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DEGUSTAÇÃO DE VINHOS
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descritos na Bibliografia Consultada.
SUMÁRIO
4. A Degustação
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4.4. O Exame Final
5. Ficha de Degustação
6. Glossário de Degustação
Bibliografia Consultada
Referências Virtuais
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ÍNDICE DE TABELAS
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ÍNDICE DE ILUSTRAÇÕES
Ilustração 3: Merlot
Ilustração 5: Syrah
Ilustração 6: Malbec
Ilustração 7: Carmenère
Ilustração 8: Tannat
Ilustração 9: Nebbiolo
5
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Ilustração 22: Viogner
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1. NOÇÕES BÁSICAS DE ENOLOGIA
a) Esmagar as uvas;
b) Deixá-las em um tanque para que fermentem, ou seja, para que o açúcar da
uva se transforme em álcool;
c) Separar o líquido das cascas;
d) Manter em repouso para que se depositem os demais sedimentos;
e) Retirar o líquido límpido.
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vira vinagre. Isso significa, então, que virou vinho, já é saudável e pode ser tomado
com segurança.
1
AMARANTE, José Osvaldo Albano do. Os segredos do vinho para iniciantes e iniciados. São
Paulo: Mescla, 2005, p.118.
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1.2.1. Vinhos de Mesa
Os vinhos de mesa são assim chamados por serem os mais adequados para
acompanhar as refeições. A grande maioria dos vinhos produzidos em todo o mundo
é formada por essa classe.
• Seco: para vinhos com até 5g/l (gramas por litro) de açúcar residual.
• Meio Seco: para vinhos contendo de 5,1 a 20g/l de açúcar residual.
• Doce ou suave: para vinhos com mais de 20g/l de açúcar residual.
• Seco: para vinhos com até 5g/l (gramas por litro) de açúcar residual.
• Abocado (suave): para vinhos contendo de 5,1 a 15g/l de açúcar residual.
• Semi-seco (meio seco): para vinhos contendo de 15,1 a 30g/l de açúcar.
• Semi-dulce (meio doce): para vinhos contendo de 30,1 a 50g/l de açúcar.
• Dulce (doce): para vinhos com mais de 50g/l de açúcar residual.
Os vinhos de mesa podem ainda ser classificados de acordo com sua cor.
Sabendo que a cor do vinho é proveniente da casca da uva tinta, têm-se os
seguintes tipos de vinho:
• Vinhos Brancos: Podem ser elaborados com uvas brancas ou tintas, desde que
as cascas desta última não entrem no processo.
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• Vinhos Rosados (ou Rosés, em francês): Precisam ter em sua composição uvas
tintas com cascas, porém as cascas devem ser separadas rapidamente quando o
líquido atingir a cor desejada.
• Vinhos Tintos: Precisam ter em sua composição uvas tintas com casca.
Quanto ao teor de gás carbônico, os vinhos de mesa podem possuir até uma
atmosfera de pressão. Há uma subclasse de vinho de mesa, denominada Vinho
Frisante, cuja pressão varia entre 1,1 e 2 atmosferas.
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• Doce (doux): contém mais de 60,1g/l de açúcar residual.
OBS: Existe outra classe que engloba os espumantes gaseificados, que são o
resultado da adição artificial de CO2 no vinho pronto. Trata-se de um método
semelhante ao da confecção de refrigerantes e resulta em um produto de baixa
qualidade, que não entra no mundo da enologia.
Segundo Lilla:
2
Aguardente vínica é o resultado da destilação do vinho, ou seja, é o destilado produzido a partir de
uvas fermentadas.
3
LILLA, Ciro. Introdução ao mundo do vinho. 2.ed. São Paulo: Martins Fontes, 2005, p.45.
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O universo da espécie Vitis vinifera é imenso pelo planeta, no entanto, pouco
mais de 200 são empregadas na produção comercial de vinhos. Um bom degustador
deve conhecer, no mínimo, as mais clássicas e suas principais características:
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• Syrah: É originária do Rhône (França), com destaque para o norte da região.
Seus vinhos são, de modo geral, muito coloridos, como fortes aromas de frutas
pretas, violeta e pimenta-do-reino. Produz vinhos com boa tanicidade e
encorpados. É responsável pelo Penfolds Grange Shiraz, o mais famoso vinho
Australiano.
