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CAPITULO XXI: Barra do Corda último quartel do século XXI

Preliminares — Cenário Nacional e o


Governo José Sarney — Galeno Edgar
Brandes — Implantação do Sistema de
Saúde em Barra do Corda — Dr. José de
Abreu Silva — José Ferreira Sobrinho — Dr.
Pedro Neiva de Santana — Lourival Pacheco
— Fernando Falcão — Eliezer Moreira Filho
— Alcione Guimarães Silva — Dr. Nunes
Freire — Dr. João Castelo—Ivar Saldanha—
Dr. Luiz Rocha — Elizeu Chaves Freitas —
Enoc Almeida Vieira — Epitácio Cafeteira —
João Alberto Souza — Constituintes em
Barra do Corda — Juarez Medeiros — Darci
Aquino Pereira Pires — Deputado Benedito
Terceiro.

Preliminares
A idéia de auto-história não me ocorrera com relação a este trabalho. O
compromisso maior, sustentado em isenção de ânimos, à primeira vista poderia ficar ferido,
ante a participação pessoal do autor nos acontecimentos da vida de Barra do Corda, a partir da
década de 60.

Cenário Nacional e o Governo José Sarney


Viu-se já desde 1964, que o general Humberto de Alencar Castello Branco, após
chefiar a revolução vitoriosa, elegera-se, em eleições indiretas a 11 de abril daquele ano, para
Presidente da República. Que não se negue aqui ao lado da crítica, e em lugar algum, as fases
positivas do movimento, com dois grandes destaques: havia insatisfação generalizada do povo
brasileiro e foi indiscutível a grande personalidade do chefe da Revolução, que, por síntese,
definiu: — "Derrubamos um governo de extrema-esquerda; não faremos um governo de
extrema-direita".
Promulgada a Constituição de 1967, foram, com ela, criados mecanismos de
crescimento, com repasses automáticos para os estados e municípios, de grandes parcelas da
arrecadação dos tributos nacionais, dando-se verdadeira segurança a que se planejasse e
realizasse, com mais liberdade financeira, os programas de desenvolvimento.
As eleições indiretas, a fiscalização, o controle e empenho dos recursos
financeiros foram outras alternativas que garantiram o melhor emprego dos dinheiros
públicos, naquela fase. Não aceitou Castello Branco, em hipótese alguma, a prorrogação de
seu mandato além do estabelecido pelo comando da revolução e passou o governo ao seu
substituto, general Artur da Costa e Silva, a 15 de março de 1967.
A 3 de outubro de 1965, elege-se José Sarney, governador do Estado do
Maranhão, tendo como companheiro de chapa o ilustre médico Dr. Antônio Jorge Dino.
O Jovem governador percorre os caminhos da conquista da confiança dos
maranhenses e seleciona um grupo de técnicos com sensibilidade política, aqui radicados,
montando, com inspiração do Governo Federal, uma das melhores equipes de governo da
nossa história.
O grupo em apreço, GTAP—Grupo de Trabalho Assessoramento e Planejamento,
fora integrado inicialmente pelos Drs. Eliézer Moreira Filho, Joaquim Sales de Oliveira ltapary
Filho, Mário Pires Leal, Darson Dagoberto Duarte, Carlos Madeira, João Alberto de Sousa,
Edmilson dos Reis Duarte, Murilo M. Monta e Amaury Pitter.

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Extra-oficialmente, a Secretária M. Veiga e o imortal Bandeira Tribuzi prestavam


Integral participação neste embrião, que reformara a administração do estado, sugerindo a
implantação do Maranhão Novo. cujo escalão superior do governo se constituíra: Alberto
Tavares Vieira da Silva, chefe da Casa Civil: coronel José Paiva, secretário da Segurança; Dr.
José Murad, secretário da Saúde; o Prof. Pedro Neiva de Santana, secretário da Fazenda; Dr.
José Maria Cabral Marques, secretário da Administração; Dr. Lourenço Tavares Vieira da
Silva, secretário da Agricultura; Prof. Orlando Medeiros, secretário da Educação: ministro
Cícero Neiva, secretário do Interior e Justiça; e Dr. Haroldo Tavares, secretário da Viação e
Obras Públicas.
Em suma, com apoio Indiscutível de grande maioria da bancada na Assembléia,
faz a revolução política do Maranhão, instalando o Maranhão Novo.
O órgão encarregado da execução das grandes tarefas administrativas do governo
foi a Superintendência do Desenvolvimento do Maranhão, a SUDEMA.
Ela inspirara, na educação, os ginásios bandeirantes; nos Transportes, o início do
asfaltamento, na Radiofonia, os postos da TELMA: no saneamento, os SAES; — Serviços de
Captação e distribuição d’água no interior; na energia, a eletrificação de cidades; na saúde, a
ampliação de postos médicos; no setor primário, os Postos de Revenda de Material Agrícola:
na habitação, o início da construção de casas populares, entre muitas outras fontes de serviços
e obras em todo o estado.
Que se considere o governo Sarney como o marco de um processo
desenvolvimentista que haveria, como de fato ocorrera, de ter continuidade nos governos que
se seguiram e se projetaram até os dias de hoje, também em vários municípios. *

Galeno Edgar Brandes


A 3 de outubro de 1965, o autor deste livro elegera-se prefeito de Barra do Corda,
pelo PDC. Disputara o pleito com dois concorrentes — Leonardo Raimundo da Silva e Acrísio
Ferreira de Sousa.

Figura 21: Galeno Edgar Brandes

A candidatura de Galeno Edgar Brandes foi viabilizada em termos de consecução


da legenda do PDC, graças aos esforços e apoio recebido do então vereador ldaspe Perdigão
Freire, presidente daquela agremiação. Passadas as eleições, a agremiação liberou
oficialmente o candidato para que se organizasse e estruturasse a sua plataforma de
administração do município, em sintonia com os Interesses da Revolução de 1964,
Juridicamente estruturada no País.
Não se pode deixar de registrar as mudanças que se processaram em Barra do
Corda, a partir de 1966. Mais que o mérito do então prefeito—o autor deste livro—,
contribuíram alguns fatores externos de grande peso, tais como: a criação de um programa de
alto nível, promovido pelo Governo Federal — O Plano dos Municípios — Modelo do Brasil,
sob o patrocínio do INCRA; a implantação da política de redistribuição dos recursos dos
governos federal e estadual, através dos Fundos de Participação; o controle, o empenho e a
aplicação dos investimentos em todos os níveis: o apoio e a presença permanente no
município, não só da equipe do governo estadual mas do próprio governador do estado.

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Recorde-se as palavras do governador José Sarney em Barra do Corda, quando da


inauguração de obras como a praça Melo Uchôa34, rede de distribuição elétrica do Centro
Histórico da Cidade, Implantação do SAE—Sistema de Captação e Abastecimento D'água;
calçamento parcial do Centro Histórico; extensão de Zoneamento Urbano, com abertura e
preparo de ruas e avenidas no bairro Altamira; construção do Ginásio Bandeirante da Cidade
Alta e construção da parte Norte da Escola Municipal da Tresidela, que deu origem, anos
mais tarde, à Escola CENEC, e outras obras. Disse o então governador José Sarney: "Barra do
Corda é a grande sementeira do Novo Maranhão", (anexo nº 19).

