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sociedade em rede
Organização:
João Benvindo de Moura
Francisco Laerte Juvêncio Magalhães
Fluxos discursivos na
sociedade em rede
Organização:
João Benvindo de Moura
Francisco Laerte Juvêncio Magalhães
1ª edição
Copyright © do autor
Todos os direitos garantidos. Qualquer parte desta obra pode ser reproduzida,
transmitida ou arquivada desde que levados em conta os direitos do autor.
FICHA CATALOGRÁFICA
Imagem da capa:
Fotografia por Umberto (@umby) publicada em unsplash.com
Diagramação, capa e projeto gráfico:
Vinícius Alves - obytec.com - contato@obytec.com
Editores:
Pedro Amaro de Moura Brito & João Rodrigo de Moura Brito
5 PREFÁCIO
INTRODUÇÃO
Para compreensão da abordagem da Análise do Discurso é
necessário que se tenha outra concepção de linguagem, diferente
daquela defendida pelos formalistas. Já a Análise do Discurso
Semiolinguística, por sua vez, se configura no ato linguageiro que
resulta de uma relação entre o que está explícito, na forma, e aquilo
que é implícito e provém das circunstâncias de produção ou de
interpretação, qual seja, o sentido.
A Teoria Semiolinguística ou TS, surgiu em 1980, na França,
baseada nos estudos do linguista francês Patrick Charaudeau.
Compreende o discurso como um objeto multidimensional, que
resulta da interação entre o mundo (realidade social) e a linguagem
(produção social de forma e sentido), convergindo para a articulação
das relações entre o circuito interno (linguístico e discursivo) e o
circuito externo (situacional) para que a comunicação se efetive.
Assim, a ideologia é importante, mas o sujeito é o centro dessa
atividade comunicativa ou ato de linguagem (PROCÓPIO, 2008, grifo
nosso).
Neste trabalho, nos debruçamos sobre a obra Um amor conquistado:
o mito do amor materno, de autoria da filósofa e historiadora francesa
Élisabeth Badinter, que apresenta um histórico das representações e
dos papéis sociais desempenhados por mulheres, homens e crianças
nas relações parentais, desde o início do século XVII até meados do
século XIX. O livro vendeu mais de meio milhão de exemplares no seu
1 - Trabalho submetido ao GT 09 – Discurso, violência e subjetividade do III Encontro Nacional sobre Discurso,
Identidade e Subjetividade (ENDIS), realizado de 27 a 30 de outubro de 2020.
2 - Mestra em Letras - Linguística (UFPI). Membro do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Análise do Discurso
– NEPAD/UFPI/CNPq. Teresina-PI. E-mail: monitorapatriciatomaz@gmail.com.
3 - Possui doutorado e pós-doutorado em Linguística pela UFMG. Docente da graduação e pós-graduação em
Letras da UFPI. Fundador e atual coordenador do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Análise do Discurso –
NEPAD/UFPI/CNPq. E-mail: jbenvindo@ufpi.edu.br.
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lançamento. Segundo a autora, o instinto materno é um mito, uma
vez que não há uma conduta materna universal e que o amor materno
varia profundamente segundo a sociedade e a cultura.
Segundo a autora, as crianças eram normalmente entregues,
desde tenra idade, aos cuidados das amas, para que as criassem e só
voltavam ao lar depois dos cinco anos de idade, visto que o interesse
e o cuidado com a criança nem sempre existiram. Assim, por mais
longe que remontemos na história da família ocidental, é em função
das necessidades e dos valores dominantes de uma dada sociedade
que nos deparamos com o poder paterno que acompanha sempre a
autoridade marital.
A CONSTRUÇÃO DE IMAGENS
Na Antiguidade Clássica, 0s caminhos percorridos pela Análise
do Discurso são frutíferos e na moderna análise do discurso, a base
de geração da construção de imagens e do ethos se mantém, mas
ganha outras denominações como estereótipo, representações sociais
e imaginários que tratam de questões relacionadas à construção da
imagem do sujeito ao se apresentar, antes mesmo de enunciar e ao
proferir seu discurso (TOMAZ, 2020).
