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Piracicaba
2014
Pedro Henrique Urach Ferreira
Orientador:
Piracicaba
2014
Agradecimentos
Gostaria de agradecer todas as pessoas que me ajudaram na instalação, condução e apresentação do presente
estudo. Sem vocês este trabalho não seria possível.
▪ Minha família pelo apoio durante todo o tempo, principalmente meu pai, Moacyr Ferreira da Silva
Filho (Spraytechltda), pela ideia inicial do projeto, as sugestões e por fornecer as pontas para o estudo.
▪ Dr. Chris O'Donnell (CPAS) pela supervisão e ajuda nos testes de potencial de deriva e análise estatística.
▪ J. Connor Ferguson (CPAS) por toda a atenção, ideias, ajudas nas medições de tamanho de gotas, potencial de
deriva e análise estatística.
▪ Dr. Casimiro Dias Gadanha Jr. (ESALQ) pelas sugestões recomendações e supervisão.
Muito Obrigado!
I
RESUMO
O presente estudo teve por objetivo mostrar à usuários de pulverizadores, tais como
produtores agrícolas e terceiros, diferenças entre pontas de indução de ar,
especialmente entre tamanho de gotas, qualidade de pulverização e potencial de deriva. Os
bicos de indução de ar testados neste trabalho foram o TTI, ULD, AVI e ADIA. Além disso, a
ponta padrão de jato leque, XR, foi utilizada para fins de comparação. Os tamanhos de gota
foram analisados por meio de três parâmetros: o DV0.1, DV0,5 ou VMD e DV0,9. A qualidade
de pulverização foi obtida pela classificação do tamanho de gotas (EXTREMAMENTE
FINA, MUITO FINA, FINA, MÉDIA, GROSSA, MUITO GROSSA, EXTREMAMENTE
GROSSA, ULTRA GROSSA) classificando os bicos em função do DV0,5 ou VMD. No
estudo de tamanho de gotas, o potencial de deriva foi definido pelo percentual do volume de
gotas menores que 100 µm, de modo que esses fatores foram medidos em diferentes
condições. Primeiramente, todos os bicos foram pulverizadas em pressão comum de 400 kPa
e taxa normal de glifosato (3 L ha-1). A ponta XR foi pulverizada a 300 kPa. Em seguida, a
influência da vazão (03 e 04 gal min-1) na formação e tamanho de gotas foi comparada. além
disso, a mínima, máxima e média pressões recomendadas por cada fabricante foram testadas,
observando os resultados de tamanho de gotas e potencial de deriva. Diferenças na
concentração de produto na calda de pulverização (somente água, glifosato a 3 L ha-1, e
glifosato a 7 L ha-1), foram testadas avaliando o comportamento do no tamanho de gotas e,
consequentemente, deriva. O estudo de potencial de deriva para bicos de indução de ar foi
conduzidas em um túnel de vento, em alta temperatura (29oC), baixa umidade relativa do ar
(32%) e alta velocidade do vento (6,6 m s-1). Duas pressões de trabalho foram utilizadas, uma
comum entre todas as pontas testadas (400 kPa) e a máxima pressão recomendada por cada
fabricante. O potencial de deriva percentual foi, então, relacionado com os tamanhos de gota
de cada bico e comparado entre pontas.
Agradecimentos ………………………………………………………………………...... I
Resumo ……………………………………………………………………………...…… II
Sumário ..…………………………………………………………………………...…… IV
1. Introdução ………………………………………………………….……………….…...... 1
VI
4.2.5. Diferenças de Tamanho de Gotas entre Doses de Glifosato ...……………...…… 33
5. Conclusão ……………………………...………………………………………....…… 42
6. Referencias .................................................................................................................... 44
Lista de Tabelas
Tabela 4. Vazão nominal e real (L-1) e diferença entre valores (%) para pontas de indução de
ar e jato plano leque padrão.
Tabela 5. Comparação entre DV0,1; DV0,5; DV0,9 e valores de gotas menores que 100 µm (<
100) a pressão de 400 kPa para pontas de indução de ar e a 300 kPa de ponta padrão,
pulverizadas com glifosato (3 L ha-1).
Tabela 9. Diferenças entre DV0,1; DV0,5; DV0,9 e porcentagem de gotas menores que 100 µm
entre caldas (água; glifosato), a pressão de 400 kPa para pontas de indução de ar e
300 kPa para XR.
Tabela 10. Diferenças entre DV0,1; DV0,5; DV0,9 e gotas <100, a pressão de 400 kPa.
Tabela 11. Comparação do potencial de deriva a 2 m para pontas de indução de ar, a pressão
de 400 kPa, mostrando a classificação de pulverização de acordo com o tamanho de gotas.
Tabela 12. Comparação do potencial de deriva a 2 m para pontas de indução de ar, a pressões
máximas para cada ponta, mostrando a classificação de pulverização de acordo com o
tamanho de gotas.
