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Yasha~Hime
Capítulo 4 – Assombrosa
***
Joon do lado de fora ainda consertava um discreto banco de três lugares que ficava no
centro do jardim. Pensava que ali seria um bom lugar para Ji Eun passar seu tempo a
apreciar o perfume das inúmeras flores e o clima agradável do campo. Por isso ele não
parava. Já tinha consertado algumas janelas, trocado algumas telhas, dado uma olhada
na porta principal, ele teria mesmo que comprar uma nova para trocar. Aquilo era só o
começo e ele já estava exausto, mas consertar aquele simples banco fazia com que ele se
esquecesse de todo cansaço. O que o incomodava era o atraso da entrega da mobília, os
responsáveis pela mudança haviam prometido que chegariam às oito da manhã,
exatamente, mas já eram mais de nove horas. Mir, seu amigo, também não havia
chegado para ajudá-lo, mas com esse ele nem se preocupava , talvez ele nem fosse
mesmo. Outro com quem ele não se preocupava era com EunHyuk, mas por saber que
com toda a certeza ele chegaria, era uma pessoa responsável, um dos poucos amigos que
tinha que era dessa maneira. E Joon continuava empenhado em consertar o banco, agora
já o pintava de branco. Desajeitado, ficou com as mãos completamente sujas devido ao
seu mau jeito com o pincel, foi enquanto tentava evitar se sujar mais que ouviu uma
buzina conhecida, era Hyuk, que já saia do seu carro e olhava metros adiante seu amigo
vindo em sua direção e tentando limpar suas mãos para atendê-lo. Os dois se
cumprimentaram antes de qualquer palavra, com um abraço, Joon evitando usar suas
mãos para não sujá-lo. A primeira pergunta de Hyuk foi:
- Conversei com um amigo psicólogo, talvez você conheça, Kyu Jong. Ele concordou
em fazer algumas visitas paralelas ao do terapeuta pessoal da IU. A partir da minha
próxima visita ele virá comigo. Achei melhor convidá-lo após ver alguns resultados dos
exames, e porque às vezes eu não sei o que falar quando a IU começa a se demonstrar
deprimida em uma consulta e até em uma conversa.
- Não, acho que não conheço. Mas eu acho que será bom. Também gostaria de
conversar com ele... Justamente por isso mesmo, pra saber lidar melhor com essa
situação, saber confortá-la quando ela precisar. Às vezes sinto que nada posso fazer. –
Joon até então estava de pé, mas logo após essas palavras ele se virou e abaixou-se para
dar continuidade ao que fazia. Mas antes que fizesse isso, Hyuk percebeu o ferimento
em sua testa.
- Se machucou na reforma, não é? Você não leva jeito pra isso. Você é bom com livros,
leis criminais, acusações, não com um martelo ou um pincel na mão. – o rapaz cruzou
seus braços e riu do outro. Ele sabia exatamente sobre o que falava.
- Olha! Até que poderia ser isso ai que você falou, mas foi um tombo na madrugada.
Nesta manhã acordei com dor de cabeça e tudo, até precisei tomar aspirina. – o jovem
dava algumas pinceladas no banco. Hyuk pensava em falar alguma coisa, com certeza
ainda tiraria mais sarro do amigo, mas a porta da cabana se abriu e IU saiu na
companhia de seu fiel companheiro. Ela sorrindo o chamou. Ouvira sua voz quando
ainda tomava banho, imediatamente a reconhecera, aquela era uma das vantagens de
nada se ver, você ouve muito melhor. Ela andava com mais velocidade, na verdade
queria correr e pular abraçando-o como fazia antigamente, mas como não era possível,
ela esperava que ele viesse ao seu encontro. Hyuk não a decepcionou. Imediatamente
foi abraçá-la. Tendo-a próxima de si a abraçou bem forte e sussurrou.
Sem esboçar nenhuma reação ao comentário, ele apenas continuou abraçando-a e depois
deu um beijo em sua testa.
