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13/03/2018

Universidade Federal do Rio Grande do Sul


Instituto de Química
Departamento de Química Inorgânica
QUÍMICA INORGÂNICA – QUI 01-044

ESTRUTURA ATÔMICA

AS PRIMEIRAS IDÉIAS SOBRE A COMPOSIÇÃO DA MATÉRIA

Em 400 a.C, Leucipo fórmula a primeira teoria científica


sobre a composição da matéria.

Demócrito confirma esta teoria de que o átomo é a menor unidade


da matéria, partícula pequena, indivisível e indestrutível.

Leucipo

a = não
tomo = divisível

Demócrito
Átomo
Modelo baseado apenas na intuição e na lógica. 2
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ARISTÓTELES E PLATÃO REJEITAM O MODELO DE


DEMÓCRITO
Aristóteles acreditava que a matéria
era contínua e composta por:

Ar
Água

Aristóteles
Terra Fogo

O Modelo de Demócrito permaneceu na sombra durante mais de 20


séculos... 3

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MODELO ATÔMICO DE DALTON

As idéias de Demócrito permaneceram inalteradas por aproximadamente 2200


anos. Em 1808, Dalton retomou estas idéias sob uma nova perspectiva: a
experimentação.

Baseado em reações químicas e pesagens minuciosas, chegou à conclusão de que os átomos


realmente existiam e que possuíam algumas características:
- Toda matéria é formada por diminutas partículas esféricas, maciças, neutras e indivisíveis
chamadas átomos.

- Existe um número finito de tipos de átomos na natureza.


- Os átomos de um dado elemento apresentam massas idênticas
- A combinação de iguais ou diferentes tipos de átomos originam os
diferentes materiais.
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Descoberta da estrutura atômica

Hoje se sabe que os átomos possuem uma estrutura interna (não são maciços).

São constituídos de partículas menores ainda, as partículas subatômicas.

Um elemento difere de outro porque seus átomos possuem números


diferentes de cada partícula subatômica e, conseqüentemente, diferentes
massas e tamanhos.

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A descoberta do ÁTOMO
Após Dalton ter apresentado sua teoria atômica, em 1808, na qual sugeria
que os átomos eram indivisíveis, maciços (rígidos) e esféricos, vários
cientistas realizaram diversos experimentos que demonstraram que os
átomos são constituídos por partículas ainda menores, subatômicas.

 O filósofo grego Tales de Mileto percebeu que ao atritar um bastão de


âmbar com um tecido ou pele de animal, o âmbar atraía objetos leves =
folhas secas, palha, etc.

 ELETRICIDADE = elektron (grego) = ÂMBAR

SEGUNDO MODELO

1897 - J. J. THOMSON descobre o elétron


(partícula de carga negativa) em experimentos com
Tubos de Raios Catódicos.

Determinou a relação de q/m para o elétron

Ganhou o prêmio nobel

1910 – R. A. MILLIKAN determinou a carga do elétron: 1,602 x 10-19


Coulombs

Logo, a massa do elétron é de 9,1 x 10-28 grama

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Joseph John Thomson


Em 1887, na Universidade de Princeton, numa série de conferências aborda
os fenômenos produzidos pelas descargas elétricas nos gases.

Seus estudos sobre as descargas através desses gases tinham conduzido à


descoberta de uma radiação que emanava do tubo de descarga, propagava-se
em linha reta, era detida por um obstáculo fino e transmitia um impulso aos
corpos contra os quais se lançava.

Foram chamados de raios porque se propagavam em linha reta, e catódicos


porque pareciam emanar do cátodo da descarga elétrica.

J. J. THOMSON (1856 - 1940)

Tubo de raios catódicos contendo A rota dos raios catódicos é desviada


uma tela fluorescente para mostrar pela presença de um magneto
o caminho dos raios catódicos

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Os raios catódicos

No interior do tubo existe gás submetido a uma descarga elétrica


superior a 10 000 volts. Do cátodo parte um fluxo de elétrons
denominado raios catódicos.
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Os raios catódicos

Os raios catódicos, quando incidem sobre um anteparo, produzem


uma sombra na parede oposta do tubo, permitindo concluir que se
propagam em linha reta.
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Os raios catódicos

Os raios catódicos movimentam um molinete ou catavento de


mica, permitindo concluir que são dotados de massa.

