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Londrina
2021
GISELI CRISTINA CALDEIRA BURATTO
Londrina
2021
GISELI CRISTINA CALDEIRA BURATTO
BANCA EXAMINADORA
____________________________________
Profa. Dra. Thais Batista Zaninelli
Universidade Estadual de Londrina - UEL
____________________________________
Profa. Dra. Ana Cristina Albuquerque
Universidade Estadual de Londrina - UEL
____________________________________
Prof. Dr. Ronaldo Salvador Vasques
Universidade Estadual de Maringá - UEM
RESUMO
ABSTRACT
The relationship between information science and museology refers mainly to its
object of study, information. Information in the museological context has an important
social role, revealing the approximation between the individual and the collection,
facilitating interaction, generating a process of learning and knowledge. It is
fundamental in the context of this dissertation to understand the information
management process, since it investigates the influences of fields on the
representation and organization of information within the fashion collection.
Information management aims at accessing, sharing and using information with a
minimum of errors or uncertainties as a process, which analyzes those involved with
the production and use of the information that was received and with the resources
applied. Therefore, the aim of this study is to understand the information
management process of the fashion collection in the scope of the Historical Museum
of Londrina. The methodology defined as exploratory qualitative approach, the
method adopted was the case study. The data collection process was based on
interviews, document analysis and bibliographic study. The result is the relationship
of fashion with information science as a system, which through interdisciplinarity and
the elements of information management provides the flow of information and
knowledge. The consideration is the interaction of historical heritage in different
environments developing a social perspective, which promotes remembrance and
belonging, as well as conditions for accessibility, innovation and learning.
Figura 1 - GC x GI .................................................................................................. 10
Figura 2 - Conceito de Informação na Ciência da Informação ................................ 21
Figura 3 - Etapas do fluxo informacional da GI ....................................................... 30
Figura 4 - Etapas do fluxo informacional do uso da informação ............................. 31
Figura 5 - Ciclo de vida da informação ................................................................... 35
Figura 6 - Moda política – Zuzu Angel, 1971 .......................................................... 38
Figura 7 - Elementos de categorização .................................................................. 48
Figura 8 - Vestido de noiva ..................................................................................... 51
Figura 9 - Piet Mondrian x Yves Saint-Laurent ....................................................... 51
Figura 10 - New Look – Dior, 1947 ........................................................................... 60
Figura 11 - Procedimentos metodológicos de natureza qualitativa exploratória ....... 70
Figura 12 - Fontes de dados..................................................................................... 72
Figura 13 - Sequência de coleta de dados .............................................................. 75
Figura 14 - Ficha de produto .................................................................................... 76
Figura 15 - Roteiro para entrevista com funcionário técnico (entrevistado 1) e com a
diretoria do MHL (entrevistado 2) ........................................................... 77
Figura 16 - Acervo x Década .................................................................................... 83
Figura 17 - Condições x Elementos .......................................................................... 84
Figura 18 - Ficha 1 - Década 1930 ........................................................................... 89
Figura 19 - Ficha 2 - Década 1960 ........................................................................... 92
Figura 20 - Ficha 3 - Década 1960 ........................................................................... 94
Figura 21 - Ficha 4 - Década 1980 ........................................................................... 98
Figura 22 - Relação moda, museu e CI .................................................................. 107
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
CI Ciência da Informação
CIDOC Comitê Internacional de Documentação
GC Gestão do conhecimento
GI Gestão da Informação
ICOM Conselho Internacional de Museus
MHL Museu Histórico de Londrina
UEL Universidade Estadual de Londrina
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO .......................................................................................... 9
6 PERCURSO METODOLÓGICO.............................................................. 70
6.1 PRIMEIRA FASE: LEVANTAMENTO BIBLIOGRÁFICO ......................................... 71
6.2 SEGUNDA FASE: EXPLORATÓRIA ................................................................. 72
6.3 TERCEIRA FASE: COLETA DE DADOS ............................................................ 74
6.3.1 Instrumento para Coleta de Dados .......................................................... 76
6.4 QUARTA FASE: ANÁLISE DOS DADOS ........................................................... 77
1 INTRODUÇÃO
Figura 1 - GC x GI
1
Leis Suntuárias: Segundo Roche (2007), são atas parlamentares e proclamações da
monarquia sobre consumo de alimentos, móveis e roupas, em que o consumo deveria
obedecer a uma hierarquia de regras, colocando a mobilidade social limitada.
14
Objetivo geral
Compreender o processo de gestão da informação do acervo de moda no
âmbito do Museu Histórico de Londrina.
Objetivos específicos
✓ Analisar a relação da museologia com a CI pelo viés da gestão da
informação.