- Depois você me fala tudo, eu quero te ajudar. Mas antes... – ele se afastou dela e deu
um sorriso: - ... eu quero contar ótimas notícias. – o rapaz então se virou em direção a
Joon, que estava concentrado em sua tarefa, já estava quase terminando. – Joon, eu
preciso falar com você e com a IU sobre o resultado dos exames. Entrem e me esperem
que eu preciso pega-los no meu carro.
Isso deixou Lee Joon ansioso e ele largou o pincel de qualquer maneira na grama e logo
fez o que lhe foi pedido, acompanhando sua noiva. Hyuk foi pegar os exames e logo
depois todos já estavam sentados numa pequena sala simples com poucos móveis, em
frente a uma lareira apagada. Joon e IU estavam sentados lado a lado em um desbotado
sofá cor de vinho, ela segurando forte a mão do rapaz. O médico estava sentado em uma
poltrona marrom de frente para eles e mexia meio atrapalhado em vários envelopes
onde estavam guardados os exames. Colocou alguns papéis que não o interessavam
sobre a mesa de centro e com os exames em mãos ele começou a falar, mas antes virou
seus olhos para IU, que tinha uma expressão apreensiva.
- Veja bem... Creio que sua maior preocupação seja a dúvida se vai ou não poder
enxergar novamente...
Os homens daquela sala tinham seus olhares voltados para a jovem, que mesmo sem
confirmar com palavras já dava a entender visivelmente que Hyuk estava certíssimo em
seu comentário. Ele continuou.
- Mas para sua tranquilidade, eu posso afirmar que é questão de tempo para que sua
visão se normalize. Você provavelmente já deve ter súbitas melhoras, talvez já tenha
tido alguma experiência positiva. No começo você poderá ver tudo embaçado, nublado,
sem muitas definições, mas é absolutamente normal...
Após as palavras do médico, a primeira coisa que lhe veio à mente foi a estranha visão
que tivera no dia anterior. De certa forma ela se sentiu tranquilizar. Provavelmente era
isso que devia ter acontecido. Seu cérebro ainda se acostumando a definir o que
enxergava, se confundiu projetando uma imagem equivocada. Ela a partir de então
decidiu apagar da sua memória o acontecimento anterior e logo depois ligou o engano
ao seu sonho... Provavelmente ela deu muita importância ao acontecido e isso se refletiu
em seus sonhos. Isso era com certeza o que seu terapeuta lhe diria e ele, como sempre,
estaria certo.
EunHyuk empolgado e por isso sem perceber o ar pensativo da moça, continuou a falar
bem animado.
- O que preocupava muito aos médicos era o hematoma epidural temporal esquerdo,
que ocasionalmente causou uma lesão sobre as estruturas que ficam na porção medial
do lobo temporal...
- ... Mas após todos esses exames tudo parece correr normalmente, não há mais lesões.
Tanto a Ressonância, quanto sua avaliação neurológica demonstra um estado de
extrema normalidade, talvez você esteja com uma disfunção psico-emocional pós-
trauma e isto esteja interferindo na sua memória. Por isso que eu acho necessário um
acompanhamento especialista. – só então Hyuk focou sua atenção e percebeu a
expressão de ambos, IU concentrada e Joon de certa forma preocupado.
- Não se preocupem, pois o tratamento é mais simples do que possam imaginar... Mas
isso só falando com o especialista. Se lembra que eu falei de um psicólogo chamado
Kyu Jong, Joon? - O rapaz respondeu afirmando com a cabeça.
- Após essas palavras, eu preciso caminhar. Estou feliz! Quero poder sentir mais
intensamente o clima daquela floresta, tudo assim... enquanto eu ainda não posso
enxergar, apenas sentir.
- Mas eu não posso te acompanhar. Ainda... – ele tentava limpar das mãos dela algumas
pequenas manchas de tinta. - ... tenho que tomar banho, estou sujo e te sujando
também... – Joon continuava a tentar limpa-la com as mãos, mas acabou sujando um
pouquinho mais e acabou desistindo.
