Projeto Político-Pedagógico

Você também pode gostar

Você está na página 1de 55

PREFEITURA MUNICIPAL DE CURITIBA

SECRETARIA MUNICIPAL DA EDUCAÇÃO


CENTRO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO INFANTIL ADA PIRES DE OLIVEIRA

PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO

Curitiba - Paraná
2016

1
PREFEITURA MUNICIPAL DE CURITIBA
SECRETARIA MUNICIPAL DA EDUCAÇÃO
CENTRO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO INFANTIL ADA PIRES DE OLIVEIRA

“Bem se vê que contribuir para o desenvolvimento e aprendizagem dos


pequenos é tarefa exigente e complexa: começa pelo tempo de conhecer a
criança, segue por alimentar uma atitude de curiosidade pelo mundo em
busca de uma formação cultural ampla. Tudo regado com boas doses de
competência profissional, de arte, de sabedoria, de delicadeza e de uma
profunda vontade de ousar, de se ver como um professor que aposta nas
crianças”. (Bem-vindo Mundo! 2006 P.37)

2
PREFEITURA MUNICIPAL DE CURITIBA
SECRETARIA MUNICIPAL DA EDUCAÇÃO
CENTRO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO INFANTIL ADA PIRES DE OLIVEIRA

SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 5
1.1 IDENTIFICAÇÃO DO CENTRO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO INFANTIL ................. 6
1.2 CARACTERIZAÇÃO DA INSTITUIÇÃO .................................................................... 7
1.3 ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO FÍSICO ...................................................................... 8
1.4 CARACTERIZAÇÃO DA COMUNIDADE ATENDIDA ............................................. 10
1.5 CARACTERIZAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DA INSTITUIÇÃO ............................. 12
1.6 PLANO DE FORMAÇÃO CONTINUADA ................................................................. 13
2 OFERTA DA INSTITUIÇÃO ............................................................................... 14
3 REGIME DE FUNCIONAMENTO: ..................................................................... 15
3.1 PERÍODO ................................................................................................................. 15
3.2 TRABALHO EDUCACIONAL .................................................................................. 15
3.3 FREQUÊNCIA PARA PRÉ-ESCOLAR .................................................................... 15
3.4 ORGANIZAÇÃO DE GRUPOS E RELAÇÃO PROFESSOR/ CRIANÇA.................. 15
4 PRINCÍPIOS FILOSÓFICOS E EDUCACIONAIS .............................................. 15
4.1 FINS E OBJETIVOS ................................................................................................. 15
4.1.1 DA INSTITUIÇÃO .................................................................................................. 17
4.1.2 DA GESTÃO DO CMEI .......................................................................................... 19
4.2 CONCEPÇÃO PEDAGÓGICA ................................................................................. 21
4.2.1 DE CRIANÇA ........................................................................................................ 21
4.2.2 DE CUIDAR E EDUCAR ........................................................................................ 23
4.2.3 DE DESENVOLVIMENTO HUMANO .................................................................... 24
4.2.4 DE ENSINO APRENDIZAGEM ............................................................................. 26
4.3 INCLUSÃO ............................................................................................................... 28
4.4 ARTICULAÇÃO DA INSTITUIÇÃO COM O ENSINO FUNDAMENTAL ................... 30
4.5 ARTICULAÇÃO DA INSTITUIÇÃO COM A FAMÍLIA .............................................. 32
4.6 ARTICULAÇÃO DA INSTITUIÇÃO COM OUTROS SEGMENTOS DA SOCIEDADE ........................ 34
5 PRINCÍPIOS DIDÁTICO-PEDAGÓGICOS DA INSTITUIÇÃO .......................... 35
5.1 CONDIÇÕES DIDÁTICAS ........................................................................................ 36
5.2 AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM ......................................................................... 41

3
PREFEITURA MUNICIPAL DE CURITIBA
SECRETARIA MUNICIPAL DA EDUCAÇÃO
CENTRO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO INFANTIL ADA PIRES DE OLIVEIRA

5.3 EDUCAÇÃO AMBIENTAL ....................................................................................... 43


5.4 EDUCAÇÃO DAS RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS .................................................. 45
6 AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL .......................................................................... 47
7 BIBLIOGRAFIA.................................................................................................. 50
8. ANEXOS ........................................................................................................... 53

4
PREFEITURA MUNICIPAL DE CURITIBA
SECRETARIA MUNICIPAL DA EDUCAÇÃO
CENTRO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO INFANTIL ADA PIRES DE OLIVEIRA

1 INTRODUÇÃO
Desde a promulgação da Lei de Diretrizes e Bases para a Educação
Nacional 9394/96, a elaboração do projeto político pedagógico tornou-se uma prática
comum nas instituições de ensino.
O desafio é pensar em uma proposta pedagógica para a educação infantil
que oriente as ações na instituição, explicitando diretrizes para o gestor, outros
profissionais que atuam no CMEI, as crianças, suas famílias e a comunidade em que
está inserida.
O processo de construção deste documento em si já se caracteriza em
momento de transformação e reflexão sobre o tipo de educação, cuidado e formação
que a instituição de educação infantil proporciona. Alguns aspectos foram considerados
na elaboração do Projeto Político Pedagógico do Centro Municipal de Educação Infantil
Professora Ada Pires de Oliveira como o conhecimento da comunidade, os princípios
que norteiam a ação pedagógica, a proposta curricular, a formação dos professores, a
gestão.
Participaram da elaboração deste documento os profissionais do CMEI, as
famílias e as crianças.
A equipe de professores em parceria com a pedagoga e a diretora realizou
vários momentos de estudo e reflexão sobre a proposta pedagógica do CMEI e dos
textos de fundamentação e a legislação, que culminaram nu seminário realizado em um
sábado pedagógico. Os familiares das crianças participaram de momentos específicos
em que puderam opinar e contribuir, a pedagoga realizou rodas de conversa com as
crianças para que pudessem expressar o que mais gostavam de fazer no CMEI e sobre
o que desejavam que fosse melhor diferente ou acrescentado às rotinas, aos espaços e
as oportunidades de brincar, aprender, se mover dentre outros.
A finalização e edição do documento foram realizadas pela equipe
pedagógico administrativa da unidade e tem a intensão de ser uma referência em
constante processo de construção.

5
PREFEITURA MUNICIPAL DE CURITIBA
SECRETARIA MUNICIPAL DA EDUCAÇÃO
CENTRO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO INFANTIL ADA PIRES DE OLIVEIRA

1.1 IDENTIFICAÇÃO DO CENTRO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO INFANTIL

1.1.1 NOME
CENTRO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO INFANTIL ADA PIRES DE OLIVEIRA
Oficializada pelo Decreto Municipal nº. 374/03

1.1.2 ENDEREÇO
RUA ODILON SANTANA GOMES, Nº. 269
CEP: 82110-360
BAIRRO: PILARZINHO
MUNICÍPIO: CURITIBA

1.1.3 CNPJ 764417005/0001-86

1.1.4 TELEFONE
41 3335 1747
E-mail: cmeiadapires@sme.curitiba.pr.gov.br

1.1.5 DIRETORA
Regina Célia Chevalier Bastos

6
PREFEITURA MUNICIPAL DE CURITIBA
SECRETARIA MUNICIPAL DA EDUCAÇÃO
CENTRO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO INFANTIL ADA PIRES DE OLIVEIRA

1.2 CARACTERIZAÇÃO DA INSTITUIÇÃO


HISTÓRICO
O Centro Municipal de Educação Infantil Ada Pires de Oliveira está
localizado no bairro Pilarzinho, na região norte da cidade de Curitiba, faz divisa com os
bairros São João, Vista Alegre, Bom Retiro, São Lourenço, Abranches, Taboão e com o
município de Almirante Tamandaré. É uma antiga região de chácaras de imigrantes
alemães, abriga hoje alguns dos mais importantes pontos turísticos de Curitiba, como
os parques Tanguá, Parque São Lourenço, Ópera de Arame, Parque Tingui e
o Memorial Ucraniano.
A inauguração do Centro Municipal de Educação Infantil Professora Ada
Pires de Oliveira aconteceu no dia 20 /11/2012. O início das atividades com as crianças
foi no dia 9 de outubro de 2012.
O CMEI recebeu esse nome para fazer uma justa homenagem à professora
Ada Pires de Oliveira pela sua história de vida que nos deixou um legado de amor e
dedicação pelo trabalho com crianças pequenas.
A atual diretora é a senhora Regina Célia Chevalier Bastos, que assumiu em
setembro de 2012. O CMEI Professora Ada Pires de Oliveira conta hoje com seis
turmas de Berçário ao Pré, oferecendo atendimento a 150 crianças. Até o final de 2012
eram atendidas apenas 48 crianças, já no início de 2013 pode-se ampliar o atendimento
para 150 crianças de 3 meses a 5 anos que passaram a ter um ambiente educativo
com espaço para as diversas linguagens que permeiam o universo infantil, onde o
cuidar e o educar caminham juntos propiciando o desenvolvimento integral das
crianças.
Contamos com uma estrutura planejada para favorecer a autonomia das
nossas crianças com equipamentos e mobiliários modernos e adequados à
necessidade infantil, inclusive com espaços adaptados para os pequenos com
necessidades específicas como banheiros e amplos corredores de circulação
possibilitando desenvolver autonomia.

7
PREFEITURA MUNICIPAL DE CURITIBA
SECRETARIA MUNICIPAL DA EDUCAÇÃO
CENTRO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO INFANTIL ADA PIRES DE OLIVEIRA

1.3 ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO FÍSICO


1.3.1 INSTALAÇÕES E EQUIPAMENTOS
Os recursos materiais disponíveis no CMEI descritos abaixo são apropriados
para as crianças atendendo suas necessidades de desenvolvimento, exploração,
movimentação, segurança, acesso, autonomia e desenvolvimento das propostas
pedagógicas.
A unidade conta com os seguintes equipamentos de infraestrutura:
a) Três banheiros para as crianças.
b) Um banheiro adaptado para as crianças.
c) Dois trocadores.
d) Três cubas para banho.
e) Treze vasos sanitários.
f) Três mictórios.
g) Quinze pias.
h) Dez galões para água.
i) Uma instalação sanitária, para adultos.
j) Recepção
k) Sala da Direção
l) Sala de Apoio pedagógico.
m) Refeitório para as crianças.
n) Refeitório para os adultos
o) Almoxarifado
p) Seis salas de referência para as crianças.
q) Quatro solários
r) Área livre para atividades envolvendo a Linguagem Movimento, Linguagens
Artísticas e momentos de livre escolha: parque de areia e casinha de bonecas,
“cama de gato” permanente, jardim frontal e área gramada.
s) Cozinha
t) Lactário
u) Lavanderia

8
PREFEITURA MUNICIPAL DE CURITIBA
SECRETARIA MUNICIPAL DA EDUCAÇÃO
CENTRO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO INFANTIL ADA PIRES DE OLIVEIRA

v) Um filtro para água


Os espaços do CMEI são utilizados de acordo com a intencionalidade
planejada pelo professor, um desses momentos é a proposta “Café nos cantos”, que
acontece no momento da chegada das crianças e utiliza o espaço da sala de
atividades, que consiste na oferta do café da manhã organizado na própria sala e a
oferta concomitante de espaços de brincar, que possibilitam às crianças escolherem o
melhor momento para tomarem o café e decidirem de forma autônoma brincar até o
início das propostas da rotina.
O refeitório, além de ser utilizado para as refeições, atende outros tipos de
atividades como apresentações, reuniões pedagógicas e administrativas, integração,
cinema e tem a função de pátio coberto. A área externa tem característica de multiuso
para além das práticas de movimento, recebe apresentações culturais e artísticas.
O acervo de livros para estudos e planejamento conta com volumes
disponibilizados pelo enxoval inicial da unidade e as aquisições propostas pelo setor
pedagógico e pelos profissionais do CMEI e são disponibilizados aos profissionais do
CMEI para uso na unidade, bem como utilizados como subsídios teóricos na formação
continuada da equipe.

1.3.2 ACESSIBILIDADE
Procuramos obedecer a alguns princípios que colocam a criança e suas
necessidades como eixo central, cumprindo as seguintes funções: promover a
identidade pessoal, desenvolver competências, possibilitar oportunidades de
crescimento, de movimento corporal, de contato social e de privacidade, promovendo a
segurança e a confiança da criança.
Nessa perspectiva, nossa unidade possui uma estrutura de serviços de
higiene, alimentação e espaços de atividades para as crianças, organizada de forma
diversificada, disponibilizando materiais para atividades e temas que proporcionem o
trabalho das várias dimensões humanas. Assim, a criança pode escolher onde vai ficar
e que tipo de atividades irá desenvolver. Concebidos nessa perspectiva, nossos

9
PREFEITURA MUNICIPAL DE CURITIBA
SECRETARIA MUNICIPAL DA EDUCAÇÃO
CENTRO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO INFANTIL ADA PIRES DE OLIVEIRA

espaços físicos proporcionam condições de avanço na direção de um atendimento Inter


setorial e viabilizam um trabalho mais planejado.
Os espaços são organizados e arrumados com capricho e criatividade e as
crianças têm o material que utilizam no dia a dia ao seu alcance, as salas têm
escaninhos para guardar seus pertences o que lhes garante livre acesso aos objetos de
uso pessoal, são claras, limpas e ventiladas, não há objetos e móveis quebrados, há
lugares agradáveis para se recostar e desenvolver atividades calmas, para o descanso
e o sono.
O espaço está adequado a livre circulação, com corredores largos, acesso
plano às áreas em que as crianças frequentam na unidade, as portas são largas
facilitando a movimentação. As famílias são recebidas em ambientes acolhedores.
Existe um espaço organizado e reservado para amamentação atendendo os objetivos
do projeto Mama Nenê. Nossa preocupação se estende ainda aos professores e
funcionários que possuem um espaço próprio, reservado, limpo, organizado e equipado
para alimentação e descanso.
Procuramos garantir o acesso seguro das crianças ao CMEI e para melhorar
as condições de segurança no trânsito do seu entorno. Em relação as adequações
arquitetônicas na estrutura física para a acessibilidade de crianças com deficiência e
para atende-las com qualidade e respeito em nosso espaço ,buscaremos parceria com
o Núcleo regional da Educação e Coordenadoria de Obras da Secretaria Municipal de
Educação e Coordenadoria de Obras da Secretaria Municipal de Educação para as
possíveis adequações.