Figura 22: Praça Melo Uchoa - Dia da inauguração em 1967

Mas o que mais se comemorava era a paz reinante que se havia instalado. O
restabelecimento de, um clima de ordem que as lutas estéreis e as marcas dos confrontos
inclusive armados, que se travaram de 1956 a 1965, haviam ferido.
O mandato do prefeito Galeno Edgar Brandes sofrerá redução de 5 para 4 anos,
na forma da legislação revolucionária, que buscava reduzir alguns mandatos e prorrogar
outros, com o fim da coincidência historicamente perseguida, quando da mudança de regime e
implantação de novas Constituições.

Figura 23: Chegada de Sarney para reinaugurar a Praça Melo Uchôa - 1967

José Sarney, ficaria no governo até 14 de maio de 1970, quando se afastara para
concorrer ao Senado e o autor deste livro, a 31 de janeiro de 1970, passava a Prefeitura ao seu
sucessor, Lourival Pachêco.

Figura 24: José Sarney na Inauguração da Praça Melo Uchoa.

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A praça Melo Uchoa, nome dado em homenagem ao cearense fundador de Barra do [rio] Corda,
Manoel de Melo Uchoa, foi inaugurada em 17 de dezembro de 1967 com a presença do então
governador do Maranhão, José Sarney. O prefeito era Galeno Brandes.

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Implantação do Sistema de Saúde em Barra do Corda


Como ocorrera a todos os povoados que surgiram no século XIX, Barra do Corda
enfrentara graves problemas na área da saúde, desde o Início de sua fundação.
Quem busca legalmente diminuir as dores do homem e. quando possível,
promover a cura de seus males, deve ser um profissional habilitado, quer dizer, um médico.
Naqueles anos, poucos eram os médicos encontrados no estado do Maranhão.
Epidemias como a malária (Sezão), a varíola (Alastrim), a hanseníase (Lepra), a
tuberculose e muitas outras enfermidades já atacavam as populações. Que fazer, se não
haviam os profissionais habilitados na forma da lei?
Surgiram, como hoje ocorre no seio de outras profissões liberais, como os
professores leigos, os jornalistas colaboradores e amadores; os contadores autorizados e
muitos outros indivíduos que exerciam precariamente as atividades profissionais, sem o seu
diploma legal; autorizados e avalizados pela suprema necessidade que a comunidade tinha de
ser assistida por pessoas idôneas, pelo menos, que se dedicassem por sua conta a estudar em
livros próprios, editados então e a receberem ensinamentos dos mais antigos e experientes.
Daí, surgiram os práticos de farmácia; os manipuladores de produtos
farmacêuticos que buscavam, nos manuais, a orientação necessária que hoje, dado ao
surgimento dos laboratórios e indústrias, estão se tornando raros, não resistindo à
concorrência da era industrial.
Não foram os nossos antepassados simples vendedores de drogas e exploradores
da fé pública. Estiveram longe do que se denomina de charlatão. Buscaram na ausência dos
titulados e dos habilitados a saúde do povo, mas longe também das crendices, rezas
efeitiçarias. Ficaram distantes dos curandeiros, na expressão do termo.
A História registra a célebre questão em que se submetera o promotor público
Dunshee de Abranches, ao ter de responder perante a Corte de Justiça de São Luís, pelo
exercício ilegal da medicina em Barra do Corda, quando se dedicara, durante o ano de 1888, a
combater a varíola, que se alastrara entre Grajaú, Barra do Corda e Pedreiras. Tal fato,
entretanto, se sabe, foi mais político do que técnico, dado o elevado grau de conhecimentos
que tinha aquele homem público, muito embora não fosse médico.
Assim, em todos os tempos, houve o exercício da Medicina, em Barra do Corda,
por parte de não habilitados. E isto, como relacionaremos, passaria do século XIX para o século
XX e se estenderia às barreiras dos anos 1960.
Entre os personagens que exerceram atividades médicas em Barra do Corda, sem
serem habilitados estão: Octavio Lobão (1875), Dunshee de Abranches (1888), Colatino
Borborema (1918), Marcelino de Miranda (1920), Florêncio Brandes da Silva (1920), Ismael
Salomão Monsalém (1930) e muitos outros.
Outro tipo de assistência médica, posta em prática no início deste século, fora a
adotada, a partir de 1903, no governo de Manoel Lopes da Cunha. A Saúde destinava, para
cada município do estado, durante determinados meses, profissionais habilitados, que
realizavam pequenas cirurgias e exerciam tratamentos clínicos por região do Estado.
Nesta fase, aqui estiveram: Dr. Tarquínio Lopes Filho (a partir de 1903), Dr. José
Bach, Dr. Aquino e muitos outros.
Já após os anos 50, com o advento da Colônia Agrícola do Maranhão, foram
definidos os locais de atendimento médico em forma de pequenos postos de saúde. Vieram as
presenças do Dr. José Salazar e Dr. Jeremias Martins, entre vários.
Dois filhos de Barra do Corda partiam para a regularização e preenchimento
destes claros existentes no cenário assistencial da sociedade: Dr. José Falcão e Dr. Pedro Braga
Filho. Construíram, em parceria com a Colônia Agrícola, os postos de saúde Dr. José Falcão
(hoje — FSESP — SUCAM) e Dr. Pedro Braga Filho (hoje LBA35).

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A Legião Brasileira de Assistência (LBA) foi um órgão assistencial público brasileiro, fundado em 28 de
agosto de 1942, pela então primeira-dama Darcy Vargas, com o objetivo de ajudar as famílias dos

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Figura 25: Antiga Fundação SESP na Frederico Figueira com a Isaac Martins. 1985.

A partir do ano de 1966, estabelece o que se pode definir com marco regular e
permanente do exercício da Medicina em Barra do Corda.
Naquele ano, havia na comunidade um ser humano que, além de Professor,
diretor da escola e vigário da paróquia, permanecia até altas horas da noite consultando
pessoas, de todos os níveis, credos e posições políticas. Era Fr. Marcelino de Milão36.
A sobrecarga de trabalho que lhe era imposta ia além das suas possibilidades. Tal
fato levara as autoridades de então a partirem para a instalação dos serviços médicos em
Barra do Corda, como um imperativo maior.

Figura 26: Dom Marcelino em Barra do Corda, 1971.

