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O presente relatório tem por objetivo principal sintetizar as principais definições aplicáveis aos
fenômenos: desequilíbrio de tensão, distorções harmônicas, flutuação de tensão e variações de
tensão de curta duração. Nesse contexto, são considerados os indicadores atualmente
considerados no Módulo 8 dos Procedimentos de Distribuição, assim como em diferentes
documentos normativos e trabalhos científicos, em consonância com as experiências nacionais e
internacionais identificadas no Relatório 1/8.
Portanto, o cerne deste relatório está direcionado para os comentários sobre a situação vigente
quando as terminologias e definições aplicáveis aos referidos indicadores, e ainda, na proposição
de aprimoramentos para melhor caracterizar os fenômenos, tendo por foco as adequações
voltadas para a regulamentação do tema.
2
SUMÁRIO
3
1) Considerações Iniciais
Diante do exposto, o cerne dos trabalhos a serem realizados está no fornecimento de subsídios
para o aprimoramento dos aspectos da qualidade do produto no âmbito dos Procedimentos de
Distribuição de Energia Elétrica no Sistema Elétrico Nacional – PRODIST [1], de forma a possibilitar à
ANEEL acompanhar e regular a qualidade do produto, com destaque aos fenômenos: distorções
harmônicas, desequilíbrios de tensão, flutuações de tensão e variações de tensão de curta duração.
A estratégia para a realização dos trabalhos supra mencionados compreende atividades que serão
sintetizadas na forma dos seguintes produtos:
Produto 6 - Proposições para o estabelecimento dos critérios mínimos para regulamentação dos
padrões exigidos pelas distribuidoras quando da conexão de acessantes potencialmente
perturbadores ou de acessantes sensíveis a distúrbios na rede;
4
No presente relatório serão abordados os assuntos associados com o Produto 2, os quais visam
apresentar os conceitos gerais associados com a definição dos indicadores para os fenômenos
desequilíbrio de tensão, distorções harmônicas, flutuações de tensão e variações de tensão de curta
duração, incluindo o aprimoramento ou inclusão de indicadores que possam ser utilizados para
avaliação da qualidade do produto no âmbito da distribuição de energia elétrica no Brasil.
5
2) Análise dos indicadores atualmente definidos no PRODIST e proposição de
aprimoramentos
Desequilíbrios de tensão;
Distorções harmônicas;
Flutuações de tensão;
Variações de tensão de curta duração.
Com base nas informações acima é possível constatar que os principais indicadores são:
distorção harmônica de tensão, flutuações de tensão e desequilíbrios de tensão. Isto posto fica
evidenciado que poucos países apresentam critérios para limitar os fenômenos associados com as
variações de tensão de curta duração, assim como com as distorções harmônicas de corrente.
Assim sendo, de uma forma geral, pode-se considerar que os indicadores atualmente
considerados no Módulo 8 dos Procedimentos de Distribuição se apresentam consonantes com a
grande maioria das experiências mundiais, conforme ilustrado na Figura 1.
6
Figura 1 – Relação entre países e a utilização dos indicadores de desempenho .
Tomando por base os fenômenos contemplados neste estudo, da forma como são atualmente
considerados no PRODIST, apresenta-se, na sequência, sugestões de aprimoramentos acerca dos
conceitos, definições e formulações aplicáveis.
Distorção harmônica individual: Grandeza que expressa o nível individual das componentes
que totalizam o espectro de frequências de um sinal distorcido, normalmente referenciada ao
valor da componente fundamental.
Distorção harmônica total: Composição das distorções harmônicas individuais, que expressa
o grau de desvio da onda em relação ao padrão ideal, normalmente referenciada ao valor da
componente fundamental.
7
Harmônica: Componente senoidal de uma onda periódica de tensão ou corrente cuja
frequência é um múltiplo inteiro da frequência fundamental.
Distorção harmônica total de tensão: Grandeza que expressa o valor eficaz equivalente
à composição das tensões harmônicas individuais em relação ao correspondente valor
eficaz da mesma grandeza fundamental, em valor percentual.