1.4 CARACTERIZAÇÃO DA COMUNIDADE ATENDIDA


1.4.1 CONDIÇÕES SOCIOECONÔMICAS E CULTURAIS
Através dos questionários preenchidos pelas famílias, pôde-se perceber que
a renda familiar se situa em média na faixa de três salários mínimos.
As famílias têm em média 3 a 6 pessoas, morando em casas alugadas ou
cedidas. São moradores do bairro Pilarzinho, sua maioria a mais de 6 anos e com grau
de escolaridade no ensino médio completo ou incompleto.

10
PREFEITURA MUNICIPAL DE CURITIBA
SECRETARIA MUNICIPAL DA EDUCAÇÃO
CENTRO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO INFANTIL ADA PIRES DE OLIVEIRA

A expectativa das famílias em relação ao CMEI ficou clara nos relatórios de


pesquisa, esperam que seus filhos sejam cuidados e tenham oportunidades de
formação e educação privilegiadas, julgam que as rotinas de cuidado, alimentação sono
e higiene têm favorecido a autonomia de seus filhos.
Os pais ressaltaram o quanto é importante participar e contribuir de forma
verbal, pesquisas, enviando objetos, fotos, ou ainda participando ativamente de
momentos de integração dentro da unidade onde expressam sua cultura. Valorizam
muito a parceria entre a família e o CMEI, assim como reconhecem, valorizam e apoiam
a gestão participativa instituída na unidade. As Famílias têm como expectativa a
qualidade nos atendimentos e no trabalho pedagógico. Que o espaço que suas
crianças frequentam sejam limpas, organizadas, acolhedor. Desejam que as
professoras estejam em constante formação e ampliação de conhecimentos. Acham
importante a participação da Unidade de Saúde nas ações conjuntas de promoção a
saúde.
Muitos relataram que no fim de semana frequentam parques, praças e casa
de familiares ou ficam em casa. As famílias relatam que ainda não tem o hábito de
frequentar espaços culturais, mas reconhecem a importância desta prática.
As famílias frequentam os parques da região, Tanguá, Tingui, Ópera de
Arame, Bosque do Alemão e São Lourenço.
Muitos são descendentes das famílias fundadoras do bairro. As famílias
participam amplamente das ações de integração realizadas no CMEI, como a Feira de
Trocas, sugerida pelas famílias, as palestras de ampliação de conhecimentos com a
participação de psicóloga, nutricionista, dentista e demais profissionais da área da
saúde que sempre estão presentes nas reuniões de avaliação dos Parâmetros e
Indicadores de Qualidade, sábados de integração, festas, eventos, participam dos
projetos de ampliação cultural como o profissional da família, em que os pais vem até a
unidade para falar com as crianças sobre sua profissão, além dos talentos como o
show do “pai mágico” e do “pai músico” e do “pai artista”.
Nas propostas pedagógicas, projetos e sequências didáticas, momentos
culturais e de integração a parceria das famílias é constante, com ampla participação e

11
PREFEITURA MUNICIPAL DE CURITIBA
SECRETARIA MUNICIPAL DA EDUCAÇÃO
CENTRO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO INFANTIL ADA PIRES DE OLIVEIRA

adesão às propostas, nas reuniões abertas, individuais ou de Conselho do CMEI as


sugestões são ouvidas e, sempre que possíveis acolhidas.
Abaixo detalhamos o levantamento estatístico dos dados socioeconômicos
da pesquisa realizada com as famílias em 2015.
Em relação ao trabalho 25% declaram estar desempregados e 75 % tem
algum tipo de trabalho formal ou informal.
Quanto a profissão 50% se declaram autônomos, vigias e vendedores, 30%
são técnicos, trabalham com tele atendimento, como operador de máquinas e na área
administrativa, 10% são secretárias, pedreiros, serventes, açougueiros e 10% são
contador, motorista, moto boy, caixa e professora.
A renda familiar varia de um a três salários mínimos, 20% ganham até um
salário mínimo, 60 % de dois a três salários mínimos e 20% ganham acima de três
salários mínimos.
Em relação ao número de pessoas que residem na mesma casa em que a
criança mora, 80% das casas tem entre quatro a oito moradores e 20% de dois a três
moradores.

1.5 CARACTERIZAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DA INSTITUIÇÃO


O CMEI possui funcionários que exercem as seguintes funções: 21
professores de Educação Infantil, um professor do magistério no Pré 1, diretora;
pedagoga; agente administrativo; apoio administrativo, 3 funcionárias para limpeza
(serviço terceirizado); 3 funcionárias responsáveis pela alimentação (serviço
terceirizado).
A expectativa dos profissionais da unidade é a de colaborar com o amplo
desenvolvimento das crianças em todas as suas dimensões, têm a clareza da
necessidade da formação continuada e ampliação de conhecimentos.
Buscam constantemente ampliar suas experiências culturais e de leitura,
recebem apoio da equipe pedagógica para realizarem cursos de seus interesses e que
agreguem valor para o trabalho pedagógico desenvolvido com as crianças.

12
PREFEITURA MUNICIPAL DE CURITIBA
SECRETARIA MUNICIPAL DA EDUCAÇÃO
CENTRO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO INFANTIL ADA PIRES DE OLIVEIRA

Os profissionais do CMEI têm almejado a ampliação da formação, na forma


de cursos superiores na área de educação e para as que já concluíram a formação de
nível superior a busca é pelas especializações na área de educação. Mas é significativo
o número de professores com formação em nível superior e especialização na área de
educação.
Em sua maioria são professoras leitoras, pesquisadoras, que investem
pessoalmente em seu desenvolvimento profissional, exigem oportunidades de formação
da equipe pedagógica do CMEI e da mantenedora, trabalham em equipe, participam do
projeto pedagógico da unidade, para melhor atender as necessidades formativas e de
desenvolvimento das crianças com as quais atuam. Estamos todos em construção
pessoal e coletiva do processo de formação no CMEI.

1.6 PLANO DE FORMAÇÃO CONTINUADA


Os princípios e estratégias que norteiam e fundamentem o processo de
formação no CMEI, buscam se apoiar no diagnóstico das necessidades formativas do
grupo. Faz parte do processo permanente de desenvolvimento profissional, é
assegurado a todos e tem como objetivo garantir que os professores tenham condições
de se desenvolver profissionalmente para ampliar sua autonomia e o comando de seu
trabalho, com a finalidade de oferecer condições necessárias ao desenvolvimento das
crianças com as quais trabalham, atendendo as necessidades culturais, sociais e
individuais.
A pedagoga, apoiada pela diretora, procura atuar na formação oferecendo
aos profissionais a oportunidade de reflexão de sua prática, o encontro desta prática
com o acervo teórico, nas intervenções, orientações para o planejamento do espaço, do
tempo das práticas pedagógicas e nas questões dos professores frente aos desafios do
exercício profissional individual e coletivo.
O plano de formação da unidade é elaborado a partir de diagnóstico inicial,
com base nos desafios encontrados na formação dos anos anteriores e das demandas
apresentadas pelos profissionais do CMEI, indicações e orientações da supervisora do

13
PREFEITURA MUNICIPAL DE CURITIBA
SECRETARIA MUNICIPAL DA EDUCAÇÃO
CENTRO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO INFANTIL ADA PIRES DE OLIVEIRA

Núcleo Regional de Educação do Boa Vista e das necessidades observadas pela


pedagoga no desenvolvimento do trabalho pedagógico.

A formação continuada dos profissionais do CMEI além de estar apoiada nos


recursos materiais para estudo na forma da documentação oficial que regulamenta e
orienta as propostas de trabalho desenvolvidas, está pautada no trabalho efetivo do
gestor, da pedagoga e das professoras da unidade.

A equipe de profissionais participa da formação ofertada pela Secretaria


Municipal de Educação. O acompanhamento do trabalho pedagógico e a formação na
unidade acontece nos momentos de permanência, sábados pedagógicos, durante o
acompanhamento das práticas pedagógicas diárias. As estratégias de formação partem
da análise das necessidades formativas das professoras, da análise e observação das
práticas pedagógicas desenvolvidas pelas professoras, as principais estratégias
formativas são a observação e tematização da prática, análise de bons modelos e
consistem em analisar as práticas didáticas utilizadas pelas professoras (registro,
observação e devolutivas), para estudar as teorias que ajudarão as professoras a
perceber as intervenções necessárias para as mudanças necessárias.

2 OFERTA DA INSTITUIÇÃO
O Centro Municipal de Educação Infantil Professora Ada Pires de Oliveira
atualmente tem capacidade para 150 crianças que são organizadas conforme a faixa
etária, com a preocupação de serem atendidas as suas necessidades básicas de
cuidados e educação com qualidade.
As turmas são organizadas conforme a demanda e podem variar ano a ano
de acordo com a orientação da mantenedora.
O CMEI atende Creche até 3 anos e Pré escola 4 a 5 anos.

14
PREFEITURA MUNICIPAL DE CURITIBA
SECRETARIA MUNICIPAL DA EDUCAÇÃO
CENTRO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO INFANTIL ADA PIRES DE OLIVEIRA

3 REGIME DE FUNCIONAMENTO:
3.1 PERÍODO
O Centro Municipal de Educação Infantil Professora Ada Pires de Oliveira
oferece atendimento em regime de período integral, funcionando das 7:00h às 18:00h,
de acordo com o regimento da Unidade.

3.2 TRABALHO EDUCACIONAL


O ano letivo conta com 200 dias e 800 horas de efetivo trabalho educacional
com a criança, de acordo com a Lei Federal nº12.796/13. A equipe de funcionários é
organizada a fim de cumprir o horário de funcionamento estabelecido, respeitando a
jornada de trabalho de cada um.
O calendário e a distribuição dos 200 dias letivos são organizados por todos
os representantes dos segmentos do Conselho do CMEI e aprovado em assembleia.

3.3 FREQUÊNCIA PARA PRÉ-ESCOLAR


A frequência exigida para o pré-escolar é de 60% (sessenta por cento) do
total de dias efetivos de trabalho educacional, conforme a Lei Federal nº 12.796/13.

3.4 ORGANIZAÇÃO DE GRUPOS E RELAÇÃO PROFESSOR/ CRIANÇA


A composição das turmas no Centro Municipal de Educação Infantil, segue
recomendação estabelecida por portaria municipal vigente e orientações do
Departamento de Educação Infantil que estabelece o número de crianças e
profissionais por turma.

4 PRINCÍPIOS FILOSÓFICOS E EDUCACIONAIS


4.1 FINS E OBJETIVOS
A educação infantil é qualificada como sendo a primeira etapa da Educação
Básica na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9.394/96 e o artigo 29
versa sobre o assunto além de apresentar sua finalidade que é: “o desenvolvimento
integral da criança até cinco anos de idade, em seus aspectos físico, psicológico,

15
PREFEITURA MUNICIPAL DE CURITIBA
SECRETARIA MUNICIPAL DA EDUCAÇÃO
CENTRO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO INFANTIL ADA PIRES DE OLIVEIRA

intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade.” (BRASIL,


1996).
Além de assegurar que a educação infantil é a primeira etapa da educação
básica, a LDB concebe a criança como sujeito de direitos e procura garantir seu
desenvolvimento integral.
A LDB em seu Artigo 30 determina que a educação infantil deva ser
oferecida em creches, ou entidades equivalentes, para crianças de até três anos de
idade; e pré-escolas, para crianças de quatro a cinco anos de idade.

Ainda de acordo com o PARECER CNE/CEB Nº: 20/2009:

Fica assim evidente que, no atual ordenamento jurídico, as creches e


pré-escolas ocupam um lugar bastante claro e possuem um caráter
institucional e educacional diverso daquele dos contextos domésticos,
dos ditos programas alternativos à educação das crianças de zero a
cinco anos de idade, ou da educação não-formal. As creches e pré-
escolas se constituem, portanto, em estabelecimentos educacionais
públicos ou privados que educam e cuidam de crianças de zero a cinco
anos de idade por meio de profissionais com a formação específica
legalmente determinada, a habilitação para o magistério superior ou
médio, refutando assim funções de caráter meramente assistencialista,
embora mantenha a obrigação de assistir às necessidades básicas de
todas as crianças. (PARECER CNE/CEB Nº: 20/2009 Brasil, 2009)

O Parecer CNE/CEB n.º009, que fundamenta as Diretrizes Curriculares


Nacionais para a Educação Infantil, dentre outras reflexões, realiza o detalhamento dos
princípios que devem nortear o trabalho na Educação Infantil.
No que tange aos princípios éticos, reforça a importância de apoiar as
crianças em suas conquistas de autonomia, na manifestação de seus interesses e na
valorização de suas produções e sua cultura, por meio de experiências diversificadas,
priorizando a autonomia, responsabilidade, solidariedade, respeito ao bem-comum, ao
meio ambiente e às diferentes culturas, identidades e singularidades.
Os princípios políticos destacam a necessidade de criar condições nas quais
as crianças aprendam a opinar sobre as descobertas que fazem a respeito do mundo, a

16
PREFEITURA MUNICIPAL DE CURITIBA
SECRETARIA MUNICIPAL DA EDUCAÇÃO
CENTRO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO INFANTIL ADA PIRES DE OLIVEIRA

participar criticamente das decisões do cotidiano e, principalmente, que tenham


garantido o seu direito à aprendizagem, priorizando os direitos de cidadania, exercício
da criticidade, respeito à ordem democrática.
Em relação aos princípios estéticos, aborda a relevância de valorizar a
organização de um cotidiano agradável, estimulante, que apresente desafios, coletivos
e individuais e que possibilite às crianças a livre expressão por meio das diferentes
linguagens, priorizando sensibilidade, criatividade, ludicidade, liberdade de expressão
nas diferentes manifestações artísticas e culturais.
A criança é competente, capaz, interpreta o mundo e produz cultura. O
professor de educação infantil em seu processo de desenvolvimento profissional reflete,
pesquisa, é brincante, autônomo e autor de sua prática e identidade profissional. As
práticas pedagógicas se fundamentam na indissociabilidade do educar e cuidar, na
criança como centro da ação educativa, tendo como eixos norteadores as interações e
brincadeira. A família é corresponsável pela educação infantil e compartilha seus
saberes e ações nas práticas pedagógicas cotidianas por meio do constante diálogo
com a instituição educativa além de desenvolver ações para conscientização,
prevenção e identificação de práticas de intimidação sistemática bullying, com toda
comunidade educativa.