Assim, tais imagens estão presentes na nossa cultura e
profundamente enraizadas na consciência dos indivíduos, sendo um
partilhadas na sociedade e diretamente ligadas às práticas discursivas
cotidianas, sempre pela linguagem e pelo discurso (DE MELLO, 2012).
Consideramos, portanto, que ao enunciarmos, buscamos agir sobre o
outro, incitando-o a crer, a ver, a fazer de outra forma, contribuindo
para a projeção de uma imagem ou de um ethos, seja prévio, efetivo,
dito, mostrado ou institucional (MENDES, 2012).
Amossy (2016) assevera que as práticas de linguagem são
práticas sociais nas quais locutor e alocutário interagem numa relação
discursiva. Também é importante observar que as “representações”
são discursos sociais que se configuram como valores, imaginários,
saberes, crenças, conferindo uma identidade a um grupo social, o
que resulta numa consciência coletiva (DE MELLO, 2012). Os quatro
termos apresentados: ethos, estereótipos, representação social e
imaginários, estão diretamente ligados uns aos outros.
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Em resumo, a partir de uma situação de comunicação, há
uma ligação essencial para a produção de sentidos no discurso em
que sujeito e sociedade se complementam, mediados por elementos
psicossociais e linguageiros, havendo entrecruzamento de conceitos,
mas respeitando suas especificidades (MOURA, 2020). Quanto às
identidades, sociais e discursivas, consideramos que possuem caráter
permanente e estáveis, diferente do ethos que está sujeito a flutuações
temporais (KERBRAT-ORECCHIONI, 2010).
As representações sociais podem ser cristalizadas ou efêmeras,
embora seja difícil elaborar uma classificação ou apontar o momento de
transição (MENDES, 2012). Para Charaudeau (2017) as representações
funcionam como uma mecânica para fabricação dos imaginários,
acessando saberes de conhecimento e de crença. Cabe ressaltar que
as comunidades discursivas que formam a sociedade constituem o
espaço onde encontramos os estereótipos, as representações sociais,
e os imaginários sociodiscursivos, aspectos importantes que serão
tratados com mais detalhes a seguir.
Nessa configuração, o uso do estereótipo como estratégia
discursiva está ancorado na reutilização de modelos e saberes
socialmente construídos, proporcionando “o acesso ao sentido de
uma produção discursiva”, permitindo que ela seja significativa
(PROCÓPIO, 2008, p. 25). Como já foi observado, o conceito de
estereótipos se baseia em outros discursos anteriores e compreende
sentidos diversos, podendo resgatar sentidos pejorativos.
Sendo assim, está ligado diretamente aos conceitos de “ethos”,
“representações sociais” e “imaginários sociodiscursivos”, já que
possuem elementos historicamente partilhados pelo senso comum,
passados de geração a geração, em que há predominância de aspectos
valorativos e juízos de valor com bases emocionais (DE MELLO, 2012).
Desse modo, a imagem discursiva de si é ancorada em estereótipos
que determinam a apresentação de si em uma dada cultura.
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num habitus, ou seja, um “sistema de disposições duráveis”, segundo
o autor francês. O campo é outra noção apontada por Bourdieu, em
referência ao mundo literário, artístico, político, religioso, científico
(DORTIER, 2010), ou seja, o meio constituído de regras, lugar de luta
de posições, numa guerra social cuja violência pode ser branda e
mascarada ou simbólica (BOURDIEU, 1998).