8
dos 1008 registros válidos de 10 minutos
Valor do indicador DTT3% que foi superado em apenas 5%
DTT395%
dos 1008 registros válidos de 10 minutos
𝑉ℎ
𝐷𝐼𝑇ℎ % = × 100 (1)
𝑉1
√∑ℎ𝑚á𝑥 2
ℎ=2 𝑉ℎ
𝐷𝑇𝑇% = × 100 (2)
𝑉1
Onde:
DITh% = distorção harmônica individual de tensão de ordem h;
Vh = tensão harmônica de ordem h;
V1 = tensão fundamental;
DTT% = distorção harmônica total de tensão;
h = ordem harmônica;
hmax = ordem harmônica máxima considerada (hmáx = 25 pu nos termos atuais).
Para fins do presente trabalho são propostas as seguintes formulações para a quantificação das
distorções harmônicas de tensão:
𝑉ℎ
𝑉ℎ % = × 100 (3)
𝑉1
√∑ℎ𝑚𝑎𝑥 2
ℎ=2 𝑉ℎ
𝐷𝑇𝑇% = × 100 (4)
𝑉1
Onde:
Vh% = distorção harmônica individual de tensão de ordem h;
Vh = tensão harmônica de ordem h;
V1 = tensão fundamental;
DTT% = distorção harmônica total de tensão;
h = ordem harmônica;
9
hmax = ordem harmônica máxima a ser considerada.
Por fim, o processo avaliativo utiliza uma grandeza advinda do tratamento estatístico do
conjunto de leituras do indicador DTT% , como abaixo posto:
DTT95% = Valor do indicador DTT% que foi superado em apenas 5% dos 1008 registros válidos de
10 minutos.
√∑ℎ𝑚𝑎𝑥 2
ℎ=2 𝑉ℎ
𝐷𝑇𝑇𝑃 % = × 100 (5)
𝑉1
Onde:
DTTP% = distorção harmônica total de tensão considerando-se apenas as ordens pares não
múltiplas de 3;
Vh = tensão harmônica par de ordem h não múltipla de 3;
V1 = tensão fundamental;
h = ordem harmônica;
hmax = ordem harmônica máxima par a ser considerada.
Por fim, o processo avaliativo utiliza uma grandeza advinda do tratamento estatístico do
conjunto de leituras do indicador DTTP% , como abaixo posto:
DTTP95% = Valor do indicador DTTP% que foi superado em apenas 5% dos 1008 registros válidos de
10 minutos.
√∑ℎ𝑚𝑎𝑥 2
ℎ=5 𝑉ℎ
𝐷𝑇𝑇𝐼 % = × 100 (6)
𝑉1
Onde:
10
DTTI% = distorção harmônica total de tensão considerando-se apenas as ordens impares
não múltiplas de 3;
Vh = tensão harmônica ímpar de ordem h não múltipla de 3;
V1 = tensão fundamental;
h = ordem harmônica;
hmax = ordem harmônica máxima ímpar a ser considerada.
Por fim, o processo avaliativo utiliza uma grandeza advinda do tratamento estatístico do
conjunto de leituras do indicador DTTI% , como abaixo posto:
DTTI95% = Valor do indicador DTTI% que foi superado em apenas 5% dos 1008 registros válidos de
10 minutos.
√∑ℎ𝑚𝑎𝑥 2
ℎ=3 𝑉ℎ
𝐷𝑇𝑇3 % = × 100 (7)
𝑉1
Onde:
DTT3% = distorção harmônica total de tensão considerando-se apenas as ordens múltiplas
de 3;
Vh = tensão harmônica de ordem h múltipla de 3;
V1 = tensão fundamental;
h = ordem harmônica;
hmax = ordem harmônica máxima múltipla de 3 a ser considerada.
Por fim, o processo avaliativo utiliza uma grandeza advinda do tratamento estatístico do
conjunto de leituras do indicador DTT3% , como abaixo posto:
DTT395% = Valor do indicador DTT3% que foi superado em apenas 5% dos 1008 registros válidos de
10 minutos.
11
Desequilíbrio de tensão: Desvio máximo da média das correntes ou tensões trifásicas,
dividido pela média das correntes ou tensões trifásicas, expresso em percentual.