4.1.1 DA INSTITUIÇÃO
A finalidade da instituição de educação infantil é garantir o reconhecimento
da identidade pessoal das crianças, suas famílias, professores e outros profissionais.
Além de promover práticas de educação e cuidados possibilitando o
desenvolvimento integral da criança.
Sob esta perspectiva segundo o PARECER CNE/CEB Nº: 20/2009: “Essa
dimensão de instituição voltada à introdução das crianças na cultura e à apropriação
por elas de conhecimentos básicos requer tanto seu acolhimento quanto sua adequada
interpretação em relação às crianças pequenas.” (BRASIL, 2009)
Ainda segundo o PARECER CNE/CEB Nº: 20/2009:

17
PREFEITURA MUNICIPAL DE CURITIBA
SECRETARIA MUNICIPAL DA EDUCAÇÃO
CENTRO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO INFANTIL ADA PIRES DE OLIVEIRA

A função das instituições de Educação Infantil, a exemplo de todas as


instituições nacionais e principalmente, como o primeiro espaço de
educação coletiva fora do contexto familiar, ainda se inscreve no projeto
de sociedade democrática desenhado na Constituição Federal de 1988
(art. 3º, inciso I), com responsabilidades no desempenho de um papel
ativo na construção de uma sociedade livre, justa, solidária e
socioambientalmente orientada. A redução das desigualdades sociais e
regionais e a promoção do bem de todos (art. 3º, incisos II e IV da
Constituição Federal) são compromissos a serem perseguidos pelos
sistemas de ensino e pelos professores também na Educação Infantil.
(PARECER CNE/CEB Nº: 20/2009 Brasil, 2009)

Outro objetivo a ser alcançado pela instituição de educação infantil é a


garantia de acesso da criança às creches e pré-escolas independente de sua condição
social, étnica, de gênero e geográfica. Além da garantia da qualidade do atendimento
desigualdades de acesso, também as condições desiguais da qualidade da educação
para a garantia de seus direitos constitucionais das mesmas.
Conforme o PARECER CNE/CEB Nº: 20/2009:

Cumprir tal função significa, em primeiro lugar, que o Estado necessita


assumir sua responsabilidade na educação coletiva das crianças,
complementando a ação das famílias. Em segundo lugar, creches e pré-
escolas constituem-se em estratégia de promoção de igualdade de
oportunidades entre homens e mulheres, uma vez que permitem às
mulheres sua realização para além do contexto doméstico. Em terceiro
lugar, cumprir função sociopolítica e pedagógica das creches e pré-
escolas implica assumir a responsabilidade de torná-las espaços
privilegiados de convivência, de construção de identidades coletivas e de
ampliação de saberes e conhecimentos de diferentes naturezas, por meio
de práticas que atuam como recursos de promoção da equidade de
oportunidades educacionais entre as crianças de diferentes classes
sociais no que se refere ao acesso a bens culturais e às possibilidades
de vivência da infância. Em quarto lugar, cumprir função sociopolítica e
pedagógica requer oferecer as melhores condições e recursos
construídos histórica e culturalmente para que as crianças usufruam de
seus direitos civis, humanos e sociais e possam se manifestar e ver
essas manifestações acolhidas, na condição de sujeito de direitos e de
desejos. Significa, finalmente, considerar as creches e pré-escolas na
produção de novas formas de sociabilidade e de subjetividades
comprometidas com a democracia e a cidadania, com a dignidade da
pessoa humana, com o reconhecimento da necessidade de defesa do
meio ambiente e com o rompimento de relações de dominação etária,
socioeconômica, étnico-racial, de gênero, regional, linguística e religiosa
que ainda marcam nossa sociedade. (PARECER CNE/CEB Nº: 20/2009
Brasil, 2009)

18
PREFEITURA MUNICIPAL DE CURITIBA
SECRETARIA MUNICIPAL DA EDUCAÇÃO
CENTRO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO INFANTIL ADA PIRES DE OLIVEIRA

Isto significa que é necessário resgatar no espaço da educação das crianças


pequenas as suas manifestações próprias, o espaço da brincadeira, da interação, do
afeto e da expressão das diferentes linguagens como referência para o trabalho
pedagógico, contemplando sua identidade social e cultural e as múltiplas dimensões
humanas e desenvolver ações para conscientização, prevenção e identificação de
práticas de intimidação sistemática (bullying), com toda comunidade educativa.,
conforme disposto na lei nº 13.185, de 6 de novembro de 2015.
O CMEI é o lugar em que se procura garantir o direito à infância que cada
criança que frequenta nossa unidade tem.

4.1.2 DA GESTÃO DO CMEI

A democracia deve ser o princípio norteador de todas as ações da instituição


de educação infantil, a qual deve configurar como base de todas as ações
administrativas e pedagógicas.

Conforme os Parâmetro e Indicadores de Qualidade:


A gestão pautada no princípio da democracia e articulada com o eixo da
ação compartilhada previsto nas diretrizes municipais reflete no perfil da
instituição. No princípio democrático, a responsabilidade em tomar
decisões de ordem pedagógica, administrativa e financeira dentro da
instituição não se encerra em uma única pessoa, mas envolve o
conselho, com a representatividade de diferentes segmentos que
compõem o coletivo da educação infantil: profissionais, familiares e
comunidade. A função do conselho é orientar, acompanhar, opinar e
decidir, em reunião própria em conjunto com os seus segmentos e
considerando seu estatuto, sobre os aspectos relacionados à qualidade
da educação. Na gestão democrática, todos, inclusive as crianças,
identificam necessidades, discutem, avaliam e participam da tomada de
decisões no processo da educação infantil que, dada sua complexidade,
exige uma dinâmica Inter setorial, a integração de ações relacionadas à
saúde, assistência social e cultura, e a articulação com conselhos
tutelares, associação de moradores e rede de proteção à criança e ao
adolescente em situação de risco para a violência. A ação compartilhada
é um importante eixo de trabalho na educação infantil com as famílias
para a condução da educação das crianças. (SME, CURITIBA, 2009.)

Por esse motivo fizemos questão de instituí-lo tão logo iniciamos as nossas
atividades no ano de 2012.

19
PREFEITURA MUNICIPAL DE CURITIBA
SECRETARIA MUNICIPAL DA EDUCAÇÃO
CENTRO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO INFANTIL ADA PIRES DE OLIVEIRA

O relacionamento entre o CMEI e a comunidade é intensificado através de


vários eventos: reuniões mensais, sábados de integração com as famílias, palestras,
registro na agenda, conversas formais e informais, contato telefônico, reuniões
periódicas do Conselho de CMEI, onde seus membros podem exercer em parceria com
o gestor uma gestão compartilhada.
Em nossa unidade as crianças têm voz e vez na rotina e nas atividades
planejadas, respeitando assim o protagonismo infantil, o que interessa para as crianças
influencia diretamente no planejamento do professor, na organização dos espaços e do
tempo na unidade bem como nas decisões administrativas e pedagógicas.
As estratégias de integração das famílias na unidade são prioridades da
gestão, considerando a opinião e as decisões procurando garantir desta forma a
complementaridade na educação das crianças entre a instituição de educação infantil e
as famílias.
Desta forma as ações da instituição vão atingindo padrões de qualidade cada
vez mais altos e focados nas crianças e suas necessidades de desenvolvimento
integral.

O Plano de Ação da equipe pedagógica é sempre a partir das discussões da


Semana Pedagógica, além das observações e discussões diárias com a Equipe de
professores e funcionários, além das reuniões mensais de conselho do Cmei. Sua
aprovação, para nossa equipe de professores, funcionários, alunos e pais é sempre
feita primeiro para o conselho e depois em assembleia geral.

Notamos grande diferença no nosso dia a dia a partir da aplicação do Plano de


Ação, fato que facilitou e organizou não somente do nosso trabalho, mas também dos
professores, alunos e funcionários. No decorrer do ano, realizamos algumas
adaptações e alterações de datas e atividades, porém conseguimos praticamente
realizar integralmente as atividades inicialmente propostas.

Dentre os benefícios alcançados com as ações realizadas destacamos a


conquista de maior envolvimento e participação da comunidade escolar como um todo

20
PREFEITURA MUNICIPAL DE CURITIBA
SECRETARIA MUNICIPAL DA EDUCAÇÃO
CENTRO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO INFANTIL ADA PIRES DE OLIVEIRA

(professores, pais, alunos e funcionários). Em relação aos recursos financeiros


recebidos pela instituição são basicamente dois recursos, a verba que vem do governo
federal é distribuída pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE)
como o Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE) - depositado na conta bancária da
entidade executora do Cmei da APPF e os recursos da Descentralização administrados
pela SME.

Durante as reuniões mensais de representantes de todos os segmentos que


compõem a APPF professores, funcionários, equipe gestora, pais e comunidade é que
são definidas prioridades, com a participação ativa da APPF e do Conselho Escolar. De
acordo com os valores e o tipo de gasto, a obrigatoriedade de haver uma pesquisa
prévia de orçamentos que permita a comparação de preços antes da contratação do
serviço ou da compra de material. Por menor que seja esse gasto, o processo referente
a ele deve conter, no mínimo, três orçamentos registrados.

O CMEI presta contas de seus gastos à Secretaria de Educação à qual é


vinculada, aos executores dos programas de financiamento com os quais estabelece
parceria - em períodos estabelecidos previamente por lei ou pelo regulamento da
entidade financiadora - e à comunidade. Acompanhado por documentos fiscais,
justificativas, o relatório de prestação de contas aprovado pelo conselho fiscal da
Unidade.

4.2 CONCEPÇÃO PEDAGÓGICA


4.2.1 DE CRIANÇA
O conceito e a concepção de criança e de infância sofreram avanços sociais,
históricos e culturais que determinaram o que se entende na atualidade.
Nas últimas décadas, a educação de crianças pequenas vem passando por
mudanças nas concepções e políticas públicas, que são reflexo das demandas sociais
advindas da população e de estudiosos da educação infantil, passando de instituições
meramente assistencialistas para assumir um caráter educativo.

21
PREFEITURA MUNICIPAL DE CURITIBA
SECRETARIA MUNICIPAL DA EDUCAÇÃO
CENTRO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO INFANTIL ADA PIRES DE OLIVEIRA

A criança é entendida como sujeito de direitos, que aprender através da


brincadeira e das interações, é capaz de compreender o seu entorno, produz cultura e
pensa de forma sincrética, sente, e se expressa. Cada criança é única e são
influenciadas pelos contextos mais diversos: histórico, social, político, cultural, dentre
outros.
Desse modo, todas as transformações da concepção de criança, de infância
e do desenvolvimento infantil exigiram do poder público uma tomada de posição em
relação à estrutura e condições das instituições públicas responsáveis por esse
atendimento.
Com essa nova concepção de criança como sujeito de direitos, foi se
delineando a necessidade de se ampliar às políticas públicas para o atendimento de
crianças de 0 a 5 anos, mudando o foco desse atendimento que deveria deixar de ser
assistencialista para ser educacional, passando assim a compor os sistemas de ensino
como primeira etapa da educação básica.
O CMEI Ada Pires de Oliveira enxerga essa fase da vida do indivíduo, a
infância, como um tempo de direitos que devem ser preservados, oferecendo a elas
uma educação infantil de qualidade com espaços e tempos planejados para o
aprendizado através da brincadeira, promovendo o desenvolvimento infantil sob o viés
do lúdico respeitando o ritmo de cada criança.
Assim a criança tem um mundo a descobrir e interagindo com este é que
forma sua identidade. Sendo assim:

Crianças pequenas são seres humanos portadores de todas as melhores


potencialidades da espécie (1), inteligentes, curiosas, animadas, brincalhonas,
em busca de relacionamentos gratificantes, pois descobertas, entendimento,
afeto, amor, brincadeira, bom humor e segurança trazem bem estar e
felicidade; (2) tagarelas, desvendando todos os sentidos e significados das
múltiplas linguagens de comunicação, por onde a vida se explica; (3) inquietas,
pois tudo deve ser descoberto e compreendido, num mundo que é sempre novo
a cada manhã; (4) encantadas, fascinadas, solidárias e cooperativas desde que
o contexto ao seu redor e principalmente nós adultos/educadores saibamos
responder, provocar e apoiar o encantamento e a fascinação, que levam ao
conhecimento, à generosidade e à participação.(CNE/CEB22/98 in
CURITIBA, 2006,P.18)

22
PREFEITURA MUNICIPAL DE CURITIBA
SECRETARIA MUNICIPAL DA EDUCAÇÃO
CENTRO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO INFANTIL ADA PIRES DE OLIVEIRA

Os profissionais do CMEI reconhecem que esta é uma fase que tem suas
especificidades, e que não podem ser desconsideradas, percebem a infância como
uma fase única de descoberta, de aprender e brincar, uma vez que a criança é um ser
em pleno desenvolvimento e necessita que seus direitos sejam assegurados –
educação, saúde, alimentação, amor, etc., garantindo, assim, a sua cidadania.

