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Biofísica

da
AUDIÇAO
Porém não me foi possível dizer às
pessoas: “Falem mais alto, gritem, porque
sou surdo”...Ai de mim! Como poderia eu
declarar a fraqueza de um sentido em mim
que deveria ser mais agudo que nos outros
– um sentido que anteriormente eu
possuía na maior perfeição, uma perfeição
como poucos em minha profissão
possuem, ou já possuíram”.
Ludwig van Beethoven
Física das ondas
Onda: perturbação periódica no tempo e
oscilante no espaço

Quando determinado corpo transfere energia para um meio produz


perturbação que se propaga em todas as regiões
Tipos e classificações das ondas
Ondas sonora é ≠ de onda de luz porque nela
a vibração das moléculas do meio se faz na
mesma direção em que se propaga o som. A
luz, ao contrário, é constituída por ondas
que vibram perpendicularmente à direção
de propagação do raio luminoso....

-Transversal e longitudinal

Ondas longitudinais são aquelas em


que a direção do movimento vibratório
coincide com a direção de propagação.
Ondas transversais aquelas em que a
direção do movimento vibratório é
perpendicular à direção de propagação.
A velocidade do pulso
depende do meio onde se
propaga (não da fonte
geradora)

Ondas longitudinais são perturbações que se propagam


em meios líquidos, sólidos ou gasosos
Classificação quanto ao número de
dimensões da propagação de energia

- Unidimensionais, bidimensionais, tridimensionais:


Ondas
- Unidimensionais a energia propaga-se linearmente, como na corda.
- Bidimensionais a energia propaga-se superficialmente, como na
superfície da água.
- Tridimensionais a energia propaga-se no espaço, como as ondas
sonoras e as luminosas

Pulsos ondulatórios são perturbações de extensão limitada


Acústica
Acústica = estudo do som;
Som = sensação percebida pelo cérebro que se
relaciona com a chegada ao ouvido de ondas de
vibração mecânica;
Momentos de rarefação
e compressão do gás.

Ondas sonoras = som se propaga em ambientes


através de vibrações sincronizadas das moléculas
que constituem um meio elástico (regiões de alta e
baixa pressão);
Parâmetros de uma onda periódica
• Comprimento de onda (l ) é a distancia (centímetros, cm) percorrida em um ciclo
completo.
• O tempo (segundos, s) percorrido em um ciclo é denominado período (T)
• Velocidade (v) o espaço percorrido pela onda (cm.s-1), na unidade de tempo
v=l
T
• Freqüência (f) é o numero de vezes que o fenômeno se repete em um intervalo de
tempo, medido em ciclos por segundo (Hertz, Hz) Heinrich Rudolf Hertz

f=1
T
Relações: f=v
l
Obs.: Existem ondas que não tem forma co-senoidal (ou senoidal). São as ondas dentes-de-serra ou
ondas quadradas que também são periódicas.
Oscilador Harmônico
Propriedades do meio
Fenômenos ondulatórios transmissor
• Reflexão: quando o trem de ondas encontra uma superfície que se opõe à
propagação, ele muda de direção, com ângulo de incidência igual ao de
reflexão.

• Refração: é o fenômeno ondulatório no qual uma onda ao incidir uma


superfície muda seu meio de propagação, alterando-se a velocidade e o
comprimento de onda, mas mantendo-se constante a freqüência da onda.

• Difração: é o fenômeno pelo qual as ondas conseguem contornar


obstáculos. É tanto mais acentuado quanto maior o comprimento da onda.
Por isso, a difração sonora é mais acentuada e mais facilmente perceptível
que a difração luminosa.