Assim, essa violência simbólica assume a forma de discursos que
marcam e introjetam o modo de vivermos na sociedade. No tocante
ao papel da mulher na sociedade, durante séculos, foi relegado a um
segundo plano, passando por situações degradantes. Del Priore (2011),
afirma que a mulher foi reduzida a um objeto, pressionada a assumir
uma posição social inferior ao homem, que se estabeleceu como
provedor, ao longo da história, forjando a dominação masculina
(BOURDIEU, 2005). Essa visão, dentro das relações sociais, coloca
a figura feminina numa postura marginalizada, sendo vítima do
preconceito e da violência, como descreve Bourdieu:
Também sempre vi na dominação masculina, e no modo como é
imposta e vivenciada, o exemplo por excelência desta submissão
paradoxal, resultante daquilo que eu chamo de violência
simbólica, violência suave, insensível, invisível a suas próprias
vítimas, que se exerce essencialmente pelas vias puramente
simbólicas da comunicação e do conhecimento, ou, mais
precisamente, do desconhecimento, do reconhecimento ou, em
última instância, do sentimento (BORDIEU, 2005, p. 07-08).
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sociais (o habitus desses agentes) com certos mercados simbólicos
(fatos sociais, construções sociais e históricas) e seus sistemas muito
particulares de formação, já que a língua, em si mesma, não é capaz de
garantir sua existência. Ela depende da expectativa coletiva que lhe
garante o sentido social e a troca é envolvida por signos de autoridade
(o valor que cada fala assume na situação) e signos de poder (relações
de autoridade entre os falantes). A ação dos sujeitos no mercado
não pode ser tomada como natural, mas como uma criação, uma
construção social.
Por conseguinte, o indivíduo desde o seu nascimento se depara
com uma estruturação social e familiar que não determina apenas
o seu nome, mas imprime nele a socialização e um conjunto de
capitais que vão servir de predisposições na constituição do indivíduo
enquanto sujeito social (BOURDIEU, 2009). No entanto, apesar dessa
organização familiar e social imposta, a mulher sempre buscou seu
próprio posicionamento e espaço de atuação, tentando sobrepor-se à
dominação da qual foi vítima historicamente.
OS IMAGINÁRIOS
O imaginário nasce na mecânica das representações sociais,
ou seja, formas de ver o mundo e julgá-lo através da produção de
discursos socialmente compartilhados, um mecanismo que molda
e formata a realidade (CHARAUDEAU, 2017). Dessa maneira, o
imaginário constrói a significação sobre fenômenos que se produzem,
objetos, seres humanos e seus comportamentos, organizando
esquemas de classificação de um grupo social que se constitui nas
relações de interdependência. Tal fenômeno constrói um universo de
valor, refletindo a visão do homem sobre o mundo, dando origem a
imaginários comuns.
Dessa forma, o termo apresenta diversos sentidos no
pensamento filosófico, na psicanálise, na antropologia, na religião,
dentre outras práticas sociais. Segundo Cornelius Castoriadis, citado
por Dortier (2010), o imaginário social atua na religião, na política
e nas ideologias, fornecendo crenças comuns aos indivíduos, o que
estrutura os laços sociais. Segundo Charaudeau (2017), diferente do
seu emprego usual como aquilo que se opõe à realidade, o imaginário
é uma imagem da realidade capaz de interpretá-la e atribuir-lhe
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significações, uma vez que não podemos isolar a linguagem das suas
circunstâncias de produção. Conforme compreende o autor:
o imaginário é uma forma de apreensão do mundo que
nasce na mecânica das representações sociais, a qual,
conforme dito, constrói a significação sobre os objetos do
mundo, os fenômenos que se produzem, os seres humanos
e seus comportamentos, transformando a realidade em real
significante (CHARAUDEAU, 2017, p.578).
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UMA PROPOSTA DE ANÁLISE
Na nossa análise, compreendemos que, para cada situação de
comunicação há um contrato que se estabelece entre os interlocutores,
seres sociais que agem e interagem entre si por meio da linguagem,
ainda que a comunicação ocorra em cenários ou períodos distintos
(CHARAUDEAU, 2016). Nesse sentido, a Teoria Semiolinguística
apresenta mecanismos que auxiliam na identificação de estratégias
discursivas dotadas de intencionalidade para gerar o efeito de sentido
pretendido no seu interlocutor (CHARAUDEAU, 2016).