4.2.2 DE CUIDAR E EDUCAR


Segundo a CNE/CEB nº 5/2009, em seu Art.5º A Educação Infantil, primeira
etapa da Educação Básica, deverá ser oferecida em creche e pré-escolas, as quais
devem proporcionar espaços educacionais que educam e cuidam de crianças de 0 a 5
anos de idade.
De acordo com Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil –
RCNEI (1998), o professor tem um papel muito importante na construção de uma
proposta curricular de qualidade, para tanto se faz necessário que ele esteja
comprometido com a prática educacional, estando, dessa forma, preparado para lidar
com eventuais situações que possam a vir acontecer no decorrer do cotidiano da
unidade de educação infantil.
A instituição de Educação Infantil integra as funções de educar e cuidar,
comprometidas com o desenvolvimento integral da criança nos aspectos físico,
intelectual, afetivo e social, compreendendo a criança como um ser total, completo, que
aprende a ser e conviver consigo mesma, com o seu semelhante e com o ambiente que
a cerca.
Sob tal enfoque, situações que ocorrem diariamente na rotina das crianças
que frequentam creches, como as refeições, por exemplo, poderão se transformar num
momento educativo e lúdico à medida que o adulto interage com a criança, estreitando-
se os vínculos afetivos. Segundo as Diretrizes Curriculares Municipais para Educação
Infantil de Curitiba:
Isso significa considerar a criança por inteiro em qualquer proposta educativa,
integrando as ações de educar e cuidar, compreendendo-as como funções
indispensáveis e indissociáveis na Educação Infantil. São indissociáveis, pois,
no ato de cuidar, educa-se e no ato de educar cuida-se. Nessa perspectiva,
educar e cuidar de modo integrado implica atenção e respostas às

23
PREFEITURA MUNICIPAL DE CURITIBA
SECRETARIA MUNICIPAL DA EDUCAÇÃO
CENTRO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO INFANTIL ADA PIRES DE OLIVEIRA

necessidades fundamentais do desenvolvimento das crianças. (CURITIBA,


2006, p.20)

Cuidar e educar estão relacionados a respeitar e garantir os direitos de todas


as crianças ao bem-estar, à expressão, ao movimento, à segurança, à brincadeira, ao
contato com a natureza e com o conhecimento, independentemente de gênero, etnia ou
religião.
É importante que sejam pensadas formas de organização do trabalho
coerentes com as especificidades das crianças dessa faixa etária, que lhes permitam
apropriar-se progressivamente de conhecimentos, valores, procedimentos e
instrumentos da cultura e, ao mesmo tempo, se sentirem acolhidas nesse espaço
coletivo de cuidado e educação.
Existem diferentes naturezas no cuidar. Na Educação Infantil, as atividades
de cuidado não podem ser encaradas apenas como ato mecânico na realização de
atividades básicas, que as crianças não realizam sozinhas e que se relacionam com as
necessidades de proteção, nutrição e higiene. Requerem planejamento e envolvimento
com o estabelecimento de vínculos afetivos.

Isso implica que o professor esteja atento as necessidades das crianças, diz
respeito a uma ética profissional que contribuirá para educarmos as crianças para que
também sejam sensíveis às necessidades e dificuldades dos outros.

Nas ações educativas de cuidado é importante consolidar na rotina


atividades de higiene, alimentação, sono, descanso, que também são práticas
educativas e importantes para o desenvolvimento infantil.
As ações são planejadas de modo a organizar o tempo e o espaço e garantir
que a criança conheça a rotina e se sinta segura. Nessa rotina também deverá ser
contemplado encaminhamentos para todas as linguagens da criança pequena.

4.2.3 DE DESENVOLVIMENTO HUMANO


Desde que nasce a criança está em contato com o mundo simbólico da cultura
em que vive, e, assim, deflagra-se o processo de desenvolvimento de sua identidade

24
PREFEITURA MUNICIPAL DE CURITIBA
SECRETARIA MUNICIPAL DA EDUCAÇÃO
CENTRO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO INFANTIL ADA PIRES DE OLIVEIRA

pessoal e grupal. Nesse processo, o desenvolvimento humano se dá em uma


construção coletiva, a partir das interações que a criança estabelece com as pessoas,
inicialmente com aquelas com quem está mais envolvida afetivamente, e com o meio.
Ao trabalhar com crianças pequenas é possível perceber o quanto progridem
e mudam ao longo dos dias e meses e dentro de uma concepção sócio interacionista
de desenvolvimento em que os aspectos, sociais, culturais, históricos e biológicos são
determinantes na percepção do modo como educaremos e cuidaremos das crianças e
em como o espaço o tempo e a organização pedagógica no CMEI será influenciada por
esta concepção.

Segundo OLIVEIRA:

“a concepção sócio interacionista considera que biológico e social são


indissociáveis e exercem influência mútua, as características biológicas
preparam a criança para agir sobre o social e modificá-lo, mas esta ação
determina por influenciar a construção das próprias características
biológicas das crianças e defende a reciprocidade de influências entre o
indivíduo e um meio, o modifica e é modificada por ele , em especial pela
interação com outros indivíduos”. (OLIVEIRA, São Paulo, P.29)

Diante desta afirmação pressupomos que não há um desenvolvimento físico,


emocional, social, cultural e cognitivo que seja linear, rigidamente determinado ou igual.
O período de vida atendido pela Educação Infantil caracteriza-se por
conquistas como andar, falar, brincar, fazer de conta, conquista da autonomia, no
autocuidado (higiene, alimentação e sono), desfralde, a expressão pelas diversas
linguagens que lhe são próprias e essas conquistas são graduais e tem percurso
próprio para cada criança.
Todas essas conquistas acontecem na interação com outras pessoas e se
desenvolvem desde o nascimento. Segundo a Diretriz Nacional para a Educação
Infantil:

Assim, a motricidade, a linguagem, o pensamento, a afetividade e a


sociabilidade são aspectos integrados e se desenvolvem a partir das
interações que, desde o nascimento, a criança estabelece com diferentes

25
PREFEITURA MUNICIPAL DE CURITIBA
SECRETARIA MUNICIPAL DA EDUCAÇÃO
CENTRO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO INFANTIL ADA PIRES DE OLIVEIRA

parceiros, a depender da maneira como sua capacidade para construir


conhecimento é possibilitada e trabalhada nas situações em que ela
participa. Isso por que, na realização de tarefas diversas, na companhia
de adultos e de outras crianças, no confronto dos gestos, das falas,
enfim, das ações desses parceiros, cada criança modifica sua forma de
agir, sentir e pensar. Cada criança apresenta um ritmo e uma forma
própria de colocar-se nos relacionamentos e nas interações, de
manifestar emoções e curiosidade, e elabora um modo próprio de agir
nas diversas situações que vivencia desde o nascimento conforme
experimenta sensações de desconforto ou de incerteza diante de
aspectos novos que lhe geram necessidades e desejos, e lhe exigem
novas respostas. Assim busca compreender o mundo e a si mesma,
testando de alguma forma as significações que constrói, modificando-as
continuamente em cada interação, seja com outro ser humano, seja com
objetos. Uma atividade muito importante para a criança pequena é a
brincadeira. Brincar dá à criança oportunidade para imitar o conhecido e
para construir o novo, conforme ela reconstrói o cenário necessário para
que sua fantasia se aproxime ou se distancie da realidade vivida, as-
sumindo personagens e transformando objetos pelo uso que deles faz.
(PARECER CNE/CEB Nº: 20/2009 Brasil, 2009)

A criança aprende o que lhe é caro e significativo ao interagirem com seus


pares.
A compreensão destas características dá aos profissionais do CMEI Ada
Pires de Oliveira trazer referências, ampliarem as experiências e o repertório visando o
desenvolvimento integral da criança no trabalho coletivo.
Toda a proposta de trabalho é voltada para promoção do desenvolvimento
da criança, pois o profissional estará preparado para compreender es particularidades
desta faixa etária.
A compreensão que se tem da criança, de como ela aprende e se
desenvolve é fundamental para orientar o projeto pedagógico de educação Infantil, pois
em nenhuma época se aprende e se desenvolve tanto quanto nos primeiros anos de
vida.

4.2.4 DE ENSINO APRENDIZAGEM


Dentro da perspectiva de que o protagonismo infantil é o foco principal do
trabalho em educação infantil e de que todas as ações de cuidar e educar na instituição
são voltados para o desenvolvimento integral da criança, a concepção de ensino
aprendizagem deve compactuar com estas concepções.

26
PREFEITURA MUNICIPAL DE CURITIBA
SECRETARIA MUNICIPAL DA EDUCAÇÃO
CENTRO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO INFANTIL ADA PIRES DE OLIVEIRA

O desafio é levar em consideração o ponto de vista das crianças, as


expectativas os objetivos e as suas hipóteses em um plano pedagógico que considere o
pensamento sincrético infantil e que leve a produção e elaboração do conhecimento
formal, que acabe por melhorar as estratégias pedagógicas na relação ensino
aprendizagem.
As Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Infantil (DCNEI -
Resolução CNE/CEB nº. 05/09, artigo 4º) definem a criança como um sujeito histórico e
de direitos, que brinca, imagina, fantasia, deseja, aprende, observa, experimenta, narra,
questiona e constrói sentidos sobre a natureza e sobre a sociedade, produzindo cultura.
O reconhecimento desse potencial aponta para o direito de as crianças terem acesso a
processos de apropriação, de renovação e de articulação de saberes e conhecimentos,
como requisito para a formação humana, para a participação social e para a cidadania,
desde seu nascimento até seis anos de idade, parte da concepção de que a construção
de conhecimentos pelas crianças nas unidades de Educação Infantil efetiva-se pela sua
participação em diferentes práticas cotidianas nas quais interagem com parceiros
adultos e companheiros de idade.
Para garantir que o trabalho pedagógico atinja esses objetivos, as crianças
precisam imergir nas situações, pesquisar características, tentar soluções, perguntar e
responder a parceiros diversos, em um processo que é muito mais ligado às
possibilidades abertas pelas interações infantis do que a um roteiro de ensino
preparado apenas pela professora.
Na educação infantil cabe garantir que as crianças tenham acesso a
experiências de aprendizagem com qualidade, ou seja, experiências concretas na vida
cotidiana que levam à aprendizagem da cultura, pelo convívio no espaço coletivo, e à
produção de narrativas, individuais e coletivas, por meio de diferentes linguagens, como
colocam as DCNEI (Parecer CNE/CEB nº 20/09).

As diversas possibilidades de experiências que as crianças podem usufruir,


na unidade de Educação Infantil não ocorrem de modo isolado ou fragmentado, mas
são promovidos por um conjunto de práticas que articulam os saberes e os fazeres das
crianças com os conhecimentos já sistematizados pela humanidade.

27
PREFEITURA MUNICIPAL DE CURITIBA
SECRETARIA MUNICIPAL DA EDUCAÇÃO
CENTRO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO INFANTIL ADA PIRES DE OLIVEIRA

As experiências de aprendizagem incluem práticas sociais e culturais de uma


comunidade e as múltiplas linguagens simbólicas que nelas estão presentes, para que
os conhecimentos sejam trabalhados de modo interativo e lúdico e promovem a
apropriação por elas de conteúdos relevantes.

As ações serão planejadas prevendo a qualidade das interações, o brincar e


a partir disso as crianças terão a oportunidade de observar, questionar, levantar
hipóteses, as investigar com a mediação do professor, os conhecimentos são
aprofundados e qualificados e desta forma as crianças participam de situações de
aprendizagem significativa.

4.3 INCLUSÃO
O termo inclusão na educação e na sociedade surge com a ideia de que não
é só o indivíduo que tem que se integrar, mas que as estruturas existentes têm que se
modificar e se aproximar do indivíduo.
Para tanto a sociedade se organiza para cumprir esta tarefa de respeito a
diversidade e da garantia de direitos, no caso das crianças com necessidades especiais
e sua inclusão no sistema escolar o aporte legal é claro, a LDB determina que a oferta
da Educação Especial é dever constitucional do Estado e tem início na Educação
Infantil.
Segundo o disposto na Lei Nº. 7.853, de 24 de outubro de 1989, sobre a
Coordenadoria Nacional para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência – Corde
institui a tutela jurisdicional de interesses coletivos ou difusos dessas pessoas,
disciplina a atuação do Ministério Público, define crimes, e dá outras providências
conforme o texto da lei abaixo descrita:

I - Na área da educação:
a) a inclusão, no sistema educacional, da Educação Especial como
modalidade educativa que abranja a educação precoce, a pré-escolar, as
de 1º e 2º graus, a supletiva, a habilitação e a reabilitação profissionais,
com currículos, etapas e exigências de diplomação própria;
b) a inserção, no referido sistema educacional, das escolas especiais,
privadas e públicas;

28
PREFEITURA MUNICIPAL DE CURITIBA
SECRETARIA MUNICIPAL DA EDUCAÇÃO
CENTRO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO INFANTIL ADA PIRES DE OLIVEIRA

c) a oferta, obrigatória e gratuita, da Educação Especial em


estabelecimento público de ensino;
d) o oferecimento obrigatório de programas de Educação Especial a nível
pré-escolar, em unidades hospitalares e congêneres nas quais estejam
internados, por prazo igual ou superior a 1 (um) ano, educandos
portadores de deficiência;
e) o acesso de alunos portadores de deficiência aos benefícios conferidos
aos demais educandos, inclusive material escolar, merenda escolar e
bolsas de estudo;
f) a matrícula compulsória em cursos regulares de estabelecimentos
públicos e particulares de pessoas portadoras de deficiência capazes de
se integrarem no sistema regular de ensino; (Lei Nº. 7.853/89, Brasil
,1989)

Em nossa sociedade que exclui pela desigualdade social, intelectual, de


gênero, de nascimento, de nacionalidade, de deficiência física ou emocional a inclusão
de crianças com necessidades especiais no sistema de ensino é um grande passo para
combater a exclusão e uma grande conquista.
Garantir que o processo de inclusão atenda aos parâmetros de qualidade
desejáveis para o desenvolvimento integral das crianças de inclusão é um grande
desafio para a instituição de educação infantil.
Em nosso CMEI a criança em processo de inclusão é bem-vinda e começa a
ter mais acesso aos serviços, instituições, grupos e estruturas que podem interessar ao
seu desenvolvimento, à participação e à cidadania de cada uma delas.
Sendo assim temos o compromisso de assegurar Educação Infantil de
qualidade as crianças com necessidades especiais, de modo que sejam inclusas
naturalmente na rede regular de atendimento oferecendo condições de acesso e serviço
de apoio especializado através de avaliação com a ajuda da Coordenadoria de
Atendimento às Necessidades Especiais, quando a criança ainda não recebe nenhum
tipo de atendimento clínico ou terapêutico especializado, se for o caso.
Algumas crianças já vêm com encaminhamentos de outras instituições nas
quais realizam atendimento terapêutico ou clínico e essas instituições são grandes
parceiras e fundamentais no apoio ao trabalho desenvolvido na unidade.
As famílias ao procurarem a unidade são acolhidas e orientadas sobre os
direitos de inclusão da criança e tem acesso garantido a vaga.