VIII
Lista de Figuras
Figura 10. Seção de deriva com coletores colocados em quatro distâncias da ponta no sentido
do vento (2, 3, 4 e 5 m) e em cinco alturas (0,1, 0,2, 0,3, 0,4 e 0,5 m) do chão a 2 m do bico.
Figura 11. Saco plástico numerado com fio coletor, mostrando número da repetição e posição
dentro da seção.
Figura 12. Tubo de ensaio contendo solução (glifosato + marcador fluorescente + água
destilada) para ser analisado no espectrofotômetro de fluorescência.
Figura 13. Comparação entre pontas de indução de ar para DV0,1; DV0,5 e DV0,9 a mesma
pressão (400 kPa), e a 300 kPa para a ponta XR.
Figura 15. Comparação do DV0,5 para pontas de indução de ar em duas vazões, 03 e 04, a
pressão de 400 kPa, e tanque com glifosato a 3 L ha-1.
Figura 16. Comparação do tamanho de gotas entre pontas na pressão mínima recomendada
por cada fabricante.
Figura 17. Comparação do tamanho de gotas entre pontas na pressão máxima recomendada
por cada fabricante
Figura 18. Comparação entre pontas de indução de ar, do tamanho de gotas usando DV0,5 a
pressões mínimas (min), média (med) e máximas (max) recomendadas por cada fabricante.
Figura 19. Diferenças do tamanho de gotas usando DV0,1, DV0,5 e DV0,9 entre duas caldas,
uma apenas água (A) e outra com glifosato (G) a 3 L ha-1.
Figura 20. Influência de duas doses de glifosato (3 e 7 L ha-1) no tamanho de gotas usando
três parâmetros, DV0,1, DV0,5 e DV0,9 a 400 kPa para bicos de indução de ar e 300 kPa para a
ponta XR.
Figura 21. Deriva (%) a 2 m da ponta hidráulica a pressão média (400 kPa). As barras de erro
representam o desvio padrão.
Figura 22. Depósito de pulverização (µL-1) nos coletores acima do chão (m) a 2 m da ponta e
depósito (µL-1) dos coletores no sentido do vento (m) da ponta. As barras de erro representam
o desvio padrão.
Figura 23. Deriva (%) a 2 m da ponta hidráulica a pressão média (400 kPa). As barras de erro
representam o desvio padrão.
Figura 24. Depósito de pulverização (µL-1) nos coletores acima do chão (m) a 2 m da ponta e
depósito (µL-1) dos coletores no sentido do vento (m) da ponta. As barras de erro representam
o desvio padrão.
Figura 25. Comparação dos valores de deriva a 2 m da ponta hidráulica entre pressões médias
e máximas. As barras de erro representam o desvio padrão.
1. Introdução
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cada ponta de indução de ar em não recomendadas condições de pulverização. Esses testes
foram conduzidos sob média e alta pressão de trabalho, alta velocidade de vento e
temperatura e baixa umidade.
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Trad. por: Pedro H. U. Ferreira
2. Revisão de Literatura
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Trad. por: Pedro H. U. Ferreira
mostraram que os tamanhos de gotas utilizando somente água foram mais grossos do que o
tratamento com glifosato.
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Trad. por: Pedro H. U. Ferreira
propriedades dos líquidos, velocidade do jato, pressão do ar, orifício da ponta, e interação
com ar (REITZ; BRACCO, 1982; LEFEBVRE, 1989; Broadley et al., 1986)1. Portanto, a
escolha correta das pontas de pulverização é fator importante influenciando diretamente o
tamanho das gotas sistemas de pulverização (CZACZYK; KRUGER; HEWITT,
2012)1. Embora pontas hidráulicas possam ser classificadas por diferentes atributos (vazão,
ângulo, tipo de jato, controle de deriva e etc), a classificação oficial é feita pelo tamanho de
gotas. Com a intenção de fornecer o potencial e a eficiência de deriva a ASABE (2013)1
classificou pontas de pulverização de acordo com o tamanho de gotas, em oito categorias,
símbolos e cores (Tabela 1 ).
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Trad. por: Pedro H. U. Ferreira
Tabela 2. Pontas hidráulicas de referência com o código da ponta BCPC (ângulo) /
(litros/min) / (bar) seguido pelo código do fabricante.
Categoria Pontas Iniciais Pontas Características
MUITO FINA/FINA F 110 / 0,48 / 4,5 (11001)
FINA F 110 / 0,85 / 3,5 (11002)
FINA/MÉDIA F 110 / 1,18 / 3,0 (11003)
MÉDIA F 110 / 1,44 / 2,5 (11004)
MÉDIA/GROSSA F 110 / 1,93 / 2,0 (11006)
GROSSA F 110 / 2,58 / 2,0 (11008)
GROSSA/MUITO GROSSA F80 / 2,88 / 2,5 (8008)
Fonte: Southcombe et al. (1997)1.