• Interferência: fenômeno no qual duas ou mais ondas se sobrepoem


produzindo uma onda resultante: sobreposição de duas cristas (reforço),
enquanto a sobreposição de crista e vale (abafamento).
Sincronização
Fenômeno no qual os vales de
varias ondas se sobrepõem,
produzindo uma onda resultante
de grande amplitude
Energia não é
destruída = calor

Ressonância
Situação na qual um corpo vibra em
uma frequência própria, com amplitude
acentuadamente maior, como resultado
de estímulos externos que apresentam a
mesma frequência de vibração do corpo
Superposição de 3 sons musicais simples (lá3,lá4
e lá5) resultando num som composto
Joseph Fourier (matemático francês do século 18) =

Transformada rápida de Fourier

Transformar do
domínio do tempo
no domínio da
frequência
Fontes Sonoras

É todo e qualquer dispositivo capaz


de produzir ondas sonoras num meio
material elástico (campo ondulatório);

Acústica:

a) cordas vibrantes — violão — violino — piano — cordas


vocais etc.
b) tubos sonoros — órgão — flauta — clarineta — oboé etc.
c) membranas e placas vibrantes: tambor — címbalos etc.
d) hastes vibrantes: diapasão — “triangulo” etc.
Qualidades Fisiológicas
do Som

Para se criar um som, é necessário

colocar algo para vibrar...

Os sons simples distinguem-se uns dos outros por duas


características: INTENSIDADE e ALTURA;

os sons compostos, além daquelas, diferenciam-se pelo TIMBRE.


Acústica
Percepção do som (emitido por fonte sonora e percebido por instrumentos
apropriados como o ouvido) pode ser definida por 3 características;

• Intensidade: corresponde ao nível de energia sonora e é medido


pela amplitude, ou seja, pelo deslocamento de onda no eixo y.
Decresce com o inverso do quadrado da distancia, no chamado
amortecimento da onda.

• Altura: corresponde à freqüência de sons emitidos. Sons com maior


freqüência são mais altos ou agudos, enquanto sons com menor
freqüência são mais baixos ou graves.

• Timbre: diferencia 2 sons de mesma altura e intensidade emitidos


por fontes distintas. Sons são ondas compostas com uma onda
dominante que se destaca, sendo que cada material apresenta sua
própria vibração intrínseca = determinando harmônicos.
A intensidade do som
esta ligada à amplitude das
vibrações (e, portanto à
energia transportada pela
onda sonora); é a qualidade
pela qual um som forte
(grande amplitude — muita
energia) se distingue de um
som fraco (pequena
amplitude — pouca energia).

Apesar de variarem num mesmo sentido, é preciso não confundir


intensidade fisiológica (ou intensidade auditiva ou ainda nível
sonoro) com a intensidade física (ou intensidade sonora, quando se
trata de onda sonora) da onda que é uma grandeza física associada
ao fenômeno vibratório.
A intensidade fisiologica mínima é denominada nível mínimo
de audição, ou limiar de audição e esse mínimo difere segundo a
freqüência dos sons.
Quando a intensidade é elevada, o som provoca uma
sensação dolorosa. A intensidade mínima a que um som ainda
provoca sensação dolorosa tem o nome de limiar da sensação
dolorosa.
A altura do som está ligada unicamente à sua freqüência. É a
qualidade pela qual um som grave (som baixo --- freqüência baixa)
se distingue de um som agudo (som alto --- freqüência alta).
Harmônicos são freqüências múltiplas da freqüência fundamental
(a freqüência original)

Em sons complexos para


uma onda senoidal, a onda
harmonica é um múltiplo inteiro
da frequência da onda. Por
exemplo, se a frequência é f, as
harmônicas possuem as
frequências 2f, 3f, 4f, etc
Timbre
Como cada instrumento gera
uma quantidade de harmônicos
diferente dos outros, com potências
diferentes, mesmo para uma mesma
nota musical, temos sonoridades
diferentes.
Flauta ≠ violino ≠ teclado
Essa sonoridade é chamada de timbre.
É o timbre que nos permite diferenciar
uma mesma nota musical (ou seja,
mesma frequência fundamental) tocada
em um instrumento ou em outro. É
Teorema de Fourier- Qualquer tipo de
como se fosse a "impressão digital" do
onda é formado pela superposição de
instrumento, permitindo diferenciá-los um grande número de ondas senoidais
(componentes de Fourier) com
amplitudes e freqüências determinadas.
Efeito Doppler
Christian Doppler (físico austríaco do
sec. 19)