✓ Identificar os elementos da gestão da informação para representação e
organização da informação específicos para acervo de moda.
✓ Estudar o processo de disponibilização do acervo de moda do museu por
meio dos elementos da gestão da informação.
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2.2 INFORMAÇÃO
3 GESTÃO DA INFORMAÇÃO
INFORMAÇÃO
signo semiótico não deve ficar separada de uma análise. A análise do signo permite
ao documento a extração das informações intrínsecas e extrínsecas, ao mesmo
tempo que novos usos e significados podem ser construídos.
Tendo em vista a ciência normativa como a qualidade mediadora do
signo, a teoria semiótica permite atravessar no próprio movimento interno das
mensagens a relação tríade, ou seja, signo, objeto e interpretante, sendo assim a
posição lógica que cada um dos elementos ocupa no processo representativo de um
objeto tridimensional (SANTAELLA, 2005).
No âmbito dessa discussão, Gomes e Silva (2011) relatam que se deve
verificar o recebimento dos objetos tridimensionais pelas instituições museológicas
antes mesmo do recolhimento, seleção e captação, para decisão do futuro da
preservação e o acondicionamento na instituição. Caso decidido por não preservá-
los nos arquivos, de alguma forma, ainda é possível representá-los, utilizando-se de
outros gêneros documentais, como o iconográfico em exposições ou pesquisas
externas. Dessa forma, o documento assume uma condição significativa no interior
dos museus, seja como suporte para as atividades socioculturais ou elemento de
apoio para a pesquisa científica neles desenvolvida.
Assim, são criados os Sistemas de Documentação Museológica,
motivados pela preocupação em preservar, investigar e comunicar. A representação
e organização da informação têm, desse modo, a responsabilidade de disponibilizar
a base de dados para consultas internas e externas. A próxima seção, trata a
representação de organização da informação museológica e a caracterização dos
elementos deste processo.
42
4.1.1 Catalogação
4.1.2 Classificação
[...] moda sempre carrega sua própria morte dentro de si. Seu
objetivo sempre é ser definitiva para absolutamente todos os
indivíduos em um grupo, mas se atingir essa meta ela morrerá,
porque está neutralizada então a oposição real entre conformidade e
individualidade que é sua definição básica.
2
Costume: um hábito ou norma coletiva (CALANCA, 2008).
58
6 PERCURSO METODOLÓGICO
Nesta terceira etapa, foi justificável ter como base a primeira fase
referente à execução da pesquisa exploratória, que ofereceu subsídios teóricos para
a formulação do processo aqui citado, o qual objetiva mensurar de forma precisa e
realizada com rigor, por meio de conceitos já explicitados, a realidade única do
ambiente do caso estudado.
76
quando os dados são coletados, de diferentes ângulos, podem ser usados para
justificar e corroborar com o problema de pesquisa, é importante também, pois limita
os olhares pessoais e metodológicos, trazendo mérito para os resultados a serem
coletados (BARDIN, 2016).
A realização deste trabalho e os procedimentos utilizados para a
elaboração da pesquisa incluíram: seleção de peças do acervo, análise documental
e visual, fotos, descrição dos documentos e da pesquisa com o objetivo de verificar a
melhor forma para disponibilizar o acervo constituindo o propósito da pesquisa.
80
do material fotográfico como precário, bom e ótimo. A seguir, a figura que indica os
elementos e as condições utilizados para a escolha do acervo de moda para a
análise descritiva.
Esta fase foi dedicada à construção de uma ficha de produto para reunir
os dados coletados sobre as peças do acervo de moda do MHL. A ficha de produto
apresenta: a descrição de documentação e da peça, de acordo com o arquivo do
MHL; a história social da moda descrita por meio de literatura; criação de texto do
contexto histórico da época analisada por meio midiático; inserção de fotos da peça
do acervo de moda e fotos reais de cada época analisada.
Este formato foi baseado em Vasques (2018) para disponibilizar de forma
compilada dados e informações referentes ao acervo de moda, assim como o
contexto histórico social, político e econômico de cada década, com o objetivo de
potencializar as informações do acervo de moda e estabelecer parâmetros para as
diversas atividades vinculadas ao objeto.
No processo de representação e organização da informação, as ações
resultantes do uso dos recursos informacionais estudados na página 48 (Figura 7)
podem ser significativas para a geração do conhecimento, uma vez que constroem
um meio de comunicação multidisciplinar para facilitar a institucionalização da
89
informação.
A ficha número 1 refere-se à peça do acervo de moda da década de
1930. A primeira peça foi um vestido, definido como formal de acordo com a ocasião
de uso da década de 1930, provavelmente da segunda metade da década por suas
formas e principais características.