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Os raios catódicos

Os raios catódicos são desviados por um campo de


carga elétrica positiva, permitindo concluir que são
dotados de carga elétrica negativa.
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• Em 1897, Thomson mostrou que quando os raios catódicos são desviados


de modo a se chocarem com o eletrodo de um eletrômetro, o instrumento
acusa uma carga negativa.
• Verificou que os resultados obtidos independiam da natureza do gás ou
material utilizado na confecção do tubo.
• Propôs que os raios catódicos são cargas de eletricidade negativa
transportadas por partículas de matéria.
• Para explicar a natureza destas partículas Thomson determinou a relação
carga-massa.

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Principais postulados da teoria atômica de Thomson

 Em um átomo, os elétrons carregados negativamente estariam


localizados no interior de uma distribuição contínua esférica de carga
positiva.
 Devido à repulsão mútua os elétrons estariam uniformemente
distribuídos na esfera de carga positiva se movimentando em anéis
circulares.

Elétrons: partículas
com carga elétrica
Esfera com carga
negativa
elétrica positiva

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MILLIKAN (1909): DETERMINAÇÃO DA CARGA DO ELÉTRON

“experimento da gota de óleo”

 Gotas de óleo são deixadas cair entre duas placas


carregadas com cargas opostas;
 Monitorou as gotas medindo como a voltagem nas placas
afetava a velocidade da queda; calculou as cargas nas gotas
 As cargas eram sempre múltiplos inteiros de 1,602x10-19 C
 Determinação da carga do elétron: 1,602x10-19 C

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A descoberta do ÁTOMO
 Eugen Goldstein
 Descobrimento dos RAIOS ANÓDICOS
 Partículas que restaram após a remoção dos elétrons
 Desviam em direção ao polo com carga -

CARGA POSITIVA = Próton

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MODELO ATÔMICO DE RUTHERFORD (1911) – Aluno de


doutorado de Thomson

Rutherford bombardeou uma fina lâmina de ouro (0,0001 mm) com partículas "alfa" emitidas
pelo "polônio" (Po), contido num bloco de chumbo (Pb), provido de uma abertura estreita.
Envolvendo a lâmina de ouro (Au), foi colocada uma tela protetora revestida de sulfeto de
zinco (ZnS).

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Rutherford:
RADIOATIVIDADE

revelou 3 tipos de radiação:

Partículas α – carregadas positivamente e com massa


superior a do elétron.

Partículas β –composta de elétrons acelerados

Radiação γ – ondas eletromagnéticas de alta energia

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MODELO ATÔMICO DE RUTHERFORD (1911)

Assim, o átomo seria um imenso vazio, no qual o núcleo ocuparia

uma pequena parte, enquanto que os elétrons o

circundariam numa região negativa chamada de

eletrosfera, modificando assim, o modelo atômico proposto

por Thomson.

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Modelo Planetário

O átomo seria um sistema semelhante ao sistema solar

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Falhas no Modelo de Rutherford

Não explicava como os elétrons


estavam localizados ao redor do
núcleo

• Rutherford concluiu que quase toda a massa do átomo está concentrada em um


núcleo, núcleo atômico
• O núcleo é carregado positivamente
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Pontos falhos no modelo:

 Para que os elétrons descrevam órbitas circulares, eles teriam


que estar constantemente acelerados em seu movimento em
torno do núcleo

 De acordo com a mecânica clássica, todos os corpos acelerados


irradiam energia na forma de radiação. Assim o elétron emitiria
energia, e se moveria em espiral até atingir o núcleo

Colapso do átomo 24
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A descoberta da terceira partícula subatômica: o nêutron

* Rutherford: admitiu que existiam no núcleo


partículas semelhantes aos prótons, porém sem cargas
* Chadwick (1932): descobriu os nêutrons

serviriam para diminuir a


repulsão entre os prótons (maior
estabilidade no núcleo)
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RADIAÇÃO ELETROMAGNÉTICA
JAMES MAXWELL (1865): estabeleceu que a radiação eletromagnética pode ser
escrita por uma equação simples:
λν = C
λ - comprimento de onda
ν –frequência em Hertz (número de vezes que esse comprimento de onda se repete em um
segundo).
C -constante (velocidade de propagação da radiação eletromagnética no vácuo = 3x 108 m.s-1).