Som agudo = Som grave =


freqüência freqüência
maior menor

frequência da onda sonora percebida pelo observador (fo)


frequência real da onda emitida pela fonte (ff).
Efeito Doppler
É a mudança aparente de freqüência quando existe movimento relativo
(aproximação ou afastamento) entre o emissor e o receptor, fazendo com que a
frequência da onda sonora percebida pelo observador (fo) seja diferente da
frequência real da onda emitida pela fonte (ff).
na aproximação: fo > ff
no afastamento: fo < ff
Vo = velocidade do observador
V= velocidade do som
Ultra-som e Infra-som
Som
A freqüência de uma onda sonora está compreendida no intervalo
de 20 Hz a 20.000 Hz no homem, aproximadamente.
A velocidade do som nos sólidos é maior que nos líquidos. E esta é
maior que a velocidade do som nos gases.

Ondas longitudinais de freqüências superiores a 20 kHz,


caracterizam sons inaudíveis e denominam-se ultrassons; e
aquelas de freqüências inferiores a 16 Hz, também
inaudíveis, são ditas infra-sons.

 Gatos ouvem ate 60 kHz


 Cães ouvem ate 45 kHz
Unidades Adimensionais
• A dimensão da intensidade é igual a dimensão da
energia dividida pelo produto da área por tempo;
• Limiar doloroso do ouvido humano é 1W.m-2,
enquanto o limiar de audição (Io) é de 10-12 W.m-2
(Watt por metro quadrado);
• Decibel: é a intensidade relativa do som, tendo por
base o limite de audição convencional, com relação
logarítmica:

dB=10 log I
Io Onde Io = 10-12 W.m-2
Por convenção internacional, definiu-se Io = 10-12 W/m2 como sendo
a intensidade auditiva de referência, relativa a um som simples de
freqüência 1000 Hz. Essa intensidade corresponde ao limiar de
audição.

A intensidade do som captada pelo ouvido corresponde à


sensação do que se denomina popularmente de volume do som.
Quando o som tem uma determinada intensidade mínima, o ouvido
humano não capta o som.
Sons Musicais e Ruídos
 Quanto ao efeito sobre o ouvido, os sons são classificados
em sons musicais e ruídos.

 Subjetivamente esta classificação deixa muito a desejar,


pois há quem considere o rock'n rol um ruído e outros um som
musical
Sons
Musicais e
Ruídos

Fisicamente, entende-se por som musical ao resultado da superposição de


ondas sonoras periódicas ou aproximadamente periódicas; ruídos
correspondem a ondas sonoras não-periódicas e breves, que mudam
imprevisivelmente de características. O som musical pode ser simples,
quando corresponde a uma única onda harmônica (senóide) e composto
quando compõe-se de duas ou mais ondas harmônicas (senóides).
Poluição sonora
 Assim, as zonas sensíveis, direcionadas para usos habitacionais,
bem como para escolas, hospitais, espaços de recreio e lazer e
locais de recolhimento, não podem ficar expostas a um nível sonoro
contínuo equivalente, superior a 55 dB(A) no período diurno e de
45 dB(A) no período noturno.

 As zonas mistas, definidas como áreas cuja ocupação afeta a


outras utilizações, nomeadamente a comércio e serviços, não
podem ficar expostas a níveis sonoros superiores a 65 dB(A) no
período diurno e de 55 dB(A) no período noturno.

O que são zonas sensíveis?


