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Ficha Técnica

Coordenação-Geral
Cassefaz

Conteúdos e supervisão científica


Mapa das Ideias
Maria João Nunes

A Floresta não é só PAISAGEM | 2


Roteiro Pedagógico
Índice

A Floresta não é só PAISAGEM 4

Plano de montagem 5

Vamos conhecer a Floresta? Capítulo 1 6

A nossa Floresta. Capítulos 2 & 3 9

Fenómenos invisíveis. Capítulo 4 14

A Floresta não é só paisagem! Capítulo 5 16

Grandes ameaças. Capítulo 6 18

A Floresta é Tua. Capítulo 7 20

Floresta, fonte de inspiração. Capítulo 8 22

Desdobrável de APOIO 24

Actividades (Ponto de PARTIDA) 26

2.º Ciclo 27

1 Impressões Florestais

2 Vamos conhecer a nossa Floresta

3 Prevenir para proteger

3.º Ciclo 29

1 Em estado de alerta!

2 Na primeira pessoa

3 Sustentabilidade: realidade ou utopia?

Fontes de DOCUMENTAÇÃO 31

Para ler 31

Para pesquisar 32

Para visitar 33

A Floresta não é só PAISAGEM | 3


Roteiro Pedagógico
A Floresta não é só PAISAGEM

A Floresta é uma fonte de riqueza imensurável para o ser humano. Em


2011 comemora-se o Ano Internacional das Florestas e o seu significado
suscita diferentes níveis de discussão:

Na exploração da própria definição de Floresta, do seu papel, das espécies que a


habitam, dos processos que nela ocorrem, dos recursos, das potencialidades e da
preservação.

No contexto da educação pela cidadania, no sentido que o conhecimento


responsabiliza cada um de nós, formando cidadãos mais conscientes do papel do
homem no mundo, contribuindo para uma ética e uma acção menos poluidora e mais
responsável.

No exercício do saber-fazer, partilhando conhecimento e, simultaneamente, formas de


conduta.

A 3ª edição do projecto Exposição na Escola é dedicada às Florestas e à


Biodiversidade.

A exposição Floresta não é só PAISAGEM! consiste num conjunto de painéis que focam
conteúdos relacionados com a Floresta, como ecossistema e, também, na sua ligação com o
nosso quotidiano e cultura.

O projecto integra também um filme, que poderá ser utilizado em sala de aula ou como
complemento da própria exposição, e, para cada aluno que visite a exposição, será distribuído
um desdobrável de apoio com um desafio.

Para potenciar o envolvimento da comunidade escolar, preparou-se um PowerPoint de


Apresentação do Projecto, que apresenta perguntas de partida para a exploração do
tema em sala de aula e, ainda, este roteiro pedagógico1, que disponibiliza: o plano de
montagem da exposição; textos sobre a Floresta, em que se exploram os tipos de floresta, a
floresta portuguesa, bem como a identificação das principais espécies que a habitam, os seus
recursos, a sua preservação e a sua ligação com a sociedade e com a nossa cultura; propostas
de actividades pedagógicas transdisciplinares, destinadas ao 2.º e 3.º Ciclos do Ensino Básico;
e fontes de documentação.

1
Este Roteiro Pedagógico está escrito de acordo com a antiga ortografia, assim como todos os materiais
relativos a este projecto.

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Roteiro Pedagógico
Plano de MONTAGEM

Cartaz 1 2 & 3

4 5

6 7 8

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Roteiro Pedagógico
Vamos conhecer a FLORESTA?
Capítulo 1

A Floresta é uma fonte de riqueza imensurável para o ser humano e


constitui um dos mais importantes símbolos da Natureza. Para além da
sua extraordinária biodiversidade, fundamental num mundo cada vez mais
humanizado, a Floresta dá-nos um valioso conjunto de recursos
económicos, energéticos e sociais.

As florestas caracterizam-se, em primeiro lugar, por serem áreas muito arborizadas, isto é,
com uma grande densidade de árvores. Ocupam cerca de 30% da superfície terrestre, mas
crê-se que no passado tenham chegado a cobrir cerca de 50%!
São o habitat de incontáveis espécies de plantas e animais e a sua biomassa (massa total de
organismos vivos num determinado espaço) por unidade de área é muito superior em relação a
outros biomas (grandes categorias de ecossistemas). Por exemplo, no bioma de uma savana
existem, por diversas razões ambientais, árvores que crescem isoladas e muito espaçadas
entre si.