• Malbec: É originária de Bordeaux (França), onde se encontra em declínio. Hoje
sua melhor produção encontra-se na Argentina, onde produz vinhos de alta
qualidade. Seus vinhos costumam ter uma boa maciez e ótima acidez.
4
A filoxera foi uma praga que devastou os vinhedos da Europa no final do século XIX, impulsionando
a produção e comercialização de vinhos do Novo Mundo.
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Clássico, Brunello de Montacino e Vino Nobile de Montepulciano. Seus vinhos
costumam ser escuros e ter concentração de frutas.
• Tempranillo: É a mais nobre cepa da Espanha e está entre as grandes uvas
pretas do planeta. Tem destaque nos grandes tintos de Rioja. Em Portugal, é
uma das melhores cepas que entram nos lotes dos vinhos do Douro (inclusive
para produzir o Porto), do Dão e do Alentejo. Produz vinhos de boa coloração,
que se adaptam bem ao envelhecimento em carvalho. Quase não tem taninos e
para compensar essa falta, a Tempranillo é freqüentemente mesclada a outras
cepas. Além de Espanha e Portugal, a Argentina é o único outro país que tem
cultivo significativo.
• Touriga Nacional: É considerada a grande uva tinta portuguesa. Sua origem é a
zona do Dão, mas é também produzida com sucesso em outras regiões do
centro e do sul de Portugal. Produz excelentes vinhos varietais5. Seus vinhos são
bem escuros, com buquê concentrado e elegante de frutos pretos, flores e
levemente animais. Tem paladar aveludado com boa acidez.
• Zinfandel (EUA) ou Primitivo (Itália): É a uva tinta mais plantada na Califórnia.
Fornece grande leque de tipos de vinhos: brancos, rosados, tintos jovens e de
guarda e licorosos. Todos são bem coloridos e frutados e os tintos amadurecidos
podem apresentar boas notas apimentadas em seu sabor e aroma.
• Pinotage: Típico cruzamento sul-africano, desenvolvido com as variedades
francesas Pinot Noir e Cinsault. Representa o símbolo vinícola da África do Sul.
Os vinhos são de boa qualidade, escuros, com sabores característicos de
banana, frutos pretos e vermelhos. Quando envelhecidos, surgem odores
animais, além de café e chocolate.
• Gamay: Produz o famoso vinho francês Beaujolais e é pouco plantada fora do
sul da Borgonha. Na Suíça produz bons vinhos, quando combinada com a Pinot
Noir. Seus vinhos são leves, muito aromáticos, com boa acidez e bem frutados.
5
Vinho Varietal é aquele cuja composição tem pelo menos 75% de um só tipo de cepa. Os vinhos
feitos a partir de diferentes cortes (ou seja, vários tipos de cepas) são chamados Assemblage.
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As Ilustrações6 (1 a 15) a seguir mostram as uvas tintas que foram apresentadas:
6
Todas retiradas do site The Wine Country, disponível em
http://www.thewinecountry.com/mm5/merchant.mvc?Screen=Z1_5grape&Store_Code=TWC,
acessado em 06 de agosto de 2008, às 13:50h.
15
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1.3.2 Uvas Brancas
7
Diz-se da uva atacada por Botrytis Cinerea, um fungo parasita. A Botrytis ocasiona a podridão
cinzenta da uva, que causa a destruição da colheita. No entanto, em condições especiais e
controladas, esse fungo pode evoluir para o que se chama de podridão nobre, provocando a
desidratação das uvas, aumentando sua concentração de açúcar e, assim, preparando-as para a
elaboração de vinhos licorosos de excelente qualidade, como os Sauternes.
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• Chenin Blanc: Típica do centro de Loire (França). Produz grande gama de
brancos: secos, meio secos, doces, espumantes naturais... Seus vinhos são
bastante variáveis, dependendo da safra e do terroir8. De modo geral possuem
um perfume frutado-floral, têm médio corpo e acidez pronunciada.
• Viognier: Originária do norte do Rhône, mas é pouco cultivada por seu baixo
rendimento. Tem altíssima qualidade e gera vinhos brancos secos de moderada
acidez e intenso sabor floral.
• Alvarinho: É a uva responsável pelos vinhos brancos frutados de melhor
qualidade da Península Ibérica. É cultivada na fronteira entre Portugal e
Espanha. Seus vinhos varietais têm aromas e acidez refrescantes.