12
IEC:
𝑉−
𝐹𝐷% = × 100 (8)
𝑉+
Onde:
FD% = Fator de desequilíbrio de tensão, expresso em %;
V- = Amplitude da tensão de sequência negativa;
V+ = Amplitude da tensão de sequência positiva.
CIGRÉ:
1−√3−6𝛽
𝐹𝐷% = 100 × √ (9)
1+√3−6𝛽
4 4 4
𝑉𝑎𝑏 +𝑉𝑏𝑐 +𝑉𝑐𝑎
𝛽= 2 +𝑉 2 +𝑉 2 ) 2 (10)
(𝑉𝑎𝑏 𝑏𝑐 𝑐𝑎
Onde:
FD% = Fator de desequilíbrio de tensão, expresso em %;
β= Fator adimensional relativo às tensões de linha do sistema;
Vab , Vbc e Vca = Tensões de linha do sistema trifásico.
IEC: No que tange à metodologia das componentes simétricas (conforme IEC 61000-3-
13), verifica-se que o cálculo do fator de desequilíbrio de tensão de sequência negativa
necessita do módulo e do ângulo das tensões em análise. Apesar da aparente dificuldade
adicional associada à obtenção do ângulo de fase das tensões, sabe-se que os medidores
eletrônicos atualmente disponíveis no mercado possuem a metodologia proposta pela
IEC implementada em seus processadores internos.
CIGRE: Essa recomendação é uma alternativa eficaz e, ao mesmo tempo, requer apenas o
conhecimento dos módulos das tensões de linha do sistema trifásico.
Diante da ampla aceitação destes métodos e do uso dos mesmos no contexto do Módulo 8 atual,
estes serão mantidos no contexto da proposição aqui feita.
13
Metodologia da IEC:
𝑉−
𝐹𝐷% = × 100 (11)
𝑉+
Onde:
FD% = Fator de desequilíbrio de tensão, expresso em %;
V- = Amplitude da tensão de sequência negativa;
V+ = Amplitude da tensão de sequência positiva.
Metodologia da CIGRÉ:
1−√3−6𝛽
𝐹𝐷% = 100 × √ (12)
1+√3−6𝛽
4 4 4
𝑉𝑎𝑏 +𝑉𝑏𝑐 +𝑉𝑐𝑎
𝛽= 2 +𝑉 2 +𝑉 2 ) 2 (13)
(𝑉𝑎𝑏 𝑏𝑐 𝑐𝑎
Onde:
FD% = Fator de desequilíbrio de tensão, expresso em %;
β= Fator adimensional relativo às tensões de linha do sistema;
Vab , Vbc e Vca = Tensões de linha do sistema trifásico.
FD95% = Valor do indicador FD% que foi superado em apenas 5% dos 1008 registros válidos de 10
minutos.
Diante das atuais definições utilizadas, sugere-se aqui uma atualização no conceito do
fenômeno da flutuação de tensão, o qual passa a ser:
14
Flutuação de tensão: Fenômeno caracterizado pela variação aleatória, repetitiva ou
esporádica, do valor eficaz ou de pico da tensão instantânea.
𝑃𝑠𝑡 = √0,0314. 𝑃0,1 + 0,0525. 𝑃1 + 0,0657. 𝑃3 + 0,28. 𝑃10 + 0,08. 𝑃50 (14)
Onde:
Pst = Severidade de curta duração (Probability Short Term), expresso em pu;
Pi (i = 0,1; 1; 3; 10 e 50) = corresponde ao nível de sensação de cintilação que foi
ultrapassado durante i % do tempo, obtido a partir da função de distribuição acumulada
complementar, de acordo com o procedimento estabelecido pela IEC (International
Electrotechnical Commission): IEC 61000-4-15. Flickermeter – Functional and Design
Specifications [2].
15
Complementarmente, ao indicador Pst, define-se o indicador Plt correspondente a um valor
representativo de doze amostras consecutivas de Pst, como estabelecido em (15).