Podem ser classificadas em diferentes tipos, de acordo com vários critérios. Um dos mais
importantes é o clima, relacionado com o tipo de espécies de árvores que ali se desenvolvem.

FLORESTAS FRIAS
As florestas de climas mais frios situam-se, normalmente, no hemisfério norte, acima do
Equador.
Caracterizam-se, essencialmente, por dois tipos de árvores:

Caducifólias
São árvores de folhas caducas, longas e espalmadas, que caem durante o Inverno.
Necessitam de climas temperados, onde ocorrem todas as estações do ano, para se
desenvolverem.
As florestas caducifólias têm entre duas ou três camadas: a copa (os topos das
árvores), por vezes, uma zona de arbustos e, junto ao solo, plantas rasteiras como musgos,
fetos e flores, durante a Primavera.
Neste tipo de floresta, podemos encontrar:

Choupos; carvalhos; nogueiras; castanheiros; olmos; faias; vidoeiros; entre outros.


Pica-paus; esquilos; ouriços-cacheiros; raposas; lobos; lebres; salamandras; bichos-de-
conta; centopeias; escaravelhos e larvas; ou ainda, as minhocas.

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Roteiro Pedagógico
Estas pequenas criaturas, hermafroditas, que vivem em solos
Minhocas húmidos, desempenham uma importante função na
decomposição do solo.
No subsolo, escavam galerias e recolhem o seu alimento,
essencialmente, detritos vegetais, que, após digeridos, os seus
excrementos servem para adubar e enriquecer o solo.

Coníferas
São árvores adaptadas à ocorrência de neve no Inverno e a sua forma em cone permite que
esta deslize da sua copa até ao solo. As folhas – agulhas longas e finas – não caem durante o
Inverno, são perenes. São árvores muito resistentes, detendo recordes de dimensão e
longevidade.
Cobrem cerca de um décimo dos continentes, essencialmente no Norte, formando um extenso
anel de bosques nas zonas mais frias do Mundo.
Neste tipo de florestas, podemos encontrar:

Árvores do género Pinus, como os pinheiros da Europa; sequóias; abetos; cedros;


ciprestes; araucárias; entre outras plantas resistentes ao frio como o azevinho e a hera.
Alces; lobos; zibelinas; renas; linces; ursos; veados; coelhos; falcões; piscos; arminhos;
leirões; entre outras espécies. Nestas zonas, devido ao frio, não se encontram répteis.

As árvores começam a sua vida como plantas minúsculas,


Sequóia nascidas a partir de uma semente, mas podem chegar a atingir
tamanhos de verdadeiros gigantes da Natureza. Por exemplo,
em Portugal, a árvore mais alta é um eucalipto (Eucalyptus
diversicolor) com 70 metros e pode ser encontrada na Mata de
Vale de Canas, perto de Coimbra. Mas existem árvores que
podem atingir mais do dobro destas dimensões: a árvore mais
alta do mundo, uma sequóia californiana (Sequoiadendron
giganteum) atinge os 115 metros de altura!

FLORESTAS TROPICAIS

As florestas tropicais situam-se junto à linha do Equador. Podem ser encontradas,


principalmente, em regiões como: África; América Central; América do Sul (Floresta Amazónica
e Mata Atlântica); e Indo-Malaia.
Apesar de se estenderem por cerca de 7% da superfície terrestre, o seu clima quente e húmido
proporciona o habitat ideal para inúmeras plantas e animais, albergando mais de metade das
espécies conhecidas mundiais.
Estratificam-se em quatro camadas principais: a copa das árvores mais altas de toda a floresta;
o dossel, constituído pela maioria das copas das árvores; as árvores baixas; e, por último, o
solo.

A maioria dos seres vivos que habitam estas florestas encontra-se, estranhamente, nas
copas das árvores, pois é aqui que recebem mais sol.
No caso dos animais, a sua locomoção é feita através do balanço, como no caso dos gibões ou
dos orangotangos; da corrida e do salto, em que os macacos e os lémures utilizam a sua
cauda como membro de apoio; do voo, feito pelas aves, ou pairando como a osga-voadora; ou
ainda deslizando, no caso das cobras-voadoras.
Nos troncos e ramos das árvores, de espécies bastante heterogéneas, crescem muitas plantas
epifíticas, como bromeliáceas. As suas folhas possuem tecidos de armazenamento de água e
canais de ar.

