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BATALHA DO RIACHUELO
DISCIPLINA:
LITERATURA
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Atividade de:
TERESINA - PI ( ) Casa ( X ) Classe
ALUNO (A)
ATIVIDADE DE LITERATURA
1- (Enem)
O sertão e o sertanejo
Ali começa o sertão chamado bruto. Nesses campos, tão diversos pelo matiz das cores, o
capim crescido e ressecado pelo ardor do sol transforma-se em vicejante tapete de relva,
quando lavra o incêndio que algum tropeiro, por acaso ou mero desenfado, ateia com uma
faúlha do seu isqueiro. Minando surda na touceira, queda a vida centelha. Corra daí a
instantes qualquer aragem, por débil que seja, e levanta-se a língua de fogo esguia e trêmula,
como que a contemplar medrosa e vacilante os espaços imensos que se alongam diante
dela. O fogo, detido em pontos, aqui, ali, a consumir com mais lentidão algum estorvo, vai
aos poucos morrendo até se extinguir de todo, deixando como sinal da avassaladora
passagem o alvacento lençol, que lhe foi seguindo os velozes passos. Por toda a parte
melancolia; de todos os lados éticas perspectivas. É cair, porém, daí a dias copiosa chuva,
e parece que uma varinha de fada andou por aqueles sombrios recantos a traçar às pressas
jardins encantados e nunca vistos. Entra tudo num trabalho íntimo de espantosa atividade.
Transborda a vida.
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2- A palavra de Castro Alves seria, no contexto em que se inseriu, uma palavra aberta à
realidade da nação, indignando-se o poeta com o problema do escravo e entusiasmando-se
com o progresso e a técnica que já atingiam o meio rural. Esse último aspecto permite afirmar
que Castro Alves
4- Numere a coluna da esquerda, de acordo com a coluna da direita, tendo em vista a poesia
romântica brasileira:
1. primeira geração
2. segunda geração
3. terceira geração
( ) abolicionismo
( ) condoreirismo
( ) autocomiseração exacerbada
( ) obsessão pela morte
( ) indianismo
( ) nacionalismo
a) 2 - 3 - 2 - 1 - 2 - 1.
b) 1 - 3 - 2 - 1 - 2 - 3.
c) 3 - 2 - 2 - 1 - 2 - 2.
d) 2 - 1 - 2 - 2 - 1 - 1.
e) 3 - 3 - 2 - 2 - 1 - 1.
6- (PUC-Campinas)
7- (Fuvest) "O indianismo dos românticos [...] denota tendência para particularizar os
grandes temas, as grandes atitudes de que se nutria a literatura ocidental, inserindo-as na
realidade local, tratando-as como próprias de uma tradição brasileira."
Além, muito além daquela serra, que ainda azula no horizonte, nasceu Iracema.
Iracema, a virgem dos lábios de mel, que tinha os cabelos mais negros que a asa da graúna
e mais longos que seu talhe de palmeira.
O favo da jati não era doce como seu sorriso; nem a baunilha recendia no bosque como seu
hálito perfumado.
Mais rápida que a ema selvagem, a morena virgem corria o sertão e as matas do Ipu, onde
campeava sua guerreira tribo, da grande nação tabajara. O pé grácil e nu, mal roçando,
alisava apenas a verde pelúcia que vestia a terra com as primeiras águas.
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[...] Rumor suspeito quebra a doce harmonia da sesta. Ergue a virgem os olhos, que o sol
não deslumbra; sua vista perturba-se.
[...] Foi rápido, como o olhar, o gesto de Iracema. A flecha embebida no arco partiu. Gotas
de sangue borbulham na face do desconhecido.
[...] O sentimento que ele pôs nos olhos e no rosto, não o sei eu. Porém a virgem lançou de
si o arco e a uiraçaba, e correu para o guerreiro, sentida da mágoa que causara.
a) ( ) Iracema é retratada na obra como uma selvagem, inferior ao elemento branco com
quem se encontra pela primeira vez, mostrando a valorização do elemento estrangeiro nas
produções literárias dessa geração do Romantismo.
b) ( ) A idealização do herói nacional pode ser comprovada no exagero da descrição de
Iracema feita por José de Alencar, todos os seus atributos eram maiores e melhores do que
a natureza com que foi comparada.
c) ( ) Há uma clara separação do elemento indígena e a natureza, colocando esta última
apenas como pano de fundo da narração.
d) ( ) A valorização da natureza faz dela participante efetivo do romance.
10- Leia:
Quem não se recorda de Aurélia Camargo, que atravessou o firmamento da corte como
brilhante meteoro, e apagou-se de repente no meio do deslumbramento que produzira seu
fulgor? Tinha ela dezoito anos quando apareceu a primeira vez na sociedade. Não a
conheciam; e logo buscaram todos com avidez informações acerca da grande novidade do
dia. Dizia-se muita coisa que não repetirei agora, pois a seu tempo saberemos a verdade,
sem os comentos malévolos de que usam vesti-la os noveleiros. Aurélia era órfã; tinha em
sua companhia uma velha parenta, viúva, D. Firmina Mascarenhas, que sempre a
acompanhava na sociedade. Mas essa parenta não passava de mãe de encomenda, para
condescender com os escrúpulos da sociedade brasileira, que naquele tempo não tinha
admitido ainda certa emancipação feminina. Guardando com a viúva as deferências devidas
à idade, a moça não declinava um instante do firme propósito de governar sua casa e dirigir
suas ações como entendesse. Constava também que Aurélia tinha um tutor; mas essa
entidade era desconhecida, a julgar pelo caráter da pupila, não devia exercer maior influência
em sua vontade, do que a velha parenta.
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a) O trabalho ficcional do narrador desvaloriza a mulher ao retratar a condição feminina
na sociedade brasileira da época.
b) O trabalho ficcional do narrador mascara os hábitos sociais no enredo de seu romance.
c) As características da sociedade em que Aurélia vivia são remodeladas na imaginação
do narrador romântico.
d) O narrador evidencia o cerceamento sexista à autoridade da mulher, financeiramente
independente.
e) O narrador incorporou em sua ficção hábitos muito avançados para a sociedade
daquele período histórico.
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