3 1
𝑃𝑙𝑡 = √ ∑12
𝑖=1(𝑃𝑠𝑡𝑖 )
3 (15)
12
Onde:
Plt = Severidade de longa duração (Probability Long Term), expresso em pu;
Psti = i-ésimo registro do indicador Pst.
PstD95% = Valor diário do indicador Pst que foi superado em apenas 5% dos registros
obtidos no período de 24 horas;
PltS95% = Valor semanal do indicador Plt que foi superado em apenas 5% dos registros
obtidos no período de 7 dias completos e consecutivos;
FT = Fator de transferência entre diferentes barras.
A metodologia IEC 61000-4-15 [2], apesar de suas conhecidas deficiências, conforme destacado
nas referências [3], [4], [5] e [6], continua sendo uma referência mundial para quantificação do
fenômeno das flutuações de tensão. Assim, no que se refere ao fenômeno em pauta, a metodologia
deve ser o fundamento da regulamentação da qualidade da energia elétrica na distribuição.
Dessa forma, a proposição aqui feita consiste na utilização do indicador Pst, conforme a
equação (16), complementada do indicador Plt, o qual corresponde a um valor representativo de doze
amostras consecutivas de Pst, como estabelecido em (17).
𝑃𝑠𝑡 = √0,0314. 𝑃0,1 + 0,0525. 𝑃1 + 0,0657. 𝑃3 + 0,28. 𝑃10 + 0,08. 𝑃50 (16)
Onde:
Pst = Severidade de curta duração (Probability Short Term), expresso em pu;
Pi (i = 0,1; 1; 3; 10 e 50) = corresponde ao nível de sensação de cintilação que foi
ultrapassado durante i % do tempo, obtido a partir da função de distribuição acumulada
complementar, de acordo com o procedimento estabelecido pela IEC (International
Electrotechnical Commission): IEC 61000-4-15. Flickermeter – Functional and Design
Specifications [2].
16
3 1
𝑃𝑙𝑡 = √ ∑12
𝑖=1(𝑃𝑠𝑡𝑖 )
3 (17)
12
Onde:
Plt = Severidade de longa duração (Probability Long Term), expresso em pu;
Psti = i-ésimo registro do indicador Pst.
Por fim, o processo avaliativo utiliza uma grandeza advinda do tratamento estatístico do
conjunto de leituras do indicador Pst, como a seguir:
Pst95% = Valor do indicador Pst que foi superado em apenas 5% dos 1008 registros válidos de 10
minutos.
Variações de tensão de curta duração: são desvios significativos no valor eficaz da tensão em
curtos intervalos de tempo.
17
Tabela 8 – Classificação das variações de tensão de curta duração
Amplitude da tensão
Classificação Denominação Duração da variação (RMS) em relação à
tensão de referência
Interrupção Inferior ou igual a três
Inferior a 0,1 pu
momentânea de tensão segundos
Superior ou igual a um
Variação Afundamento Superior ou igual a 0,1 pu
ciclo e inferior ou igual a
Momentânea de momentâneo de tensão e inferior a 0,9 pu
três segundos
Tensão
Superior ou igual a um
Elevação
ciclo e inferior ou igual a Superior a 1,1 pu
momentânea de tensão
três segundos
Interrupção Superior a três segundos
Inferior a 0,1 pu
temporária de tensão e inferior a três minutos
Variação Afundamento Superior a três segundos Superior ou igual a 0,1 pu
Temporária de
temporário de tensão e inferior a três minutos e inferior a 0,9 pu
Tensão
Elevação Superior a três segundos
Superior a 1,1 pu
temporária de tensão e inferior a três minutos
18
Destaca-se que a quantificação das variações de tensão de curta-duração se apresentaria como
mecanismo eficaz para a aferição da qualidade física das redes de distribuição, uma vez que o registro
dessas variações permite a quantificação dos defeitos ocorridos nas redes elétricas que não foram
quantificados pelos indicadores da qualidade do serviço em função de religamentos com sucesso
durante essas ocorrências.