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1900: Max Planck postulou que a energia de uma onda


eletromagnética é proporcional a sua frequência, estabelecendo
a equação:

E = hν

Onde:
ν = frequência
h = constante de Planck = 6,63x10-34 m2 Kg s-1

De acordo com a teoria de Planck, a energia é sempre emitida ou absorvida pela


matéria em múltiplos inteiros de hν, 2hν, 3hν, etc.

A proposta de Planck foi comprovada e ele ganhou o Prêmio Nobel de Física em


1918

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REGIÕES DA RADIAÇÃO

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ESPECTRO DO HIDROGÊNIO (metade do séc. XIX)

- Uma descarga elétrica passa através de uma região contendo um gás monoatômico.

- Devido às colisões dos átomos da descarga com os elétrons, os átomos assumem um estado
no qual a sua energia total é maior da do átomo normal.

- Ao voltar ao seu estado normal, os átomos cedem seu excesso de energia, emitindo radiação
eletromagnética.

- A radiação é colimada pela fenda, então atravessa o prisma.

- A radiação é decomposta em seu espectro de comprimentos de onda, que é gravado na chapa


fotográfica

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SÉRIES ESPECTRAIS

• Houve vários estudiosos que buscaram propôr equações que descrevessem as


linhas espectrais do átomo de hidrogênio.

• Dentre eles estão: Balmer (região do visível), Paschen e Brackett (região do


infravermelho) e Lyman (região do ultravioleta). As equações que estes
estudiosos propuseram eram muito semelhantes. Assim todas elas foram
combinadas em uma única equação, a equação de Rydberg.

onde λ é o comprimento de onda da linha do espectro; m e n são números inteiros, m = 1,2,3, e n = (m+1), (m+2), (m+3)..;
e R é a constante de Rydberg (1,10 x 10ˉ² nmˉ¹).

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Diagrama de níveis de energia do hidrogênio: transições de Paschen 31


(infravermelho), Balmer(visível) e Lyman (ultravioleta)

Ca Cu Mg

Na K Ba
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Colapso do modelo atômico

Explicação do modelo atômico proposto por Rutherford

Colapso do átomo

NIELS BOHR (1913): desenvolvimento de um modelo


atômico não-clássico baseado na natureza da luz emitida
por substâncias a altas temperaturas ou sob ação de
descarga elétrica

LUZ emitida quando os elétrons do átomo sofriam alterações de


energia 33

Niels Bohr (1913)

Niels Bohr trabalhou com Thomson, e


posteriormente com Rutherford.

Tendo continuado o trabalho destes dois físicos,


aperfeiçoou, em 1913, o modelo atômico de
Rutherford.
Niels Bohr
(1885 - 1962)

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 Com o experimento da folha de ouro comprova a existência de um núcleo


Rutherford atômico.
 Não explica a distribuição de elétrons ao redor do núcleo.

Bohr  Propõe que os elétrons estão em constante movimento ao redor do núcleo.

1) Os elétrons podem orbitar somente em certas distâncias do núcleo

2) Átomos liberam ou absorvem energia quando um elétrons passa para outro nível
energia

3) A energia só é emitida ou absorvida quando ele muda o estado de energia

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- Os Postulados de Niels Bohr (1885-1962)


De acordo com o modelo atômico proposto por Rutherford, os elétrons ao girarem ao
redor do núcleo, com o tempo perderiam energia, e se chocariam com o mesmo.
Como o átomo é uma estrutura estável, Niels Bohr formulou uma teoria (1913) sobre o
movimento dos elétrons, fundamentado na Teoria Quântica da Radiação (1900) de Max Planck.

A teoria de Bohr fundamenta-se nos seguintes postulados:

1º postulado: Os elétrons descrevem órbitas circulares estacionárias ao redor do núcleo, sem


emitirem nem absorverem energia.

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2º postulado (de Niels Bohr) : Fornecendo energia (elétrica, térmica, ....) a um átomo, um ou mais elétrons
a absorvem e saltam para níveis mais afastados do núcleo. Ao voltarem as suas órbitas originais, devolvem a
energia recebida em forma de luz (fenômeno observado, tomando como exemplo, uma barra de ferro
aquecida ao rubro).

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Órbitas de Bohr para o átomo


de hidrogênio

Segundo postulado de Bohr.


Um átomo irradia energia quando um elétron salta de
uma órbita de maior energia para uma de menor energia.