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Roteiro Pedagógico
Titi- Este mamífero é o macaco mais pequeno do mundo: o
-pigmeu comprimento do seu corpo varia entre os 12 a 16 cm e não
pesa mais que 100 a 120 gramas. Vive nos topos das árvores e
alimenta-se, essencialmente, de insectos e fruta.

Junto ao solo, vivem as espécies que necessitam de pouca luz solar directa e gostam de
humidade. É o caso dos caranguejos-dos-coqueiros que, para além de andarem pelo chão à
procura de alimento, trepam às árvores; das borboletas transparentes; dos gorilas de montanha
de dorso prateado; de répteis, como os camaleões e as jibóias; ou ainda de plantas, como a
raflésia de Samatra ou a figueira estranguladora.

Esta planta de aparência estranha é a maior flor do mundo.


Raflésia Também conhecida como flor-monstro, produz um cheiro podre
de que atrai os insectos que a polinizam. Estes ficam presos num
Samatra líquido pegajoso, transformando-se na sua refeição!
É uma planta parasita e cresce nos caules ou raízes de
árvores, preferencialmente das plantas do género Tetrastigma,
das quais extrai os nutrientes necessários para o seu
desenvolvimento. Podendo demorar cerca de um ano a
desabrochar, dura apenas uma semana.

As florestas tropicais constituem ainda o bioma terrestre onde existem mais insectos:
desde criaturas tão familiares como os louva-a-deus; várias espécies de borboletas, como a
borboleta-morfo-azul ou a borboleta-rainha-alexandra, cuja envergadura de asas mede cerca
de 28 cm; as formigas-cortadoras; os gorgulhos-girafa, com os seus pescoços compridos; os
bichos-pau gigantes da Malária; os pesados escaravelhos africanos; até aos perigosos
mosquitos.

Mosquitos Apesar da sua pequena dimensão e do seu aspecto inofensivo,


os mosquitos são considerados os insectos mais mortíferos por
transmitirem a malária entre os seres humanos, através da sua
picada. Esta doença provoca, em média, a morte de dois a três
milhões de pessoas por ano.

Não existe um limite para a idade que uma árvore pode atingir. Existem árvores
que duram apenas semanas ou meses, mas também existem as que vivem durante muitos
séculos: por exemplo, os carvalhos podem atingir 500 anos, as sequóias 3000 e alguns
pinheiros norte-americanos podem viver mais de 4000 anos. A árvore mais velha do mundo,
um pinheiro da espécie Pinus longaeva, existente no Estado do Nevada (E.U.A), contava 4864
anos, quando foi acidentalmente cortada, em 1964…

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Roteiro Pedagógico
A nossa FLORESTA
Capítulos 2 & 3

As florestas possuem características que as tornam únicas e especiais,


seja pela sua história, pela sua biodiversidade e riqueza natural ou
ainda pelo seu valor científico e cultural.
No nosso país, existem dois importantes biomas florestais: os bosques
temperados caducifólios, predominantes na região do Minho e em algumas
serranias do Centro; e os bosques mediterrânicos perenifólios,
essencialmente no Centro e Sul do país.
Ocupam cerca de 64% do território nacional, com uma área superior a
5,4 milhões de hectares!

PARQUE NATURAL DA PENEDA-GERÊS


Onde é?
Região montanhosa das serras da Peneda, Soajo, Amarela e Gerês.
O que é?
O Parque Natural da Peneda-Gerês estende-se por uma área de 72 000 hectares e é um dos
últimos locais onde se podem ainda observar ecossistemas pouco alterados pelo Homem e
bosques autóctones (espécies naturais do território português).
Flora
Podem encontrar-se espécies como o carvalho-alvarinho; carvalho negral; o castanheiro; o
pinheiro-silvestre; o teixo; o vidoeiro; o padreiro; o azereiro; o azevinho; o pilriteiro; o
medronheiro; a gilbardeira; e, ainda, matos de altitude como urzes, giestas e zimbro.
Fauna
A fauna deste parque é muito diversificada, podendo observar-se animais como: o corço; o
lobo; o javali; a raposa; o texugo; a lontra; a águia-real; o falcão peregrino; a víbora; a
importante população de garranos selvagens de raça luso-galaica; e, recentemente, a cabra
montesa.