- Mas isso não é problema! – Hyuk se levantava. – Eu posso acompanhá-la! - ele sorria,
e logo Joon concordou. IU também não se opôs, na verdade achou ótimo, precisava
mesmo de um momento a sós com seu amigo.
***
- Tem certeza que contou direitinho os passos desde que saímos da sua casa?
- Que isso, Hyuk?! É a mesma coisa que perguntar se eu não sei contar... – e os dois
sorriram despreocupadamente, até Hyuk perceber um médio buraco logo à frente de IU.
Ele imediatamente segurou-a pelo braço, próximo ao pulso.
- Calma, não aperta tão forte! Machuca! – ela soltou seu braço e começou a massageá-
lo.
Hyuk não entendeu. Tinha segurado seu braço de uma maneira bem de leve. Foi então
que o rapaz percebeu enquanto ela ainda massageava o braço na altura do pulso.
Haviam marcas estranhas, então ele pegou o braço dela para conferir mais de perto.
Examinando o braço da garota ele pôde perceber manchas meio arroxeadas e parecia
que tomavam a forma de dedos.
- Mas o que é isso? Seu pulso está todo marcado... – ele então olhou mais para cima, IU
vestia uma blusa vermelha, de mangas curtas, mas ainda assim ele percebeu que por
debaixo daquelas mangas saia um discreto arranhão, ele na mesma hora levantou a
pequena manga da blusa da menina e se deparou com os arranhões e mais manchas
roxas, ainda mais fortes. Curioso e aterrorizado, pensando em um monte de
possibilidades que poderiam causar aquilo, ele fez o mesmo no outro braço, ergueu a
manga e viu mais hematomas. Sem entender nada a menina perguntava aflita.
- Quem fez isso? – ele perguntou após pensar mais um pouco e tentando controlar sua
raiva, mas naquele instante andava de um lado para o outro, furioso, lembrando um
animal recém-enjaulado.
- Essas manchas. – ele apontava com sua mão trêmula pela raiva, ainda andava de um
lado para o outro, não conseguia nem sequer olhar para a menina, estava a ponto de
perder o controle. Em sua cabeça ele tinha a certeza que alguém a tinha agredido e a
única pessoa que poderia ter feito aquilo seria Lee Joon, que mesmo sem se demonstrar
como uma pessoa agressiva e covarde, era o único com a possibilidade de fazer aquilo.
- Que manchas Hyuk? Você está me assustando... – ele perguntava cada vez mais
confusa.
Furioso, inconformado, nervoso e aflito, Hyuk agora quase chorava, ela estava ferida.
Alguém a tinha ferido. Ele se perguntava quem seria capaz de tamanha covardia. Logo
lhe passou pela cabeça a imagem de Joon com um corte na cabeça. Foi então que ele
teve a certeza, eles haviam tido uma grave discussão e tudo terminara em agressão
física. O jovem imaginava em infinitas possibilidades e motivos, talvez por Joon não
aceitar a nova condição da noiva, talvez por ele não ter superado largar por um tempo
indeterminado seu importante estágio, talvez... Eram tantas possibilidades. EunHyuk
respirou fundo tentando se acalmar, finalmente percebeu que precisava manter a calma
e se explicar com IU, que a cada minuto que passava parecia mais e mais confusa. Ele
se aproximou de sua amiga e com um tom de voz seguro, mais tranquilo, mas ainda
sério ele explicou.
- Você está coberta por hematomas. Se pulso está roxo e tem o formato de uma mão.
Você tem vários arranhões e hematomas pelos ombros e parte superior do braço. Pode
me falar, aqui ninguém irá nos ouvir, O Joon te agrediu?
A cada palavra que seu amigo dava, a jovem IU parecia ficar ainda mais confusa e sem
compreender. Como assim hematomas? E de onde Hyuk teria tirado a ideia que seu
noivo a tinha agredido?
O médico esqueceu um pouco de sua intensa raiva e acabou sendo tomado pela
preocupação e compaixão. Se deixando levar por esses sentimentos, a abraçou.
- Pode confiar em mim. É só você pedir que eu te tiro daqui. Invento alguma desculpa,
sei lá... Falo que seu tratamento será melhor na capital, em uma clínica, não sei... Mas
eu faço isso, te tiro das mãos desse covarde.