Por fim, sugere-se a retirada dos conceitos referentes às variações momentâneas e temporárias
de tensão do Módulo 1 do PRODIST, assim como a compatibilização entre os Módulos 1 e 8 no que diz
respeito ao conceito associado às variações de tensão de curta duração, conforme a seguir:
Amplitude: definida pelo nível extremo do valor eficaz da tensão em relação à tensão
nominal do sistema no ponto considerado, enquanto perdurar o evento;
Duração: definida pelo intervalo de tempo decorrido entre o instante em que o valor
eficaz da tensão em relação à tensão nominal do sistema no ponto considerado
ultrapassa determinado limite e o instante em que essa variável volta a cruzar esse
mesmo limite.
Duração: intervalo de tempo decorrido entre o instante em que o valor eficaz da tensão
ultrapassa um determinado limite e o instante em que essa variável volta a cruzar esse
mesmo limite.
19
Tabela 10– Proposta de terminologia para os eventos de VTCD.
A versão atual do PRODIST não considera nenhum mecanismo para estratificação das
ocorrências de eventos de VTCD.
Por outro lado, conforme indicado no submódulo 2.8 dos Procedimentos de Rede (ONS), este
estabelece meios para a contabilização das combinações amplitude e duração de cada evento. Isto
pode ser constatado nos princípios sintetizadas na Tabela 11, a qual classifica os fenômenos
manifestados na forma de VTCDs em faixas estratificadas.
Tabela 11 – Estratificação dos parâmetros amplitude e duração para contabilização de afundamentos momentâneos de
tensão – ONS.
Duração (ms)
Amplitude
[16,67 ms – (300 ms-
(%) (600 ms-1 s] (1 s-3 s] (3 s-1 min]
300 ms] 600 ms]
(85% - 90%]
(80% - 85%]
(70% - 80%]
(60% - 70%]
(50% - 60%]
(40% - 50%]
(30% - 40%]
(20% - 30%]
[10% – 20%]
< 10%
20
Da mesma forma, as elevações momentâneas de tensão são estratificadas conforme indicado na
Tabela 12.
(110% - 140%]
>140%
Iniciando pela caracterização das variações de tensão de curta duração, esta pode ser
interpretada através dos indicadores de desempenho que representem a amplitude, duração e
frequência dos eventos, os quais estão expressos, respectivamente, em (18), (19) e (20).
(18)
𝑉𝑟𝑒𝑠
𝑉𝑒 = × 100
𝑉𝑟𝑒𝑓
(19)
∆𝑡𝑒 = 𝑡𝑓 − 𝑡𝑖
(20)
𝑓𝑒 = 𝑛
Onde:
Ve – amplitude do evento de VTCD, em %;
Vres – tensão residual da VTCD;
Vref – tensão de referência;
te – duração da VTCD, em milissegundos;
tf – instante final da VTCD;
ti – instante inicial da VTCD;
fe – frequência de ocorrência de eventos de VTCD;
n – quantidade de eventos de VTCD registrados em um período de avaliação.
21
Tabela 13 – Estratificação dos parâmetros amplitude e duração para contabilização de eventos de VTCD.
Duração
Amplitude
(pu)
[16,67 ms - 100 ms] (100 ms - 300 ms] (300 ms - 600 ms] (600 ms - 1 seg] (1 seg - 3 seg] (3 seg - 1 min] (1 min - 3 min)
(1,15 - 1,20]
(1,10 - 1,15]
(0,85 - 0,90]
(0,80 - 0,85]
(0,70 - 0,80]
(0,60 - 0,70]
(0,50 - 0,60]
(0,40 - 0,50]
(0,30 - 0,40]
(0,20 - 0,30]
(0,10 - 0,20]
< 0,10
22
Tabela 14 – Proposta para caracterização de VTCD.
Duração
Amplitude
(pu)
[16,67 ms - 100 ms] (100 ms - 300 ms] (300 ms - 600 ms] (600 ms - 1 seg] (1 seg - 3 seg] (3 seg - 1 min] (1 min - 3 min]
(1,15 - 1,20]
Categoria H Categoria I
(1,10 - 1,15]
(0,85 - 0,90]
Categoria A
(0,80 - 0,85]
Categoria G
(0,70 - 0,80]
(0,60 - 0,70]
Categoria B
(0,50 - 0,60]
Categoria D
Categoria C
(0,40 - 0,50]
Categoria F
(0,30 - 0,40]
(0,20 - 0,30]
(0,10 - 0,20]
Categoria E
< 0,10
Uma vez estratificados os diversos fenômenos nas categorias supra proposta e à luz da
relevância de cada região no que tange aos seus efeitos operacionais sobre a rede, consumidores e
equipamentos, estes poderão ser agrupados, gerando, assim, um indicador aqui denominado por Fator
de Impacto das VTCDs.