Na sequência, segue a ficha de produto com os dados e as informações
extraídas da análise descritiva já realizada, elaborada conforme o apêndice A dessa
dissertação.
Figura 18 - Ficha 1 - Década 1930 (continua...)
90
material provavelmente em tecido natural animal de fibra de seda (S) ou outro tecido
natural, também típico, assim como a cor em tons terrosos e claros.
As características deste vestido denotam leveza e feminilidade por ser
fluido apresentando formas circulares. “Houve uma onda de romantismo estipulada
pela visita dos soberanos ingleses a Paris, no início do verão de 1938” (LAVER,
1989, p. 246). O vestido analisado do acervo estava dentro dos padrões desta época
com babados que caracterizam este romantismo e com pontos marcantes da
década, como cita o autor.
Na documentação de acervo, o registro das informações contidas no
objeto é uma forma precisa de denominar o objeto em si, descrevendo tudo que o
compõe e ainda indicar sua função, como uma informação individual do objeto.
Loureiro (2008, p. 39) enfatiza que “... a descrição de artefatos é o que permite
denominar com precisão não apenas o objeto como um todo, como cada parte que o
compõe, sua ornamentação e, em muitos casos, apontar-lhes a função.”
De fato, podemos considerar que, mesmo em uma cidade do interior, as
mulheres tinham informação da moda vigente, com fácil acesso às capitais, como
Curitiba e São Paulo, e boas condições financeiras. Portanto, as mulheres usavam a
moda vigente sem nenhum espaço de tempo. Mesmo a cidade ainda pequena com
cerca de 30 mil habitantes, segundo dados do MHL e com pouca infraestrutura, foi
possível observar, por meio das fotos e do contexto analisados, que a escassa
estrutura e hostilidade da época fez surgir a elegância na cidade.
A Ficha 2 refere-se ao casaco usado em ocasiões formais com
características da década de 1960, quando Jacqueline Kennedy, então primeira
dama dos Estados Unidos, era referência de moda no mundo. A característica da cor
viva no casaco, as formas retas, a praticidade e versatilidade da peça são as
principais fontes de evidência da década de 1960.
Na sequência, a fotografia da peça do acervo e a ficha de produto com os
dados e as informações extraídas da análise descritiva já realizada.
92
cristão, o qual pode legitimar o desejo de perfeição para a nova vida do casal.
9 Yuppie é uma expressão inglesa que significa Young Urban Professional, termo usado para se
referir a jovens profissionais entre os 20 e os 40 anos de idade, geralmente de situação financeira
intermediária entre a classe média e a classe alta. (BRAGA; PRADO, 2011, p. 406).
101
ato do vestir, pensar a moda como fenômeno histórico social, econômico, filosófico,
antropológico e como meio político.
8 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
ARTE DESCRITA. Vestido Mondrian, de Yves Saint Laurent. In: Blog Arte Descrita
por Thiago Cerqueira. 2012. Disponível em:
http://artedescrita.blogspot.com/2012/01/vestido-mondrian-de-yves-saint-
laurent.html. Acesso em: 20 dez. 2020.
CALANCA, D. História Social da Moda. 2. ed. São Paulo: Editora Senac, 2008.
COLHER DE CHÁ NOIVAS. Inspire-se no filme The Sound Of Music. In: Blog de
casamento por Manoela Cesar. 2012. Disponível em:
https://colherdechanoivas.com/inspiracoes/tradicional/2012/03/. Acesso em: 20 dez.
2020.
CRANE, D. A moda e seu papel social: classe gênero e identidade das roupas.
Tradução Cristiana Coimbra. São Paulo: Senac, 2006.
CRANE, D. Ensaios sobre moda, arte e globalização cultural. São Paulo: Senac,
2011.
CRANE, D.; MORA, E. Diferenças entre os sistemas de moda de cada país: o caso
da Itália. Iara – Revista de Moda, Cultura e Arte, São Paulo, v. 1, n. 1, abr./ago.
2008.
GIL, A. C. Métodos e técnicas de pesquisa social. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2008.
HAUGLAND, K. Grace Kelly: Icon of Style to Royal Bride. Yale University Press,
2006.
MEMÓRIAS DA DITADURA. In: Acervo Digital Zuzu Angel. [(20--)]. Disponível em:
http://www.zuzuangel.com.br/. Acesso em: 20 dez. 2020.
SIMILI, I. G. Dossiê Moda e Gênero. Iara – Revista de Moda, Cultura e Arte, São
Paulo, v. 5, n. 1, maio 2012.
APÊNDICES
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