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Trad. por: Pedro H. U. Ferreira
Figura 1. Tipos de pontas de pulverização e características dos jatos. Fonte: Grisso et al. (2013)1.
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Trad. por: Pedro H. U. Ferreira
Figura 2. Sistema Venturi em pontas de indução de ar. Fonte: Adaptado de Agrotop, 2010.
Com a inclusão de ar, o líquido cria bolhas de ar formando gotas preenchidas com o
mesmo. Além disso, Matthews (2013)1 teoriza a possibilidade de algumas gotas conterem
mais do que uma bolha de ar no interior da gota. Estudando a quantidade de ar inclusão
produzidas por pontas de indução de ar, Faggion e Antuniassi (2010) observaram valores
acima de 20% de inclusão de ar. Além disso, comparando três bicos, Dorr (2009)1 observou
maior densidade de ar nas gotas em pontas de indução de ar do que em outros bicos.
Devido a sua consistência, rapidez e facilidade, o uso de difração a laser tem sido o
sistema mais comum na medição de gotas e partículas. Majoritariamente, os instrumentos
mais utilizados em estudos de tamanho de gotas em tecnologia de aplicação são o Malvern e
o Sympatec Helos Vario analisador de particulas (HEWITT et al., 2002; CUNHA;
TEIXEIRA; FERNANDES, 2007; DORR, 2009; CHECHETTO, 2011; CZACZYK;
KRUGER; HEWITT, 2012)1. No presente trabalho, foi utilizada difração a laser como
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Trad. por: Pedro H. U. Ferreira
sistema de medição e avaliação de gotas e potencial de deriva. As gotas com alto risco de
deriva são aquelas com diâmetro menor que 100 µm (CZACZYK; KRUGER; HEWITT,
2012; FILLMORE, 2014)1. A espectrometria de sistemas de difração a laser acontece em
uma forma óptica, baseada na teoria de Fraunhofer ou Mie, em que uma fonte de luz emite um
feixe de laser, o qual sofre uma expansão alcançando então as partículas, no caso as gotas. Em
segundo lugar, a luz será difracionada, criando um ângulo de difração em direção à lente
focal, em seguida, a luz é detectada por um detector especial (Figura 3). Por fim, com base na
equação integral de Fredholm equação, um sistema eletrônico faz a avaliação e a medição
(RӦTHELE; NAUMANN; HEUER 1989)1. Quanto maior for o ângulo de difração, menor
será o tamanho das gotas.
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Trad. por: Pedro H. U. Ferreira
pode ser medido através de um algoritmo computacional ou equação que represente as perdas
de pulverização no campo ou no laboratório (ISO, 2005)1.
3. Materiais e Métodos
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Trad. por: Pedro H. U. Ferreira
Figura 4. Túnel de vento (CPAS). Fonte: Modificado de Dorr, 2009.
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plano tipo leque, a 300 kPa. A Tabela 3 ilustra cada ponta testada, os fabricante e as pressões
utilizadas enquanto a Figura 6 mostra os bicos utilizados.
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O espectro de tamanho de gotas foi medido por um instrumento de difração a laser,
Sympatec HELOS Vario (Figura 6), usando o as lentes R7 com leitura de partículas com
tamanho entre 18 a 3.500 µm. Uma barra flexível dentro da secção do túnel de vento de 1
metro quadrado com a ponta anexada na ponta foi utilizada. O bico foi espaçado 0,2 metros
do feixe de laser. Um sistema hidráulico movido por uma bomba hidráulica move a barra
verticalmente através da secção (para cima e para baixo) medindo todo o spray de
pulverização da ponta hidráulica. As caldas ficavam em cilindros com ar comprimido
com um sistema AirMac, o qual mantinha a pressão. Um manômetro calibrado com
capacidade de 2.500 kPa foi localizado próximo ao ponta no começo da barra e válvulas
solenoides foram usadas para abrir ou fechar o sistema de pulverização. Para as pressões de
700 e 800 kPa uma bomba de diafragma foi utilizado para atingir tais pressões. Antes de cada
pulverização, o ventilador interno e externo do túnel de vento era ativado. A velocidade do
ventilador interno foi mantida em 8 m s-1 (28,9 km h-1) circulando o ar e gotículas e para que
cada tamanho de gota fosse lido somente vez, simulando condições de campo.
Antes do inicio de cada pulverização, o sistema era ligado por um tempo afim de
limpar o sistema e garantir apenas a pulverização da calda selecionada. Cada procedimento no
laboratório e túnel de vento foi realizado com o uso de Equipamento de Proteção Individual
(EPI) e precauções de segurança.
Além disso, cuidados foram tomados para evitar qualquer espirro ou sujeira nas lentes
do laser, tal como posicionar as pontas em um ângulo de modo que não pulverize nada sobre
as lentes. Além disso, regularmente a recalibração do laser foi feita, garantindo uma precisa
medição.