Dr. José de Abreu Silva


O autor deste livro lembra, como se fosse hoje, do primeiro encontro com aquele
que viria para ficar e servir bem: Dr. José de Abreu Silva.
Dr. José de Abreu nasceu em Cururupu, vila protegida no continente, por Bacuri,
Santa Helena e Mirinzal, à entrada da Ilha da Manguriça e pontas da Figueira e do Farol. É da
Baixada Maranhense, este médico simples, discreto, cirurgião competente que instalou, em
Barra do Corda, os serviços médicos permanentes e organizados de maneira ininterrupta,
desde os anos de 1966.
Casado com a enfermeira Raimunda de Paula Silva, aqui nasceram vários de seus
filhos. Pelos serviços prestados à terra, e postura respeitável, foi no ano de 1968, condecorado
com a Comenda do Mérito Cordino da Santa Cruz, condecoração das mais elevadas que
legalmente se pode conferir aos benfeitores da sociedade cordina.
Formou-se em 1965 e, em 1966, ingressou no serviço público estadual, cedido ao
FSESP, condições em que velo para Barra do Corda.

soldados enviados à Segunda Guerra Mundial, contando com o apoio da Federação das Associações
Comerciais e da Confederação Nacional da Indústria.
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Frei Marcelino, (nome civil: Sergio Bicego), é mais conhecido pelos frades com o seu nome religioso:
Marcelino de Cusano Milamino. Porém, o Povo de Deus o chamava de Frei MARCELINO BÍCEGO. Ele
nasceu em Vincenza (Itália), no dia 18-06-1920, mas foi criado em Cusano Milamino-Milão. Frei
Marcelino é filho da Provincia Capuchinha de San Carlo Borromeo in Lombardia, entrando na Ordem dos
Capuchinhos em Lovere (Mi), aos 13-07-1938; lá fez a sua profissão temporária, após o noviciado, em
14-07-1939; depois, fez os votos perpétuos em Lenno (IT), 14-07-1942. A sua ordenação presbiteral se
deu em Milão, no dia 26-07-1945.

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Instalou aqui, no governo José Sarney, a Secretaria de Saúde do Município, sendo


o seu primeiro titular.
Em 1967, passa a prestar serviços ao INCRA.
No ano de 1972, após construir um pequeno hospital, o instala a 13 de setembro.
Hoje, reformado, é uma respeitável Casa de Saúde, onde atuam o Dr. Marcelo Abreu, seu filho,
e sua esposa, a enfermeira Raimunda Abreu.

Figura 27: Fernando Falcão e Dr. José Abreu

A aquisição do Dr. José de Abreu Silva, por parte de Barra do Corda, foi sem
dúvida um feito notável, por parte de todos aqueles que colaboraram, de qualquer maneira,
para que ele se fixasse ao meio.
Na atual conjuntura, graças à evolução da Faculdade de Medicina do Maranhão, a
expansão do atendimento nesta área e o interesse dos nossos jovens pelos estudos superiores,
muitos médicos, têm se deslocado para Barra do Corda e, como o Dr. Abreu, têm, com carinho
e zelo, dedicado o melhor de seus esforços na defesa da saúde do nosso povo e prevenção das
doenças.
Atuam entre nós os seguintes discípulos de Hipócrates: Dr. Iran Jansen Silva37, Dr.
Edelmílio Salgado Trovão, Dra. Olinda Trovão, Dr. Prelian de Sousa Brandes, Dr. Marcos
Pacheco, Dr. Marcelo de Paula Abreu Silva, Dr. Alexandre Andrade do Nascimento, Dr.
Francisco de Assis Nascimento e Dra. Kátia Regina Ataíde Rocha.

Figura 28: Doutor Abreu recebendo a visita de Dr. Iran e Fernando Falcão em seu hospital." Foto: Rubson Mendes
Silva.

Médico dos mais competentes de sua geração, político sério, para quem a
fidelidade pairava acima de compromisso subalternos, companheiros de chapa de Dr. José
Sarney, assumira o governo do Maranhão a 14 de maio de 1970 e estivera no cargo até 15 de
março de 1971.
Registre-se que os compromissos do estado, relacionados com os grandes
investimentos do governo Sarney, do qual fizera parte como vice-governador, foram honrados
da melhor maneira possível.

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Iran Jansen Silva, faleceu aos 76 anos no dia 01 de fevereiro de 2016, natural de Coroatá-MA, nascido
em 02/05/1939. Chegou em Barra do Corda em 1976 e trabalhou pela FNS, antiga Fundação SESP.

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José Ferreira Sobrinho


Em abril de 1966, assume a Prefeitura de Barra do Corda o vice-prefeito José
Ferreira Sobrinho, em substituição ao prefeito Galeno Brandes, que se licenciara para
representar o Maranhão na reunião de prefeitos dos Municípios — Modelo, no Rio de Janeiro.

Figura 29: José Ferreira Sobrinho - Ferreirinha

Ferreirinha, vereador em várias Legislaturas, sempre se caracterizara pela firmeza


de caráter e fidelidade política. Também se destacara quando da concessão, como suplente de
Juiz de Direito, do Mandado de Segurança em favor do prefeito Manoel Milhomem, cujo ato
lhe proporcionara oportunidade de concluir o seu mandato, pondo fim na crise que abalara
Barra do Corda.

Dr. Pedro Neiva de Santana


Assume o governo do Estado do Maranhão, a 15 de março de 1971, o Dr. Pedro
Neiva de Santana. Foi delegado da Revolução no Maranhão, no período de 15 de março de
1971 até 15 de março de 1975.

Figura 30: Pedro Neiva de Santana ao lado do prefeito Fernando Falcão - 1974

Ex-secretário da Fazenda do Governo Sarney, conhecia assim o mecanismo dos


investimentos acionados nos últimos anos, para a implantação da política desenvolvimentista
do Estado.
Dirige o Estado com serenidade e altivez. Equilibra as finanças e resgata
parcialmente os compromissos maiores.
Define mudanças no sistema viário da Capital, com arrojados projetos.
Entra para a História como um governador altivo, consciente de que estava
vivendo o ápice de sua carreira política e fez pelo seu Estado natal o que foi possível, naquelas
circunstâncias, espaço e tempo.

Lourival Pacheco
Lourival Pacheco, natural de Barra do Corda, nasceu aos 18 dias do mês de janeiro
de 1923. Neste ano, chefiava o Poder Judiciário da Comarca, o Dr. Acrísio Rebelo. Fr. Ricardo
de Dovéra era o vigário da Paróquia e o Sr. Hamilton Nava, o prefeito da cidade.
Os genitores de Lourival Pachêco foram Balbino da Silva Pacheco e Elice Ramos
Pacheco.
Os Pacheco, no Maranhão, têm origem na lendária Freguesia de Nossa Senhora de
Nazaré, da Vila da Vitória do Maranhão, de início subordinada à Comarca de Viana, das mais

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antigas. Não há dúvidas quanto a que seus ancestrais mais distantes teriam vindo de Portugal,
integrando de maneira diversa as explorações e penetrações que se processaram rios acima,
partindo do Golfão Maranhense.
De qualquer modo, aqui chegaram, nas primeiras décadas deste século XX, os
irmãos Egidio Pacheco, Francisco Pacheco e Balbino da Silva Pacheco. Este último, mais tarde,
participara de acontecimentos memoráveis Já narrados nesta história, como chefe do Cartório
de 1º Ofício da Comarca, (vide História do Judiciário).
Lourival Pacheco, contador habilitado, exerceu vários cargos públicos, entre eles o
de suplente de Juiz de Direito da Comarca, em oportunidades diferentes; presidente de
associações de classe, teria como ponto mais elevado de sua carreira o cargo de prefeito
municipal.
Eleito em 1969 em um pleito pacífico, o cargo lhe fora transmitido solenemente
pelo autor deste livro a 31 de janeiro de 1970.