O comprimento de onda guarda relação com a energia. Os menores comprimentos de onda


de luz significam vibrações mais rápidas e maior energia.

A linha vermelha no espectro atômico é causada


por elétrons saltando
da terceira órbita para a segunda órbita

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A linha verde-azulada no espectro


atômico é causada por elétrons saltando
da quarta para a segunda órbita.

A linha azul no espectro atômico é


causada por elétrons saltando
da quinta para a segunda órbita

A linha violeta mais brilhante no espectro


atômico é causada por elétrons saltando
da sexta para a segunda órbita.
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Limitações do modelo de Bohr


Explica o espectro de linhas do átomo de hidrogênio, mas não explica o
espectro de outros átomos
Existe um problema em descrever um elétron meramente como uma
partícula circulando ao redor do núcleo (o elétron exibe propriedades de
onda)
Apesar disso, o modelo de Bohr foi um importante passo para a direção
ao desenvolvimento de um modelo mais abrangente, pois apresenta duas
idéias principais que são incorporadas ao modelo atual:

(1) Os elétrons existem apenas em níveis de energias distintos (descritos


pelos números quânticos)

(2) Energia está envolvida na movimentação de um elétron de um nível para o


outro

COMPORTAMENTO ONDULATÓRIO DA MATÉRIA

Nos anos posteriores ao modelo de Bohr, a natureza dual da energia radiante tornou-se
um conceito familiar:

Se a energia radiante pode se comportar , sob


condições apropriadas, como um feixe de
partículas... A matéria, sob condições
apropriadas, pode possivelmente apresentar
propriedades de onda???? dependendo das
circunstâncias
experimentais, a radiação
parece ter um caráter
ondulatório ou de partícula
(fóton)
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De Broglie (1924): Sugeriu que o elétron , em seu movimento ao redor do núcleo,


tinha associado a ele um comprimento de onda particular
(inversamente proporcional a sua velocidade)

comportamento dualístico
para o elétron

λ = h / mv

h = constante de Planck
m = massa do elétron(valor muito pequeno)
v = velocidade
mv para qualquer objeto é chamado de momento

Obs: O comprimento de onda associado a um objeto de tamanho comum (ex: bola de golfe) é
tão pequeno que estará fora da faixa de qualquer observação possível

O que faltava realmente na


interpretação do átomo????

Considerar o elétron como um sistema


dualístico!!!
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PRINCÍPIO DA INCERTEZA

Física Clássica é possível calcular:

posição
direção de movimento
velocidade

Podemos fazer o mesmo para um


elétron que exibe propriedades
ondulatórias???????

(1927) Heisenberg: estabeleceu que NÃO É POSSÍVEL DETERMINAR COM


PRECISÃO, EM UM DADO MOMENTO, A POSIÇÃO E O MOMENTO DO
ELÉTRON

Não é possível conhecer


simultaneamente, a posição e a
energia do elétron

PRINCÍPIO DA INCERTEZA
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A hipótese de De Broglie e o Princípio da Incerteza de Heisenberg


estabeleceram a base para uma nova teoria de estrutura atômica

Nova abordagem:
A natureza ondulatória do elétron é reconhecida, e seu
comportamento é descrito em termos apropriados para
ondas

Modelo que descreve precisamente a energia


do elétron enquanto define sua localização em
termos de probabilidades

Schrödinger (1926): Modelo mecânico-ondulatório

Propôs uma equação: equação de onda de Schrödinger

considera tanto o comportamento ondulatório como o de partícula do elétron

expressa a energia
total do sistema

Δ 2 = δ2/δx2 + δ2/δy2 + δ2/δz2


energia energia
cinética potencial

m = massa do elétron E = energia total do elétron


h = constante de Planck  = função de onda
v = energia potencial do elétron
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A resolução da equação de onda leva a uma série de funções matemáticas

funções de onda ()

2 = está relacionada com a probabilidade de encontrar o elétron dentro de uma


determinada região do espaço

DENSIDADE DE PROBABILIDADE

A densidade de pontos representa a probabilidade de encontrar o elétron. As regiões com densidade alta de pontos
correspondem a valores relativamente altos para  2 .