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Figura 9. Curva de tamanho de gotas do software Sympatec com os parâmetros dentro da
caixa: DV0.1, DV0,5, DV0,9 e V<100 (gotas menores que 100 µm).
Figura 10. Seção de deriva com coletores colocados em quatro distâncias da ponta no sentido
do vento (2, 3, 4 e 5 m) e em cinco alturas (0,1, 0,2, 0,3, 0,4 e 0,5 m) do chão a 2 m do bico.
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Todos as pontas de indução de ar foram testadas em duas pressões, uma pressão
comum de 400 kPa e uma maxima pressão recomendada por cada fabricante (Tabela 3). A
calda de pulverização do tanque foi glifosato (Roundup Power Max) a 3 L ha-1 com a adição
do marcador fluorescente Pyranine (D & C verde nº 8) a 0,4 g L-1. Para medir as condições
dentro túnel de vento, um anemômetro e sensores de temperatura e humidade sensores foram
posicionados perto da ponta antes de cada repetição. As medições foram realizadas durante as
horas mais quentes e chuvosos dias (entre 12:00 e 15:00 p.m.) garantindo altas temperaturas e
baixa umidade relativa. Com pouquíssimas exceções, todas as repetições foram realizadas em
semelhantes condições, com temperatura média de 29oC e umidade relativa do ar de
32%. Todas as réplicas tiveram semelhantes velocidades de vento (6,6 m s-1 ou 24 km h-1),
com variação máxima de 1 m s-1 (3,6 km h-1). Além disso, o desvio padrão foi usado para
mostrar as diferenças de dados nos tratamentos. A pulverização era controlada por sistema
de abertura e fecho automático de válvulas na seção, com um tempo de pulverização de 10
segundos. Posteriormente, os fios coletores foram coletados após cinco minutos, garantindo
completo secamento de cada coletor. Com a ajuda de outra pessoa, cada fio coletor de cada
repetição foi colocado dentro de um saco de plástico propriamente identificado (Figura
11). Entre ensaios, cada saco plástico contendo os fios coletores foi colocado dentro de
um congelador os protegendo de evaporação e degradação pela luz do dia.
Figura 11. Saco plástico numerado com fio coletor, mostrando número da repetição e posição
dentro da seção.
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Os sacos plásticos foram, em seguida, preenchidos com 70 ml de água deionizada e
agitados para completa lavagem do marcador fluorescente de cada coletor. Então, tubos de
ensaio de 6 ml foram preenchidos com o líquido de dentro do saco e, em seguida, analisados
em um espectrofotômetro de fluorescência, Sequoia Turner ( Figura 12).
Figura 12. Tubo de ensaio contendo solução (glifosato + marcador fluorescente + água
destilada) para ser analisado no espectrofotômetro de fluorescência.
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4. Resultados e Discussão
4.1 . Vazão
Os resultados de vazão para cada ponta foram calculados em L min-1 a 400 kPa para
pontas de indução de ar e a 300 kPa para o jato plano leque. Cada valor foi comparado, como
a vazão nominal e a real e então calculado a diferença entre os valores, em porcentagem. A
vazão nominal fornecida pelo fabricante, a vazão real e a diferença entre ambas pode ser
observada na Tabela 4.
Tabela 4. Vazão nominal e real (L-1) e diferença entre valores (%) para pontas de indução de
ar e jato plano leque padrão.
Ponta Pressão Vazão Nominal Vazão Real Diferença
kPa L min-1 L min-1 %
ULD12003 1,39 1,42 2,45
ULD12004 1,85 1,90 2,63
AVI11003 1,39 1,38 -0,70
AVI11004 1,85 1,88 1,83
400
A TTI11003 1,36 1,42 4,31
A TTI11004 1,82 1,84 1,20
ADIA11003 1,44 1,44 0,00
ADIA11004 1,88 1,89 0,80
XR11003 300 1.18 1,19 0,45
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2008)1. Geralmente, pontas com muitas horas de trabalho tendem a aumentar a sua vazão
devido à abrasão e aumento do orifício. Em geral, para as pontas testadas no presente estudo,
todos apresentaram uma consistente e baixa variação de vazão por fabricantes, onde a ponta
TTI11003 obteve maior diferença e a ponta AVI110 menor. Este resultado implica que
nenhuma das pontas teve vazão real igual à vazão nominal fornecida pelo fabricante -
exceto para a ponta ADIA11003.
A primeira comparação foi entre as pontas hidráulicas na mesma pressão, 400 kPa,
exceto para a XR, a 300 kPa, conforme mostrado na Tabela 5. Embora estatisticamente
diferentes, os bicos ULD12003, ADIA11003 e AVI11003 apresentaram semelhantes valores
de DV0,1, DV0,5 e DV0,9, com uma pequena diferença entre os tamanhos gotas. No entanto, as
gotas menores que 100 µm só foram semelhantes entre os bicos ADIA11003 e AVI11003.
