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PRONATER - 2005
VERSÃO – 1/3/05
PROGRAMA NACIONAL DE ASSISTÊNCIA TÉCNICA E
EXTENSÃO RURAL - PRONATER
1. APRESENTAÇÃO
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quantificadas no item Metas, após o texto de apresentação de cada subprograma. Os
recursos financeiros advêm do Orçamento Geral da União, alocados no Ministério do
Desenvolvimento Agrário, e de potenciais parcerias formadas no decorrer do período de
implementação das ações.
2. DIRETRIZES DO PRONATER
● Gênero, geração, raça e etnia - Assegurar que as ações de Ater, adaptadas aos
diferentes territórios e realidades regionais, sejam construídas a partir do
reconhecimento das diversidades e especificidades étnicas, de raça, de gênero e
geração, e das condições socioeconômicas e culturais nos agroecossistemas e
ecossistemas aquáticos, considerando os princípios do etnodesenvolvimento.
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desenvolvimento, estabelecendo interações efetivas e permanentes com as
comunidades rurais, privilegiando os conselhos como fóruns ativos no âmbito
municipal, territorial, estadual e federal, de modo a fortalecer a participação dos
beneficiários e de outros representantes da sociedade civil na qualificação das
atividades de Ater.
3. OBJETIVOS DO PROGRAMA
● Apoiar e qualificar ações dos diversos atores envolvidos com Ater, no sentido de
promover o desenvolvimento sustentável, com o fortalecimento do protagonismo dos
beneficiários do Pronater.
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4. PÚBLICO BENEFICIÁRIO
São beneficiários das ações previstas no Pronater :
5. SUBPROGRAMAS
Visando a uma atuação sistemática e efetiva, o Pronater está estruturado em quatro
subprogramas: Formação de agentes de Ater; Capacitação de agricultores familiares;
Programas estaduais de Ater ; Ater setorial.
5.1.1 METAS
● Elaborar e disponibilizar 10 documentos temáticos de interesse dos eixos norteadores
da Política Nacional de Ater, com conteúdos básicos para subsidiar a capacitação de
técnicos.
● Integrar 200 estudantes das ciências agrárias e áreas correlatas (níveis superior e
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médio) na formação de agentes de Ater, com o sentido de aumentar a oferta de
pessoal especializado na área.
● Apoiar 10 eventos de caráter regional, estadual e/ou nacional que visem à construção e
socialização de conhecimentos em agroecologia.
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5.2.1 METAS
● Apoiar a capacitação de 67 mil agricultores familiares, a partir de projetos de
capacitação desenvolvidos nos estados.
5.3.1 METAS
● Apoiar a elaboração e implementação de 27 programas estaduais de Ater.
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e Norte.
5.4.1 Extrativistas
O objetivo deste componente é integrar as atividades florestais madeireiras e não-
madeireiras desenvolvidas por essas populações tradicionais, no conjunto de ações
prioritárias de assistência técnica e extensão rural, considerando a unidade de produção
que os compõe (individual ou comunitária), com a valorização e aperfeiçoamento das
técnicas utilizadas, na perspectiva do desenvolvimento rural sustentável.
● O agente de extensão deve estar capacitado para atuar com o extrativismo florestal
madeireiro e não-madeireiro exercendo um papel educador, considerando o conjunto
da unidade familiar e as suas formas de organização.
5.4.1.1 Metas
● Apoiar ações de assistência técnica e extensão rural a 10 mil agricultores familiares,
em atividades florestais, em parceria com o Ministério do Meio Ambiente.
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5.4.2 Indígenas
O objetivo deste componente é potencializar a participação do Ministério do
Desenvolvimento Agrário (MDA) no grupo interministerial composto pelo MDA, Ministério
do Desenvolvimento Social (MDS), Ministério da Educação (MEC), Fundação Nacional de
Saúde, do Ministério da Saúde ( Funasa/MS),Fundação Nacional do Índio, do Ministério
da Justiça ( Funai/MJ), Ministério do Meio Ambiente ( MMA) e Empresa Brasileira de
Pesquisa Agropecuária, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
(Embrapa/Mapa), nas ações de Ater voltadas ao fomento das atividades produtivas e
desenvolvimento sustentável dos povos indígenas.