Espécies No Parque Natural da Peneda-Gerês podem encontra-se


endémicas espécies endémicas (espécies que ocorrem apenas no nosso
país e em mais nenhum local no mundo) como: o lírio-do-gerês;
o feto-do-gerês; o hipericão-do-gerês; a betónica; a Pinguicula
vulgaris; e a uva-do-monte.

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Roteiro Pedagógico
SOUTOS DA TERRA-FRIA TRANSMONTANA
Onde é?
Região da hemi-bacia setentrional do Douro.
O que é?
Os soutos são matas de castanheiro e ocupam cerca de 60 000 hectares no nosso país,
concentrados principalmente na Terra Fria Transmontana, onde o clima frio durante o Inverno
favorece o seu desenvolvimento.
O castanheiro é uma árvore caducifólia de grandes dimensões que desenvolve os seus
frutos, as castanhas, no interior de ouriços, de elevado valor gastronómico, cultural e
económico.
Flora
Sob a sua copa, junto ao tronco, desenvolvem-se alguns cogumelos comestíveis, dos quais o
castanheiro retira muitos benefícios.
Fauna
Os soutos são visitados regularmente por animais como o javali; o coelho e a lebre; a raposa;
o ouriço-cacheiro; o gaio; o pica-pau; ou a perdiz.

MATA NACIONAL DO BUÇACO


Onde é?
Região da Serra do Buçaco, Luso e Mealhada.
O que é?
A Mata Nacional do Buçaco possui uma área de 105 hectares e constitui uma floresta de
valor ímpar no nosso país pelo seu extraordinário património botânico, paisagístico e
histórico.
Flora
Encontra-se, predominantemente, o cedro-do-buçaco – plantado, essencialmente, pelos
Carmelitas Descalços, que viveram nesta mata de 1628 até 1834; a par de um conjunto de
espécies exóticas como a araucária, o eucalipto; a pseudotsuga; a sequóia; entre outras.
Fauna
Existem mais de 150 espécies de vertebrados, entre diversos endemismos ibéricos e
espécies protegidas, como a salamandra-lusitânica; o lagarto-de-água; e o morcego-rato-
grande.

A salamandra-lusitânica (Chioglossa lusitanica) vive em


Salamandra- ambientes muito húmidos e não poluídos de zona
-lusitânica montanhosas. A sua forma de respiração é muito curiosa, uma
vez que não tem pulmões: respira através da pele!
Possui ainda uma característica invulgar entre os anfíbios: a
capacidade de libertar a sua grande cauda alongada, quando
ameaçada.

MATA NACIONAL DE LEIRIA


Onde é?
Região de Alcobaça, Marinha Grande, Leiria, Batalha e Porto de Mós.
O que é?
Esta Mata, também conhecida como Pinhal de Leiria, estende-se por uma área de 11 209
hectares, sobressaindo pela sua importância histórica e económica.
Flora
A espécie predominante é o pinheiro-bravo, podendo ainda observar-se: o chamado “pinheiro
serpente” junto ao mar; o cipreste-comum; o eucalipto; a acácia; o abeto; o choupo; vários
tipos de carvalho; o amieiro; entre outras.
Fauna
Entre as espécies animais, destaca-se: o coelho; a lebre; o ouriço-cacheiro; a lontra; o
texugo; o toirão; a geneta; o sacarrabos; o pica-pau-verde; a coruja do mato; a felosa; ou o
melro.

A Floresta não é só PAISAGEM | 10


Roteiro Pedagógico
Apesar da origem deste pinhal remontar a tempos anteriores ao
Pinhal de reinado de D. Dinis, foi este monarca que contribuiu
Leiria decisivamente para a sua valorização.
Para além de ajudar na fixação das areias do litoral - que
prejudicavam a agricultura da região – a sua madeira
desempenhou um papel muito importante na construção naval!