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1
Trad. por: Pedro H. U. Ferreira
Ainda para gotas menores que 100 µm, a ponta ULD12003 apresentou valor menor do que
1%. A ponta TTI11003 apresentou os maiores tamanhos de gota para todas as categorias,
com um considerável aumento em DV0,1 e DV0,5 em comparação com os outros bicos, e
aumento ainda maior para DV0,9, com mais de 300 µm de diferença em relação a pontas
ULD12003, ADIA11003 e AVI11003. Além disso, a ponta TTI11003 apresentou o valor
mais baixo de gotas com risco de deriva, 0,25% do volume total. Por outro lado, a ponta XR a
300 kPa, diferiu em todas as categorias apresentando baixos valores de tamanho de gotas e
alto percentual de gotas menores que 100 µm, 12,41%. A Figura 13 ilustra a
diferença entre bicos para as categorias DV0,1, DV0,5 e DV0,9, mostrando um padrão comum
entre ULD12003, ADIA11003 e AVI11003; e valores mais elevados para a TTI11003 e mais
baixos para a XR11003. A porcentagem real do tamanhos de gota por ponta está disponível
na Figura 14 abaixo. É possível observar no gráfico uma parcela maior de gotas menores que
200 µm para a ponta XR11003 e os valores menores para as pontas de indução de ar . Na
Figura 14, é notório o aumento do percentual de gotas menores que 730 µm para essas
pontas, especialmente ULD12003, ADIA11003 e AVI11003, com cerca de 75% de gotas
abaixo de 730 µm. A ponta TTI11003 teve alto valor de gotas mais grossas que 730 µm,
cerca de 45%. A ponta XR11003 não produzir qualquer gota mais grossa que 730 µm.
Tabela 5. Comparação entre DV0,1; DV0,5; DV0,9 e valores de gotas menores que 100 µm (<
100) a pressão de 400 kPa para pontas de indução de ar e a 300 kPa de ponta padrão,
pulverizadas com glifosato (3 L ha-1
24
Figura 13. Comparação entre pontas de indução de ar para DV0,1; DV0,5 e DV0,9 a mesma
pressão (400 kPa), e a 300 kPa para a ponta XR.
25
produziram gotas EXTREMAMENTE GROSSAS. Ainda, os outros bicos resultaram em
baixas porcentagens de gotas propícias à deriva. A ponta XR11003, como já se esperava, não
produziu gotas grossas, mas apenas MÉDIAS, com alto risco de deriva. Tal ponta não deve,
portanto, ser usada em certas condições no qual gotas finas possam ser transportadas pelo
vento ou sofre evaporação.
Para cada ponta de indução de ar, duas vazões foram utilizadas (pontas 03 e 04).
Ademais, a pressão padrão utilizada foi a mesma da seção anterior de 400 kPa para os bicos
de indução de ar.
No presente estudo cada ponta foi testada em duas pressões, as mínimas e máximas
recomendadas pelos fabricante de cada ponta. Os resultados a pressão média e comum
entre pontas (400 kPa), foi anteriormente apresentado; no entanto, será útil na análise do
gráfico, mostrando o comportamento do tamanho de gotas de acordo com alterações na
pressão. A calda de pulverização foi glifosato a 3 L ha-1. A ponta XR11003 foi usada somente
sob uma pressão (300 kPa) em ambas as situações, para fins de comparação.
Figura 16. Comparação do tamanho de gotas entre pontas na pressão mínima recomendada
por cada fabricante.
28
Nas máximas pressões para cada ponta, uma similar e uniforme resposta pode ser
encontrada, em comparação com as pressões mínimas. Apenas a ponta TTI11003 e a
XR11003 tiveram resultados contrastantes, com a TTI11003 tendo o maior tamanho de gotas
e XR11003 o menor. Por outro lado, as pontas AVI11003, ADIA11003 e ULD12003 tiveram
similares tamanho de gotas. Mesmo diferindo estatisticamente, a maior diferença entre DMVs
foi de apenas 62 µm, não representa uma grande e real diferença em termos práticos (Tabela
8). Além disso, a Figura 17 ilustra essa relação, mostrando um padrão similar para as pontas
de indução de ar, exceto para a TTI11003 e XR11003
A porcentagem de gotas menores que 100 µm aumentaram de quase 0% em baixas
pressões para 1% a pressão média, não representando um risco de deriva em ambos os
casos. Por outro lado, a diferença de pressão média em relação a pressão máxima foi, em
média, de 1% para 2% em altas pressões. Portanto, este percentual de aumento não
representou, também, um elevado risco de deriva em recomendada condições de pulverização
quando comparados com a ponta de jato plano leque padrão com 12,41% de gotas menores
que 100 µm a baixa pressão de 300 kPa.
Dos diferentes resultados nas três pressões, conclui-se que, nas pressões
recomendadas, todos os bicos de indução de ar testados não produzem altos níveis de
gotículas propensos à deriva. A ponta TTI11003 produziu a menor percentagem, 1% a 700
kPa e a ULD12003 apresentou a mais elevada, quase 2,8% de gotas mais suscetíveis a deriva.