Áreas definidas em instrumentos de planejamento territorial direcionadas para usos habitacionais,
existentes ou previstos, bem como para escolas, hospitais, espaços de recreio e lazer…
O que são zonas mistas?
Zonas existentes ou previstas cuja ocupação afeta a outras utilizações, para além das referidas para
zonas sensíveis, nomeadamente a comércio e serviços.
Bioacústica = estuda o funcionamento do sistema auditivo de mamíferos

A ORELHA EXTERNA

• é formado pela orelha


ou pavilhão auditivo e
pelo canal auditivo
externo. Toda a orelha
(exceto o lobo) é
constituída por tecido
cartilaginoso recoberto
por pele.
• O canal auditivo externo tem cerca
de três centímetros de
comprimento e está escavado em
nosso osso temporal;

• É revestido internamente por pêlos


e glândulas, que fabricam uma
substância gordurosa e amarelada,
denominada cerume;

• Tanto os pêlos como o cerume


retêm poeira e microorganismos
que normalmente existem no ar e
eventualmente entram nos ouvidos;

• O canal auditivo externo termina


numa delicada membrana, o
tímpano.
Divisão anatômica do ouvido
Nervo V Nervo X

Nervo VIII

Tuba
auditiva
Condução do Som
As ondas mecânicas podem chegar a cóclea pela via aérea e via óssea.

VIA ÓSSEA (1,3 vezes de aumento)

VIA AEREA
Problema
A saída dos vertebrados da água
para o ambiente terrestre criou um
problema: como superar a
impedância AR/LIQUIDO
equalizando os sinais entre os dois
meios? > 90% de reflexão

Ouvido externo
Ar

Liquido
Cóclea
(Endolinfa)

Solução:
Amplificação do sinal na ordem
de 20x

Tuba auditiva (orelha média-nasofaringe): igualar pressões dos dois lados do tímpano
P = F/A
AT= 6mm2 aj = 0,32mm2
Tímpano Janela redonda F/At > F/aj

LIQUIDO

Vibração Mecânica

AR

SISTEMA DE
ALAVANCA OSSICULAR
Como o som se propaga dentro da cóclea?

As três escalas vibram com o som

Membrana basilar é
ressonante

BASE: estreita e rígida


APICE: larga e flexível
Órgãos de orti

Escala vestibular e Escala


timpânica
Perilinfa rica em Na+ e pobre
em K+

Escala Media
Endolinfa rica e K+
Transdução Sensorial

Órgão de Corti em repouso Chegada de uma onda mecânica

A membrana basilar vibra mais facilmente do que a


tectorial. Resultado: inclinação dos cílios

Cílios em K Inclinação dos cílios


Aumento na abertura de muitos canais de K+
repouso
PR despolarizante
Em: -50mV
Abertura de canais de Ca++ na base (2o
Entrada passiva mensageiro)
de K Liberação de Neurotransmissor excitatório

Estimulação da fibra aferente (VIII)


 PA
A cóclea decodifica a freqüência do som

A onda mecânica “viaja” sobre a


membrana basilar, causando deflexões
ao longo de sua extensão, conforme a
freqüência do som.

A amplitude da deflexão é proporcional a


intensidade sonora.

Membrana Basilar
Células ciliadas
Estribo

Alta
frequencia
AGUDO Base: estreita
Fibras de tamanho diferenciado Apice: larga
e fina
e grossa

Baixa
frequencia
GRAVE
20.000Hz 20Hz
A membrana basilar tem organização tonotópica
CÓRTEX AUDITIVO

TALAMO
(Projeção homo e contralateral)

Neurônios
Receptores Aferentes Núcleos Oliva Coliculo
Ciliados VIII Cocleares Superior Inferior
LOCALIZAÇAO DA FONTE SONORA

Comparando intensidade

A oliva superior recebe sinais de ambos


os ouvidos e assim está habilitada para
fazer comparações de intensidade e tempo Tempo de chegada num ouvido e outro

de chegada do som.
É isso que nos possibilita o som estéreo.
A via auditiva central
tem projeção bilateral
em toda a sua extensão.