Figura 31: Prefeito Lourival Pacheco no 7 de setembro de 1971 ao lado de Maria Emídia Brandes Caldas e
professora Zenóbia Queiróz

Ex-secretário da administração anterior, coordenara a reforma da administração


que se processara, dando origem, naqueles anos, aos setores de Obras Públicas, de Saúde e
Saneamento e de Finanças, foi-lhe fácil o controle, empenho e manuseio dos recursos públicos
do município.
Tivera seu mandato reduzido de 1 ano, como ocorrera ao seu antecessor.
Concluiu as obras e os serviços implantados na administração anterior; resgatou
compromissos financeiros, com a implantação dos serviços de drenagem de águas pluviais, de
captação e distribuição d’agua no setor histórico da cidade. Ampliou as obras de urbanização,
consolidou a implantação do projeto de seu antecessor com relação a Extensão de
Zoneamento Urbano de Barra do Corda — Bairro Altamira.

Figura 32: Prefeito Lourival Pacheco vistoriando obras perto da Cadeia." 1970

Representou perante o INCRA, solicitando a liberação da área envolvente da


Tresidela, para ampliação da Faixa Urbana no setor Norte de Barra do Corda.
Seu mandato se estendera até 31 de janeiro de 1973, quando passara o cargo ao
seu substituto Fernando Falcão.

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Fernando Falcão
Nasceu Fernando Falcão aos 02 dias do mês de outubro de 1947, na cidade de
Barra do Corda.
Descendia dos nossos primeiros habitantes e líderes. Filho de Alberto Falcão; neto
de Gerôncio Falcão e bisneto de Deco Falcão, egresso do Ceará nos anos de 1877. Sua
genitora, a senhora Aurora Nava Falcão, é filha de Acrísio Figueira Muniz e Cândida Figueira
Muniz, do clã dos Figueiras.
Acrísio casara com Maria Nava Muniz, filha do coronel José Leonil da Cunha
Nava, três vezes chefe do Poder Executivo e o mais acentuado perfil moderador de todos os
momentos da nossa História.
Aos 14 anos de idade, ingressara perante o antigo Ginásio "Nossa Senhora de
Fátima" de Barra do Corda, transferindo-se para o Rio de Janeiro em 1957, onde concluíra seu
Curso de Humanidades.
Duas grandes vertentes o teriam conduzido de volta à sua terra natal: a vocação
pelos negócios e atividades empresariais e a grande tendência pela política, ambas, sem
dúvida, oriundas das tradições de seus familiares, todos aqui levantados nesta História.
Herdara pois, dos seus ancestrais, o gosto pelos negócios e pela política.
Desde menino, — dizemos com segurança, foi nosso aluno e vizinho — deixava
transparecer a capacidade de dialogar com os colegas na defesa de clubes estudantis e
desportistas.
Aos 23 anos de idade apenas, ingressara na política local, no grupo do deputado
Pedro Braga Filho, que defendia a manutenção da ordem Jurídica de então e combatia a
revolução que se implantara em 1964.
Em torno dele, a partir de então, nascera o pólo de atração, que tomara corpo até
que, em 1972, elegera-se prefeito de Barra do Corda, com expressiva votação, levando de
vencida a candidatura respeitável do grande barra-cordense Carlos Augusto de Araújo Franco.

Figura 33: Cartaz da candidatura para prefeito 1972

Personagem importante na História, contemporânea de Barra do Corda, ainda é


cedo para que dele se diga o que representou para o município. Não queremos, porém, ser-
Omissos nem injustos. Em torno de Fernando Falcão, surgiu mais que um simples carisma, uma
espécie de auréola de fascinação, que atingia com especialidade as comunidades rurais.
Mantidos os recursos, já instituídos desde 1965, administrando com apoio
popular à Prefeitura de Barra do Corda, fez uma administração boa, ampliando o colégio
eleitoral, visando, ao lado do fortalecimento do município, a segurança de sua eleição para a
Assembléia Legislativa do Estado. Continuou os serviços de urbanização da cidade; construiu
escolas rurais e deu prosseguimento ao Plano de Extensão de Zoneamento Urbano na
Tresidela, promovendo o assentamento, de fato, de grande número de famílias do interior do
município para a faixa periférica urbana.
Concluindo o seu mandato, é designado para administrador do Núcleo Colonial
de Barra do Corda, onde, com apoio direto do então presidente do INCRA — Dr. Lourenço
Vieira da Silva, dá seqüência aos trabalhos de assentamento de colonos conservação de
estradas vicinais, construídas anteriormente.

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Permanecera frente ao núcleo de Barra do Corda até sua eleição de deputado


estadual — 9º Legislatura, de 1979 a 1983.
Seu mandato de deputado estadual fora interrompido bruscamente a 9 de
fevereiro de 1981, quando ocorrera seu passamento em conseqüência de uma parada cardíaca
de que fora vítima, na cidade de São Paulo.

Figura 34: Enterro de Fernando Falcão – 1981. Na foto Alcione, João Pedro, Zé Cachimbo, General Artur e esposa

Seu desaparecimento provocara profundo choque nas classes e no seio do povo,


com especialidade de Barra do Corda, para onde foram transladados seus restos mortais.

Eliezer Moreira Filho


Eliezer Moreira Filho nasceu aos 9 dias do mês de março de 1935, na cidade do
Rio de Janeiro. Veio para Barra do Corda quando criança, aos 7 anos de idade, acompanhando
seu pai — Dr. Eliezer Rodrigues Moreira, de tradicional família de magistrados e políticos no
Estado do Maranhão. Fez seus primeiros estudos perante a antiga Escola Paroquial Pio XI,
onde pontificava a professora Ir. Helena, mestra de várias gerações e de figuras Ilustres.

Figura 35: Eliezer Moreira Filho

Posteriormente, foi aluno dos Maristas e Colégio São Luiz, mas ficara ligado
afetivamente a Barra do Corda.
Com a saída de seu pai — Dr. Eliezer Rodrigues Moreira, do comando da Colônia
de Barra do Corda, que fundara e implantara, deslocara-se para o Rio de Janeiro, onde,
perante a Faculdade Nacional da Universidade Brasileira, diploma-se em Direito.
Complementa seus estudos em Administração Pública e outros cursos de alto
nível. Foram Inúmeros os cargos que ocupara a partir de 1966. Fundador e superintendente da
SUDEMA, secretário de Administração, entre outros.
O trabalho desempenhado no governo Sarney credenciou-o a disputar uma
cadeira na Assembléia Legislativa do Estado no ano de 1970. Barra do Corda participara de sua
eleição, não somente pelos laços de afetividade como pelos benefícios e apoio que deu ao
autor deste livro quando do exercício do cargo de prefeito entre, 1966 a 1969.
Eliezer Moreira Filho participara de outros governos que se sucederam no
Maranhão, na qualidade de secretário de estado de Administração, de Indústria e Comércio e
chefe da Casa Civil.
Em 1988, elege-se deputado federal pela bancada do PFL. Atualmente, após
exercer, na qualidade de secretário, a chefia da Casa Civil do governo Edison Lobão, é um dos
dirigentes do Banco do Estado do Maranhão S.A.

