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Após atuar como deputado federal pelo mesmo partido (1952-1953), participou como
Ministro do Trabalho, Indústria e Comércio do governo de Getúlio Vargas (1953-
1954). Tornou-se presidente nacional do PTB entre 1952 e 1964. Após ter sido
derrotado na eleição para o Senado em 1954, participou do governo de Juscelino
Kubitscheck como vice-presidente e, por meio de ação constitiucional, passou a
ocupar a presidência do Senado entre 1956 e 1961.
A crise política se agravou com a luta constante entre o governo e as oposições civis e
militares, que acusavam João Goulart de comunista devido a sua aproximação
populista com os operários, os sindicatos e outras entidades que representavam as
classes trabalhadoras. A inflação e a dívida externa atingiram números recordes até
aquele momento da história do Brasil.
Em 31 de março de 1964, João Goulart foi deposto pelo golpe militar de 1964, e foi
exilado no Uruguai. Faleceu no exílio, no município argentino de Mercedes, em 6 de
dezembro de 1976.
Castello Branco
Castello Branco foi um dos principais articuladores do golpe militar de 1964, que
depôs o presidente João Goulart. Durante o período de transição, o presidente da
Câmara, Paschoal Ranieri Mazzilli, assumiu temporariamente a presidência da
República enquanto a alta cúpula militar preparava a substituição definitiva.
Marechal Castello Branco alegava ter como principal proposta impedir o avanço do
comunismo e da corrupção e recuperar a credibilidade internacional do Brasil. O
governo iniciou esta política com uma ação que foi denominada de "operação
limpeza", que teve início com os inquéritos policiais-militares, as prisões, as
suspensões de direitos políticos e as cassações de mandatos de vários cidadãos, entre
eles João Goulart, Leonel Brizola, Juscelino Kubitschek e Jânio Quadros.
A partir desta data, passaram a existir apenas dois partidos no Brasil: Arena (Aliança
renovadora nacional e MDB (Movimento Democrático Brasileiro). Em 5 de fevereiro de
1966, foi decretado o AI-3 que estabelecia eleições indiretas para os governadores e
para os prefeitos das capitais.
Em janeiro de 1967, a nova Constituição federal entrou em vigor sob duras críticas,
inclusive no meio político. Em dezembro do ano seguinte, era instituído o AI-5, um
dos atos institucionais que criou mais polêmica por acabar com a liberdade de
imprensa e restringir a liberdade de expressão.
Costa e Silva
Tomou posse no dia 15 de março de 1967. O período de seu governo foi marcado por
forte agitação política, com importantes movimentos populares e políticos de
oposição, como a Frente Ampla, liderada por Carlos Lacerda e apoiada por Juscelino
Kubitschek e João Goulart. Este movimento tinha como proposta a redemocratização,
anistia, eleições diretas para presidente e uma nova constituinte.
Em agosto de 1969, Costa e Silva sofreu uma trombose cerebral e foi afastado do
cargo, sendo substituído por uma junta militar. Faleceu no Rio de Janeiro, em 17 de
dezembro de 1969.
Ernesto Geisel
Durante a gestão do presidente Paschoal Ranieri Mazzilli (1961), foi chefe do gabinete
militar e fez parte do movimento político que originou o golpe de 1964. Promovido a
general-de-divisão em novembro de 1964 e a general-de-exército em 1966, ocupou a
chefia da Casa Militar no governo Castello Branco. Em 1969, assumiu a direção da
Petrobrás e, por meio de eleição indireta, passou a exercer o cargo de presidente da
República em 15 de março de 1974.
Durante seu governo, Geisel enfrentou o fim da chamado "milagre brasileiro", com a
redução do crescimento econômico e a alta da inflação. Para superar esse quadro
desfavorável, agravado pela vitória expressiva da oposição nas eleições parlamentares
de 1974, apresentou seu projeto de abertura política "lenta, gradual e segura com
vistas à reimplantação do sistema democrático no país".