5.4.2.1 Metas
● Criar um cadastro das organizações e técnicos que trabalham com prestação de
serviços de Ater para populações indígenas, com o objetivo de estabelecer redes para
prestação de serviços, em parceria com o Programa para a Promoção da Igualdade de
Gênero, Raça e Etnia do MDA.
5.4.3 Quilombolas
Este componente tem como objetivo desenvolver ações de Ater que considerem as
especificidades de organização sociocultural da população quilombola, seu
relacionamento com os elementos da natureza, sua prática de gestão do território e as
atividades econômicas predominantes ─ agricultura, extrativismo, pesca, manejo de fauna
e flora, dentre outras ─ , valorizando as experiências históricas, respeitando seus valores
e aspirações, a fim de potencializar a capacidade autônoma dessa população.
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compreender as características étnicas desta produção, seja ela de subsistência ou de
finalidade mercantil.
5.4.3.1 Metas
● Apoiar ações de Ater para 100 comunidades quilombolas, em parceria com o Programa
para Promoção da Igualdade de Gênero, Raça e Etnia do MDA.
5.4.4 Mulheres
É objetivo deste componente reconhecer as mulheres como sujeitos sociais,
fundamentais para o desenvolvimento da agricultura familiar, a partir da contribuição que
exercem nas atividades agrícolas e não-agrícolas, da sua contribuição para a
conservação da biodiversidade, do manejo e gestão de fauna, além da contribuição
específica para a geração de renda e agregação de valor na unidade familiar.
5.4.4.1 Metas
● Desenvolver ações de assistência técnica e extensão rural para 40 mil mulheres, em
parceria com o Programa para Promoção da Igualdade de Gênero, Raça e Etnia do
MDA.
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As atividades relativas a este componente deverão observar as orientações a seguir
relacionadas.
5.4.5.1 Metas
● Apoiar ações de Ater em atividades pesqueiras para 20 mil pescadores e pescadoras
artesanais e suas organizações.
6. ARTICULAÇÃO INSTITUCIONAL
Esta ação tem como centralidade a consolidação da Pnater por meio da articulação intra e
interinstitucional no estabelecimento de relações convergentes, tendo como integrantes: o
Sistema Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural; o Comitê de Assistência
Técnica e Extensão Rural do Condraf e seus congêneres nos estados, municípios e
territórios; o Conselho Nacional de Empresas de Pesquisa Agropecuária e os Conselhos
Estaduais e Municipais de Desenvolvimento Rural Sustentável.
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agricultura familiar.
● Articular parceria com o Ministério do Meio Ambiente, ofertando serviços de Ater para
5 mil agricultores familiares cadastrados no Programa de Desenvolvimento
Socioambiental da Produção Familiar Rural ( Proambiente).
8. MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO
0 monitoramento das ações de Ater é entendido como um processo de registro de
observações sobre o desenvolvimento das atividades propostas, sobre o uso dos
recursos comprometidos e sobre a produção de resultados, com base em indicadores
devidamente estabelecidos. É da maior importância a existência de um cadastro
nacional de organizações de Ater, para permitir o devido acompanhamento dessas
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atividades.
● Análise qualitativa direta da opinião do público sujeito da Pnater, que deverá ser
realizada por intermédio de contatos específicos em campo e/ou nos próprios fóruns de
gestão social mencionados neste programa.
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ANEXO I
A Pnater define que a Ater pública deve estabelecer um novo compromisso com os seus
beneficiários e com os resultados econômicos e socioambientais relacionados e derivados
de sua ação. Isto exige uma nova postura institucional e um perfil profissional que esteja
centrado em uma práxis que respeite os diferentes sistemas culturais, que contribua para
melhorar os patamares de sustentabilidade ambiental dos agroecossistemas e
ecossistemas aquáticos e, ao mesmo tempo, assegure a produção de alimentos limpos,
com melhor qualidade biológica, além de acessível ao conjunto da população.
Para isto, é fundamental que os agentes de Ater, sejam eles técnicos, agricultores ou
outras pessoas que vivem e trabalham no meio rural, possuam os conhecimentos e
habilidades requeridas para a execução de ações compatíveis com essa política nacional.
A Pnater define a abordagem da Ater pública, a partir do estabelecimento de princípios
e diretrizes que orientam as ações e que determinam a prática de Ater e seus
beneficiários, nos diversos contextos em que é desenvolvida.