IU continuava completamente perdida, se deixava abraçar, mas ainda não entendia por
completo aquelas palavras e atitudes, até que uma ideia passou pela sua cabeça. Ela se
afastou do amigo e ficou a pensar, ele esperava atenciosamente por alguma resposta
dela, que por mais alguns segundos permaneceu calada, até começar a falar.
- Eu acho que sei o que pode ter causado tudo isso. – até então IU mantinha seus olhos
fixos no vazio, mas antes de proferir suas próximas palavras ela fixou seu olhar
parecendo que diretamente para cima de Hyuk. – Você acredita em pesadelos reais?
Hyuk estava visivelmente confuso, mas também transtornado. O que mais o confundia
era a expressão séria no rosto de IU, se perguntava o que ela queria dizer com
‘pesadelos reais’.
Mais uma vez a jovem voltou seu olhar para o vazio e começou a dar seus lentos passos
enquanto falava, iria falar sobre seu pesadelo da madrugada.
E Hyuk a seguiu, prestando atenção em cada palavra que dizia, ainda pensava na
possibilidade de Joon ter agredido a noiva, mas a expressão dela e sua atitude fizeram
com que ele mantivesse seu completo interesse naquela outra suposta causa.
- Cadê o Jindo? – IU perguntou. Hyuk olhou ao seu redor e não avistou o animal.
A garota reconhecia aquele tipo de latido, seu cachorro estava chamando pelos dois, ela
se concentrou e pôde definir a direção de onde vinha o latido.
Os dois então seguiram por onde a moça havia indicado. Ela muito nervosa e
preocupada, Jindo não costumava latir daquela maneira. Já Hyuk continuava pensativo e
inconformado com toda aquela situação. Bons passos adiante o rapaz avistou o animal,
ele estava mais uma vez a cavar onde antigamente tinha feito o mesmo.
- Cava... – Hyuk foi bem direto, mas olhava estranhamente para o cão que cavava a terra
velozmente. – e ele é incansável. Já cavou parece que mais de três palmos e numa
largura bem grande. Mas calma! – ele deu um largo passo e a segurou pelo braço, ela se
aproximava demais do buraco cavado. – Se você der mais um passo, pode cair dentro do
que seu cachorro está cavando.
- Tudo bem, sem problema. – Hyuk disse, tendo a certeza de que Jindo estava afoito e
empolgado daquela maneira provavelmente por causa de um imenso osso que farejou
por ali. E os dois aguardaram longos minutos. Jindo já havia cavado cinco palmos
quando a moça pôde pressentir alguns passos vindos daquela floresta. Estavam
próximos, eram de mais de uma pessoa e vinham em direção a eles.
- Fique atento, alguém está chegando... – ela avisou a Hyuk enquanto segurava seu
braço com certa força, não queria admitir, mas estava assustada. O rapaz ficou atento e
se virou, procurando pelos possíveis visitantes. Poucos minutos depois surgiram dentre
as árvores Joon e Mir, o segundo estava todo atrapalhado, a tropeçar em galhos, pedras
e tudo o que encontrava pelo caminho. Ao avistar os dois, mais uma vez o médico foi
consumido pela raiva e não pôde se controlar. Joon estava ali, na sua frente e parecia
fingir uma expressão de inocência, pelo menos era isso o que o médico pensava.
“O covarde e seu amigo drogado.” – Ele pensou e mal esperou os dois darem mais
alguns passos e logo partiu, parecendo uma fera, para cima do noivo de IU.
- Covarde! Não adianta mentir. Mesmo ela não admitindo, sei que você é o responsável.
Joon observou seu, até minutos atrás, amigo se aproximar de uma maneira ofensiva.
Para qualquer um seria fácil de adivinhar o que ele faria, mas o jovem estagiário não
acreditava em todas as evidências que demonstravam uma possível atitude agressiva.