João Figueiredo
Tancredo Neves
Em 1954, foi eleito novamente deputado federal, cargo que ocupou por um ano. Foi
diretor do Banco de Crédito Real de Minas Gerais (1955) e da Carteira de Redescontos
do Banco do Brasil (1956-1958). De 1958 a 1960, assumiu a Secretaria de Finanças
do Estado de Minas Gerais (1958-1960).
Após a volta do pluripartidarismo, Tancredo foi senador pelo MDB em 1978 e fundou o
PP (Partido Popular), partido pelo qual continuou exercendo o mandato até 1982. No
ano seguinte, ingressou no PMDB (Partido do Movimento Democrático Brasileiro) e foi
eleito governador de Minas Gerais (1983-1984).
Neste período político, houve grande agitação política em prol do movimento Diretas
Já, numa ação popular que mobilizou os jovens e pregava as eleições diretas para
presidente. Porém, com a derrota da emenda Dante de Oliveira, que instituía as
eleições diretas para presidente da República em 1984, Tancredo foi o nome escolhido
para representar uma coligação de partidos de oposição reunidos na Aliança
Democrática.
Com o senador José Sarney como vice, foi eleito presidente pelo Colégio Eleitoral, em
15 de janeiro de 1985, representando o partido da oposição e derrotando Paulo Maluf,
de direita. Na véspera de tomar a posse, em 14 de março de 1985, o político foi
internado em estado grave no hospital e o vice-presidente José Sarney assumiu o
cargo. Morreu no dia 21 de abril de 1985, em São Paulo.
José Sarney
No segundo turno, Fernando Collor de Mello, candidato da direita pelo PRN (Partido da
Reconstrução Nacional) e Luís Inácio Lula da Silva, da esquerda pelo PT (Partido dos
trabalhadores), disputaram o voto do eleitorado em 17 de dezembro de 1989. Collor
foi o vencedor e assumiu o governo em 15 de março do ano seguinte.
Ulysses Guimarães
No ano seguinte, porém, reelegeu-se deputado, função que exerceu até 1977 quando
o Congresso foi colocado em recesso pelo Executivo. Em 1979, com a volta do
pluripartidarismo, Ulysses integrou-se ao PMDB - Partido do Movimento Democrático
Brasileiro - e tornou-se seu presidente.
No começo dos anos 1980, foi um dos principais líderes da campanha pelas"Diretas
Já", sendo apelidado de "Senhor Diretas". Com a derrota no Congresso da emenda
que instituía a volta das eleições presidenciais diretas, articulou a campanha vitoriosa
de Tancredo Neves na eleição indireta de 1984.
O segundo turno foi ganho por Fernando Collor de Mello, que logo sofreu o processo
de impeachment, devido ao esquema de corrupção articulado ao seu redor. Ulysses
Guimarães colaborou ativamente no processo, que terminou com a renúncia de Collor
e a posse do vice Itamar Franco. O líder peemedebista, então, empenhou-se em
ajudar na manutenção da governabilidade.
Mário Covas
Com a retomada de seus direitos políticos, Mário Covas foi eleito diretor regional do
MDB e, no mesmo ano, com a extinção do bipartidarismo, filiou-se ao PMDB, sendo
eleito deputado federal, em 1982, com mais de 300 mil votos. Indicado pelo
governador Franco Montoro, assumiu a Prefeitura de São Paulo em 1983, onde ficou
até 1985.
Após sair da prefeitura, foi eleito senador, em 1986, com 7,7 milhões de votos, a
maior votação da história do Brasil na época, tornando-se líder do seu partido na
Assembléia Nacional Constituinte. Em junho de 1988, Mario Covas foi um dos
fundadores do PSDB (Partido da Social Democracia Brasileira) e, alguns meses depois,
seu presidente nacional.
Durante este período, Mário Covas conviveu com vários problemas de saúde. Em
1986, sofreu um infarto, o que o levou a uma angioplastia e a colocação de duas
pontes de safena e uma mamária um ano depois. Em 1993, foi submetido a uma
cirurgia para retirada da vesícula biliar e, nos anos seguintes, foi internado duas vezes
por causa de crises de erisipela nas pernas.