C. Auditivo
esquerdo C. Auditivo
Núcleos olivares: direito
localização das fontes
sonoras

Cóclea N. Geniculado
Colículo Inferior: Medial do tálamo
organização dos reflexos de
orientação da cabeça em Colículo
Inferior
resposta ao som.
Fibras N. Olivares
Auditivas N. cocleares Superiores

Córtex auditivo: inicio do


processo de percepção
sonora
CORTEX AUDITIVO Toda a via auditiva tem uma
representação tonotópica
(bilateral) da membrana basilar, até a
área de projeção no córtex auditivo
primário (lobo temporal).
O córtex auditivo possui um mapa de
representação colunar das
freqüências sonoras.

Córtex auditivo primário (A1)


Ativado por todos os sons

Córtex auditivo secundário


Ativado apenas por sons da linguagem
falada, os fonemas

Área de Werneck
Área de associação sensorial:
compreensão das palavras não só
ouvidas mas lidas.
INTERESSE CLINICO: Surdez
Descrição do som dB W/m2

Limiar de dor 130 101

Show de rock 120 100

Britadeira de rua 100 10-1


Rua com muto transito 80 10-2
Estações e aeroportos 60 10-4
Grande loja 50 10-6
Auditório cheio 40 10-18
Igreja vazia 20 10-10

Limiar de audibilidade 0 10 -12


Tipos de surdez
1) CONDUÇÃO
Problemas na transmissão do som que vai canal auditivo externo até o limite com o
ouvido interno.
Obstrução por acúmulo de cera ou por objetos introduzidos no canal do ouvido.
Perfuração ou outro dano causado no tímpano.
Infecção no ouvido médio. Infecção, lesão ou fixação dos ossículos.
2) PERCEPÇÃO ou neurossensorial
Problemas no mecanismo transdução e nas vias auditivas (cóclea até o cérebro).
Ruído intenso (>75 decibéis). Máquinas industriais, armas de fogo, motocicletas,
máquinas de cortar grama, música em volume alto, estouro de foguetes.
Infecções bacterianas e virais, especialmente rubéola, caxumba e meningite, podem
causar surdez de percepção.
Medicamentos como antibióticos
Idade. A perda auditiva gradual devido ao fator idade, denominada presbiacusia, é uma
ocorrência quase habitual nos idosos.
Surdez congênita.
Variações de pressão no líquido do ouvido interno pode ocasionar perda gradativa da
audição
Tumores benignos e malignos que atingem o ouvido interno ou a área entre o ouvido
interno e o cérebro
3) CENTRAL
Audição em animais
• Espécies animais com alta
capacidade auditiva
• Conceito de visão auditiva:
“ecolocalização”
AUTO-INFORMAÇÃO
MORCEGOS
Até onde se sabe, existem
pelo menos 1000 espécies de
morcegos na América do Sul, sendo
que apenas três se alimentam de
sangue.

1ms- 5ms
20 estalidos/sec durante vôo

 Os morcegos e os cetáceos -
baleias e golfinhos se comunicam
por ULTRASSONS.
MORCEGOS
Os quirópteros não são cegos - sua visão é adaptada
para ver na escuridão. Muitas espécies frugívoras
enxergam até algumas cores. Para localizar seu alimento,
filhotes ou toca, eles são equipados com um sistema
conhecido como ecolocação, ou ecolocalização.

Os morcegos microquirópteros (menor tamanho)


utilizam essa capacidade para caçar INSETOS à noite. Os
sons de alta freqüência rebatem no que estiver ao redor do
animal, incluindo as presas, e são recebidos de volta pela
orelha do emissor. O cérebro do morcego "traduz" as
ondas sonoras refletidas em informações sobre o ambiente
em que está. Conforme o jeito que o som atinge na presa e
retorna, o morcego sabe o tamanho de seu jantar - e a
distância exata que ele está;

 Mandar um som e ouvir seu rebote é similar ao sistema


utilizado pelos submarinos para enxergar nas profundezas
escuras dos oceanos.
Morcegos

 Os morcegos produzem
ULTRASSONS a partir de suas laringes.
Os sons são emitidos através da boca e
nariz, que possuem reentrâncias para
concentrá-los. Suas orelhas são grandes
para captar o som refletido.