29
PREFEITURA MUNICIPAL DE CURITIBA
SECRETARIA MUNICIPAL DA EDUCAÇÃO
CENTRO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO INFANTIL ADA PIRES DE OLIVEIRA

A equipe pedagógica se incumbe de fazer os levantamentos necessários


sobre as necessidades adaptativas de cada criança e a procurar estratégias que tornem
a inclusão uma experiência real e favorável. É elaborado um plano de ação pedagógica
para cada criança em parceira com as profissionais do CMEI que atuarão com as
crianças, a equipe da CANE, os profissionais das instituições parceiras que a criança
frequenta. O diálogo constante com essas instituições é fundamental para a inclusão
satisfatória e seu acesso ao CMEI para colaborar em relação às adaptações
necessárias de recursos humanos na forma do profissional de apoio e físicos,
adequações do espaço para cada criança é uma prática comum, assim como o registro
e acompanhamento do desenvolvimento de cada criança.
O apoio pedagógico necessário para os professores que atuam com as
crianças de inclusão é uma prática comum em nossa unidade e um trabalho de
construção coletiva com as instituições parceiras de atendimento especializado e os
profissionais são incentivados a participar das formações ofertadas pela Secretaria
Municipal de Educação.
O planejamento de experiências que privilegiem o interesse das crianças
para que possam realizar ações de forma autônoma e independente promovendo de
forma significativa seu desenvolvimento, também se faz necessário, pois estruturam o
trabalho educativo e promovem interações sociais positivas.
Em nossa unidade as crianças de inclusão são apenas crianças e vivem sua
infância como seus pares de forma integral e sem limites.

4.4 ARTICULAÇÃO DA INSTITUIÇÃO COM O ENSINO FUNDAMENTAL


A passagem das crianças da educação infantil para o ensino fundamental
pode gerar grandes expectativas e ansiedade nas crianças e suas famílias e este
processo devem ser feito com respeito, cuidado e atenção para que ocorra de forma
tranquila.
Segundo a Diretriz Curricular Municipal da Educação Infantil:

Nesse sentido, é necessário organizar o trabalho de forma a possibilitar, por um


lado, que as crianças vivenciem um processo de continuidade, apropriando-se,

30
PREFEITURA MUNICIPAL DE CURITIBA
SECRETARIA MUNICIPAL DA EDUCAÇÃO
CENTRO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO INFANTIL ADA PIRES DE OLIVEIRA

progressivamente, de alguns procedimentos que lhes permitam se organizarem


autonomamente num espaço coletivo de educação. Por outro, é importante
organizar situações ou atividades, como por exemplo, a elaboração de álbuns,
a realização de festas com o grupo, e outras atividades que lhes possibilitem
viver, de forma plena, as despedidas. Além disso, estratégias que oportunizem
as crianças conhecer e ter referências quanto a esse novo espaço devem ser
pensadas, tais como visitas a escolas (ou a turmas) de Ensino Fundamental,
conversas sobre suas expectativas, troca de correspondências ou
desenvolvimento de projetos conjuntos (CURITIBA, 2006, p.61).

A equipe do CMEI professora Ada Pires de Oliveira tem por costume lançar
mão de algumas estratégias que favorecem a transição da educação infantil para o
ensino fundamental.
Mantemos um bom relacionamento com a escola próxima ao CMEI o que
facilita as ações de imersão das crianças do pré no cotidiano da escola de ensino
fundamental.
Ao longo do último ano das crianças do pré na instituição, elas têm a
oportunidade de visitar a escola próxima a unidade, frequentam a biblioteca, Farol do
Saber, brinquedoteca do CRAS e conhecem espaços em momentos diferentes de sua
rotina. Ao final do ano realizam uma integração em conjunto com as crianças da escola.
Essa oportunidade diminui muito a ansiedade dos pequenos, pois ao
retornaram dessas visitas tem a oportunidade de conversar com as professoras sobre o
que experimentaram, sobre suas expectativas, medos, dúvidas e possa na interação
com a professora e os demais colegas ampliar sua percepção do que será a passagem
para o ensino fundamental.
As famílias são acolhidas em suas dúvidas, tem a oportunidade de ouvir
sobre o processo de mudança de escola em reunião com a equipe pedagógica
administrativa nas reuniões de entrega de pareceres ao longo do ano e sempre que
tiverem necessidade.
A pedagoga do CMEI troca informações e envia documentação para a
instituição de ensino fundamental para quais as crianças do pré irão, para trocarem
informações sobre como é o trabalho na Educação Infantil, para que a escola também
possa se preparar para receber nossas crianças.

31
PREFEITURA MUNICIPAL DE CURITIBA
SECRETARIA MUNICIPAL DA EDUCAÇÃO
CENTRO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO INFANTIL ADA PIRES DE OLIVEIRA

4.5 ARTICULAÇÃO DA INSTITUIÇÃO COM A FAMÍLIA


Quando se trata da educação de crianças pequenas a parceria da instituição
de educação infantil com a família tem papel fundamental e único, segundo as
Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil:

A perspectiva do atendimento aos direitos da criança na sua integralidade


requer que as instituições de Educação Infantil, na organização de sua
proposta pedagógica e curricular, assegurem espaços e tempos para
participação, o diálogo e a escuta cotidiana das famílias, o respeito e a
valorização das diferentes formas em que elas se organizam. A família constitui
o primeiro contexto de educação e cuidado do bebê. Nela ele recebe os
cuidados materiais, afetivos e cognitivos necessários a seu bem-estar, e
constrói suas primeiras formas de significar o mundo. Quando a criança passa
a frequentar a Educação Infantil, é preciso refletir sobre a especificidade de
cada contexto no desenvolvimento da criança e a forma de integrar as ações e
projetos educacionais das famílias e das instituições. Essa integração com a
família necessita ser mantida e desenvolvida ao longo da permanência da
criança na creche e pré-escola, exigência inescapável frente às características
das crianças de zero a cinco anos de idade, o que cria a necessidade de
diálogo para que as práticas junto às crianças não se fragmentem. (PARECER
CNE/CEB Nº: 20/2009 Brasil, 2009)

Os profissionais que atuam com as crianças devem estar cientes que as famílias
têm formações diversas, princípios, valores e cultura própria e que não cabe aos professores
julgarem esta organização segundo suas próprias referências e o que deve prevalecer e que
em parceria com a família ações de promoção do desenvolvimento das crianças serão
efetivadas.
Importa acolher, respeitar e levar em consideração os anseios das famílias para
com suas crianças, tendo em mente que embora seja um processo de educação
compartilhada suas funções são diferentes, conforme descrito nas Diretrizes Curriculares
Nacionais para a Educação Infantil: “Ao mesmo tempo, o trabalho pedagógico desenvolvido
na Educação Infantil pode apreender os aspectos mais salientes das culturas familiares
locais para enriquecer as experiências cotidianas das crianças.” (Brasil, 2009)
Esse processo se inicia tão logo a família procura nosso CMEI em busca de
informações sobre a educação infantil, são acolhidos, ouvidos e orientados. Com a entrada
da criança na unidade os familiares são convidados a conhecer a instituição, os espaços, o

32
PREFEITURA MUNICIPAL DE CURITIBA
SECRETARIA MUNICIPAL DA EDUCAÇÃO
CENTRO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO INFANTIL ADA PIRES DE OLIVEIRA

quadro de funcionários, o grupo que o filho irá participar, as rotinas da instituição, bem como
suas normas explicitadas em nosso regimento, falam sobre suas expectativas e dúvidas e
suas sugestões consideradas.
Quando o relacionamento do CMEI com a família começa desta forma se estreita
o vínculo e isso será importante para o processo educativo.
A possibilidade de a família levar a criança até a professora abre uma
oportunidade ótima de comunicação e o estreitamento de laços. Quando tem liberdade de
frequentar o CMEI as famílias têm oportunidade de conhecer as rotinas e os espaços que
suas crianças frequentam. A possibilidade de ver os trabalhos expostos também gera
acesso de a família conhecer o trabalho pedagógico realizado e perceberem os avanços de
suas crianças.
A Gestão procura criar espaços para discussão e reflexão de assuntos e temas
que sejam do interesse das famílias, proporcionando, palestras de formação, apresentações
culturais, oficinas, integração, oportunidades de brincar com suas crianças no CMEI,
exposição de trabalhos; além de promover reuniões que visem ações que contribuam para
melhoria de atendimento às crianças como as reuniões promovidas pela APPF, Conselho de
CMEI para organização do trabalho, sábados de integração, feira da troca, eventos, dentre
outros.
Essas ações acabam por sensibilizar as famílias a participarem nas ações, de
forma voluntária, para a valorização do espaço educativo e promove o entrosamento entre a
família, a equipe de funcionários e membros da comunidade.
Outro conjunto de ações que valorizam a integração da família com o CMEI está
relacionado ao período de adaptação de novas famílias que envolvem a entrevista inicial no
ato da inscrição familiar ou no ato de matrícula da criança no CMEI, a visita domiciliar seja
para o ingresso das famílias no CMEI ou para acompanhamento quando necessário, o
acompanhamento da família no processo de adaptação do seu filho, inclusive com o
acompanhamento em sala quando se fizer necessário.
Conforme as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil:

Outros pontos fundamentais do trabalho com as famílias são propiciados pela


participação destas na gestão da proposta pedagógica e pelo

33
PREFEITURA MUNICIPAL DE CURITIBA
SECRETARIA MUNICIPAL DA EDUCAÇÃO
CENTRO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO INFANTIL ADA PIRES DE OLIVEIRA

acompanhamento partilhado do desenvolvimento da criança. A participação


dos pais junto com os professores e demais profissionais da educação nos
conselhos escolares, no acompanhamento de projetos didáticos e nas
atividades promovidas pela instituição possibilita agregar experiências e
saberes e articular os dois contextos de desenvolvimento da criança. Nesse
processo, os pais devem ser ouvidos tanto como usuários diretos do serviço
prestado como também como mais uma voz das crianças, em particular
daquelas muito pequenas. Preocupações dos professores sobre a forma como
algumas crianças parecem ser tratadas em casa descuido, violência,
discriminação, superproteção e outras devem ser discutidas com a direção de
cada instituição para que formas produtivas de esclarecimento e eventuais
encaminhamentos possam ser pensados. (PARECER CNE/CEB Nº: 20/2009
Brasil, 2009)

Essas ações ao longo do relacionamento da instituição poderão garantir a


ampliação da confiança, do respeito mútuo e do amplo apoio às práticas de educação e
cuidado promovidas pelo CMEI.

4.6 articulação da instituição com outros segmentos da sociedade


Na instituição de educação infantil a articulação com outros segmentos da
sociedade na forma da participação e envolvimento do conselho do CMEI e seus
representantes que contribui no enfrentamento e dos desafios do cotidiano. É preciso
garantir a participação dos sujeitos de diferentes idades, saberes, gênero e
possibilidades de compreensão, caracterizando-se como espaço de inclusão e de
formação.
O Conselho de CMEI, órgão máximo de gestão e principal elemento na
efetivação da gestão, composto por representantes dos diferentes segmentos da
comunidade escolar, e tem a responsabilidade de participar e auxiliar a direção na
condução dos processos de gestão da unidade. Os representantes são: o diretor,
pedagogo, professores, responsáveis, representantes da unidade de saúde, agentes
comunitários, dentre outros.
Considerando que a gestão participativa é o melhor caminho para a
democratização, é necessário a articulação do CMEI com a comunidade, partindo da
compreensão e ação da função social da instituição de educação infantil, convidando a
comunidade a participar da tomada de decisões.
Conforme os Parâmetros e Indicadores de Qualidade da SME:

34
PREFEITURA MUNICIPAL DE CURITIBA
SECRETARIA MUNICIPAL DA EDUCAÇÃO
CENTRO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO INFANTIL ADA PIRES DE OLIVEIRA

Na gestão democrática, todos, inclusive as crianças, identificam


necessidades, discutem, avaliam e participam da tomada de decisões no
processo da educação infantil que, dada sua complexidade, exige uma
dinâmica inter-setorial, a integração de ações relacionadas à saúde,
assistência social e cultura, e a articulação com Conselhos Tutelares,
Associação de Moradores e Rede de Proteção à Criança e ao
Adolescente em situação de risco para a violência. (P.69, CURITIBA,
2009)

Nesta perspectiva, a gestão está voltada para buscar meios que possibilitem
trabalhos coletivos, dinâmicos e que enriqueçam o trabalho pedagógico na escola,
ampliando competências, buscando a compreensão entre os demais participantes do
cotidiano, envolvendo a comunidade nas tomadas de decisões.
Unidade de Saúde Pilarzinho tem uma parceria efetiva com o programa de
saúde bucal, tanto nas visitas que realiza para prevenção e ampliação de flúor
diretamente voltada para as crianças, bem como de palestras sobre alimentação
saudável, saúde bucal realizadas nas reuniões de integração com a família, bem como
no efetivo atendimento de crianças encaminhadas para tratamento de saúde.
O CMEI faz parte da Rede de Proteção à Criança e ao Adolescente em
Situação de Risco para a Violência que tem como objetivo prevenir a violência,
principalmente a doméstica ou intrafamiliar e a sexual, e proteger a criança e o
adolescente em situação de risco para a violência e sempre que necessário tem nos
apoiado e orientado.
As instituições de atendimento especializado, como APAE, APR, AMCIP,
Escola de Educação Especial tia Nilza Tartuce, Ambulatório ENCANTTAR, são
parceiros imprescindíveis a atuantes na inclusão das crianças especiais que
frequentam nosso CMEI.

