para a saúde como um todo
( )Sim, porque durante a gravidez surgem muitos problemas na boca
( )Sim, devido a mais de 03 itens dos citados acima
( ) Não sabe
( ) Não respondeu
Opinião expertise:
( )ADEQUADA ( )ADEQUADA COM MODIFICAÇÕES ( )INADEQUADA ( )
Comente se adequada com modificações ou
inadequada___________________________________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________________________________
____________________

Outros motivos: _____________________________________________________________________________________________


Opinião expertise: ( )ADEQUADA ( )ADEQUADA COM MODIFICAÇÕES ( )INADEQUADA ( )
Comente se adequada com modificações ou
inadequada___________________________________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________________________________
____________________
11. Você acha que hipertensão, diabetes, ou outras doenças podem interferir na gravidez, prejudicando você ou o seu bebê?
SIM ( ) NÃO ( ) Não sabe ( ) Não respondeu ( )
Opinião expertise: ( )ADEQUADA ( )ADEQUADA COM MODIFICAÇÕES ( )INADEQUADA ( )

b. CONHECIMENTO SOBRE SAÚDE BUCAL

6. Durante a gravidez sua gengiva sangra ou sangrou? tirara


Sim ( ) Não ( ) Não sabe( )Não respondeu ( )
Opinião expertise:
( )ADEQUADA ( )ADEQUADA COM MODIFICAÇÕES ( )INADEQUADA ( )
Comente se adequada com modificações ou
inadequada___________________________________________________________________________________________________
9.Para você a doença na gengiva pode afetar a gravidez?
Não ( ) Sim, levando a um parto prematuro ( ) Sim, levando a maiores chances de aborto ( ) Sim, levando a maiores chances de
anemia exacerbada Não sabe ( ) Não respondeu ( )
Opinião expertise:
( )ADEQUADA ( )ADEQUADA COM MODIFICAÇÕES ( )INADEQUADA ( )
Comente se adequada com modificações ou
inadequada___________________________________________________________________________________________________
81

4.Qual desses procedimentos a mulher pode fazer durante a gestação?


OBTURAÇÃO EXTRAÇÃO RADIOGRAFIA LIMPEZA APLICAÇÃO ANESTESIA NÃO NÃO SE APLICA,
TÓPICA DE SABE NENHUM PODE
FLÚOR SER REALIZADO

Opinião expertise:
( )ADEQUADA ( )ADEQUADA COM MODIFICAÇÕES ( )INADEQUADA ( )
Comente se adequada com modificações ou
inadequada___________________________________________________________________________________________________

c. SOBRE SAÚDE BUCAL DO BEBÊ


1.Quando o bebê deve ser levado ao dentista pela primeira vez, para que ele tenha saúde?
( )Nunca, pois boca não interfere na saúde do bebê ( )Logo que ele nascer ( )Entre os 12 e 36 meses ( )Somente quando nascer
o primeiro dente ( )Não sabe ( )Não respondeu
Opinião expertise: ( )ADEQUADA ( )ADEQUADA COM MODIFICAÇÕES ( )INADEQUADA ( )
Comente se adequada com modificações ou
inadequada___________________________________________________________________________________________________
2. Como deve ser feita a limpeza da boca do seu bebê?
( )1 vez ao dia com fralda quando ainda não tem dentes ( ) 3 vezes ao dia com escova ( )Não precisa limpar a boca do bebê( )Não
sabe ( )Não respondeu
Opinião expertise: ( )ADEQUADA ( )ADEQUADA COM MODIFICAÇÕES ( )INADEQUADA ( )
Comente se adequada com modificações ou
inadequada___________________________________________________________________________________________________

3. Se você limpa a boca do seu filho, acha importante limpá-la antes de ir dormir?
( )sim, é a hora mais importante ( )não precisa limpar ( )não sabe ( )não respondeu ( ) não se aplica
Opinião expertise:
( )ADEQUADA ( )ADEQUADA COM MODIFICAÇÕES ( )INADEQUADA ( )
Comente se adequada com modificações ou
inadequada__________________________________________________________________________________________________
4.Se respondeu Sim, por que? TIRARA
( )Acho que é a hora mais importante ( )Outras razões Qual (ais)?_________________________________ ( )Não se aplica
Opinião expertise: ( )ADEQUADA ( )ADEQUADA COM MODIFICAÇÕES ( )INADEQUADA ( )
Comente se adequada com modificações ou
inadequada______________________________________________________________________________________________________

