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e seu tempo
Presidente da República
Luiz Inácio Lula da Silva
Ministro do Desenvolvimento,
Indústria e Comércio Exterior
Luiz Fernando Furlan
BNDES
DIRETORIA
Presidente
Carlos Lessa
Vice-Presidente
Darc Antonio da Luz Costa
Diretores
Fabio Erber
Luiz Eduardo Melin
Marcio Henrique Monteiro de Castro
Mauricio Borges Lemos
Roberto Timotheo da Costa
Getúlio Vargas
e seu tempo
Organizadores
Raul Mendes Silva
Introdução - 13
Raul Mendes Silva
5. Política Externa - 75
Renato Lemos (Departamento de História IFCS / URRJ)
6. Artes Visuais - 83
Raul Mendes Silva
7. Arquitetura e Urbanismo - 103
Geraldo Edson de Andrade (Professor de História da Arte da UERJ. Escritor, crítico de arte. Mem-
bro da Associação Brasileira de Críticos de Arte – ABCA)
8. Literatura - 109
Renato Cordeiro Gomes (Doutor em Letras. Escritor, professor de Literatura Brasileira do Dep. de
Comunicação Social da PUC/RJ. Pesquisador do CNPq.)
9. Música - 125
Vasco Mariz (Diplomata, historiador e musicólogo. Ex-presidente da Academia Brasileira de Música,
sócio emérito do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. Grande Prêmio da APCA de 2000 pelo conjunto
de sua obra musicológica)
APÊNDICES
Cronologia da Era Vargas - 321
Leda Maria Marques Soares (Psicologia – UFRJ. Psicóloga e redatora)
Presidente do BNDES
O avatar da Nação
Independentemente das paixões políticas conflitantes que tenha desperta-
do em sua própria época e depois dela, a Era Vargas está definitivamente associa-
da à idéia de construção do projeto nacional e da identidade nacional. Antes de
Getúlio Vargas havia, pelo território e pelo esforço de mantê-lo íntegro e uni-
do, um grande país chamado Brasil; depois dele, inaugurou-se neste país o pro-
cesso de construção de uma nação que começaria, por inspiração dele, a se ver
destinada a ser grande e oficiante de seu projeto como futura civilização.
Getúlio pro-
longou sua influên-
19.7.1932. Em Belo
Horizonte, o cia para além do desaparecimento físico. A morte de Vargas, acompanhada da
Regimento de demonstração imediata do seu enorme prestígio, deu novo alento à aliança en-
Cavalaria da Força tre o Partido Social Democrático (PSD) e o Partido Trabalhista Brasileiro (PTB),
Pública embarca a ambos criados sob sua inspiração no pós-guerra. A Carta-Testamento foi incor-
caminho do front. O
Secretário do porada ao programa do PTB, que se tornou o depositário por excelência da
Interior, Gustavo herança política de Vargas. A vitória do pessedista Juscelino Kubitschek nas
Capanema ( traje eleições presidenciais de 1955, tendo como companheiro de chapa João Goulart,
civil ) tem à dir. o presidente nacional do PTB, representou, em ampla medida, uma vitória das
comandante do
Regimento, ten. cor. forças políticas identificadas com o ideário varguista. Após o curto interregno
Anísio Froes de Jânio Quadros, a coligação PSD-PTB voltou a dar as cartas na política nacio-
nal, no governo de Goulart, o herdeiro direto de Vargas. Em 1964, com a
deposição de Jango, a influência política de Getúlio foi finalmente contida.