5 PRINCÍPIOS DIDÁTICO-PEDAGÓGICOS DA INSTITUIÇÃO


"O Centro Municipal de Educação Infantil, no que diz respeito ao currículo da
Educação Infantil, pautado no Parecer do Conselho Nacional de Educação nº20/2009,
entende que o currículo é um conjunto de práticas que buscam articular as experiências
e os saberes das crianças com os conhecimentos que faz em parte do patrimônio

35
PREFEITURA MUNICIPAL DE CURITIBA
SECRETARIA MUNICIPAL DA EDUCAÇÃO
CENTRO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO INFANTIL ADA PIRES DE OLIVEIRA

cultural, artístico, científico e tecnológico e, portanto, segue as diretrizes curriculares


nacionais e as orientações curriculares para a educação infantil do município."

5.1 CONDIÇÕES DIDÁTICAS


O nosso trabalho pedagógico é articulado conforme as Diretrizes
Curriculares da Rede Municipal de Ensino de Curitiba, pautando-se nos três eixos
norteadores: Infância, Tempo de Direitos; Espaços e Tempos Articulados; Ação
Compartilhada.
De acordo com as Diretrizes Curriculares da Rede Municipal de Ensino de
Curitiba:
Esses eixos consideram a dinâmica da prática pedagógica historicamente
construída, a heterogeneidade e a multiplicidade de suas articulações,
com o compromisso de se pensar constantemente sobre o conjunto de
práticas construídas e posturas vinculadas ao processo educativo com
elementos fundamentais para que a criança seja efetivamente respeitada
em seu direito de ter um desenvolvimento pleno. ” (CURITIBA,2006,p.15)

Sendo as crianças atendidas nas suas especificidades e valorizando sua


história, integrando a criança com os outros e com o meio, ela irá construir sua imagem
corporal, percebendo características próprias e sentindo-se segura para se
desenvolver.
Numa ação compartilhada entre famílias e a unidade, levando – se em conta
que cuidar e educar são elementos fundamentais nestes primeiros anos de vida,
consideramos todas as suas linguagens, essenciais para o desenvolvimento na
Educação Infantil, para que elas sejam integradas aos nossos objetivos educativos.
A principal estratégia de aprendizagem usada em nossa unidade considera o
caráter lúdico onde a criança interpreta a realidade ao mesmo tempo em que busca o
entendimento de aspectos desta realidade ainda não absorvidos por ela, mesclando
realidade e fantasia no ato de brincar.
As diferentes linguagens são utilizadas com função social, ou seja, como
forma de sistematização na aquisição de novos conhecimentos em todo nosso
encaminhamento metodológico.

36
PREFEITURA MUNICIPAL DE CURITIBA
SECRETARIA MUNICIPAL DA EDUCAÇÃO
CENTRO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO INFANTIL ADA PIRES DE OLIVEIRA

Os objetivos configuram uma teia atual, mas não pré-determinada, de


conteúdos que se entrelaçam com as quais podem ser construídas relações didáticas
interdisciplinares, permitindo a organização dos mesmos de forma flexível e
abrangente.
Os conteúdos presentes nos objetivos abrangem conceitos, procedimentos,
atitudes, valores e normas como objetos de aprendizagem.
Portanto, a escolha dos métodos deve ser coerente com a escolha dos
recursos, especialmente por se tratar da Educação Infantil. Deve-se ainda, levar em
conta não apenas os objetivos, mas a familiaridade do professor com o seu uso, além
do respeito ao protagonismo infantil, dar vez e voz para as crianças durante a
elaboração do planejamento.
Nas propostas desenvolvidas com as crianças sua cultura é amplamente
considerada conforme as Diretrizes Curriculares da Rede Municipal de Ensino de
Curitiba:
A instituição educativa, compreendida enquanto instancia de formação cultural,
possibilita, por meio de um trabalho planejado, mas sempre aberto ao
imprevisível, que as crianças brinquem, sejam cuidadas, descubram, troquem,
criem e aprendam os valores, os costumes, as formas de se auto cuidarem, as
diferentes linguagens, os saberes sobre a natureza e a cultura. Esse trabalho,
que busca assegurar a apropriação e a construção de conhecimentos por
todos, viabiliza-se nas interações sociais estabelecidas nas ÍEIS, permeadas
por afetos e por princípios éticos, políticos e estéticos. (CURITIBA,2006, p. 52)

A explicitação destes conteúdos de naturezas diversas aponta a necessidade


do trabalho de forma intencional e integrada, com objetivos que devem ser tratados de
forma explícita e consciente, planejados de modo a desafiar as crianças de forma
gradativa e significativa, tendo como referência a prática social e as necessidades das
crianças.
O professor deverá ter atitudes de mediador nas interações educativas com
as crianças, devendo junto com elas criar desafios perante os conteúdos apresentados,
que revelam percepções da criança sobre a realidade.
A criança aprende, enquanto brinca e brinca enquanto aprende, sendo
assim as situações de brincadeiras são situações de aprendizagem, através dos jogos
simbólicos as crianças são capazes de resolver problemas, enfrentar desafios, e

37
PREFEITURA MUNICIPAL DE CURITIBA
SECRETARIA MUNICIPAL DA EDUCAÇÃO
CENTRO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO INFANTIL ADA PIRES DE OLIVEIRA

elaborar estratégias construindo diferentes conhecimentos. No CMEI Ada Pires de


Oliveira esperamos proporcionar às crianças ferramentas para que elas sejam capazes
de resolver situações problemas do seu cotidiano, construindo gradativamente
autonomia.
Segundo as Diretrizes Nacionais para a Educação Infantil:

A professora e o professor necessitam articular condição de organização


dos espaços, tempos, materiais e das interações nas atividades para que
as crianças possam expressar sua imaginação nos gestos, no corpo, na
oralidade e/ou na língua de sinais, no faz de conta, no desenho e em
suas primeiras tentativas de escrita. A criança deve ter possibilidade de
fazer deslocamentos e movimentos amplos nos espaços internos e
externos às salas de referência das turmas e à instituição, envolver-se
em explorações e brincadeiras com objetos e materiais diversificados que
contemplem as particularidades das diferentes idades, as condições
específicas das crianças com deficiência, transtornos globais do
desenvolvimento e altas habilidades/ superdotação, e as diversidades
sociais, culturais, étnico-raciais e linguísticas das crianças, famílias e
comunidade regional. De modo a proporcionar às crianças diferentes
experiências de interações que lhes possibilitem construir saberes, fazer
amigos, aprender a cuidar de si e a conhecer suas próprias preferências
e características, deve-se possibilitar que elas participem de diversas
formas de agrupamento (grupos de mesma idade e grupos de diferentes
idades), formados com base em critérios estritamente pedagógicos.
(BRASIL, 2009)

Procuramos criar oportunidades para a criança se apropriar do conhecimento


formal e de conhecer sua cultura e produzir cultura.
É oportunizado às crianças espaço para se comunicarem e serem ouvidas,
além da possibilidade de experimentarem propostas pedagógicas com as diversas
linguagens em que as crianças utilizam diferentes formas de expressão: tais como
imagens, canções e música, teatro, dança e movimento, assim como a língua escrita e
falada desta forma, a ludicidade, as brincadeiras e as culturas infantis farão parte do
repertório de atividades.
Respeitamos o conhecimento da criança como sua expressão verbal, sonora
e visual. O que pretendemos é ressaltar essas expressões, através de recursos
humanos e materiais.
Dentro dos recursos humanos trabalhamos com professores, crianças,
gestores, corpo administrativo, comunidade e procuramos realizar: excursões, idas ao

38
PREFEITURA MUNICIPAL DE CURITIBA
SECRETARIA MUNICIPAL DA EDUCAÇÃO
CENTRO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO INFANTIL ADA PIRES DE OLIVEIRA

teatro, museus, passeios, jogos pedagógicos, brincadeiras, cartazes, construção de


textos coletivos tendo o adulto como escriba, dramatizações, DVD, rádio, debates,
trabalhos em grupo, pesquisas, experiências diretas e simuladas, exposições dos
trabalhos realizados, televisão, mapas, globos, álbum seriado, gravuras, murais,
painéis, quadro-negro, giz, brinquedos, sucata, uso do data show, tablet e outros que
favoreçam a exploração.
Quanto ao uso dos recursos e materiais pedagógicos no CMEI, a direção e
pedagoga buscam incentivar constantemente os docentes sobre a sua utilização,
buscando viabilizar a aquisição e a confecção de outros materiais. Cada profissional
docente do CMEI busca conhecer, manipular e explorar com criatividade e
planejamento todos os recursos pedagógicos e lúdicos existentes no CMEI; devendo
ainda criar e confeccionar outros recursos utilizando sucatas, materiais de largo
alcance, objetos disponíveis no seu ambiente e na comunidade. Incentivar e solicitar
nas reuniões pedagógicas a aquisição e construção coletiva desses recursos, visando
ampliar o acervo destes materiais e assim possibilitar a realização de um trabalho cada
vez mais eficiente e criativo.
As atividades permanentes se constituem em alicerce do trabalho
pedagógico na educação infantil, tendo como principal característica a regularidade.
As atividades permanentes são situações propostas com regularidade diária,
uma vez por semana ou por quinzena, por exemplo. Podem ser utilizadas quando um
dos objetivos do trabalho é formar hábitos ou construir atitudes. As atividades
permanentes são aquelas que respondem às necessidades básicas de cuidados,
aprendizagem e de prazer para as crianças, cujos conteúdos necessitam de uma
constância. A escolha dos conteúdos que definem o tipo de atividades permanentes a
serem realizadas com frequência regular, diária ou semanal, em cada grupo de
crianças, depende das prioridades citadas a partir do currículo.
Outra estratégia metodológica que contribui no processo ensino
aprendizagem é a sequência didática, que se caracteriza segundo os Referencias para
Estudo e Planejamento na Educação Infantil como um conjunto de atividades
planejadas para ensinar um determinado conteúdo sem que necessariamente tenha um

39
PREFEITURA MUNICIPAL DE CURITIBA
SECRETARIA MUNICIPAL DA EDUCAÇÃO
CENTRO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO INFANTIL ADA PIRES DE OLIVEIRA

produto final, apresentando uma sequência de desafios cada vez maiores para as
crianças permitindo a construção do conhecimento.
O projeto é realizado em trabalho conjunto, e de cooperação na medida em
que os conhecimentos vão sendo coletivamente construídos com o ritmo diversificado
da criança, surgindo outros projetos, e novos outros de uma forma dinâmica, sempre
em movimento e transformação. Esta organização curricular através de um eixo
norteador se desdobrando em vários projetos, tem uma importância muito grande na
atuação do professor e educadores, estudando muito bem os assuntos abordados, para
responder prontamente as perguntas e curiosidades das crianças, conduzindo às
atividades e conteúdo de maneira integrada e multidisciplinar.
Todas as atividades desenvolvidas na Unidade contribuem de forma direta
ou indireta para a construção da identidade, autonomia, além da autoestima conseguida
diante de diferentes desafios. Nesse sentido, a obtenção de êxito por parte das crianças
na realização de algumas ações é preciso conhecer as possibilidades de cada uma e
delinear um planejamento respeitando o protagonismo infantil e que inclua ações ao
mesmo tempo desafiadoras e possíveis de serem realizadas por elas.
A organização dos espaços e dos materiais se constitui em um instrumento
fundamental para a prática educativa.
A cada trabalho realizado com as crianças planeja-se a forma mais
adequada de organizar o ambiente, com o objetivo de enriquecer e potencializar as
aprendizagens. Segundo Hoffmann (1996): “(...) o espaço pedagógico que respeita e
valoriza a criança no seu próprio tempo é antes de qualquer coisa um ambiente
espontâneo, seguro e desafiador. (...)”.
Os espaços e materiais são periodicamente reorganizados, com muitas
inovações, incentivando a participação efetiva da criança. Dentre as formas de
organização dos espaços, destacam-se as atividades com os cantos de atividades
diversificadas, onde as crianças têm várias opções de atividades ao mesmo tempo,
devendo escolher uma delas para participar, tanto na montagem como na atividade do
“canto” em si.