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● a existência de mecanismos formais que assegurem a participação dos beneficiários
na definição e gestão do programa de Ater, no monitoramento e avaliação dos
serviços prestados;
complexa - que facilite a integração com o conjunto das organizações que operam
nos diversos níveis de participação;
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1.2. Fundamento programático
As entidades prestadoras de serviços de Ater devem promover em sua linha programática
os temas e conteúdos que atendam às diretrizes do Pronater, estimulando e apoiando
processos de transição do modelo agroquímico para estilos de agricultura de base
ecológica sustentáveis e a articulação da pesquisa-extensão-ensino-agricultores.
Na execução dos serviços de Ater devem ser estabelecidos mecanismos que promovam
a redução das desigualdades sociais e econômicas e a valorização da cidadania; a
geração de oportunidades e condições de trabalho;bem como o incentivo à organização e
à participação das comunidades rurais. São também recomendados, como temas
transversais, a incorporação das dimensões de gênero, geração, raça e etnia, e o respeito
às características culturais, sociais, econômicas e ambientais regionais.
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possibilitar aos beneficiários assumir a gestão dos processos organizativos e
tecnológicos, determinando sua orientação e adequando-os às suas necessidades;
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● promover o intercâmbio entre as organizações de Ater e dos agricultores familiares,
buscando a complementaridade, uso das potencialidades destes e a atuação em rede.
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ANEXO II
ORIENTAÇÃO PARA A ELABORAÇÃO DOS PROGRAMAS ESTADUAIS DE ATER
a) Título do Programa Estadual de Ater - Neste item deve ficar clara a definição de
trabalho com agricultura familiar e o estado onde vai ser realizado.
b) Antecedentes e justificativa - Neste item devem ser feitas considerações sobre a
situação dos agricultores familiares, quais os grupos de agricultores focados pelo
programa e onde estão localizados; sobre a situação de Ater no estado, inclusive
cotejando o que é demandado pelos agricultores e o que é ofertado pelas instituições.
Seria recomendável ter as informações, por município, sobre entidades que atuam no
setor, número de técnicos de Ater, número de unidades familiares de produção,
número de unidades familiares de produção assistidas. Deve-se enfocar claramente
qual o problema que se deseja resolver, suas causas, repercussões na sociedade; sua
importância e situação atual. Devem ser consideradas, ainda, as possibilidades
institucionais e financeiras, necessárias e viáveis, para solucionar o problema.
c) Diretrizes do Programa Estadual de Ater - As diretrizes deverão indicar as
definições de prioridade estabelecidas, compatíveis com a Política Nacional de Ater.
d) Objetivos - Neste item devem ser precisados os objetivos do programa, os quais, por
sua vez, orientarão os objetivos específicos.
e) Metas - Objetivos quantificados, no tempo definido. As metas, à semelhança dos
objetivos, devem estabelecer o número de beneficiários por categoria (públicos
beneficiários do Pronater), a serem assistidos em 2005, com detalhamento por
município e entidade.
f) Estratégias para a implementação do programa – A estratégia de implementação
do programa deve necessariamente passar pela gestão social do Conselho Estadual
de Desenvolvimento Rural Sustentável.
g) Produtos que o programa deseja alcançar - Resultados ou serviços específicos que
se espera obter, a partir da utilização de determinados insumos. É certo que
determinados produtos podem funcionar como insumos para o alcance de outros
produtos.
h) Infra-estrutura - Bens, recursos, serviços, mão-de-obra e tecnologias utilizados para a
realização de determinada atividade, com o que se espera obter determinados
produtos e alcançar determinados objetivos.
i) Impactos desejados - Resultados dos efeitos do programa sobre determinada
realidade (individual, familiar, comunitário). Os impactos estão subordinados, sempre,
aos objetivos específicos e, em geral, não acontecem ao término do programa per se.
j) Monitoramento e avaliação - Neste item seria interessante focar a estrutura mínima
necessária para realizar o monitoramento, colocando possibilidades de participação de
representantes dos coletivos dos agricultores, considerando que na avaliação dos
serviços o protagonismo dos agricultores é indispensável.
k) Recursos financeiros - Elaborar o cronograma de execução dos recursos e a
previsão de captação, bem como as fontes financeiras.
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