A TAPADA NACIONAL DE MAFRA


Onde é?
Região de Mafra.
O que é?
A Tapada Nacional de Mafra constitui a maior zona murada de Portugal, ocupando 1 187
hectares. É uma importante zona de caça e de lazer e tornou-se muito conhecida por ter sido
o local escolhido pelos últimos monarcas portugueses para a prática destas actividades.
Flora
Os bosques desta floresta caracterizam-se por espécies como: o pinheiro-manso; o pinheiro-
bravo; o eucalipto; o plátano; o carvalho-cerquinho; o sobreiro; a azinheira; o freixo; o choupo;
o salgueiro; e o amieiro.
Fauna
As principais espécies que habitam a Tapada são: veado; gamo; javali; a raposa; o coelho-
bravo; o texugo; a geneta; o sacarrabos; a doninha; o ouriço-cacheiro; a águia-de-Bonelli; o
bufo-real; o açor; o gavião; o pica-pau; entre outras. São ainda observados diversos tritões,
salamandras, rãs, relas, sapos, cágados e diferentes espécies de cobras, algumas com
estatuto de conservação raro.

Apesar de ser um animal muito comum no nosso país,


Texugo dificilmente observamos o texugo no seu habitat natural devido
aos seus hábitos nocturnos. A sua presença é apenas
detectada pelas suas pegadas ou por latrinas (conjunto de
pequenos buracos escavados, com dejectos negros, cilíndricos
e uniformes).
Vive em grupo, dentro de tocas escavadas, e conhecem-se
estranhos casos em que estes mamíferos morreram dentro das
tocas e ali foram sepultados pelos restantes membros do
grupo!

PARQUE NATURAL DE SINTRA-CASCAIS


Onde é?
Região de Sintra e Cascais.
O que é?
O Parque Natural de Sintra-Cascais, rico em espécies atlânticas e mediterrânicas, estende-se
por uma área de 14 583 hectares. A beleza e a biodiversidade da sua paisagem, associada à
riqueza natural e cultural das diferentes espécies que a ilustram, marcam a transição entre a
vegetação do Norte e do Sul do país.
Flora
A flora deste Parque é marcada por espécies como: o pinheiro-bravo; o cedro-do-buçaco; o
eucalipto; o sobreiro; o carvalho-cerquinho; o salgueiro; o freixo; o amieiro; o ulmeiro; o
sabugueiro; o sanguinho; a salsaparrilha bastarda; o medronheiro; ou o folhado.
Fauna
Esta floresta é normalmente visitada por inúmeros animais como: várias espécies de
morcegos, que se encontram ameaçadas; o musaranho-de-dentes-vermelhos; o ouriço-
cacheiro; a raposa; a doninha; a geneta; a rola-comum; o andorinhão-real; o pica-pau-
malhado-pequeno; o gavião da Europa; a águia-de-Bonelli; o falcão-peregrino; o tartaranhão-
azulado; ou ainda anfíbios e répteis, como a salamadra, o tritão, o sapo e a rã.

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PARQUE NATURAL DA ARRÁBIDA
Onde é?
Região de Setúbal, Palmela e Sesimbra.
O que é?
O Parque Natural da Arrábida, que se estende por uma área de 10 821 hectares, é ilustrado
por um património natural extraordinário.
Possui microclimas (áreas em que as condições atmosféricas, como a temperatura ou a
humidade, diferem da zona exterior) que, juntamente com o estado e as propriedades do
solo, influenciam a vegetação.
Flora
Entre as espécies observáveis, sobressaem: o carvalho-cerquinho; o sobreiro; o pinheiro-
manso; o zambujeiro; a alfarrobeira; a aroeira; o alecrim; o lentisco-bastardo; o aderno; o
espinheiro preto; ou o trovisco.
Fauna
As principais espécies que vivem nesta floresta, destacam-se: a raposa; a doninha; o toirão; a
geneta; o coelho-bravo; o texugo; o gato-bravo; a fuínha; algumas espécies de morcegos
como, por exemplo, o morcego-de-peluche ou o morcego-de-ferradura-mediterrânico; a
águia-de-Bonelli; o falcão-peregrino; o bufo-real; a coruja-das-torres; o cuco-canoro; a cobra-
de-pernas-pentadáctila; a cobra-de-escada; a víbora-cornuda; entre outras.

POVOAMENTOS DE PINHEIRO-MANSO
Onde é?
Região de Álcácer do Sal.
O que é?
Os povoamentos de pinheiro-manso encontram as melhores condições para se
desenvolverem em solos de areia solta. Tal é o caso da região de Alcácer do Sal,
concentrando 60% dos 78 000 hectares que constituem a área de pinheiro-manso do país.
Aqui vivem os melhores exemplares desta espécie, pelo que é também chamado de Solar do
Pinheiro Manso.
Flora
O pinheiro-manso tem uma copa muito larga e achatada, em forma de “guarda-sol” e as suas
sementes, os pinhões, são muito nutritivas.
Esta espécie suporta bem o calor e a secura e precisa de muita luz. Resistente ao vento, é
sensível ao frio. É um pinheiro mediterrânico por excelência.
Fauna
Nas plantações de pinheiro-manso, encontramos o coelho-bravo, que nestes solos arenosos
encontra boas condições para escavar as suas luras (tocas). Junto a esta espécie, vivem
também diversos predadores, como o lince-ibérico – com um estatuto de conservação muito
delicado - e algumas espécies de aves de rapina.