8
Termo francês que significa, literalmente, "terreno". Mas no mundo da enologia o termo é muito mais
amplo, designa as características do solo, do microclima e do ecossistema do local, responsáveis
pela qualidade do vinhedo e, conseqüentemente, pela qualidade do vinho que ele originará.
9
Todas retiradas do site The Wine Country, disponível em
http://www.thewinecountry.com/mm5/merchant.mvc?Screen=Z1_5grape&Store_Code=TWC,
acessado em 06 de agosto de 2008, às 21:46h.
17
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2. COMO COMPRAR UM VINHO
10
AMARANTE, José Osvaldo Albano do. Os segredos do vinho para iniciantes e iniciados. São
Paulo: Mescla, 2005, p.23.
11
Serão vistas, ainda nesse manual, quais são as condições ideais para se estocar os diferentes
tipos de vinhos.
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2.2. OS DIFERENTES TIPOS DE GARRAFA
“O tamanho e a forma da garrafa são [...] cada vez mais considerados como fatores
que podem influenciar a decisão de compra do consumidor.”12
12
Larousse do vinho/consultoria Charlotte Marc e Ricardo Castilho. – São Paulo: Larousse do Brasil,
2004, p.31.
13
Todas retiradas do site Noivas PB, disponível em
http://www.noivaspb.com.br/materias.php?codigo=22, acessado em 08 de agosto de 2008, às 22:46h.
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A cor da garrafa, sim, é muito importante. A luz acelera desenfreadamente o
desenvolvimento do vinho. Por isso, quanto mais escura a garrafa, mais protegido
estará seu conteúdo. Entretanto, há vinhos que são reconhecidamente resistentes e
longevos e se permitem estar em recipientes incolores. (Como é o caso do mais
famoso vinho de sobremesa do mundo, os Sauternes.)
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• Produtor: Uma informação importantíssima, uma vez que alguns produtores são
sinônimos de qualidade e, fator fundamental na escolha de um vinho.
• Safra: A safra indica o ano da colheita da uva. Essa informação é importante,
pois a qualidade de um mesmo vinho pode variar entre uma safra e outra. Outro
dado relevante em relação à safra é saber a idade do vinho, pois alguns ficam
melhores com o passar do tempo e outros não duram tanto. Existem algumas
tabelas de safras que podem ser encontradas em sites ou publicações
especializadas que dão idéia de como foi à colheita em cada região do mundo a
cada ano.
• A Variedade da Uva: Como já foi visto cada tipo de cepa tem suas
características próprias que são passadas para o vinho que produzem. Assim,
sabendo a uva, já se pode ter uma idéia do que esperar do vinho em termos de
sabores, aromas, etc.
• Outras Informações: Algumas outras informações precisam ser conhecidas pelo
comprador e degustador de vinhos: A informação de que o vinho foi engarrafado
no local de produção aparecerá sempre no idioma do país de origem, a saber:
mis en bouteille au château, em francês; embotellado en la propriedad, em
espanhol; estate bottled, em inglês e erzeugerabfüllung, em alemão. O teor
alcoólico deve figurar para a maioria das legislações; está sempre apresentado
em porcentagem de álcool por volume e costuma variar entre 11% e 13%.
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3. COMO ARMAZENAR UM VINHO
O local ideal para armazenar vinhos chama-se adega e ela tem que
obedecer algumas regrinhas básicas para preservar as propriedades da bebida:
O ambiente de uma adega deve ser escuro uma vez que a luz, seja elétrica
ou solar, acelera o desenvolvimento do vinho e modifica sua cor.
14
PERCUSSI, Luciano. Convite ao vinho; história, degustação e pequeno guia de vinhos. São
Paulo: Nova Alexandria, 1998, pp.34 e 35.
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3.2. TIPOS DE ADEGA
Para quem pretende ter uma coleção com mais de mil garrafas, o ideal é
realmente destinar um ambiente da casa para transformar em adega, com
prateleiras adequadas, climatização, etc., seguindo todas as normas explicadas
anteriormente. O investimento é grande, mas se a intenção é mergulhar de cabeça
no mundo do vinho, a experiência será compensadora. Para moradores de casa há
duas opções alternativas que atendem bem aos requisitos: uma cave subterrânea,
que, geralmente, quando bem impermeabilizada, apresenta condições favoráveis
sem ajuda de nenhum equipamento especial ou embaixo da escada, pois
normalmente é um espaço inutilizado que não recebe luz direta e pode ser
conveniente.
