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Glicogênese

Glicogenólise
Glicogênese
* Processo que transforma glicose em glicogênio;
* Acontece em todos tecidos animais, em maior
intensidade no fígado e músculos;

* Músculo armazena para consumo próprio, utiliza


durante exercício quando há necessidade de
energia
rápida;

* Glicogênio - fonte imediata de glicose para


músculos quando diminui glicose sangüínea;

* Glicogênio fica disponível no fígado e músculos.


CONSIDERAÇÕES SOBRE A
SÍNTESE DE GLICOSE
*A glicose tem um papel central no metabolismo;
* Combustível universal e bloco construtivo para todos
organismos.

* Nos mamíferos alguns tecidos * As reservas de glicogênio não são


dependem da glicose como fonte suficientes!!!
exclusiva de energia:
* O glicogênio pode ser depledado:
 Cérebro
 No jejum prolongado
 Eritrócitos (hemácias)
 No exercício intenso
 Testículos
 Medula renal * O organismo precisa de uma forma de
 Tecidos embrionários sintetizar glicose à partir de precursores
“não-carboidratados”
* O cérebro sozinho consome cerca de • Isso é feito pela via da gliconeogênese,
120g de glicose por dia que converte piruvato e e outros
(mais da metade da glicose armazenada como glicogênio
no fígado e nos músculos) compostos correlatos de 3 e 4
carbonos em glicose.
PRECURSORES PARA A GLICONEOGÊNESE
Lactato:
Cerca de 120g de lactato são produzidos por dia por um ser humano
normal;
Desse total, 40g são produzidos pelos tecidos com metabolismo
totalmente anaeróbico (eritrócitos e medula renal);
Outros tecidos como intestino delgado, cérebro, pele e músculo
podem contribuir de forma variada dependendo da atividade de
cada um;
A contribuição do músculo é particularmente variável e pode
alcançar mais de 120g numa situação de exercício vigoroso;
Lactato plasmático: ~1mM;
Quem remove o lactato:
• Fígado – principal - transforma em glicose (ciclo de Cori) ou
lipídeo.
• Coração -- secundário, oxida
• Músculo -- secundário, oxida
Glicerol

Liberado no sangue como resultado da hidrólise de triacilgliceróis


(tec. adiposo);
No jejum ~19g de glicerol são liberados por dia e convertidos em
glicose;
Exercício e stress aumentam essa quantidade.
Glicerol + ATP  glicerol 3-P
Glicerol-3-P + NAD+  dihidroxiacetona-P + NADH

Aminoácidos

São os principais precursores da gliconeogênese durante o jejum;


Glicogênicos, cetogênicos, glicogênicos e cetogênicos
Quantitativamente alanina é o precursor mais importante.
ATP Glicose Pi
Hexoquinase
ADP Glicose-6-fosfato
Glicose 6-fosfase
H2O
REAÇÕES DA
GLICONEOGÊNESE
ATP Frutose-6-fosfato Pi
Fosfofrutoquinase I Frutose 1,6-bisfosfatase
ADP Frutose-1,6-bisfosfato H2O
 Os três passos irreversíveis
são contornados por
Gliceraldeído-3-fosfato Dihidroxiacetonafosfato enzimas diferentes da
Pi Pi
NAD+ NAD+
glicólise;
NADH + H+ NADH + H+  Ambos ocorrem no citosol;
1,3-bisfosfoglicerato  Necessitam regulação
ADP + Pi ADP + Pi coordenada
ATP ATP
3-fosfoglicerato  Vários passos são
compartilhados com a via
2-fosfoglicerato glicolítica;
GDP + Pi
Fosfoenolpiruvato
ADP + Pi PEP carboxiquinase
Piruvato quinase GTP
Oxaloacetato
ATP ADP + Pi
Piruvato Piruvato carboxilase
ATP
PONTOS COMUNS
ENTRE A GLICÓLISE
E CLICONEOGÊNESE
COMPARANDO A
VIA ANABÓLICA E
CATABÓLICA DA
GLICOSE
VIA DO GLICEROL – UM DOS AFLUENTES PARA
GLICONEOGÊNESE
CONVERSÃO DO PIRUVATO EM
FOSFOENOLPIRUVATO (PEP) bicarbonato piruvato