Orbital: Região do espaço em que a probabilidade é maior de se encontrar um


elétron de determinada energia

O modelo da mecânica quântica não se refere a órbitas, pois o movimento do


elétron em um átomo não pode ser medido ou localizado com precisão (princípio
da incerteza de Heisenberg)

Ao resolver a equação de Schrödinger para um elétron com energia E definida,


tem-se como resposta uma função de onda associada a um conjunto de 3 números

números quânticos
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NÚMEROS QUÂNTICOS

NÚMEROS QUÂNTICOS

São utilizados para definir os estados de energia e os orbitais disponíveis para os elétrons

 Três deles (n, ℓ e mℓ) obtidos a partir da Equação de Schrodinger

 O elétron fica definido por 4 números quânticos (podem assumir determinadas combinações de
valores)

 O quarto número quântico (ms, spin) vem do comportamento do elétron em um campo magnético

 Os elétrons dentro de um determinado nível não são equivalentes


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Número Quântico Principal (n)

Especifica o nível de energia do elétron e o volume da região do espaço onde o elétron se


encontra valor de n define o tamanho do átomo e a energia de um orbital
Os elétrons que circundam o núcleo do átomo não têm todos o mesmo nível energético; é
portanto, conveniente dividir os elétrons em níveis com propriedades energéticas
diferentes
n pode assumir número inteiros (1, 2, 3, 4...) ou letras (K, L, M, N...)

Diferentes valores de n identificam diferentes camadas. Quanto maior o valor, maior o


tamanho do orbital, maior a distância do elétron ao núcleo atômico e maior é a energia.

Cada nível principal tem um ou mais subníveis

Número Quântico Secundário, Azimutal ou Angular (ℓ)

Especifica a subcamada, e assim a forma do orbital (espaço onde o elétron será encontrado)

Cada valor de ℓ corresponde a um tipo diferente de orbital com um formato diferente

Depende dos valor de n (número quântico principal)


Valores: 0, 1, 2, ...(n-1)

Se: n = 1, ℓ = 0 (1 subnível)
n = 2, ℓ = 0 e 1 (2 subníveis)
n = 3, ℓ = 0, 1 e 2 (3 subníveis)
n = 4, ℓ = 0, 1, 2 e 3 (4 subníveis)
n = 5, ℓ = 0, 1, 2, 3 e 4 (5 subníveis)

ℓ também especifica a energia: quanto maior for o valor , maior será a energia
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ℓ=0 ℓ=1 ℓ =2 ℓ=3

s (sharp) p (principal) d (diffuse) f (fundamental)

Em termos de energia: s < p < d < f...

Número Quântico Magnético (mℓ)

Determina a orientação espacial da região no espaço onde o elétron poderá ser


encontrado
orbital
Depende de ℓ (número quântico secundário):
Valores: - ℓ, ...,0..., +ℓ
mℓ: dá o número de possibilidades de orientações espaciais

n=1 ℓ = 0 ( 1 subnível) mℓ = 0 1 OA

n =2 ℓ=0 mℓ = 0
(2 subníveis) 4 OA
ℓ = 1 mℓ = -1, 0, +1
ℓ= 0 mℓ = 0
n=3
ℓ = 1 (3 subníveis) mℓ = -1, 0, +1 9 OA
ℓ = 2 mℓ = -2,-1, 0, +1, +2
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 Para a subcamada s existe um único estado energético, enquanto


para subcamadas p, d e f existem, respectivamente, 3, 5, e 7 estados
(ou orbitais)

ORBITAIS

Orbitais s: esféricos
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Orbitais p: lóbulos com plano nodal

Subnível p 3 orientações (px, py, pz)

Orbitais d

3 OA: dxy, dxz, dyz máxima densidade eletrônica entre os eixos

Subnível d
2 OA: dx2-y2, dz2 máxima densidade eletrônica sobre os eixos

combinação dos orbitais dz2-x2 e dz2-y2


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Orbitais f
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3 números quânticos

espécie de código de endereço postal (CEP) para os


elétrons

n = andar (camada do elétron)


ℓ = apartamento do andar (subcamada dentro da camada)
mℓ = peça do apartamento (orientação do orbital dentro da
subcamada)

Número Quântico de Spin (ms)

Surge da decorrência do elétron se comportar como se estivesse girando

o movimento circular de carga elétrica faz


com que o elétron atue como um pequeno ímã

Se um átomo com um único elétron desemparelhado for colocado em um campo magnético,


somente 2 orientações serão possíveis para a rotação do elétron
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Alinhado com o campo

