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Amanda Araújo de Azevedo, 2B-Marista.

Dissertação Argumentativa.

Descarte do e-lixo

A Constituição da República – promulgada em 1891 pela Assembleia Constituinte – assegura


que todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum e
essencial à sadia qualidade de vida, impondo ao Poder Público e à coletividade o dever de
preservá-lo. Esse artigo deveria interferir de modo positivo na defesa do meio ambiental,
porém, essa não é a realidade vista, já que o descarte incorreto do lixo eletrônico e a quase
que inexistência de reciclagem do e-lixo dificultam a proteção da natureza.

De início, sabe-se que o desprezo errado do RAEE, como o que são realizados, compromete a
ecologia, principalmente porque esses equipamentos tem a liberação de substâncias tóxicas
contidas nos equipamentos eletroeletrônicos diretamente no solo e em águas superficiais e
subterrâneas. Segundo um estudo coordenado pela Universidade das Nações Unidas (UNU)
em 2017, apenas cerca de 20% de todo volume gerado no mundo é destinado para lugares
próprios de coleta, e a realidade para países em desenvolvimento é ainda pior. O descarte não
especializado resulta na contaminação dos recursos naturais e, consequentemente no impacto
da fauna, flora a população humana, refletindo, assim, nos sistemas ecológico e produtivo. O
que registra impactos negativos na saúde humana e no meio ambiente.

Vale ressaltar também que, é de extrema importância a reciclagem do e-lixo, pois contemplará
a necessária visão do biossistema como um ambiente inteiro e sustentável, porém, os índices
de lixos que são enviados para os locais corretos ainda é baixo. Um relatório apresentado pelo
presidente da Comissão de Direito Ambiental da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB)
demonstra que apenas 2% de todo resíduo eletrônico do país está sendo reciclado. Com a falta
de infraestrutura para a destinação correta desses dejetos tem se por consequência a poluição
do ambiente e sérias doenças à população sendo causadas.

Em decorrência disso, cabe ao Governo Federal e ao terceiro setor a tarefa de reverter esse
quadro. O terceiro setor –composto por associações que buscam se organizar para conseguir
melhorias na sociedade- deve atuar na conscientização da sociedade, instituições públicas e
privadas por meio de informativos e palestras sobre as consequências de um descarte não
especializado e os males disso, para que a sustentabilidade aumente cada vez mais. Por fim, é
preciso que haja um esforço governamental na fiscalização de empresas que realizam o envio
desses compostos inadequadamente, evitando os danos provocados pelo e-lixo. Com tais
medidas, o objetivo estabelecido na Constituição da República será atingido aos poucos.

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