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Afirma-se que, no último quartel deste século, Eliezer Moreira Filho participara
ativamente dos fatos políticos da nossa História Contemporânea, ressaltando-se o seu perfil de
cidadão probo, habilitado e capacitado para o exercício verdadeiro da cidadania política.

Alcione Guimarães Silva


Corria o ano de 1940. Frente aos poderes Executivo e Judiciário de Barra do
Corda, encontravam-se, respectivamente, Joaquim Milhomem Sobrinho e o Dr. Francisco
Moreira de Sousa. Vivia-se o período ditatorial de Vargas decretado pelo Estado Novo. A
Câmara Municipal, ressonava ao reboque do regime de Exceção. (Estado Novo).
O musicista e compositor Fr. Sigismundo, chefiava a Paróquia de Santa Cruz da
Barra do Corda.
Enquanto isto se processava, nascia na rua patronizada pelo poeta Gonçalves
Dias, o menino que, na pia batismal, recebera o nome de Alcione Guimarães Silva. Filho de
Nelson Alves da Silva e Alice Guimarães Silva. O casal, teve prole numerosa. Alcione, foi o
terceiro filho na ordem decrescente. Com muitos esforços e trabalho honrado, os filhos foram
preparados para a vida.
Alcione Guimarães Silva—foi nosso aluno — estudou o Curso de Humanidades
perante o Ginásio Nossa Senhora de Fátima, a partir dos anos de 1956. Praticamente a turma
considerada fundadora da Escola. Gozara de muita estima de seus pais e mestres.
Já maduro, tornara-se empresário e servira como administrador da CENEC,
colégio instalado no ano de 1973, aproveitando-se Inicialmente do prédio que pela Lei
Municipal de na 02/67 promulgada pelo presidente da Câmara, Luís Rodrigues, tinha o nome
do autor deste livro.
Em decorrência de seu trabalho frente à escola e pelas suas qualidades pessoais,
incluindo-se o caráter eclético com relação à política e à sociedade de sua terra, elege-se como
ocorrera a Lourival Pacheco, em clima de tranqüilidade, a Prefeitura Municipal, em
substituição a Fernando Falcão.
Tomou posse como prefeito de Barra do Corda a 31 de Janeiro de 1976 e seu
mandato fora de 6 anos, encerrando-se a 31 de Janeiro de 1982.

Figura 36: Prefeito Alcione Guimarães condecorando uma atleta no 7 de setembro de 1980.

Como ocorrera aos prefeitos que se elegeram após a Revolução de 1964, dera
continuidade aos trabalhos iniciados pelo seu antecessor, incluindo-se pavimentação de ruas à
base de concreto estilizado, construção de meio-fio, ampliação da rede elétrica e de
distribuição d'água; instalação do sistema de televisão, Independente de obras e serviços
programados em convênio com o Governo do Estado.

Trabalho de Digitalização – Professor Leonardo de Arruda Delgado


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Dr. Nunes Freire


A 15 de março de 1975, foram eleitos, para Governador do Estado, o Dr. Osvaldo
da Costa Nunes Freire e, para vice, o ex-secretário do governo Sarney — Dr. José Murad.

Figura 37: Dr. Osvaldo da Costa Nunes Freire – Natural de Grajaú

O primeiro, ex-deputado estadual, ex-deputado federal. De origem sertaneja,


mas, como Pedro Neiva de Santana, muito radicado nos meios econômicos, sociais e políticos;
o segundo, ex-secretário de saúde do governo Sarney. Especialista, radicadíssimo nos meios
científicos e profissionais do Maranhão.
A escolha denunciava a participação não somente do senador José Sarney, mas
também, nos últimos instantes e acenos políticos, do caudilho decadente senador Vitorino
Freire.
Não foi de paz política interna o governo Nunes Freire, mas a ele se credita,
abertura de pequenos trechos de estrada de rodagem e o asfaltamento da estrada que ligou
São Luís ao Vale do Itapecuru; refortalecimento do setor de agricultura do Estado e equilíbrio
financeiro dos órgãos governamentais.

Dr. João Castelo


Elegem-se para mandatos que começaram a 15 de março de 1979, os Srs. Dr. João
Castelo Ribeiro Gonçalves e general Arthur Teixeira de Carvalho, respectivamente para
governador e vice-governador do Maranhão.

Figura 38: João Castelo

Não se negue a João Castelo o processo de dinamização administrativa que fez


impor ao Maranhão. Esteve presente em quase todos os municípios maranhenses, através de
obras, embora pequenas, mas que assinalavam a face do governo na comunidade.
Ensaiou uma nova liderança no Estado, no momento em que criou o parque
aumentado de mão-de-obra para os trabalhadores de um modo geral. Isto, se fez sentir no
setor da produção, do comércio e da indústria. Alguns projetos importantes tiveram início;
outros, seqüência e ainda outros mais, foram reexaminados e postos em andamento. Foi um
governo dinâmico e progressista.

Trabalho de Digitalização – Professor Leonardo de Arruda Delgado


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Aqui em Barra do Corda, as ações do governo João Castelo se fizeram sentir


embora multo de leve, em convênios cora a Prefeitura Municipal, atos firmados com o então
prefeito Alcione Guimarães Silva, como o caso específico da Estação Rodoviária da cidade.

Figura 39: Ex-Prefeito ALCIONE GUIMARÃES SILVA recebendo JOÃO CASTELO e demais lideranças políticas

João Castelo, com o apoio de José Sarney, prepara-se para disputar as eleições
para o Senado da República, fato que, se não fossem os desígnios de Deus, teria levado à
assumir o Governo do Estado o nosso ilustre conterrâneo general Arthur Teixeira de Carvalho
que como já se disse, antes falecera.

Ivar Saldanha
O passamento de general Artur Carvalho vice-governador do Estado, gerara uma
crise nas hostes governamentais. O então Presidente do Legislativo — Dep. Alberico Ferreira
França, se desentendera com o governador João Castelo, antes de sua renúncia para as citadas
eleições, obrigando a uma série de manobras, que viabilizaram o 1º vice-presidente da
Assembléia, deputado Ivar Saldanha, a assumir o Governo do Estado, vez que era confiável aos
grupos era luta.

Figura 40: Ivar Saldanha

É político experiente; sóbrio e de caráter firme, até mesmo nos lances difíceis,
quando tem de colidir e confrontar-se com os correligionários.
Deputado estadual por várias legislaturas; deputado federal; prefeito de São Luís;
secretário da Fazenda e membro do Tribunal de Contas do Estado. Tem folha de serviços
prestados ao Maranhão.

Dr. Luiz Rocha


Repita-se que a partir dos anos de 1970, José Sarney, direta ou indiretamente,
estivera envolvido na escolha dos nomes dos candidatos a Governador do Estado, que sempre
foram vitoriosos. Até mesmo no caso do Dr. Nunes Freire, quando e onde —- comentou-se nos
bastidores — o ex-senador Vitorino Freire — teria executado o seu canto de despedida,
participando do processo.