40
PREFEITURA MUNICIPAL DE CURITIBA
SECRETARIA MUNICIPAL DA EDUCAÇÃO
CENTRO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO INFANTIL ADA PIRES DE OLIVEIRA

5.2 AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM


A avaliação da aprendizagem e do desenvolvimento das crianças na
educação infantil é importante recurso para auxiliar o progresso das crianças. Utilizando
os instrumentos de avaliação, o professor tem condições de avaliar sua própria
organização e planejamento para proporcionar situações de aprendizagem para as
crianças e poderá ampliá-las ou modifica-las.
A Lei de Diretrizes e Bases para a educação brasileira no artigo 31 destaca
que, na educação infantil, a avaliação far-se-á mediante acompanhamento e registro do
seu desenvolvimento, sem o objetivo de promoção, mesmo para o acesso ao ensino
fundamental (BRASIL, LDB/1996).
A avaliação, conforme estabelecido na Lei nº 9.394/96, deve ter a finalidade
de acompanhar e repensar o trabalho realizado.
Segundo o proposto no Parecer n.ºCNE/CEB 20/2009, art. 10, as instituições
de Educação Infantil devem criar procedimentos para acompanhamento do trabalho
pedagógico e para avaliação do desenvolvimento das crianças, sem objetivo de
seleção, promoção ou classificação, garantindo:
I - a observação crítica e criativa das atividades, das brincadeiras e
interações das crianças no cotidiano;
II - utilização de múltiplos registros realizados por adultos e crianças
(relatórios, fotografias, desenhos, álbuns etc.);
III - a continuidade dos processos de aprendizagens por meio da criação
de estratégias adequadas aos diferentes momentos de transição vividos
pela criança (transição casa/instituição de Educação Infantil, transições
no interior da instituição, transição creche/pré-escola e transição pré-
escola/Ensino Fundamental);
IV - documentação específica que permita às famílias conhecer o
trabalho da instituição junto às crianças e os processos de
desenvolvimento e aprendizagem da criança na Educação Infantil;
V - a não retenção das crianças na Educação Infantil. (Parecer
n.ºCNE/CEB 20/2009)

A observação sistemática, crítica e criativa do comportamento de cada


criança, de grupos de crianças, das brincadeiras e interações entre as crianças no
cotidiano, e a utilização de múltiplos registros realizados por adultos e crianças pauta
de avaliação, relatórios, fotografias, desenhos, álbuns, feita ao longo do período em

41
PREFEITURA MUNICIPAL DE CURITIBA
SECRETARIA MUNICIPAL DA EDUCAÇÃO
CENTRO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO INFANTIL ADA PIRES DE OLIVEIRA

diversificados momentos, são condições necessárias para compreender como a criança


se apropria de modos de agir, sentir e pensar culturalmente constituídos.
Conhecer as preferências das crianças, a forma delas participarem nas
atividades, seus parceiros prediletos para a realização de diferentes tipos de tarefas,
suas narrativas, pode ajudar o professor a reorganizar as atividades de modo mais
adequado ao alcance dos propósitos infantis e das aprendizagens coletivamente
trabalhadas.
A documentação dessas observações e outros dados sobre a criança,
organizados como um Portfólio a acompanham ao longo de sua trajetória da Educação
Infantil entregue no Ensino Fundamental.
O ato de documentar com vistas a avaliação é processual, a documentação
torna mais palpável as características do CMEI, das crianças, dos profissionais, das
famílias e da comunidade da qual fazemos parte.
Por meio da documentação de avaliação e a sua divulgação nas reuniões de
entrega de pareceres e integrações as famílias tem acesso as informações sobre seus
filhos, participam dos projetos educativos, expressam seus desejos e suas
necessidades.
Essa parceria permite as interações entre o ambiente familiar e o ambiente
educacional, favorecendo as aprendizagens das crianças.
São ações estruturantes do processo de documentação pedagógica:
observar, registrar, refletir e compartilhar esses registros com as crianças, com as
famílias e entre os profissionais. Parte-se do pressuposto de que, quando o professor
observa e registra os processos de ensino e aprendizagem e, a partir desse registro,
reflete e discutem suas escolhas e ações, suas percepções das propostas que faz às
crianças, torna a sua prática mais reflexiva e significativa.
Ao avaliarmos o percurso de cada criança podemos utilizar esta referência
como ferramenta de reflexão sobre a prática pedagógica e qual o melhor caminho a
percorrer para a promoção de experiências de aprendizagem significativas.

42
PREFEITURA MUNICIPAL DE CURITIBA
SECRETARIA MUNICIPAL DA EDUCAÇÃO
CENTRO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO INFANTIL ADA PIRES DE OLIVEIRA

5.3 EDUCAÇÃO AMBIENTAL


A questão ambiental ultrapassa os limites do cotidiano das crianças,
portanto conhecer as inter-relações entre o nosso estilo de vida, nossas ações e o meio
ambiente é direito delas.
Segundo os Parâmetros e Indicadores de Qualidade:

Desde que nascem as crianças estão imersas em um ambiente social e


natural, mostrando-se curiosas. À medida que vivenciam, observam e
exploram as relações que se estabelecem em seu meio, em diferentes
tempos e espaços, interagem e aprendem sobre o mundo, construindo
sua identidade. O contato com a natureza é de fundamental importância
para as crianças e, compreender as relações sociais que se estabelecem
nesse contexto, favorece a elas a construção de noções de reciprocidade
sobre suas ações e consequências para o meio. Inicialmente, a criança
constrói conhecimentos práticos através da sua movimentação nos
espaços, da exploração de objetos e da sua percepção e
experimentação. Gradativamente, a observação e a compreensão sobre
os fenômenos naturais e sobre sua relação e influência na vida das
pessoas proporcionam às crianças a ampliação de suas percepções e
conhecimentos sobre o mundo. (P. 60, Curitiba, 2009)

A Lei Nº. 9.795/99, que dispõe sobre a Política Nacional de Educação Ambiental,
estabelece que a Educação Ambiental deva estar presente, de forma articulada, em
todos os níveis e modalidades do processo educativo e conceitua Educação Ambiental
da seguinte forma:

Art. 1o Entendem-se por educação ambiental os processos por meio do


qual o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais,
conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a
conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à
sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade. Art. 2o A educação
ambiental é um componente essencial e permanente da educação
nacional, devendo estar presente, de forma articulada, em todos os níveis
e modalidades do processo educativo, em caráter formal e não-formal.
(BRASIL, 1999)

A concepção de educação ambiental vê a natureza entrelaçada com o


homem e traz reflexões sobre a intervenção humana no meio ambiente e degradação
ambiental e está baseado em reflexões que envolvem aspectos sociais de forma ampla
e mudanças de atitudes, neste contexto segundo TIRIBA: “A Educação ambiental tem

43
PREFEITURA MUNICIPAL DE CURITIBA
SECRETARIA MUNICIPAL DA EDUCAÇÃO
CENTRO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO INFANTIL ADA PIRES DE OLIVEIRA

como objetivo promover a religação do homem com a natureza através da razão e da


emoção, é uma educação fundada na ética do cuidado, do respeito a diversidade
cultural e da biodiversidade” (TIRIBA, 2010, p. 2).
As Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação Infantil também trazem
uma reflexão sobre o tema. Neste documento está expresso que:

Art. 9o: As práticas pedagógicas que compõem a proposta curricular da


Educação Infantil devem ter como eixos norteadores as interações e a
brincadeira, garantindo experiências que:
VIII – incentivem a curiosidade, a exploração, o encantamento, o
questionamento, a indagação e o conhecimento das crianças em relação
ao mundo físico e social, ao tempo e a natureza. (BRASIL, 2009)

A vivência profunda com a natureza possibilita que as crianças a explorem e


indaguem sobre seus fenômenos, construindo hipóteses sobre como as coisas
acontecem, portanto, conforme os Parâmetros e Indicadores de Qualidade:

O CMEI é um importante contexto de aprendizagem por meio de


observações, vivências e experiências. O desafio que se propõe aos
profissionais é o de transformar as curiosidades infantis e suas
indagações em conhecimentos a serem explorados e aprendidos. Nesse
processo, a partir de pesquisas, cabe ao educador/professor enriquecer
tais momentos, proporcionando relações entre as experiências cotidianas
e o conhecimento científico. Ao pesquisar elementos da sociedade e/ou
fenômenos naturais, a criança desenvolve o espírito científico, amplia o
conhecimento de mundo e desperta para a necessidade de preservação
do meio ambiente. (P. 60, CURITIBA, 2006.)

No CMEI Professora Ada Pires de Oliveira algumas das ações que objetivam
a educação ambiental, visam tornar o espaço do CMEI e o seu entorno em ambiente de
observação, experimentação e aprendizagem sobre os elementos sociais e naturais,
buscam ampliar os conhecimentos acerca da natureza, o meio ambiente e os uso que
fazemos deles, procura promover situações desafiadoras que apoiem as descobertas,
pesquisas e testagem de hipóteses das crianças, desafiando-as a participarem
ativamente de resolução de problemas, através de observação, levantamento de
hipóteses, exploração, comparação, comunicação e registro.
Procuramos conforme os Parâmetros e Indicadores de Qualidade:

44
PREFEITURA MUNICIPAL DE CURITIBA
SECRETARIA MUNICIPAL DA EDUCAÇÃO
CENTRO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO INFANTIL ADA PIRES DE OLIVEIRA

Desenvolver uma cultura de preservação do meio ambiente, envolvendo


profissionais, crianças e familiares. Oportunizar vivências que promovam
a percepção da importância de ações e posturas positivas na qualidade
de vida. (P. 60, CURITIBA, 2006.)

A criança com a mediação dos professores tem a oportunidade de explorar e


conhecer os espaços e o entorno do CMEI e sempre que possível conhecer paisagens
e locais com ambientes diferentes do entorno da unidade.
Com a possibilidade de uso do tablete, a criança tem oportunidade de explorar
objetos e diferentes tecnologias, aprendendo sobre a sua função e suas possibilidades para
o registro e documentação de suas observações e descobertas sobre o meio ambiente.
Nos projetos e sequencias didáticas as crianças têm oportunidade de observar e
vivenciar atitudes que demonstram a necessidade da preservação dos recursos naturais
podem observar os animais, as plantas e os fenômenos naturais e, pesquisar sobre suas
influências no meio. Procuramos sensibilizar as crianças sobre os elementos naturais.
Experiências como a construção e observação de terrários, minhocários dentre outros; além
da possibilidade de plantio, manejo e cuidado com a horta e o jardim são práticas comuns
em nossa unidade, assim como a coleta seletiva e a reutilização de materiais.
Essas e outras práticas têm por objetivo religar as crianças a natureza para que
possam aprender a cuidar e manter o que é por direito seu patrimônio natural e ações de
sustentabilidade para o planeta.

5.4 EDUCAÇÃO DAS RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS


O Brasil é um país privilegiado por apresentar uma vasta variedade étnica e
cultural. As influências culturais e étnicas marcam também a educação infantil.
Conviver com a diversidade e a diferença é o princípio para acolher as diferentes
expressões e manifestações das crianças e suas famílias valorizando e respeitando a
diversidade, conforme a resolução CNE/CEB nº01/04 no artigo 2º em seu primeiro
parágrafo:
“A Educação das Relações Étnico-Raciais tem por objetivo a divulgação e
produção de conhecimentos, bem como de atitudes, posturas e valores que
eduquem cidadãos quanto à pluralidade étnico-racial, tornando-os capazes de
interagir e de negociar objetivos comuns que garantam, a todos, respeito aos

45
PREFEITURA MUNICIPAL DE CURITIBA
SECRETARIA MUNICIPAL DA EDUCAÇÃO
CENTRO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO INFANTIL ADA PIRES DE OLIVEIRA

direitos legais e valorização de identidade, na busca da consolidação da


democracia brasileira.” (BRASIL, 2004)

É preciso trabalhar a discussão da diversidade já na infância. Se a criança


não for preparada desde cedo, dificilmente romperá com os preconceitos possivelmente
presentes em seu meio e tenderá a repetir os padrões de discriminação que aprender.
A luta pela superação do racismo e da discriminação racial é, pois, tarefa de
todo educador, independente do seu pertencimento étnico-racial, crença religiosa ou
posição política. Estas diretrizes são percebidas nos Parâmetros Curriculares Nacionais
(PCNs).
Nestes documentos do Ministério da Educação e Desporto/Secretaria da
Educação Fundamental (BRASIL, 1998). Neles, a escola deverá contribuir para que
princípios constitucionais de igualdade sejam viabilizados, principalmente no que se
refere às questões da diversidade cultural.