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Figura 17. Comparação do tamanho de gotas entre pontas na pressão máxima recomendada
por cada fabricante.
Por fim, o gráfico mostrado na Figura 18 representa o DV0,5 para cada ponta de
indução de ar ao longo das três pressões utilizadas, a mínima, média e máxima recomendada
por cada fabricante. Neste caso, apenas o DV0,5 é apresentado, pois os outros parâmetros
comportamentais (DV0,1 e DV0,9) apresentaram mesma tendência. Em geral, com o aumento
de pressão, ocorre a diminuição do tamanho de gotas formadas. Exceto a pressão média (400
kPa), cada pressão mínima e máxima diferia entre pontas. No entanto, mesmo com essa
diferença, os bicos ULD12003, ADIA11003 e AVI11003 resultaram em pequena diferença no
tamanho de gotas, especialmente nas pressões médias e máximas. A ponta TTI11003, no
entanto, para todas as pressões e parâmetros utilizados (DV0,1, DV0,5 e DV0,9) apresentou
valores superiores.
Figura 18. Comparação entre pontas de indução de ar, do tamanho de gotas usando DV0,5 a
pressões mínimas (min), média (med) e máximas (max) recomendadas por cada fabricante.
A Tabela 9 abaixo mostra os valores para todas as pontas e tratamentos (água e tanque
com glifosato). Certa variabilidade nos tamanhos de gotas entre tratamentos pode ser
observada, no entanto, sem grandes variações. A diferença máxima de 78 µm e mínima de
5 µm entre os tratamentos não representa grandes diferenças reais. Como observado por
31
Hewitt et al. (2009)1, em geral, o tamanho de gotas é maior em tanques com somente água, do
que com produto, no caso glifosato. No entanto, a ponta ULD12003 surpreendentemente,
apresentou comportamento diferente, com o tamanho de gotas aumentando com a adição
do herbicida no tanque. Por outro lado, a Figura 19 ilustra a diferença de tamanho de gotas
para ambos os tratamentos, mostrando o comum comportamento do tamanho de gotas
diminuindo com glifosato, exceto para a ponta ULD12003.
Tabela 9. Diferenças entre DV0,1; DV0,5; DV0,9 e porcentagem de gotas menores que 100 µm
entre caldas (água; glifosato), a pressão de 400 kPa para pontas de indução de ar e
300 kPa para XR.
Classificação
Ponta Glifosato Pressão DV 0,1 DV 0,5 DV 0,9 < 100 µm Diferença
L ha-1 (kPa) µm µm µm %Vol.
ADIA11003 Água 400 258 555 894 0,70 XC
0,77
ADIA11003 Glifosato 400 224 505 848 1,47 XC
AVI11003 Água 400 241 520 833 0,98 XC
0,59
AVI11003 Glifosato 400 203 452 778 1,58 XC
ULD12003 Água 400 213 447 762 1.13 XC
-0,29
ULD12003 Glifosato 400 226 474 840 0,84 XC
TTI11003 Água 400 314 667 1082 0,20 UC
0,05
TTI11003 Glifosato 400 305 661 1105 0,25 UC
XR11003 Água 300 108 237 406 8,19 M
4,22
XR11003 Glifosato 300 90 218 411 12,41 M
Figura 19. Diferenças do tamanho de gotas usando DV0,1, DV0,5 e DV0,9 entre duas caldas,
uma apenas água (A) e outra com glifosato (G) a 3 L ha-1.
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Trad. por: Pedro H. U. Ferreira
Com o tamanho de gotas decrescendo, a porcentagem de gotas menores que 100 µm
aumentaram. No entanto, as pontas de indução de ar mostraram baixas diferenças em relação
à porcentagem de gotas menores que 100 µm entre os tratamentos, ambos com baixo
potêncial para deriva. Surpreendentemente, para a ponta XR11003, mesmo com mínimas
diferenças entre os tamanhos de gotas, o número de gotas menores que 100 µm aumento da
do tratamento com água para o com o herbicida glifosato, de cerca de 8% do volume total,
para 12,4%. Neste caso, estudos usando água em pulverizações devem considerar uma
diferença com o uso de glifosato, no tamanho de gotas FINAS, principalmente as gotas
menores que 100 µm. Esta variação ocorreu devido ao fato de que a ponta produz gotas
finas (10% do volume, DV0,1, são gotas menores que 108 µm) e mesmo uma pequena
diminuição no tamanho de gotas irá abaixar o valor de gotas menores que 100 µm, neste caso,
a DV0,1 passou de 108 µm para 90 µm.
Figura 20. Influência de duas doses de glifosato (3 e 7 L ha-1) no tamanho de gotas usando
três parâmetros, DV0,1, DV0,5 e DV0,9 a 400 kPa para bicos de indução de ar e 300 kPa para a
ponta XR.