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Imagina-se como fora a escolha do Dr. Luiz Rocha, candidato a Governador do


Maranhão, naqueles anos fortes de 1981, considerando-se o acordo pacífico da eleição de
João Castelo para Senador da Republica?
Os anais da Câmara Federal registraram Isto em discurso proferido por Luiz Rocha
na sessão de 20 de maio de 1981.

Figura 41: Dr. Luiz Rocha

Voltava-se o processo de eleições diretas, com candidato fortíssimo, vez que as


forças conservadoras estavam reunidas em torno da eleição de Luiz Rocha, que termina eleito
e por assumir o governo a 15 de março de 1983.
Estudando-se as mensagens que o governador Luiz Rocha mandava para o Poder
Legislativo e os planos de governo que mandara executar, credita-se ao mesmo um grande
esforço Inicial no sentido de desejar ter realizado um trabalho restaurador da nossa economia
e das nossas finanças.
Procurando dar continuidade ao Polocentro, que Incluía a região Sul do Estado
numa área destinada a fortalecer a Infra-estrutura capaz de aumentar a produção e
produtividade, terminou por beneficiar as unidades que iam de Balsas ao Alto Parnaíba,
apenas.
Barra do Corda ficara fora deste esquema. Nem por isto se deixa de registrar aqui,
o lado positivo deste trabalho em proveito do Maranhão.
Os setores de educação, os órgãos encarregados da nossa cultura e história, bem
assim, alguns trechos das nossas estradas vicinais, foram alvo do esforço do governo Luiz
Rocha.

Elizeu Chaves Freitas


Elizeu Chaves Freitas é filho do casal José Henrique de Freitas e Leoneide Chaves
de Freitas. José Henrique de Freitas é descendente de Antônio Henrique de Freitas, cearense,
natural de Várzea Alegre, da Comarca de Crato.
Segundo os historiadores Eloy Coelho Netto — Histórias do Maranhão p. 81 e José
Ribeiro do Amaral, em sua memorável obra O Estado do Maranhão, poderia ter integrado as
entradas que, no século passado, partindo do Piauí, do Ceará e outros estados nordestinos,
atravessaram o Parnaíba, atingiram o Alpercatas pelo lado Oeste e seguiram rumo ao território
do Riachão, no Sul do Estado, deixando pousos ou pousadas; rancharias e ranchos, nas ribeiras
dos riachos que irrigam as chapadas do Centro Sul do Maranhão. Os historiadores citados, dão
conta entre outros, dos lugarejos Campo Largo, Leandro, Até-Vêr, Jenipapo e Muquém. Neste
último, nascera José Henrique de Freitas.
Elizeu Chaves Freitas, nasceu a 2 de agosto de 1939 no lugar São Lourenço,
integrante da região da Macura, inicialmente do município de Barra do Corda (até 1933) em
seguida pertencente a Curador (Decreto n2 539 de 16.12.1933) depois Presidente Dutra (Lei
269 de 31.12.1948), hoje município de Tuntum, todos constituidores do vasto território de
Barra do Corda. Prole numerosa, onde sobreviveram 10 filhos do casal. Os pais de Elizeu
contrataram professores particulares, para que seus filhos aprendessem as primeiras letras nas
ínvias regiões sertanejas do centro do Estado. Desde cedo, a agricultura de subsistência
constituíra o meio de vida da família.

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Em meados da década de 50, a família se deslocara para as margens do mearim e,


no lugar Bela Vista, se estabelece a família Freitas. Após a Revolução de 1964, Elizeu Chaves
Freitas já integrava a comunidade de Ypiranga, próspero centro Urbano da área do núcleo
colonial de Barra do Corda, despontando como comerciante, pecuarista e agricultor, com
atividades comerciais nas grandes cidades do Nordeste. Ali, em Ypiranga, dava vazão á sua
vocação maior — a política.
Nos anos de 1957, elege-se vereador pelo município de Barra do Corda, com
expressiva votação e, daí, não deixa mais que se apague a chama de sua liderança política.
No ano de 1983, elege-se Prefeito Municipal de Barra do Corda, numa eleição em
que concorreram três candidatos.

Figura 42: Elizeu Chaves Freitas

Cumpriu Integralmente o mandato de prefeito de seis anos na forma da


Legislação então em vigor. Dá seqüência aos serviços de crescimento urbano, calçando ruas e
avenidas. Ampliando as redes elétricas, tanto da cidade como implantando trechos de linhas
de transmissão no meio Rural. Amplia a faixa de zoneamento urbano do bairro Altamira,
implantado em 1967. Constrói grandes números de salas de aula, notadamente no interior;
abriu pequenos açudes nos lugares onde a falta d'água constitui o mais grave problema do
agricultor. Construiu o Hospital Público Acrísio Figueira. Inegavelmente, fez uma administração
notável.

Figura 43: Inauguração do Hospital Acrísio Figueira – 03/05/1987. Na Foto: Dona Aurora Falcão cortando a faixa ao
lado da primeira-dama, Nery Freitas, do prefeito Elizeu Freitas, Edson Lobão e Nice Lobão.

Em 1990, candidata-se a deputado estadual e se elege pelo PFL. A 3 de outubro de


1992, candidato a Prefeito Municipal de Barra do Corda, elege se numa eleição disputadíssima
contra forças da situação, comandada pelo deputado Benedito Terceiro.

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Em conseqüência, interrompera por força de Lei o seu mandato de deputado


estadual, a 1º de janeiro de 1993, quando assumiu a Prefeitura Municipal de Barra do Corda.

Figura 44: Solenidade cívica 1993. Na foto: Benones, Galeno Brandes, João Pedro Freitas, Elizeu Chaves Freitas e
Azevedinho (Zabiga).

Elizeu Chaves Freitas, será o segundo Prefeito Municipal de Barra do Corda, que,
em eleições populares, retorna ao comando do Poder Executivo Municipal, vez que o coronel
José Leonil da Cunha Nava fora chefe do Executivo de Barra do Corda em quatro
oportunidades, sendo que em três apenas fora eleito pelo povo e, na outra, fora designado na
forma da Constituição que antecedera a República de 1889, por Ato do Presidente da
Província.
A história contemporânea, deve apenas ser relatada com a frieza dos números e a
indiferença com que os fatos ocorreram, É muito cedo para se dizer da personalidade de Elizeu
Chaves Freitas. Das razões carismáticas e do fascínio com que ele tem envolvido a comunidade
barra-cordense, levando os seus concorrentes de vencida em lances desconcertantes.
Credite-se Já a ele, a intrepidez nas ações; a rapidez do raciocínio e o tipo
suigeneris, de líder que diplomado na escola da vida, se considera capaz de dirigir os destinos
do povo, em cuja posição se encontra e nela, ainda não foi vencido.

Enoc Almeida Vieira


Há que se resgatar aqui, em Barra do Corda na História do Maranhão, a
verdadeira naturalidade de Enoc Almeida Vieira, figura de destaque na história
contemporânea do Maranhão.