A formação de piruvato à partir de PEP é muito +


exergônica e não pode ser revertida.
Fosfoenolpiruvato + ADP  Piruvato + ATP
DG= -16.7 KJ/mol ATP
Piruvato
Para contornar esse passo são necessária duas carboxilase biotina
reações ADP + Pi
Uma ocorre no citoplasma e outra na mitocôndria
oxaloacetato

GDP + Pi
Fosfoenolpiruvato
PEP carboxiquinase
GTP
Oxaloacetato GTP
Piruvato
PEP carboxiquinase GDP
ADP + Pi
Piruvato Piruvato carboxilase CO2
ATP

Alanina fosfoenolpiruvato
PAPEL DA BIOTINA NA REAÇÃO
ATP
DA CARBOXILASE

Bicarbonato
A biotina fica covalentemente ligada a um
resíduo de Lys;
Biotinilil-enzima
A energia da hidrólise do ATP é utilizada
para ligar covalentemente um íon
bicarbonato à biotina;
Carboxi-biotinilil-enzima
Numa segunda etapa o carboxilato é
transferido para o piruvato, produzindo
oxaloacetato;
Piruvato enolato
(forma tautomeríca)

Oxaloacetato

Biotinilil-enzima
VIAS PARA FOSFORILAÇÃO DO PIRUVATO A
PEP Fosfoenol piruvato
CO2 (PEP)  A via que vai predominar depende do
PEP carboxiquinase precursor gliconeogênico (piruvato ou
citosólica
lactato);
Oxaloacetato  Quando o precursor é o lactato um NADH é
Malato desidrogenase NADH produzido no citosol pela lactato
citosólica
desidrogenase;
Malato NAD
+
 Apenas a via da esquerda remove poder
redutor da matriz mitocondrial para o
citosol.
Malato Fosfoenol piruvato
Malato NAD+ (PEP)
PEP
desidrogenase carboxiquinase CO2
mitocondrial NADH
mitocondrial
Oxaloacetato
Piruvato Oxaloacetato
carboxilase Piruvato
CO2 carboxilase CO2
Piruvato Piruvato
Mitocôndria
Citosol NADH NAD+
Piruvato
Piruvato Lactato
Lactato desidrogenase
Glicogênese

Fosfoglicomutase
Glucose-1-phosphate

Glucose-6-phosphate

Glicogênio sintase

Glycogen
BALANÇO DA GLICONEOGÊNESE

# Reação Fator
1 Piruvato + HCO3-+ ATP  oxaloacetato + ADP + Pi x2
2 Oxaloacetato + GTP  fosfoenolpiruvato + CO2 + GDP x2
3 fosfoenolpiruvato + H2O  2-fosfoglicerato x2
4 2-fosfoglicerato  3-fosfoglicerato x2
5 3-fosfoglicerato + ATP 1,3-Bisfospfoglicerato + ADP x2
6 1,3-Bisfosfoglicerato + NADH + H+  giceraldeído 3-fosfato + NAD+ + Pi x2
7 giceraldeído 3-fosfato + dihidroxiacetona fosfato  frutose 1,6-bisfosfato
8 frutose 1,6-bisfosfate + H2O  frutose 6-fosfato + Pi
9 frutose 6-fosfato  glicose 6-fosfato
10 glicose 6-fosfato + H2O  glicose + Pi

2 Piruvato + 2 HCO3-+ 4 ATP + 2 GTP + 2 H2O + 2 NADH 


 2 CO2 + 2 ADP + 6 Pi + 2 GDP + 2 NAD+ + glicose
CICLO DE CORI
Quantidade de glicose disponível para o ser humano,
levando em considerações reservas hepáticas e
musculares de glicogênio.