Ele só teve a certeza quando sentiu um potente soco de Hyuk acertar certeiramente o
lado esquerdo do seu rosto, Joon com o impacto deu alguns passos desconcertados pra
trás e Hyuk já se preparava para dar outro soco quando foi impedido por Mir.
- O que isso? O que aconteceu? – IU havia escutado a confusão, mas ainda não tinha a
certeza do que acabara de acontecer, então ela caminhava em direção aos sons que havia
escutado, tinha seu braço esquerdo estendido à procura de Joon.
- Pergunta a esse seu amigo doido. Ele me bateu do nada. – Joon passava a mão
limpando um discreto risco de sangue que brotava do canto de sua boca.
- Covarde! Ainda se faz de desentendido. Olha as manchas que deixou nela. – Hyuk
quase incontrolável tentava se livrar dos braços de Mir, que o segurava com todas suas
forças, mas sentia que não poderia controlá-lo por muito tempo, então tentou acalmar os
ânimos exaltados.
- Ai, gente boa! Vamos todo mundo se acalmar, conversar na moral... Pra que o
estresse? Aposto que não passa de um mal entendido...
- Mal entendido nada, aposto que você sabia de tudo. Conheço sua fama também,
moleque. E me solta! – Hyuk se debateu e conseguiu se soltar, mas decidiu se controlar
para não perder ainda mais a razão. Só então ele percebeu que IU estava ao lado do
noivo, com uma expressão inconformada, o outro rapaz sussurrava algumas palavras pra
ela, só que não dava pra entender. Finalmente a garota se pronunciou, permanecendo ao
lado do seu namorado.
- Hyuk, de certa forma eu entendo sua preocupação, você sempre foi assim, super
protetor. Mas o que eu te disse é a verdade. Joon nunca seria capaz de levantar um dedo
contra mim. Você sabe que tudo, absolutamente tudo, eu conto para você e se isso
acontecesse não seria diferente, pois confio plenamente em você...
- Poxa! Me desculpa ai, cara! É que eu realmente pensei que você... Ah... Mas você
sabe... Quando se trata de defender a IU eu viro uma besta selvagem, só de pensar que
alguém levantaria a mão pra ela eu já perco a cabeça. Mas claro que você não seria
capaz, nunca... – os dois estavam prontos para apertarem as mãos em sinal de paz e Joon
já perguntaria o por que dele ter pensado aquilo quando uma incomum ventania
começou a soprar daquele lado da floresta. Algo estranho, pois o dia de verão estava
mais uma vez tranquilo até tempos atrás. Tudo que vinha com o vento fez com que
alguns fechassem seus olhos, menos Joon, que avistou Jindo prestes mais uma vez a
deixar o corpo dentro da cova à mostra.
- JINDO! SOSSEGA! – gritou o rapaz e o cão acatou com obediência a ordem de seu
dono, indo para próximo dele.
A ventania cessou da mesma maneira que começara, de uma forma inesperada. Todos
meio assustados perguntavam se os outros ali estavam bem, três deles responderam que
sim, o único que não disse nada foi Mir, que a propósito não parecia bem. Ele tinha suas
mãos no pescoço, como se lhe faltasse o ar, inclinava o corpo para frente e começou a
andar cambaleante. Joon e Hyuk perceberam o mal estar do rapaz e se aproximaram.
Mas antes de sequer perguntarem o que acontecia, ele já caiu de joelhos, visivelmente
abatido ele começou a falar:
- Cara, acho que exagerei. – ele falava com dificuldade, ainda com as mãos no pescoço.
– Ou então o que me passaram não estava pura... Estou sem ar... – o rosto do rapaz já
começava a ficar levemente vermelho.
- Ele está passando mal, anda! Chame uma ambulância! – e o rapaz pegou seu celular
no bolso e já começava a discar para o socorro. O médico já estava ajoelhado ao lado da
vítima, mas Mir parecia não querer ajuda, debateu seu braço e acertou o médico no
peito, abaixou um pouco mais sua cabeça para frente e depois usou suas duas mãos para
segurar o pescoço, ele parecia tentar se livrar de algo que o sufocava.
- Tiffany...