Na presente obra, a autora manifesta suas opiniões e lutas
ideológicas de modo a interpelar os sujeitos e defende que o amor
materno é apenas um sentimento e, como tal, pode ou não existir
nas mulheres, negando os imaginários sociodiscursivos de que toda
mulher nasceu para ser mãe, como uma bênção, ao tempo em que a
infertilidade é tida como um castigo, conforme veremos a seguir.
Quanto a mim, estou convencida de que o amor materno existe desde a
origem dos tempos, mas não penso que exista necessariamente em todas
as mulheres, nem mesmo que a espécie só sobreviva graças a ele. Primeiro,
qualquer pessoa que não a mãe (o pai, a ama, etc.) pode “maternar” uma
criança. Segundo, não é só o amor que leva a mulher a cumprir seus “deveres
maternais”. A moral, os valores sociais, ou religiosos, podem ser incitadores
tão poderosos quanto o desejo da mãe. (BADINTER, 1985, p. 17).
Se é indiscutível que uma criança não pode sobreviver e desenvolver-se
sem uma atenção e cuidados maternais, não é certo que todas as mães
humanas sejam predestinadas a oferecer-lhe esse amor de que ela
necessita. (BADINTER, 1985, p. 18).
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Segundo a autora, cuja enunciação apresenta-se como
elocutiva, por meio de um pronome de 1ª pessoa (quanto a mim),
a criança realmente necessita de amor e de cuidados, elementos
básicos essenciais relativos à sobrevivência humana, no entanto,
tais elementos podem ser advindos de qualquer pessoa com esses
atributos, ao passo que uma “mãe humana” poderá vir desprovida
desse amor. Assim sendo, podemos inferir que a autora, enquanto
enunciadora, marca sua posição contrária aos saberes de crença
construídos sobre o feminino, de que toda mulher carrega esse amor,
postura que não a desumaniza. A filósofa demonstra sua insatisfação
e inquietude diante desses imaginários.
O amor materno foi por tanto tempo concebido em termos de instinto que
acreditamos facilmente que tal comportamento seja parte da natureza da
mulher, seja qual for o tempo ou o meio que a cercam. Aos nossos olhos,
toda mulher, ao se tornar mãe, encontra em si mesma todas as respostas
à sua nova condição. Como se uma atividade pré-formada, automática
e necessária esperasse apenas a ocasião de se exercer. Sendo a procriação
natural, imaginamos que ao fenômeno biológico e fisiológico da gravidez
deve corresponder determinada atitude maternal. (BADINTER, 1985, p. 19).
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Na realidade, a contradição nunca foi maior. Pois se abandonamos o
instinto em proveito do amor, conservamos neste as características do
outro. Em nosso espírito, ou antes em nosso coração, continuamos a
pensar o amor materno em termos de necessidade. E apesar
das intenções liberais, vemos sempre como uma aberração, ou
um escândalo, a mãe que não ama seu filho. Estamos prontos
a tudo explicar e justificar de preferência a admitir o fato em sua
brutalidade. No fundo de nós mesmos, repugna-nos pensar que o amor
materno não é indefectível. Talvez porque nos recusemos a questionar
o amor absoluto de nossa própria mãe... (BADINTER, 1985, p.22. Grifo
nosso).
4 - Psicanálise Técnica psicoterapêutica que visa estabelecer entre o terapeuta e o paciente uma relação se-
melhante a uma relação entre mãe e filho. In Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-
2020, https://dicionario.priberam.org/maternagem [consultado em 07-10-2020].
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dominação masculina, através do qual se depreende que as mulheres
estão decididas a mudar a ordem do mundo, em outras palavras, o
comportamento dos homens e da cultura patriarcal, exercendo seu
papel dissociado do masculino e da representação maternal.