Figura 45: Enoc Almeida Vieira

No capítulo sobre a economia, analisamos no Êxodo de 1877, os Inúmeros os


lugares que floresceram em conseqüência do povoamento do Médio e Alto Mearim. Já no
primeiro quartel deste século, à Margem Leste, entre Pedreiras e Barra do Corda, destacavam-
se Bom Lugar ou Barracão, Canas e Angelin, que a partir dos anos de 1961, deixavam de
pertencer a Barra do Corda e passavam a integrar o município de Joselândia. Do lado Oeste do
Mearim, eram importantes Santa Maria, Bebedeira, Palmeiral e tantos outros. Exploradas as
terras, à beira-rio, os agricultores, foram penetrando para os centros, em busca de terras
virgens e livres.
Entre os egressos obreiros cearenses, se encontrava o senhor Antônio Vieira, que,
com o objetivo de trabalhar a agricultura de subsistência e a extração do babaçu, se
deslocaram um pouco para o Oeste, se estabelecendo e fundando o povoado, hoje,

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125

denominado de Bom Princípio, aquela época pertencente ao distrito de Boa Esperança, do


município de Barra do Corda. Mais tarde, no ano de 1954, fora criado o município de
Esperantinópolis, em cuja área ficava integrado, por força da Lei.
O senhor Antônio Vieira, desposara Joana Almeida, do clã dos Almeidas' do
município de Barra do Corda. Do casal, entre outros, a 7 de janeiro de 1938, quando o
município de Barra do Corda tinha como prefeito Joaquim Milhomem Sobrinho e Dr. Francisco
Moreira de Sousa era o Juiz de Direito da Comarca, nascia Enoc Almeida Vieira, no povoado
Bom Princípio do distrito, de Boa Esperança, no município de Barra do Corda.
Antes de ligar-se a Pedreiras, onde fez seus estudos no Ginásio Correia de Araújo,
foi menino em Barra do Corda, após aprender as primeiras letras com a professora Norbertina.
Fora aluno da antiga escola rural Eliezer Moreira do lugar Unha de Gato, sob a
sábia direção do grande e imortal Moisés da Providência Araújo.
De grau em grau, tornara-se homem de invejável cultura e personalidade
marcante na vida administrativa e Política do Maranhão. Colégio São Luiz e Liceu Maranhense,
credenciaram-no à Universidade Federal do Maranhão, onde graduou-se bacharel em Ciências
Jurídicas. Mais tarde, fez inúmeros cursos de extensão universitária. No campo educacional, foi
diretor da campanha de educação gratuita, no seu currículo, encontramos vários títulos
honoríficos.
Na política, foi vereador em São Luís; deputado estadual por duas Legislaturas,
com votações da maior expressão. No Parlamento, foi presidente da Assembléia Legislativa do
Estado — período de 1979 a 1981, onde, de exemplar parlamentar, fez uma das maiores
administração daquela casa. Posteriormente, elege-se deputado federal Constituinte pelo
Maranhão no ano de 1986, permanecendo na Câmara Baixa do País até o ano de 1991, quando
declinara de concorrer para a reeleição.
Enoc Vieira é barra-cordense ilustre e respeitado pela fidelidade com que sempre
se houve no desempenho das atividades humanas.

Epitácio Cafeteira
Se, na escolha do candidato Luiz Rocha para Governador do Estado, foi sentida a
presença influente de José Sarney38, imagina-se o quanto não foi decisiva a sua palavra de
líder nacional e chefe de Estado da Nação Brasileira, naqueles dias de 1986, quando se escolhia
Epitácio Cafeteira para Governador do Estado do Maranhão, nas eleições de 15 de novembro
de 1986.

Figura 46: Cafeteira e Eleito governado do estado do Maranhão com apoio de Sarney, em 1986.

Fez-se a aliança que aproximou adversários no Maranhão inteiro mas não uniu
lideranças. Eleito Cafeteira, instalou-se no Maranhão o mais prestigiado governo maranhense

38
O ano era 1986. José Sarney estava então na Presidência da República. No Maranhão, seu aliado na
disputa pelo Governo do Estado era Epitácio Cafeteira. Ambos estavam no PMDB. Cafeteira elegeu-se
com astronômicos 81,03% dos votos válidos. Seu adversário, João Castelo (então no PDS), obteve
apenas 16,52%. O mesmo Castelo que foi novamente derrotado por Cafeteira – mais uma vez com apoio
de Sarney – em 2006, na disputa pelo Senado.

Trabalho de Digitalização – Professor Leonardo de Arruda Delgado


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com relação ao Governo Central. O autor deste livro é testemunha deste fato, inúmeras vezes,
as lideranças estaduais se deslocavam para Brasília, em busca de recursos para a implantação
de projetos, visando ao desenvolvimento do Estado. -
Não se negue também a Cafeteira, nestas condições de haver feito pelo
Maranhão um governo dinâmico, embora se assegure que muito se poderia ter feito, se o seu
governo tivesse se distanciado do populismo e melhor houvesse escolhido as suas prioridades.
Cuidou -se multo bem do aspecto físico das obras e descuidou-se do lado da infra-
estrutura propriamente dita.
Mesmo assim, como ocorrera ao governo João Castelo, com repasses incalculáveis
de recursos do Governo Federal para o Maranhão, esteve presente era quase todos os
municípios maranhenses, com obras e serviços, Incluindo os setores de esportes e lazer, como
ocorrera em Barra do Corda, onde, em convênio com a Prefeitura, manda executar a
construção de um ginásio e um pequeno estádio de futebol, ampliando o sistema de
transmissão de energia elétrica no meio rural e outros pequenos serviços.

Figura 47: Cafeteira e Benedito Terceiro na inauguração do ginásio Raimundo Medeiros - 1991

Epitácio Cafeteira, para concorrer ao senado, obrigado por decisão da Suprema


Corte de Justiça, passara o cargo de Governador ao vice, João Alberto. Contrariava decisão da
Assembléia Legislativa, que havia dado posse ao seu Presidente, deputado Ivar Saldanha,
baseada no fato de que João Alberto, no espaço de vice-governador, ' havia assumido — com
autorização da própria Assembléia — a prefeitura de sua terra — berço — Bacabal.

João Alberto Souza


João Alberto fez um governo firme, coerente e honrado. Num pequeno espaço de
tempo, ficou conhecido pela luta contra a corrupção e o crime.

Figura 48: João Alberto Souza. Governador do Maranhão no período de 3 de abril de 1990 à 15 de março de 1991

Sensível ao setor social, ampliou os recursos humanos da máquina estadual,


mormente na educação.
Politicamente, foi fiel aos compromissos com o povo e com o Partido a que
pertence.

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Com larga folha de serviços prestados ao Estado; desde os Idos de estudante,


ensaiara a sua liderança. Passou pela Prefeitura de Bacabal, pela Assembléia Legislativa do
Estado, integrou a equipe de Governo do Maranhão Novo; foi deputado federal e vice-
governador, independente de vários outros cargos de chefia, na Administração Pública do
Maranhão.