 Nos morcegos insetívoros (comedor de insetos), o grau de precisão


é tão elevado que certas espécies conseguem detectar a presença de
um mosquitinho pequeno como a ponta de um fio de cabelo (0,5
milímetro de espessura) em pleno vôo rasante.
Golfinhos  Nos golfinhos, o sistema é ainda
FLECHA SONORA mais preciso, pelo fato de, dentro
O animal produz o som na traquéia e d’água, o som se propagar a uma
nas cavidades nasais (acima dos velocidade 4,5 vezes maior. Assim,
olhos). Em seguida, o sinal sonoro eles conseguem identificar peixes
passa por uma camada de tecido
gorduroso que serve como uma lente
pequenos (5 cm) a distâncias de
focalizadora: em vez de se dispersar até 200 metros.
em todas as direções, o sinal é emitido
para a frente, acompanhando o
movimento do golfinho.

IDA E VOLTA
O som que retorna em eco
é absorvido, em grande parte, pelas
cavidades do maxilar inferior. De lá,
os sinais seguem até o ouvido e
chegam ao nervo auditivo, que
desemboca no cérebro – onde os ecos
são interpretados conforme a variação
da freqüência e outras informações.
Golfinhos/Baleias
1 - Assim que recebe o eco do primeiro som emitido, o golfinho
gera outro "clique". O lapso de tempo entre emissão e recepção
permite que o animal calcule a distância que o separa do
obstáculo à frente. Essa variação também é útil para que o
golfinho avalie outras informações, como a velocidade e o
tamanho de uma presa potencial

2 - O cérebro do golfinho é extremamente ágil para processar


as informações relativas à distância e às dimensões do
obstáculo à sua frente e à presa que está perseguindo.

3 - Mesmo nadando em velocidade, ele consegue se desviar a


tempo de prosseguir a caçada. Ao se aproximar do obstáculo ou
da presa, o golfinho precisa do auxílio da visão ocular. Estudos
recentes provaram que golfinhos que não enxergam com os
olhos têm a ecolocalização menos eficiente
Reflexão do som Eco/Ultrassom
 As ondas sonoras, ao atingirem um obstáculo fixo, como uma parede, são refletidas. A reflexão do
som acontece com inversão de fase, mas mantém a mesma velocidade de propagação, mesma
freqüência e o mesmo comprimento de onda do som incidente.

 Quando uma pessoa emite um som em direção a um obstáculo, este som é ouvido no momento da
emissão, chamado som direto, e no momento em que o som refletido pelo obstáculo retorna a ele.

 Sabemos que a velocidade é dada pela distância percorrida pelo som em um determinado tempo, esta
distância é dada por duas vezes a distância ao obstáculo refletor, já que o som vai e volta.

 Como o ultra-som está fora da faixa de freqüência audível ao homem, ele pode ser empregado com
intensidade bastante alta.

 Conforme a densidade e composição das estruturas a atenuação e mudança de fase dos sinais emitidos
varia, sendo possível a tradução em uma escala de cinza.

 O retorno das ondas sonoras faz vibrar o transdutor, que transforma as vibrações em pulsos elétricos
que se deslocam para o scanner de ultrassom (planilha) onde são transformados imagem digital.

 A intensidade do eco determina a cor que a célula vai ter (branco para um eco forte, preto para um
muito fraco, e graduações de cinza para as intensidades intermediárias).

 Através do efeito Doppler é possível conhecer o sentido e a velocidade de fluxos sanguíneos.

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