POVOAMENTOS DE SOBREIRO E AZINHEIRO


Onde é?
Bacias do rio Tejo e do rio Sado.
O que é?
O sobreiro é a árvore-símbolo de Portugal. Além do seu grande porte e longevidade, está
espalhado por todo o território – é a nossa segunda espécie florestal em área - e tem uma
enorme importância na paisagem, na história, na cultural e na economia do nosso país.
Produz uma matéria-prima de características únicas: a cortiça.
Flora
O sobreiro e a azinheira são espécies mediterrâneas sóbrias e muito resistentes (mesmo ao
fogo) e adaptam-se bem a solos pobres.
Proporcionam diversos produtos de elevado valor económico, como a cortiça, junto aos quais
se desenvolvem plantas aromáticas e medicinais e cogumelos.
Fauna
As florestas de sobreiro demonstram uma grande biodiversidade natural em fauna selvagem,
contando com 24 espécies de répteis e anfíbios, mais de 160 espécies de aves – com
destaque para a coruja-do-mato, a cotovia-dos-bosques ou o pisco-de-peito-ruivo – e 37
espécies de mamíferos, como a lebre, a doninha, o lobo, o javali, o veado ou ainda o
ameaçado lince-ibérico.
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FLORESTAS DOS AÇORES
Onde é?
Arquipélago dos Açores.
O que é?
As Florestas dos Açores fazem parte da Macaronésia e são consideradas verdadeiros
“dinossauros vivos” do mundo vegetal.
Podem observar-se espécies endémicas, a par de uma enorme variedade de espécies
exóticas, recriando ambientes que proporcionam momentos únicos de ligação com o meio
natural aos seus visitantes.
Flora
É constituída por espécies únicas, resultantes de anos de isolamento, como as florestas
laurifólias e de ilex; as faias; os zimbrais; e os urzais.
A espécie que ilustra estas florestas com maior expressão é a Criptoméria japónica (originária
do Japão), introduzida no território durante o final do século XIX.
Podem ainda observar-se várias espécies de pinheiros; acácias; eucaliptos; e, ainda, matas
de incenso.
Fauna
Entre as várias espécies que habitam estas florestas, como o milhafre, o corvo, o canário-da-
terra, o pombo-da-rocha, o pombo-torcaz, o cagarro, o Garajau, destaca-se o priolo, uma
pequena ave que se pensava extinta, mas que foi redescoberta na Serra da Tronqueira, em
São Miguel.
Pode também observar-se outros animais como a doninha, o furão, o ouriço-cacheiro ou o
coelho bravo.

FLORESTA LAURISSILVA DA MADEIRA


Onde é?
Arquipélago da Madeira.
O que é?
Na Ilha da Madeira encontra-se a maior concentração e a mais bem conservada floresta
laurissilva da Macaronésia, estendendo-se por uma área de cerca de 15 000 hectares.
Além da visível diversidade biológica, uma das maiores riquezas desta floresta é a água.
Recolhida e encaminhada por canais, as conhecidas “levadas”, é utilizada no consumo
doméstico, na agricultura e na produção de energia, em centrais hidroeléctricas.
Flora
Podem observar-se árvores da família das Lauráceas, como o loureiro, o til, o vinhático ou o
barbusano; o pau-branco; o folhado; o aderno; entre outras espécies como a uveira da serra,
o isoplexis, o massaroco, as estreleiras, os gerânios, o ranúnculo, a orquídea-da-serra ou a
rara orquídea-branca.
Fauna
A fauna existente nesta floresta é muito rica: abriga mais de uma centena de endemismos de
moluscos terrestres, duas raras espécies de morcegos, o pombo-trocaz, a manta, o tentilhão
e o bisbis.