"Crianças brasileiras de todas as origens étnico-raciais têm direito ao


conhecimento da beleza, riqueza e dignidade das culturas negro-africanas.
Jovens e adultos têm o mesmo direito. Nas universidades brasileiras, procure
nos departamentos as disciplinas que informam sobre a África. Que silêncio
lamentável é esse, que torna invisível parte tão importante da construção
histórica e social de nosso povo, e de nós mesmos?". Ribeiro (2002, p. 150)

Aliadas, então a elaboração de políticas públicas eficazes, faz-se necessário


que as escolas, os seus profissionais promovam um amplo movimento, tendo como
horizonte a discussão e redimensionamento dos currículos, dos materiais pedagógicos
com relação às etnias, incluindo a comunidade negra. Professores e demais
profissionais educacionais que circundam a Educação Infantil, com o intuito de educar
na diversidade, devem oferecer oportunidade para que as crianças façam sua
interpretação do mundo. A inclusão das práticas pedagógicas envolvendo as relações
étnico-raciais e previstas na proposta pedagógica conforme a Deliberação da CEE/PR
nº 04/06 em seu artigo 2º:

46
PREFEITURA MUNICIPAL DE CURITIBA
SECRETARIA MUNICIPAL DA EDUCAÇÃO
CENTRO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO INFANTIL ADA PIRES DE OLIVEIRA

O Projeto Político Pedagógico das instituições de ensino deverá garantir que a


organização dos conteúdos de todas as disciplinas da matriz curricular
contemple, obrigatoriamente, ao longo do ano letivo, a História e Cultura Afro-
Brasileira e Africana na perspectiva de proporcionar aos alunos uma educação
compatível com uma sociedade democrática, multicultural e pluriétnica.
(PARANÁ, 2006)

A aprovação e a implementação da Lei 10.639 de 09/01/2003, que


dimensiona o ensino de História da África e Cultura Afro-brasileira no currículo escolar,
tornando-o obrigatório na educação básica; e do Parecer CNE/CP003 (BRASIL, 2004),
tem-se iniciadas amplas discussões sobre a identidade da cultura afro-brasileira, como
do combate à discriminação racial no espaço escolar em seus diferentes níveis de
ensino.
Desta forma iniciando na educação infantil o processo de educação das
relações étnico-raciais os valores de respeito a diversidade, cultural, étnica, racial e o
combate à discriminação serão amplamente difundidos.
As práticas pedagógicas do CMEI procuram valorizar a identidade cultural,
étnica e racial das crianças e suas famílias de forma lúdica, buscando sempre a
colaboração e as referências de cada família. Além das práticas pedagógicas a equipe
de profissionais do CMEI é estimulada e recebe formação para manter a mesma atitude
respeitosa e não discriminatória.
É possível ver no CMEI as marcas da diversidade cultural, étnica e racial de
nossas crianças, nos materiais e elementos de sua cultura presentes na unidade. Desta
forma ao longo da trajetória de nossas crianças no CMEI podem através da observação
e reflexão, descobrir a importância da cultura, das manifestações artísticas, das
crenças, rituais afro-brasileiras, procurando se apropriar delas, e assim, construir
conhecimentos históricos importantes para a própria construção social e modificação
das condições de desigualdade e discriminação.

6 AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL
Ideia de avaliação institucional está intimamente ligada a questão da
qualidade na educação e para aferir essa qualidade a questão da construção de

47
PREFEITURA MUNICIPAL DE CURITIBA
SECRETARIA MUNICIPAL DA EDUCAÇÃO
CENTRO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO INFANTIL ADA PIRES DE OLIVEIRA

indicadores de qualidade da educação ganhou força à partir do ano 2000 e várias são
as iniciativas de instrumentos para esta prática se desenvolver na educação brasileira.
A Secretaria Municipal da Educação tem documento próprio, Os Parâmetros e
Indicadores de Qualidade para a Educação Infantil lançado em 2009.
Os Parâmetros e Indicadores de Qualidade para a Educação Infantil utilizam
indicadores baseados nos direitos das crianças. Segundo o documento as crianças têm
direito a: um espaço organizado, aconchegante, seguro e desafiador, durante sua
permanência no CMEI; à brincadeira; à alimentação saudável; a desenvolver sua
identidade; à proteção, ao afeto e à amizade; ao desenvolvimento da curiosidade,
imaginação e capacidade de expressão; a serem educadas por profissionais
qualificados; a um espaço de convivência democrática.
Para que este processo ocorra de forma democrática e seja validada por
profissionais, familiares, a comunidade e as crianças, anualmente, com data prevista no
calendário do CMEI, com base nos parâmetros e Indicadores de Qualidade, há a
oportunidade de refletir e discutir cada indicador, os resultados desta avaliação são
publicamente divulgados e servem de referência para estabelecer as metas e os
objetivos para o Plano de ação e de formação da instituição com vistas a continuidade
da manutenção do padrão de qualidade e para as mudanças necessárias e melhorias
nos indicadores que ainda não foram atingidos.
Outra forma de dar vistas ao trabalho realizado se dá na forma das ações de
integração da família e da comunidade nas reuniões de integração proporcionadas pelo
CMEI, também previstas em calendário, além de outras iniciativas previstas nos
planejamentos e projetos do CMEI. A exposição e documentação das atividades
realizadas pelas crianças também são uma forma de dar a conhecer o trabalho
realizado na instituição e servem de referência para as famílias participarem do
processo de trabalho realizado na unidade.
O CMEI Professora Ada Pires se empenha no planejamento de estratégias
que deixem cada vez mais personalizada a possibilidade de avaliação institucional,
mantendo diálogo aberto e constante com todos os segmentos que compõe a

48
PREFEITURA MUNICIPAL DE CURITIBA
SECRETARIA MUNICIPAL DA EDUCAÇÃO
CENTRO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO INFANTIL ADA PIRES DE OLIVEIRA

comunidade do CMEI, desta forma as famílias estarão cada vez mais envolvidas nas
tomadas de decisões.
Identificar quais elementos é indispensável para a avaliação da qualidade
oferecida em uma unidade de Educação Infantil definindo padrões mínimos para o
funcionamento é um primeiro passo para consolidar uma política educacional para esse
nível de ensino, objetivando uma unidade, um padrão dentro de uma rede.

49
PREFEITURA MUNICIPAL DE CURITIBA
SECRETARIA MUNICIPAL DA EDUCAÇÃO
CENTRO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO INFANTIL ADA PIRES DE OLIVEIRA

7 BIBLIOGRAFIA
Referências Legais
LDBN nº 9.394/96 – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional

Lei Federal nº 12.796/13 – Altera a Lei nº 9.394/96 de 20 de dezembro de 1996, que


estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para dispor sobre a formação
dos profissionais e dar outras providências.

Lei Federal Nº 7.853/89 – Dispõe sobre o apoio às pessoas portadoras de


deficiência, sua integração social, sobre a Coordenadoria Nacional para
Integração da Pessoa Portadora de Deficiência – Corde.

Lei Federal n° 13.146/2015 - Institui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com


Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência)

Lei Federal Nº 13.185/2015 – Institui o Programa de Combate à Intimidação


Sistemática (Bullying).

Lei Federal nº 8.069/90 – Estatuto da Criança e do Adolescente.

Lei Federal nº 9.795/99 – de 27/04/99 – Dispõe sobre a Educação Ambiental e


institui a política nacional de Educação Ambiental.

Resolução CNE/CEB nº 03/05 de 03/08/05 – Ampliação do Ensino Fundamental para


09 anos.

Resolução CNE/CEB nº 07de 14 de dezembro de 2010 – Fixa Diretrizes Curriculares


Nacionais para o Ensino Fundamental de 9 (nove) anos.

Resolução CNE/CEB nº 05/09 e Parecer CNE/CEB nº 20/09 – Diretrizes Curriculares


Nacionais para a Educação Infantil.

Resolução CNE/CEB nº02/01 – Diretrizes Nacionais para a Educação Especial.

Resolução CNE/CEB nº 01/04, Parecer CNE/CBE 03/04 e Deliberação CEE/PR nº


04/06 – Diretrizes Curriculares para a educação das Relações Étnico-Raciais.

Lei Estadual nº17677 de 10/09/2013 – Proíbe a cobrança de valores adicionais –


sobretaxas para matrícula ou mensalidades de estudantes com deficiências.

Deliberação nº 016/99 – e Indicação nº 07/99/CEE/PR – Regimento Escolar.

50
PREFEITURA MUNICIPAL DE CURITIBA
SECRETARIA MUNICIPAL DA EDUCAÇÃO
CENTRO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO INFANTIL ADA PIRES DE OLIVEIRA

Deliberação Nº 02/2012 – CME – Normas e Princípios para a Educação Infantil no


Sistema Municipal de Ensino de Curitiba- SISMEN

Indicação CME/CGS nº 1/2012 – Projeto Político Pedagógico – concepção e


fundamentos.

Indicação CME/CGS nº 1/2014 – Princípios Norteadores para a Gestão Democrática


nas Instituições de Educação e Ensino que compõem o SISMEN

Referências Teóricas
BONDIOLLI, Ana. (org) O projeto pedagógico da creche e sua avaliação: a
qualidade negociada. Campinas: Autores Associados. (2004).

CARVALHO, Silvia Pereira de; Klisys, Adriana; Augusto, Silvana; Bem-vindo, Mundo!
Criança, Cultura e Formação de Educadores. São Paulo, Peirópolis, 2006.

CURITIBA, Orientação para (Re)Elaboração, Implementação e Avaliação de


Proposta Pedagógica na Educação Infantil. Secretaria Estadual de Educação do
Paraná. Curitiba: SEE/PR 2006.

HOFFMANN, J. Avaliação na pré-escola: um olhar sensível e reflexivo sobre a


criança. Porto Alegre: Mediação, 1996, vol.3.

KRAMER, S. (Coord). Com a pré-escola nas mãos. São Paulo: Ática, 1991.

KRAMER, Sonia. Profissionais de Educação Infantil: gestão e formação. São Paulo:


Ática, 2005.

LERNER, D. Ler e escrever na escola: o real, o possível e o necessário. Porto Alegre:


Artmed,2002.

LIMA, Elvira Souza. A criança pequena e suas linguagens. São Paulo: Sobradinho.
2002

MONTEIRO, Priscila. As crianças e o conhecimento matemático: experiências de


exploração e ampliação de conceitos e relações matemáticas. Disponível em:
www.mec.gov.br

OLIVEIRA, Zilma de Moraes Ramos de. Educação infantil: fundamentos e métodos. 7.


ed. São Paulo:Cortez, 2011.

OLIVEIRA, Zilma de Moraes Ramos de. A criança e seu desenvolvimento. São


Paulo:Cortez, 2012.

51
PREFEITURA MUNICIPAL DE CURITIBA
SECRETARIA MUNICIPAL DA EDUCAÇÃO
CENTRO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO INFANTIL ADA PIRES DE OLIVEIRA

ROSSETTI - FERREIRA, Maria Clotilde.Org. Os Fazeres na Educação Infantil. São


Paulo: Cortez; Ribeirão Preto,2011

SÃO PAULO. “Orientações Curriculares: expectativas de aprendizagem e


orientações didáticas para Educação Infantil”, Secretaria Municipal de Educação,
São Paulo: SME/DOT, 2007.

SOUZA, A. R. Explorando e construindo um conceito de gestão escolar


democrática. Educação em Revista. Belo Horizonte. v. 25, n 03 p.123-140. dez 2009.

VYGOTSKY,L.S. Pensamento e linguagem. São Paulo: Martins Fontes,1991.

ZABALZA, M. A. Qualidade em educação infantil. Porto Alegre: Artmed, 1998.cI

Curitiba, 03 de novembro de 2016.

____________________
DIRETOR(A)

52
PREFEITURA MUNICIPAL DE CURITIBA
SECRETARIA MUNICIPAL DA EDUCAÇÃO
CENTRO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO INFANTIL ADA PIRES DE OLIVEIRA

8. ANEXOS

Anexo 1 - Calendários 2016

53
PREFEITURA MUNICIPAL DE CURITIBA
SECRETARIA MUNICIPAL DA EDUCAÇÃO
CENTRO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO INFANTIL ADA PIRES DE OLIVEIRA

Anexo 2- Material de apoio

Lei de Diretrizes e Bases para Educação BRASIL 1996


Nacional
Diretrizes Curriculares Nacionais para BRASIL 1998
Educação
Diretrizes Curriculares para Educação CURITIBA 2006
Municipal de Curitiba.Vol. 1
Diretrizes Curriculares para Educação CURITIBA 2006
Municipal de Curitiba.Vol. 2
Diretrizes Curriculares para Educação CURITIBA 2006
Municipal de Curitiba.Vol. 3
Diretrizes Curriculares para Educação CURITIBA 2006
Municipal de Curitiba.Vol. 4
Diretrizes Curriculares para Educação CURITIBA 2008
Municipal de Curitiba :educação infantil-
Objetivos de aprendizagem:uma discussão
permanente.
Protocolo da Rede de Proteção à Criança e CURITIBA 2008
ao Adolescente em Situação de Risco Para a
violência.
Parâmetros e Indicadores de Qualidade para CURITIBA 2009
os Centros Municipais de Educação Infantil.
Parâmetros e Indicadores de Qualidade para CURITIBA 2009
os Centros Municipais de Educação Infantil.
(Avaliação)
Referenciais para Estudo e Planejamento na CURITIBA 2010
Educação Infantil (Modalidades organizativas
do tempo didático)
Referenciais para Estudo e Planejamento na CURITIBA 2010
Educação Infantil (Leitura e contação na
educação infantil)
Referenciais para Estudo e Planejamento na CURITIBA 2010
Educação Infantil (Cantos de atividades
diversificadas na educação infantil)

54
PREFEITURA MUNICIPAL DE CURITIBA
SECRETARIA MUNICIPAL DA EDUCAÇÃO
CENTRO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO INFANTIL ADA PIRES DE OLIVEIRA

Referenciais para Estudo e Planejamento na CURITIBA 2010


Educação Infantil (Planejamento e avaliação)
Práticas de Oralidade, leitura e escrita. CURITIBA 2011
Encaminhamentos básicos.
Caderno Pedagógico-Educação Infantil CURITIBA 2009
Movimento
Caderno Pedagógico-Educação Infantil CURITIBA 2009
Práticas Inclusivas na Educação Infantil
Caderno Pedagógico-Educação Infantil CURITIBA 2008
Oralidade
Sinais de Alerta-Projeto Família Anais 2010 CURITIBA 2010
3º Seminário Municipal de Educação Infantil CURITIBA 2009
Anais 2010
4º Seminário Municipal de Educação Infantil CURITIBA 2010
Anais 2010
Psicologia na Educação Cláudia Cortez 1993
Davis- Zilma
de Oliveira
Educar em Revista: Dossiê educação Maria Editora 2004
Especial Algusta UFPR
Bolsanello
Imagens Quebradas Miguel G. Editora 2004
Arroyo Vozes
Pedagogia da Autonomia Paulo Freire Editora Paz 1996
e Terra
Professora sim, tia, não. Paulo Freire Olho d’água 1994
A alegria de ensinar Rubem Papirus 2007
Alves
Bem-vindo, Mundo! Criança, Cultura e Silvana Instituto 2008
Formação de Educadores C&A
Augusto

55

Você também pode gostar