Constituintes em Barra do Corda


Barra do Corda, em quase todas as oportunidades de elaboração das
constituições estaduais, elegeu seus deputados. Embora nem sempre tais constituintes
tenham nascido em Barra do Corda — o que não lhes tirou jamais a legitimidade da
representação —, foi sempre um município atuante e respeitado neste espaço.
Em 1986, travou-se no meio uma luta ferrenha para as eleições daquele ano,
quando se elegiam os governadores dos estados e, ao mesmo tempo, os deputados estaduais.
De um lado, as forças tradicionais e locais se posicionaram em favor da eleição do
autor deste livro, que tinha o apoio do então prefeito Elizeu Chaves Freitas, de parte dos
industriais, do comércio e, acima de tudo, dos educadores e da classe estudantil.
Competia com o Dr. Benedito Terceiro, político que já se esforçava por conseguir
representação política local, após a participação em movimentos de classe e cooperativa,
situando-se com expressiva liderança no meio rural.
No final, elegeram-se os dois representantes. O autor deste livro, pelo PFL, e o
deputado Benedito Terceiro pelo PMDB. As siglas, explicam de início que aquele parlamentar
gozaria, como ocorrera de maior prestígio Junto ao Governador do Estado—Epitácio Cafeteira
— em decorrência de pertencerem ao mesmo partido. A comprovação veio logo com a escolha
daquele para secretário da pasta de Agricultura do Governo.
Assim, Barra do Corda passara a contar com apenas um parlamentar efetivamente
no Parlamento.
A nossa atuação no Parlamento Constitucional do Maranhão não constitui a razão
fundamental deste livro.
Os anais da Assembléia e a imprensa do Estado registram o que foi possível o
autor deste livro realizar na defesa dos interesses do Estado e, especialmente, em benefício do
povo de Barra do Corda.

Juarez Medeiros
Embora não tenha pleiteado votos em Barra do Corda para a sua eleição de
Constituinte, do ano de 1986, a história registra com ufanismo a presença de Juarez Medeiros
Filho no Parlamento Constituinte do centenário da República no Maranhão.
Nasceu Juarez Medeiros em Barra do Corda, na Rua Luiz Domingues, antiga Rua
das Laranjeiras, aos 28 dias de maio de 1956 Seu pai, o riograndense Juarez Medeiros, sua
genitora, Leonildes de Sousa Medeiros.
O Constituinte Juarez Medeiros, do lado materno, vem de um clã histórico em
Barra do Corda: neto de Maria José Marinho de Sousa, casada com Ângelo Calafate, líder do
parque que Introduziu, em Barra do Corda, os serviços de reparo e construção de barcos,
lanchas, batelões, como São José. Andorinha, Laborina e outras, que prestaram os primeiros
serviços de transporte entre o Alto Mearim e as regiões de Vitória e Arari, de onde era
originário.
Bisneto de Matildes Reverdosa, esposa de Vicente D'Almeida Reverdosa,
comerciante bem sucedido no final do século XLX; vereador, chefe da Fazenda Municipal na
administração do primeiro prefeito eleito — Fortunato Ribeiro Fialho, até os anos de 1895.
Nesta década, quando se fazia rodízios nas Intendências dos municípios, assumira a
intendência de Barra do Corda interinamente.
Juarez é político de posições lógicas e firmes; desde os anos de estudante, onde
despontou a liderança que o teria conduzido ao Parlamento Constitucional.

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Parlamentar contundente na defesa de suas convicções, porém de linguagem


respeitável. Atuante e assíduo. Reelegeu-se para a Legislatura 1991 a 1994.
No campo da escolaridade, passara pelas oficinas de Bacabal e foi aluno do Liceu
Maranhense, casado com Maria de Jesus Gomes Cordeiro, com quem tem três filhos. É
radialista profissional e acadêmico de Direito.
Somente a partir dos anos de 1885 é que Barra do Corda começava a ser dirigida
por pessoas nascidas em seu próprio território. Isto significa que os tributários da nossa
história, em sua primeira fase, foram egressos de outras plagas, citando a Vila da Chapada,
Carolina, Riachão, Loreto, Picos (Colinas), Caxias, Codó, Coroatá, Itapecuru, registro que se
faz com relação as unidades da província, ao tempo era que Melo Uchôa chegara ao
Maranhão.
Mas, já no século XX, analisando os dados biográficos de muitos dos nossos
líderes, teríamos de fazer referências a Frederico Figueira, de Picos; a Cândido Aires, de
Carolina; a Jamil de Miranda Gedeon, de Coroatá; a Raimundo Ferreira Lima, de Pedreiras; a
Florêncio Brandes da Silva, de Caxias; a Walter Ribeiro de Sampaio, de São Domingos entre
outros.

Darci Aquino Pereira Pires


Em pleno regime democrático, a eleição de um líder à categoria de prefeito, tem
que ser debitada a um conjunto de forças políticas a que ele esteja fortemente ligado.

Figura 49: Darci Terceiro

Assim, em 1988, elege-se como Prefeito de Barra do Corda, a Senhora Darci


Aquino Pereira Terceiro, face ser ela, esposa do senhor deputado Benedito Terceiro, liderança
indiscutível em Barra do Corda, surgida após o passamento do deputado Fernando Falcão.
Que não se negue a ela, qualidades pessoais que possam ter justificado haver
chegado a chefiar a nossa comuna. Porém, a transferência do acervo político de seu esposo,
consolidou a sua eleição.
Filha de Rosário, elevado à categoria de vila no ano da fundação de nosso
povoado; 1835. Do casal José Ribamar Pereira e Nair Aquino Pereira, trouxe a tradição política
dos Aquinos, cuja participação no cenário político do Maranhão se estende aos atuais dias.
Segundo Thucydes Barbosa, do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão,
Benedito Pires Ferreira, o tronco, era filho do Pernambucano João de Deus Pires Ferreira, um
dos três Irmãos Pernambucanos que atraídos pelas enormes perspectivas do desenvolvimento
da pecuária no Piauí e prática da lavoura, no Maranhão, atravessara o Parnaíba e teria dado
origem aos Pires Ferreira do Maranhão. Partindo de Pastos Bons, depois Picos e Itapecuru
abaixo, poderiam ter contribuído para os Pires Ferreira de Rosário.
Darci Terceiro, prefeita até 31 de dezembro de 1992, um dia antes passara o
cargo ao vereador Zeferino Cavalcante, que o transmitira ao prefeito eleito.

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Figura 50: Foto de 1990 com Nenzin, Dona Júlia Pacheco, Graça do Dilamar, Darci Terceiro, Lourival Pacheco,
Benedito Terceiro, Antônio Lima do Anapurus, Toinho Manduca, Toinho Silva e outros.

É muito cedo para se analisar o desempenho da ex-prefeita Darci Terceiro;


ressaltando-se que envidou esforços e pôs em prática a execução de um programa na área
cultural, mas especificamente no campo do folclore; que contou com o apoio do governador
Cafeteira que realizou obras no campo dos esportes citando o estádio municipal e o ginásio de
esportes José Justino Pereira39.
Houve, de parte da CEMAR, aumento de linhas de transmissão de energia elétrica
na zona rural.
Credite-se a sua gestão, direta ou indiretamente, a construção dos trechos de
vicinais, que vão de Cajazeira a Anapurus e de Barra do Corda ao Burity entre outras.
Foi a segunda mulher a exercer o cargo de Prefeito de Barra do Corda. (Dec. 8. 8.
1947).

39
Atualmente o ginásio chama-se ginásio Raimundo José.

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