23
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Ilustração 2915: Adega do Restaurante Grimpa Ilustração 3016: Adega Portátil
Steak House, Curitiba/PR
A máxima de que “vinho quanto mais velho melhor” já caiu por terra há muito
tempo. Hoje, sabe-se que cada tipo de vinho tem sua longevidade e sua idade ideal
para ser consumido. Há até mesmo os que são melhores quando jovens! Então,
como saber por quanto tempo pode-se armazenar um vinho? De acordo com
15
Retirada do site Grimpa Steak House, disponível em
http://www.grimpa.com.br/brasil/ambientes.asp#, acessado em 09 de agosto de 2008, às 22:24h.
16
Retirada do site Supershopping.com, disponível em
http://www.lojamestre.com.br/lojas/supershoping/produtos.asp?produto=73&categoria=33&a2=Adega
s&a1=Eletrodom%E9sticos&inf=1, acessado em 09 de agosto de 2008, às 22:26h.
24
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Amarante, “a longevidade de um vinho depende diretamente do teor alcoólico, do
nível de açúcar, da quantidade de acidez e da sua tanicidade, no caso dos tintos”.17
Pode-se adotar como referência a tabela elaborada pelo autor citado acima:
4. A DEGUSTAÇÃO
17
AMARANTE, José Osvaldo Albano do. Os segredos do vinho para iniciantes e iniciados. São
Paulo: Mescla, 2005, p.32.
18
Adaptada de AMARANTE, José Osvaldo Albano do. Os segredos do vinho para iniciantes e
iniciados. São Paulo: Mescla, 2005, p.33.
25
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de eliminações sucessivas. Aprender a degustar aumenta o prazer
que o vinho nos oferece e nos permite fazer uma escolha com
conhecimento de causa.”19
• Não convém fazer degustações nem com o estômago vazio nem cheio demais,
pois isso interfere nas sensações gustativas. Por isso, a prova de vinhos deve ser
realizada cerca de duas horas antes ou depois das refeições.
• O ambiente ideal para degustação deve ser ventilado e de temperatura
agradável; bem iluminado com paredes e toalhas brancas, ou pelo menos bem
claras, para facilitar o exame visual, e privado de odores fortes.
• Os degustadores não devem usar nada que exale cheiros que irão concorrer com
os aromas dos vinhos, como, por exemplo: perfumes, cremes hidratantes, loções
pós-barba, cremes capilares, etc.
• Mulheres devem estar sem batom, brilho ou hidratante labial, pois isso interfere
no sabor do vinho.
• Fumantes devem lavar bem as mãos e enxaguar a boca antes de entrar em um
ambiente de degustação.
• Chicletes, balas ou pastilhas, que vão competir com o sabor do vinho, são
estritamente proibidos.
• Deve-se ingerir apenas água mineral para limpar o paladar entre um vinho e
outro.
O copo utilizado para se degustar o vinho também tem que seguir algumas
exigências:
19
Larousse do vinho/consultoria Charlotte Marc e Ricardo Castilho. – São Paulo: Larousse do Brasil,
2004, p.47.
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• Sua abertura deve ser mais estreita que a parte convexa, para que se possa girar
o vinho dentro dele sem derramar;
• Deve ter haste longa.
20
Retirada do site Village Kitchen, disponível em
http://www.villagekitchen.com/mfg/arc/luminarc/u/viticole/viticole.html, acessado em 10 de agosto de
2008, às 11:35h.
27
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• Aspecto: Observando-se a limpidez, identifica-se a sanidade e o grau de
transparência do vinho. Nos brancos a limpidez é essencial. Pode-se, então,
classificar o vinho em ordem decrescente de qualidade como: brilhante, límpido
ou turvo.
• Cor: Aqui, percebe-se se o vinho é branco, rosado ou tinto e também seu grau
de envelhecimento. É interessante ressaltar que o vinho branco escurece com o
tempo, ao contrário do vinho tinto que, quanto mais velho, mais claro fica. Há
várias tabelas que mostram as cores por quais pode passar um vinho.