Dessa forma, são produzidos efeitos de sentido de emancipação
e empoderamento, cuja realização do sexo feminino se dá pela escolha
ou pela recusa em tornar-se mãe, desconstruindo o imaginário
sociodiscursivo de que a experiência da maternidade é a plenitude
de ser mulher. Ademais, ao decidirem procriar (para aceitar procriar,
que se partilhem com elas todos os encargos da maternagem e da educação)
querem a divisão das tarefas, considerando que as mães não possuem
o monopólio do amor e os pais o da autoridade.
ALGUMAS CONSIDERAÇÕES
Na análise realizada, identificamos imaginários
sociodiscursivos articulados num determinado extrato social,
considerando que a linguagem e a sociedade estão relacionadas. A
articulação entre a realidade social em que o discurso é produzido e as
características internas desse discurso, qual seja, o aspecto linguístico,
caracteriza a natureza psicossocial deste estudo.
Dessa forma, mediante o exposto, percebemos uma
estratégia de aproximação da autora, ao demonstrar sentimentos
de companheirismo, gerando efeitos de sentido de solidariedade
com as mulheres que não desejam ter filhos ou exercer o ofício
da maternagem. A autora apresenta o amor como um sentimento
humano e universal, contrariando os imaginários sociodiscursivos de
que ele esteja inscrito exclusivamente na natureza feminina.
Além disso, há um consenso que corrobora a criação de
imaginários sociodiscursivos baseados em saberes de crença,
determinando um julgamento acerca do que foi estabelecido como
papel da mulher na sociedade. Na nossa análise, depreendemos que a
maternidade é uma escolha e não um instinto, não é uma lei universal,
como os saberes de crença nos tentam fazer crer, já que há mulheres
que não são dotadas desse sentimento e não devem ser obrigadas a
desenvolvê-lo artificialmente, sob o risco de criarem crianças infelizes
que podem se tornar adultos doentes.
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A aplicação dos postulados da Semiolinguística sob um corpus
dessa magnitude nos fez perceber a importância desse instrumental
teórico na análise dos mais diversos discursos, uma vez que permite
ao analista desvelar os aspectos psicossociais que permeiam a
produção de sentidos, revelando imagens, imaginários, relações de
poder, contratos de comunicação, sujeitos enunciadores e modos de
organização do discurso.
REFERÊNCIAS
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AMOSSY, Ruth. Imagens de si no discurso: a construção do ethos.
Tradução Dílson Ferreira da Cruz, Fabiana Komesu e Sírio Possenti.
São Paulo: Contexto, 2005. p. 9-28.
BADINTER, Elisabeth. Um amor conquistado: o mito do amor
materno. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1985.
BOURDIEU, Pierre. A economia das trocas simbólicas. São Paulo:
Perspectiva, 2009.
BOURDIEU, Pierre. A dominação masculina. Tradução de Maria
Helena Kühner. 4 ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2005.
BOURDIEU, Pierre. O poder simbólico. Tradução Fernando Tomaz. 2
ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1998.
BOURDIEU, Pierre. A economia das trocas linguísticas. São Paulo:
Editora da USP, 1996.
CHARAUDEAU, P. “Visadas discursivas, gêneros situacionais e
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(Orgs.). Reflexões em Análise do Discurso. Belo Horizonte: NAD/
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CHARAUDEAU, Patrick. Discurso político. Tradução Fabiana
Komesu e Dilson Ferreira da Cruz. 2 ed. São Paulo: Contexto, 2013.
CHARAUDEAU, Patrick. Linguagem e discurso: modos de
organização. 2. ed. São Paulo: Contexto, 2016.
CHARAUDEAU, Patrick. Discurso político. Tradução Fabiana
Komesu e Dilson Ferreira da Cruz. 2 ed. São Paulo: Contexto, 2017.
CHARAUDEAU, Patrick. Os estereótipos, muito bem.
Os imaginários, ainda melhor. Entrepalavras, [S.l.], v. 7, n. 1, p. 571-
591, set. 2017. ISSN 2237-6321.
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