5.Se respondeu Não, por que? TIRAR


( )Acho desnecessário ( )Só vou limpar quando aparecerem os dentes
( )Outras razões. Qual(ais)?____________________________________
( )Não se aplica
Opinião expertise: ( )ADEQUADA ( )ADEQUADA COM MODIFICAÇÕES ( )INADEQUADA ( )
Comente se adequada com modificações ou
inadequada______________________________________________________________________________________________________
4.Acha que faz bem ou mal, o seu bebê chupar dedo ou chupeta?
( )Não faz mal nenhum
( )Não faz mal, pois acalma a criança, se colocar açúcar ou mel na chupeta
( ) Faz mal, pois pode prejudicar a formação dos ossos do rosto e dos dentes
( )Não sabe ( )Não respondeu
Opinião expertise:( )ADEQUADA ( )ADEQUADA COM MODIFICAÇÕES ( )INADEQUADA ( )
Comente se adequada com modificações ou
inadequada__________________________________________________________________________________________________
Tirei a 9______________________________________________________________

8. Em relação ao período noturno, após o nascimento dos dentes, a criança pode receber leite no peito ou na mamadeira:
( )sim ( )não ( )não sabe ( )não respondeu
Opinião expertise: ( )ADEQUADA ( )ADEQUADA COM MODIFICAÇÕES ( )INADEQUADA ( )
Comente se adequada com modificações ou
inadequada__________________________________________________________________________________________________
82

APÊNDICE F – Instrumento Final

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE


CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
DEPARTAMENTO DE ODONTOLOGIA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA

VALIDAÇÃO DO INSTRUMENTO DE INVESTIGAÇÃO DO CONHECIMENTO DAS


GESTANTES SOBRE SUA SAÚDE BUCAL E A DO SEU BEBÊ

Data:
___/___/___No. ____________

Perfil e Características Sócio – Demográficas

Nome:______________________________________________________________________
_____________

Idade ( em anos completos):______________ Telefone: ( )__________________(


)__________________

Endereço:___________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
________________________________________________________________

1. Qual a sua escolaridade?


______________________________________________________________

Total de anos de estudados?__________________________________________________

2. Quantas pessoas moram na sua casa? ___________________. Quantas pessoas recebem


algum rendimento em sua casa? ____________________. Qual o valor R$?
_____________________. Qual a idade dessas pessoas? _____________________.

3. Seu domicílio é: ( )próprio ( )alugado ( )cedido(emprestado);

Tipo:( )alvenaria ( )taipa; Água: ( )tratada ( )não tratada;


83

Lixo:( )coletado ( )queimado ( )jogado na rua ( )enterrado;

Saneamento:( )sim ( )não;

4. Você acha importante fazer o pré-natal?( )sim ( )não ( )não sabe

5. Qual o motivo mais importante para fazer o pré- natal?


_____________________________________

___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
______________

6. Você sabe quantas consultas de pré-natal devem ser feitas?


___________________________________________________________________________
________________________________

7. Por favor, informe em qual idade de gestação está:

( )1 a 3 meses ( )4 a 6 meses ( )7 a 9 meses

8. Qual a maior importância da amamentação?


___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
____________________________________________________________

_____________________________________________________

9. Por quanto tempo pretende amamentar?


___________________________________________________________________________
________________________________

10. Nesta gravidez, você procurou ou pretende procurar o dentista?


______________________________

Se procurou, por quê?


________________________________________________________________

Se não procurou, por quê?


____________________________________________________________

11. Você acha que a gravidez causa algum problema na boca?


84

( )não ( )não sabe ( )sim, qual?


_______________________________________________________________________

12. Como você faz para limpar a boca?


_____________________________________________________
___________________________________________________________________________
______

13. Para você, a doença na gengiva pode afetar a gravidez?

( )não ( )não sabe ( )sim. Como?


______________________________________________________________________

14. Quando seu filho deve ser levado ao dentista pela primeira vez?
______________________________
___________________________________________________________________________
_______

15. Você limpará a boca do seu bebê?

( )não ( )não sabe ( )sim.


Quando?___________________________________________________________________

___________________________________________________________________________
_______

16. Após o nascimento dos dentes, a criança pode receber leite do peito à noite?

( )Sim ( )Não ( )Não Sei

17. Após o nascimento dos dentes, a criança pode receber leite da mamadeira à noite?

( )Sim ( )Não ( )Não Sei

18. Caso o seu filho venha a chupar dedo, pode acometer algum problema na saúde bucal
do bebê?

( )Não ( )Não Sei ( )Sim. Qual?


_______________________________________________________________________
85

___________________________________________________________________________
_______

19. Você pretende dar chupeta ao seu bebê?


________________________________________________

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