21
Retirada do site Academia do Vinho, disponível em
http://www.academiadovinho.com.br/degustacao.php, acessado em 10 de agosto de 2008, às 14:03h.
28
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e persistentes forem às bolhas de CO2, melhor é a qualidade do vinho
espumante.
Esses últimos odores químicos são em sua maioria sinal de defeito no vinho.
22
Idem.
29
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4.3. O EXAME GUSTATIVO
23
Idem.
24
Idem.
30
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• Sensações Térmicas: O teor alcoólico pode transmitir calor e a temperatura do
líquido, que pode ser fria ou morna, também é sentida pela boca.
5. A FICHA DE DEGUSTAÇÃO
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O modelo apresentado a seguir foi criado por Amarante:
Pode parecer bem complexo, mas o preenchimento dessa tabela não guarda
nenhum mistério. Primeiramente, é preciso saber que se faz uma ficha para cada
amostra de vinho degustada. A avaliação é realizada preenchendo-se as notas de
cada quesito e o somatório delas dará a pontuação máxima de 100 para o vinho.
• Exame Visual
Aspecto (5 pontos): Se o líquido se apresentar turvo, deve ser atribuído
de 0 ou 1 ponto, na coluna inferior; caso o vinho esteja límpido, atribuem-se
25
Adaptada de AMARANTE, José Osvaldo Albano do. Os segredos do vinho para iniciantes e
iniciados. São Paulo: Mescla, 2005, p.72.
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2 ou 3 pontos na coluna médio e em caso de um vinho brilhante, sem
nenhum sedimento o valor deve ser 4 ou 5 pontos na coluna superior.
Cor (5 pontos): De acordo com cada tipo de vinho e sua idade, analisa-se
se a cor está incorreta, valendo 0 ou 1 ponto, na coluna inferior; caso ela
esteja próxima da cor exata, considera-se aceitável e marca-se 2 ou 3
pontos na coluna médio e em caso de o vinho apresentar a cor correta,
atribuem-se 4 ou 5 pontos na coluna superior.
• Exame Olfativo
Qualidade (15 pontos): Trata-se de uma avaliação subjetiva e depende,
então, do gosto individual; a não ser que o vinho esteja com defeitos
inaceitáveis. Pode-se considerar o vinho defeituoso, valendo de 0 a 2
pontos na coluna inferior; inferior, de 3 a 5 pontos na coluna baixo; regular,
de 6 a 9 pontos na coluna médio; bom, de 10 a 12 pontos na coluna alto ou
muito bom, de 13 a 15 pontos na coluna superior.
Intensidade (10 pontos): Esse quesito segue a seguinte avaliação:
intensidade nula, valendo 0 ou 1 ponto na coluna inferior; pouco intensa, 2
ou 3 pontos na coluna baixo; média, de 4 a 6 pontos na coluna médio;
intensa, 7 ou 8 pontos na coluna alto ou muito intensa, 9 ou 10 pontos na
coluna superior.
Persistência (5 pontos): A persistência deve ser preenchida no final da
degustação para se ter tempo de avaliar corretamente. Ela segue os
seguintes padrões: curta, valendo 0 ou 1 ponto, na coluna inferior; média,
valendo 2 ou 3 pontos na coluna médio e longa, valendo 4 ou 5 pontos na
coluna superior.
• Exame Gustativo
Acidez (5 pontos): Segue os seguintes padrões: incorreta, valendo 0 ou 1
ponto, na coluna inferior; aceitável, valendo 2 ou 3 pontos na coluna médio
e correta, valendo 4 ou 5 pontos na coluna superior.
Adstringência ou Tanicidade (5 pontos): Segue exatamente os mesmos
padrões da acidez.
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Amargor (5 pontos): Segue exatamente os mesmos padrões da acidez e
da Adstringência.
Corpo (5 pontos): Também segue os mesmos padrões dos três itens
anteriores.
Qualidade (15 pontos): Assim como a qualidade olfativa, trata-se de uma
avaliação subjetiva e depende, também, do gosto individual; a não ser que o
vinho esteja com defeitos inaceitáveis. Pode-se considerar o vinho
defeituoso, valendo de 0 a 2 pontos na coluna inferior; inferior, de 3 a 5
pontos na coluna baixo; regular, de 6 a 9 pontos na coluna médio; bom, de
10 a 12 pontos na coluna alto ou muito bom, de 13 a 15 pontos na coluna
superior.