Esses resultados mostram que mudanças na dose do herbicida glifosato não alteraram as
características das pontas de indução de ar. Os bicos continuaram a produzir
gotas MUITO GROSSAS á ULTRA GROSSAS, mantendo um baixo potencial de deriva,
com menos de 3% das gotas propensos à deriva. Em outras palavras, se uma pulverização do
herbicida glifosato é feita utilizando doses de 3 ou 7 L ha-1, em condições de pulverização
34
para tais pontas, teoricamente, no campo, as características da ponta deverão permanecer a
mesma.
Tabela 11. Comparação do potencial de deriva a 2 m para pontas de indução de ar, a pressão
de 400 kPa, mostrando a classificação de pulverização de acordo com o tamanho de gotas.
Classificação
Pressão Potencial de Deriva
Ponta
(kPa) (%)
TTI11003 400 6,47 a UC
AVI11003 400 7,04 a XC
ADIA11003 400 7,46 a XC
ULD12003 400 13,84 b XC
Letras diferentes representam uma diferença estatística entre as pontas hidráulicas de acordo com método de
Tukey considerando α=0,05.
A mesma tendência foi observada entre todas as pontas no que diz respeito ao depósito
a 2 m da ponta, entre diferentes alturas. Para todas as pontas, os mais altos depósitos de
marcador fluorescente foram encontrados nos fios coletores de baixo, diminuindo o deposito à
medida que a altura é aumentada. A 0,1 m de altura o fio coletor apresentou os maiores
valores, enquanto a 0,5 m (mesma altura da ponta) apresentou os menores depósitos (Figura
22). Além disso, diferenças na deposição foram observadas, também, entre entre os coletores
colocados em diferentes distâncias da ponta (2, 3, 4 e 5 m) ambas a 0,1 m acima do chão do
35
túnel. Quanto mais próximo o fio coletor, maior foi a deposição de marcador fluorescente. Os
fios à 2 m apresentaram maior depósito do que à 3, 4 e 5 m como mostra a Figura 22.
Figura 21. Deriva (%) a 2 m da ponta hidráulica a pressão média (400 kPa). As barras de erro
representam o desvio padrão.
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Figura 22. Depósito de pulverização (µL L-1) nos coletores acima do chão (m) a 2 m da ponta
e depósito (µL L-1) dos coletores no sentido do vento (m) da ponta. As barras de erro
representam o desvio padrão.
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O potencial de deriva nas máximas pressões tiveram comportamento semelhante às
pressões medias de 400 kPa (Figura 23). Cada pressão máxima foi recomendada de acordo
com cada fabricante. Justamente como a 400 kPa, o valor de potencial de deriva mais baixo
nas máximas pressões a 2 m da pontas foi para o TTI11003 a 700 kPa, com 7,4% do volume
total emitido. A ponta AVI11003 a 500 kPa teve a segunda menor variação entre os bicos;
8,9%; seguido da ADIA11003 a 800 kPa, com 10% de potencial de deriva em 2 m. A ponta
ULD12003 produziu a maior porcentagem de potencial de deriva, também para a máxima
pressão; 14,9 %. A Tabela 12 mostra os valores e as diferenças estatísticas e bem como a
classificação do tamanho de gotas de cada ponta.
Tabela 12. Comparação do potencial de deriva a 2 m para pontas de indução de ar, a pressões
máximas para cada ponta, mostrando a classificação de pulverização de acordo com o
tamanho de gotas.
Potencial de Classificação
Pressão
Ponta deriva
(kPa) (%)
ATTI11003 700 7,40 a XC
AVI11003 500 8,94 b XC
ADIA11003 800 10,01 b VC
ULD12003 800 14,90 c VC
Letras diferentes representam uma diferença estatística entre as pontas hidráulicas de acordo com método de
Tukey considerando α=0,05.
Figura 23. Deriva (%) a 2 m da ponta hidráulica a pressões máximas. As barras de erro
representam o desvio padrão.
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Assim como o ensaio de potencial de deriva a 400 kPa, o teste a altas pressões
também foi comparado com os tamanhos de gota previamente mensurados. A ponta
TTI11003 que produziram gotas EXTREMAMENTE GROSSAS TEVE o menor percentual
de gotas sujeitas à deriva. A AVI11003 também produziu gotas EXTREMAMENTE
GROSSAS. As pontas ADIA11003 e ULD12003 apresentaram qualidade de pulverização de
gotas MUITO GROSSAS, com a ULD12003 produzindo 16% gotas favoráveis a deriva do
que a ADIA11003. Mesmo com maior porcentagem de gotas menores que 100 µm, o
resultado de potencial de deriva da ponta ULD12003 a 800 kPa foi muito superior do que o
esperado, considerando os parâmetros de tamanho de gotas (DV0,1, DV0,5, DV0,9 e
porcentagem de gotas propícias a deriva). Tais diferenças, em ambas as pressões (400 kPa e
800 kPa) pode ser consequência do ângulo do leque pulverização da ponta ou diferente
velocidade das gotas. Todos os outros bicos, exceto o ULD12003, têm um ângulo de
pulverização de 110º, enquanto este tem um maior ângulo, 120o. O aumento do ângulo pode
alterar o a distribuição padrão de depósito e, por conseguinte, a quantidade de produto
coletado pelos fios de nylon. Dorr (2009)1 menciona três estudos avaliando o padrão de
pulverização e distribuição entre fios coletores em diferentes alturas diferentes em túnel de
vento (i.e. HOLTERMAN et al., 1997; GHOSH; HUNT, 1998; PARKIN; WHEELER,
1996)1. Além disso, a diferença de velocidade de gotas é outra provável causa. A ponta
ULD12003 possui menor câmara de mistura do líquido em seu interior, em comparação com
as outras pontas, como possível observar na Figura 6.