Oposto ao campo

A orientação é associada com um valor do número quântico de spin:

ms = +1/2
ms = -1/2
O spin do elétron é responsável pela maioria das propriedades magnéticas
dos átomos e moléculas

As moléculas com um ou mais elétrons desemparelhados são atraídas por um


campo magnético

quanto mais elétrons desemparelhados em uma espécie,


mais fortes serão as forças de atração

paramagnetismo

Materiais diamagnéticos: não têm elétrons desemparelhados

são fracamente repelidas por um


campo magnético
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ferromagnetismo:

forma muito mais forte de magnetismo

origina-se quando os elétrons desemparelhados dos átomos ou íons em um


sólido são influenciados pelas orientações dos elétrons de seus vizinhos

sólido ferromagnético

colocado num campo magnético


elétrons tendem a se alinhar fortemente
ao longo do campo magnético

Obs: A atração pelo campo magnético resultante pode ser 1 milhão de vezes mais forte que uma
substância paramagnética simples

Ex: Fe, Co, e Ni (mais comuns)


capacidade de reter memória
óxidos metálicos: CrO2, Fe3O4

Óxidos ferromagnéticos são utilizados para fabricação de:

cartões de fita discos cartões de


magnética rígidos crédito
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CONFIGURAÇÕES
ELETRÔNICAS DOS ÁTOMOS

Para descrever os átomos, devemos considerar não apenas a natureza dos


orbitais e suas energias, mas como os elétrons ocupam os orbitais disponíveis

Configuração eletrônica de um átomo

representação esquemática da distribuição dos elétrons de um


átomo de um determinado elemento

informa como os elétrons estão distribuídos pelos


vários orbitais atômicos

determina como irão ocorrer as ligações químicas

propriedades das espécies combinadas


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Configuração eletrônica

Os orbitais são representados por um diagrama de caixas

Os elétrons são representados por setas, de direções opostas (spins opostos)

↑↓

representa um orbital com dois elétrons

↑↓

Os orbitais podem ser classificados em termos de energia

Diagrama de Aufbau

(subnível s, p, d e f)

(subnível s, p e d)

(subnível s e p)

(subnível s)

1s, 2s, 2p, 3s, 3p, 4s, 3d, 4p, 5s, 4d, 5p, 6s, 4f, 5d, 6p, 7s, 5f, etc.
As energias das subcamadas aumentam com o aumento do valor do número quântico
principal n
À medida que n aumenta, o espaçamento entre as camadas fica menor

sobreposição entre as subcamadas da 3ª camada em diante


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Para facilitar a distribuição eletrônica foi criado o seguinte


diagrama:

Linus Pauling (químico quântico) Diagrama de Linus Pauling

Regras de preenchimento dos orbitais atômicos

 Princípio da Energia Mínima (Princípio de Aufbau)

 Princípio de Exclusão de Pauli

 Regra de Hund

Aufbau: construção (em alemão)


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Princípio da Energia Mínima

Os elétrons deverão ocupar os orbitais por uma ordem tal que

resulte na menor energia para o átomo

Este princípio aplica-se às espécies monoeletrônicas (possuem apenas um


elétron) e aos átomos polieletrônicos

1925: Wolfgang Pauli

descobriu o princípio que governa a distribuição dos elétrons


em átomos polieletrônicos

Princípio de Exclusão de Pauli

“Dois elétrons em um átomo não podem ter o conjunto de quatro números


quânticos (n, ℓ, mℓ, ms) iguais ”

Significado: um orbital pode receber o máximo de dois elétrons, e eles devem ter
spins opostos
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Regra de Hund:

“ Para orbitais degenerados, a menor energia será obtida quando o


número de elétrons com o mesmo spin for maximizado”

Significado: Adicionar um elétron por orbital até estar totalmente semi-


preenchido, somente depois se acrescenta um segundo elétron

configuração de mais baixa energia

elétrons no mesmo orbital sofrem mais repulsão do que os


elétrons distribuídos em diferentes orbitais

Exercício: Dado o conjunto de números quânticos do elétron mais energético, no


estado fundamental, determine o número atômico do elemento. Convencionando
que o primeiro elétron a ocupar um orbital possui número quântico de spin igual a
+½.

n = 5; ℓ = 1; mℓ = 0; ms = -½

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