Peso Relativo Massa Total

Glicogênio Hepático 4,0 -7,0% 72-150g

Glicogênio Muscular 0,7 % 245 g (2)

Glicose extracelular 0,1 % 10 g (3)

TOTAL - 327 g
Controle Hormonal de
Carboidratos
* Princípios básicos de regulação da glicemia: nível
de glicose plasmática;
* Regulação hormonal é coordenada a curto e
longo prazo, da gliconeogênese e glicólise
hepática;

* Os hormônios glicorreguladores incluem:


insulina, glucagon, epinefrina, hormônio de
crescimento
e cortisol
Glicogênese

Glicogenólise
PONTOS DE
REGULAÇÃO
* A frutose 2,6- bisfosfato é produzida pela fosforilação da frutose-6-
fosfato;

* A quinase (fosfofrutoquinase II – PFK-2) possibilita a fosforilação


da frutose 6- fosfato e a fosfatase (frutose 2,6- bisfosfatase –
FBPase-2) atua na hidrólise da frutose 2,6 bisfosfato.
REGULAÇÃO HORMONAL DA GLICÓLISE E
GLICONEOGÊNESE É MEDIADA PELA FRUTOSE-2,6-
BIFOSFATO, EFETOR ALOSTÉRICO PARA PK-1
(fosfofrutoquinase-1) E PBPase-1 (bifosfofosfatase)
ASSOCIADA AO GLUCAGON.

PK2 PBPase-2
RESUMINDO

• O equilíbrio destas duas atividades no fígado e,


portanto, o nível celular de frutose 2,6- bisfosfato,
é regulado pelo glucagon;
• Esse hormônio é ativado quando a taxa de glicose
no sangue é baixa, estimulando a enzima adenilato
ciclase, que sintetiza AMP cíclico (cAMP) a partir do
ATP;
• O cAMP é uma proteína que transfere um grupo
fosfato do ATP para a proteína bifuncional (PFK-2/
FBPase-2);
• A fosforilação dessa proteína aumenta a
atividade da fosfatase (FBPase-2) e inibe a
quinase (PFK-2);
• Portanto, o glucagon diminui o nível celular de
frutose 2,6- bisfosfato, inibindo a glicólise e
estimulando a gliconeogênese;
• A produção de glicose, que daí resulta, habilita o
fígado a refazer, em resposta ao glucagon, os
níveis normais de glicose sanguínea.
ALGUMAS DOENÇAS DA DEFICIÊNCIA NO
METABOLISMO DO GLICOGÊNIO EM HUMANOS
Tipo (nome) Enzima afetada principal órgão Sintomas
afetado

0 Glicogênio sintase Fígado Baixa de glicose no sangue e de alta


corpos cetônicos, a morte prematura

Ia (Von Gierke) Glicose-6-fosfatase Fígado Aumento do fígado, insuficiência renal

Ib glicose-6-fosfato Fígado Além dos sintomas em Ia, suscetibilidade à


translocase infecções bacterianas

Ic Transportador de Pi Fígado Como na Ia

II (de Pompe) Glicosidase Lisossomal Músculos esquelético Forma:Infantil: morte aos 2 anos de idade; forma
e cardíaco juvenil: defeitos músculo (Miopatia); forma adulta:
como na distrofia muscular

IIIa (de Cori /de Forbes) Enzima desramificadora Fígado, músculos Aumento do fígado em crianças; miopatia
esquelético e
cardíaco

IIIb Enzima desramificadora do Fígado Aumento do fígado em crianças;


fígado (do músculo normal)

IV (de Andersen) Enzima ramificadora Fígado e músculo Fígado e baço aumentados,


esquelético mioglobina muscular na urina

Tipo V (de McArdle) Fosforilase muscular músculo Dor e cólicas Induzidas pelo exercício;mioglobina
esquelético na urina.

TipoVI (de Hers) Fosforilase Fígado Crescimento falho, fígado aumentado,


músculo raquitismo, disfunção do rim

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