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Trad. por: Pedro H. U. Ferreira
Figura 24. Depósito de pulverização (µL L-1) nos coletores acima do chão (m) a 2 m da ponta
e depósito (µL L-1) dos coletores no sentido do vento (m) da ponta. As barras de erro
representam o desvio padrão.
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As comparações entre pontas para cada valor de potencial de deriva a 2 m, a média e
máxima pressão é disponível na Figura 25. Uma uniforme e constante tendência foi
observada para todas as pontas. Quando o aumento da pressão aumentou-se a percentagem do
potencial de deriva. No entanto, para algumas pontas, durante a medição de gotas, o potencial
de deriva foi superestimado. A ponta TTI11003, por exemplo, durante os testes de tamanho de
gotas, formou 0,25% de gotas favoráveis a deriva a 400 kPa. Ainda, a 700 kPa produziu 1%,
um valor 4 vezes maior. No entanto, a porcentagem do potencial de deriva aumentou menos
de 1%, passando de 6,5% para 7,4%. A ponta ULD12003 aumentou em 1% sua porcentagem
do potencial de deriva. A ponta AVI11003 aumentou de 7% para 8,9 %, enquanto a
ADIA11003 aumentou 2,5% seu valor, de 7,5% para 10% do potencial de deriva.
Figura 25. Comparação dos valores de deriva a 2 m da ponta hidráulica entre pressões médias
e máximas. As barras de erro representam o desvio padrão.
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Contudo, o presente estudo é importante para comparar as pontas de indução de ar,
quanto ao seu potencial de deriva e ter uma ideia do desempenho anti-deriva, sob condições
de pulverização consideradas inapropriadas como em ambiente quente, seco e com alta
velocidade de vento. A ponta TTI11003 produziu o menor potencial de deriva enquanto a
ponta ULD12003 o maior.
5. Conclusão
As vazões reais das pontas variaram de acordo com as vazões nominais fornecidas
pelos fabricantes. A ponta ADIA11003 foi uma exceção, apresentando mesma taxa de vazão.
A máxima diferença foi observada com a ponta TTI11003 com um aumento de 4.31% do
valor real com o nominal. Os resultados comprovam que exatos valores de vazão entre
nominal e real, são improváveis, e por isso usuários devem verificar tal precisão. Além disso,
os fabricantes de pontas de pulverização deveriam informar seus clientes sobre tal provável
diferença.
A diferença no tamanho de gotas para diferentes vazões de pontas (03 e 04) não
resultou em valores concisos e consistentes para todas as pontas. Quando analisados os
valores de pontas de vazão 03 para pontas 04, algumas aumentaram o tamanho de gota e
diminuíram o número de gotas favoráveis a deriva (pontas TTI e ULD). Entretanto, a ponta
ADIA apresentou o resultado oposto enquanto a ponta AVI basicamente manteve os mesmos
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valores entre vazões. No entanto, todas as pontas não apresentaram consideráveis mudanças
nas gotas com risco de deriva, mantendo os baixos valores.
Por fim, não houve alterações significativas no tamanho de gotas entre as duas doses
de glifosato (3 e 7 L ha-1), em todas as pontas. Consequentemente, não foram detectadas
diferenças consideráveis em gotas susceptíveis a deriva. A maior diferença foi para a ponta
XR11003, com aumento de 1,23% a 7 L ha-1 de produto. As pontas não alteraram suas
característica anti-deriva considerando as diferentes doses de glifosato. As pontas de indução
de ar continuaram a produzir gotas MUITO a ULTRA GROSSAS, com baixa porcentagem de
gotas propensas à deriva.
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Um padrão de deposição comum entre pontas e pressões foi observado. Ainda, os
depósitos foram maiores nos fios coletores mais baixos (0,1 m > 0,2 m > 0,3 m > 0,4 m > 0,5
m) com maiores concentrações do corante fluorescente a 0,1 metros de altura. As distâncias a
favor do vento, que tiveram os maiores depósitos foram as que mais próximas da ponta
hidráulica, com os valores mais altos a 2 m da ponta.
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