A formulação aplicável a esta grandeza (Fator de Impacto) se apresenta nos termos indicados
pela equação (21).
𝑛𝐴 ∙ 𝑓𝐴 + 𝑛𝐵 ∙ 𝑓𝐵 + 𝑛𝐶 ∙ 𝑓𝐶 + 𝑛𝐷 ∙ 𝑓𝐷 + 𝑛𝐸 ∙ 𝑓𝐸 + 𝑛𝐹 ∙ 𝑓𝐹 + 𝑛𝐺 ∙ 𝑓𝐺 + 𝑛𝐻 ∙ 𝑓𝐻 + 𝑛𝐼 ∙ 𝑓𝐼
𝐹𝐼 = (21)
𝐹𝐼𝐵𝑎𝑠𝑒
Onde:
𝐹𝐼 – fator de impacto das VTCDs;
𝑛𝑖 – número de eventos para a i-ésima categoria;
𝑓𝑖 – fator de ponderação para a i-ésima categoria;
𝐹𝐼𝑏𝑎𝑠𝑒 – fator de impacto base.
23
O Fator de Impacto Base é calculado a partir da quantidade máxima de eventos existentes para
uma determinada categoria, conforme apresentado em (22). Este seria, a princípio, considerado o
limiar do indicador acima do qual os fenômenos se apresentariam acima dos níveis admissíveis.
𝐹𝐼𝐵𝑎𝑠𝑒 = 𝑛𝑙𝐴 ∙ 𝑓𝐴 + 𝑛𝑙𝐵 ∙ 𝑓𝐵 + 𝑛𝑙𝐶 ∙ 𝑓𝐶 + 𝑛𝑙𝐷 ∙ 𝑓𝐷 + 𝑛𝑙𝐸 ∙ 𝑓𝐸 + 𝑛𝑙𝐹 ∙ 𝑓𝐹 + 𝑛𝑙𝐺 ∙ 𝑓𝐺 + 𝑛𝑙𝐻 ∙ 𝑓𝐻 + 𝑛𝑙𝐼 ∙ 𝑓𝐼 (22)
Onde:
𝑛𝑙𝑖 – número de eventos máximo para a i-ésima categoria;
𝑓𝑖 – fator de ponderação para a i-ésima categoria.
Por outro lado, para o caso das instalações futuras, as quais ainda deverão ser objeto de
análises e estudos visando a emissão de pareceres de acesso por parte das distribuidoras, torna-se
interessante e necessária a diferenciação dos critérios de acesso de acordo com o tipo da instalação (e
24
das cargas a serem consideradas). Assim, portanto, em se tratando de instalações futuras, o assunto
será detalhadamente considerado no Relatório Técnico 6/8.