Intensidade (5 pontos): Analisa-se, aqui, se a intensidade é fraca, valendo
0 ou 1 ponto, na coluna inferior; caso ela seja média, marca-se 2 ou 3
pontos na coluna médio e em caso de o vinho apresentar intensidade
pronunciada, atribuem-se 4 ou 5 pontos na coluna superior.
• Exame Final
Qualidade (10 pontos): Assim como as outras análises de qualidade, no
exame final ela também é subjetiva e segue a seguinte avaliação:
defeituosa, valendo 0 ou 1 ponto na coluna inferior; inferior, 2 ou 3 pontos
na coluna baixo; regular, de 4 a 6 pontos na coluna médio; boa, 7 ou 8
pontos na coluna alto ou muito boa, 9 ou 10 pontos na coluna superior.
Persistência (10 pontos): Esse quesito é diretamente proporcional a
qualidade do retrogosto. Segue então os seguintes padrões: muito curta,
valendo 0 ou 1 ponto na coluna inferior; curta, 2 ou 3 pontos na coluna
baixo; média, de 4 a 6 pontos na coluna médio; longa, 7 ou 8 pontos na
coluna alto ou muito longa, 9 ou 10 pontos na coluna superior.
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Sendo assim, é importante saber que, se após o preenchimento das
colunas, a soma total não equivaler à nota esperada do vinho, o degustador pode e
deve alterá-la de acordo com seu bom senso.
Diz Amarante que “o avaliador é o seu único juiz, logo a nota final deve
refletir exatamente a sua impressão pessoal”.26
Extraordinário 96 a 100
Excelente 90 a 95
Ótimo 85 a 89
Muito Bom 80 a 84
Bom 70 a 79
Regular 60 a 69
Insatisfatório 0 a 59
26
AMARANTE, José Osvaldo Albano do. Os segredos do vinho para iniciantes e iniciados. São
Paulo: Mescla, 2005, p.76.
27
Adaptada de AMARANTE, José Osvaldo Albano do. Os segredos do vinho para iniciantes e
iniciados. São Paulo: Mescla, 2005, p.77.
35
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Tabela 4: Modelo de Ficha de Degustação
Safra:
Uva(s):
Sobre a VINÍCOLA
Nome:
Local (estado/país):
Nome do Degustador:
Data da Degustação:
Local da Degustação:
Observações:
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6. O GLOSSÁRIO DA DEGUSTAÇÃO
28
Glossário adaptado do site Academia do Vinho, disponível em
http://www.academiadovinho.com.br/biblioteca/glossari.htm, acessado em 10 de agosto de 2008, às
17:19h.
37
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Aroma de Boca: ver retrogosto
Áspero: com excessiva adstringência
Austero: adstringente
Aveludado: macio, untuoso, viscoso com textura de veludo
Avinagrado: com odor e sabor de vinagre, deteriorado, inutilizado para o consumo
Balanceado: que apresenta harmonia entre os aspectos gustativos fundamentais, o
mesmo que o equilibrado e harmônico
Bouchonnée (frances - bouchon = rolha): com odor de rolha (defeito)
Buquê: (do francês bouquet) - aroma complexo, também denominado aroma
terciário, resultante do envelhecimento.