- Seção 2.1.3
2.4) Descrever os indicadores e a forma de cálculo dos - Seção 2.2.3
mesmos a partir das medições. - Seção 2.3.3
- Seção 2.4.3
25
5) Referências bibliográficas
26
6) APÊNDICE
Fenômeno Termino
Indicador Equação
Considerado logia
Distorção
harmônica 𝑉ℎ
Vh% 𝑉ℎ % = × 100
individual de 𝑉1
tensão de ordem
h
Distorção
√∑ℎ𝑚á𝑥 2
ℎ=2 𝑉ℎ
harmônica total DTT%
𝐷𝑇𝑇% = × 100
de tensão 𝑉1
Distorção
harmônica total
de tensão,
√∑22 2
ℎ=2 𝑉ℎ
considerando-se DTTP% 𝐷𝑇𝑇𝑃 % = × 100
𝑉1
apenas as ordens
pares não
múltiplas de 3
Distorção
harmônica total
Distorções
de tensão,
harmônicas √∑25 2
ℎ=5 𝑉ℎ
considerando-se DTTI%
𝐷𝑇𝑇𝐼 % = × 100
apenas as ordens 𝑉1
ímpares não
múltiplas de 3
Distorção
harmônica total
de tensão, √∑24 2
ℎ=3 𝑉ℎ
DTT3% 𝐷𝑇𝑇3 % = × 100
considerando-se 𝑉1
apenas as ordens
múltiplas de 3
Distorção
harmônica
𝐼ℎ
individual de Ih% 𝐼ℎ % = × 100
𝐼1
corrente de
ordem h
Distorção
√∑ℎ𝑚á𝑥 2
ℎ=2 𝐼ℎ
harmônica total DTI%
𝐷𝑇𝐼% = × 100
de corrente 𝐼1
Fator de
desequilíbrio de
tensão 𝑉2
FD% 𝐹𝐷% = × 100
(Metodologia das 𝑉1
Desequilíbrios componentes
de tensão simétricas)
Fator de
desequilíbrio de
FD% 1 − √3 − 6𝛽
tensão 𝐹𝐷% = 100 × √
(Metodologia das 1 + √3 − 6𝛽
27
tensões de linha)
4 4
𝑉𝑎𝑏 + 𝑉𝑏𝑐 + 𝑉𝑐𝑎4
𝛽= 2 2
(𝑉𝑎𝑏 + 𝑉𝑏𝑐 + 𝑉𝑐𝑎2 )2
Severidade de
curta duração
Pst 𝑃𝑠𝑡 == √0,0314. 𝑃0,1 + 0,0525. 𝑃1 + 0,0657. 𝑃3 + 0,28. 𝑃10 + 0,08. 𝑃50
(Probability Short
Term)
Flutuações de
tensão Severidade de
12
longa duração 3 1
Plt 𝑃𝑙𝑡 = √ ∑(𝑃𝑠𝑡𝑖 )3
(Probability Long 12
𝑖=1
Term)
Amplitude do 𝑉𝑟𝑒𝑠
Ve 𝑉𝑒 = × 100
evento de VTCD 𝑉𝑟𝑒𝑓
Duração do
te ∆𝑡𝑒 = 𝑡𝑓 − 𝑡𝑖
Variações de evento de VTCD
tensão de curta
Frequência de
duração
ocorrência de fe 𝑓𝑒 = 𝑛
eventos de VTCD
𝑛𝐴 ∙ 𝑓𝐴 + 𝑛𝐵 ∙ 𝑓𝐵 + 𝑛𝐶 ∙ 𝑓𝐶 + 𝑛𝐷 ∙ 𝑓𝐷 + 𝑛𝐸 ∙ 𝑓𝐸 + 𝑛𝐹 ∙ 𝑓𝐹 + 𝑛𝐺 ∙ 𝑓𝐺 + 𝑛𝐻 ∙ 𝑓𝐻 + 𝑛𝐼 ∙ 𝑓𝐼
Fator de Impacto FI 𝐹𝐼 =
𝐹𝐼𝐵𝑎𝑠𝑒
Duração
Amplitude
(pu)
[16,67 ms - 100 ms] (100 ms - 300 ms] (300 ms - 600 ms] (600 ms - 1 seg] (1 seg - 3 seg] (3 seg - 1 min] (1 min - 3 min)
(1,15 - 1,20]
(1,10 - 1,15]
(0,85 - 0,90]
(0,80 - 0,85]
(0,70 - 0,80]
(0,60 - 0,70]
(0,50 - 0,60]
(0,40 - 0,50]
(0,30 - 0,40]
(0,20 - 0,30]
(0,10 - 0,20]
< 0,10
28
Equipe técnica responsável:
Prof. José Carlos de Oliveira - UFU
Prof. José Rubens Macedo Jr. - UFU
Prof. Antônio Carlos Delaiba - UFU
Colaboradores:
Prof. Isaque Nogueira Gondim - UFU
Arnaldo José P. Rosentino Jr. - UFU
Alex Reis - UFU
29