Carnoso: encorpado
Cava: nome dos espumantes espanhóis
Chato: vinho sem acidez ou espumante que perdeu o gás, o mesmo que plano ou
plat (francês) ou flat (inglês)
Cheio: o mesmo que encorpado
Clairet (francês): nome utilizado pelos franceses a vinhos tintos leves, frutados
Complexo: com aromas múltiplos, com buquê
Corpo: sensação tátil do vinho à boca, que lhe dá peso (sensação de "boca cheia")
e resulta do seu alto teor de extrato seco
Curto: que não deixa sabor persistente na boca; de retrogosto curto
Delgado: vinho de pouco corpo
Delicado: equilibrado e sóbrio
Denso: viscoso, encorpado
Duro: o mesmo que adstringente e tânico
Elegante: o mesmo que delicado
Encorpado: que tem muito corpo
Equilibrado: o mesmo que balanceado
Espesso: o mesmo que encorpado e cheio
Farto: muito doce e com baixa acidez
Fechado: jovem, recém-engarrafado, ou recém-aberto e que ainda não demonstra
toda a sua potencialidade
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Firme: jovem com estilo
Flácido: sem estrutura, o mesmo que mole
Florado: com aroma de flores
Floral: o mesmo que florado
Fortificado: ao qual é adicionado aguardente vínica, como o vinho do Porto, o
Madeira, o Jerez, o Marsala, o Banyuls e outros
Franco: sem defeitos; também usado para vinho que não deixa retrogosto
Fresco: vinho que possui frescor, boa acidez
Frisante: efervescente, com pouco gás carbônico (menos que os espumantes)
Frutado: com aroma de frutas
Generoso: forte, com alto teor alcoólico
Gordo: suave e maduro
Grande: excelente
Grosseiro: adstringente, sem elegância
Grosso: elevada acidez e muito extrato
Harmônico: o mesmo que balanceado e equilibrado
Herbáceo: com aroma de ervas
Insípido: sem gosto característico, sem caráter
Jovem: vinho geralmente frutado, pouco tânico com acidez agradável e que não se
presta ao envelhecimento; pode também significar vinho recém-fabricado, que pode
e deve envelhecer
Leve: com pouco corpo e pouco álcool, mas equilibrado; o mesmo que ligeiro
Ligeiro: o mesmo que leve
Límpido: sem sedimento ou partículas em suspensão transparente
Longo: de boa persistência
Madeirizado: vinho branco oxidado que adquire cor que vai de dourada a castanho,
aroma adocicado e gosto amargo
Maduro: no apogeu de sua vida; estado que precede a decadência
Magro: aguado, diluído, deficiente em álcool (etanol e glicerol); sem caráter
Mole: sem acidez, sem caráter
Nervoso: com acidez e adstringência altas, não necessariamente excessivas
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Neutro: sem caráter marcante
Oleoso: viscoso
Opaco: turvo; velado; sem limpidez
Oxidado: que sofreu oxidação; envelhecido além do suportável; decomposto na cor,
no aroma e no sabor; para os vinhos brancos tem o mesmo significado que
madeirizado
Pastoso: o mesmo que encorpado
Pé: borra; depósito; sedimento
Pequeno: sem caráter; secundário, inferior
Perfume: o mesmo que buquê
Perlage (francês): as bolhas dos espumantes
Persistência: sensação do gosto deixado pelo vinho na boca (retrogosto) após ser
deglutido.
Pesado: encorpado, mas com pouca acidez; sem fineza
Plano: sem sabor e sem corpo ou sem corpo e sem acidez; também usado como
sinônimo de chato
Quente: referência à sensação de calor causada pelo teor alcoólico alto de um vinho
Raça: diz-se que um vinho é de raça ou raçudo quando tem alta qualidade
Rapado: o mesmo que magro
Rascante: adstringente; tânico
Redondo: maduro e equilibrado
Retrogosto ou Aroma de Boca: sensação gustativo-olfatória final deixada pelo
vinho na boca, após ser deglutido.
Robusto: encorpado, nervoso e, sobretudo, redondo
Rolha: diz-se que o vinho tem odor e/ou gosto de rolha quando apresenta aroma
desagradável passado por rolha contaminada pela Armillaria mella (fungo parasita
da casca da árvore com a qual é feita a rolha, o sobreiro)
Sápido: com acidez moderada (entre o chato e fresco)
Sedoso: o mesmo que aveludado
Suave: o mesmo que ligeiro; também significa vinho meio-doce (demi-sec)
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Tânico: que tem muito tanino ou no qual o tanino sobressai; o mesmo que
adstringente e duro
Tanino: substância existente na uva e que confere a adstringência ao vinho
Terroso: com sabor de terra, do solo de onde veio a uva
Untuoso: o mesmo que aveludado, sedoso e viscoso
Velho: bastante envelhecido
Verde: com acidez acentuada, mas agradável e refrescante
Vigoroso: saudável, vinho jovem em pleno vigor
Viscoso: o mesmo que aveludado, sedoso e untuoso
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BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
LILLA, Ciro. Introdução ao mundo do vinho. 2ª ed. São Paulo: Martins Fontes,
2005.
REAL, Mauro Corte. O Ritual do vinho: etiqueta & serviço. 5ª ed. Porto Alegre:
AGE, 2002.
REFERÊNCIAS VIRTUAIS
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