A laurissilva é um tipo de floresta que remonta ao período


Floresta Terciário (há mais de 20 milhões de anos!) e abriga espécies
Laurissilva que existem desde esse período e outras que evoluíram desde
então. Trata-se de um exemplo único das formações florestais
que, até à Era Glaciar, ocuparam grandes áreas do Sul da
Europa.
A palavra Laurissilva provém do Latim Laurus (loureiro,
lauráceas) e Silva (floresta, bosque).

Desde tempos muito remotos que o castanheiro desempenha um papel


muito importante para o homem. Também conhecida como “árvore do pão”, o seu fruto, a
castanha, alimento muito nutritivo, foi a base da alimentação europeia até à Época dos
Descobrimentos. Só com a importação de novas espécies, como, por exemplo, a batata e o
milho, é que a castanha foi sendo gradualmente substituída na alimentação.
A Floresta não é só PAISAGEM | 13
Roteiro Pedagógico
Fenómenos INVISÍVEIS
Capítulo 4

São incontáveis os fenómenos que ocorrem no interior de uma floresta,


sem que demos por isso… Alguns deles são invisíveis aos olhos do ser
humano, mas desempenham funções fundamentais para a vida na Terra.

A fotossíntese, com o processo de transformação de energia luminosa em energia química


(constituinte dos seres vivos), inicia a maior parte das cadeias alimentares no meio natural. Os
animais e outros organismos heterotróficos seriam incapazes de sobreviver, pois a base da sua
alimentação reside nas substâncias orgânicas proporcionadas pelos organismos autotróficos.

Organismos Os organismos autotróficos são seres vivos capazes de


autotróficos produzir compostos orgânicos a partir de substâncias minerais,
utilizando a energia luminosa (luz) ou a energia química (o
dióxido de carbono). Não necessitam, por isso, de substâncias
orgânicas previamente formadas no meio natural para se
alimentarem: estes produzem o próprio alimento.

1
Tal como todas as plantas, as árvores necessitam
de água para sobreviver, extraindo-a do solo
graças às suas longas raízes. Esta flui através dos
caules sob a forma de seiva bruta, transportando
sais minerais dissolvidos extraídos do solo. Nos
troncos e ramos mais largos, são os anéis mais
exteriores (como o borne) que transportam este
fluxo.

2
Quando a seiva bruta chega às folhas, começa o
processo de fixação do carbono, ou seja, a
conversão de compostos carbónicos leves e
simples em estado gasoso em compostos
carbónicos pesados e complexos em estado
sólido, como a glucose e derivados: celulose,
lenhina, proteínas e lípidos.

3
O ar que entra no interior das folhas, por meio dos
estomas, possui uma quantidade ínfima de dióxido
de carbono: apenas 0,03%. Na presença de luz,
fonte indispensável de energia para este processo,
este gás combina-se com a água para formar
açúcares – os hidratos de carbono que servirão de
matéria-prima e combustível para todo o
metabolismo que se segue.

A Floresta não é só PAISAGEM | 14


Roteiro Pedagógico
Clorofila A fotossíntese é possível graças a uma extraordinária
molécula: a clorofila. Esta é responsável pela absorção de
energia luminosa. É a sua coloração esverdeada que dá a
tonalidade à esmagadora maioria das folhas das plantas.

4
Os hidratos de carbono são transportados das folhas para o resto da planta, sob a forma de seiva
elaborada. Esta flui em direcção aos órgãos não-fotossintetizantes, através do floema – graças ao qual
todos os órgãos da árvore, incluindo as raízes, recebem os hidratos de carbono de que necessitam.
Estes desempenham duas importantes funções: fornecem matéria-prima para todos os tecidos, incluindo
a madeira, pois são compostos de carbono; e alimentam o metabolismo em geral – ao combinarem-se
com o oxigénio por meio do processo respiratório, decompõem-se em dióxido de carbono e libertam a
energia essencial à vida.
Estima-se que as florestas de todo o mundo armazenem 283 Giga toneladas de carbono!

Todos os órgãos de uma planta, quer os aéreos quer os


Respiração subterrâneos, respiram durante o dia e durante a noite. É por
este motivo que uma planta pode morrer asfixiada em solos
pouco arejados, com excepção de espécies providas de outros
meios de sobrevivência, como, por exemplo, o amieiro ou o
salgueiro.

Os fungos existem por toda a floresta. Geralmente invisíveis, encontram-se


escondidos no solo. Só os conseguimos detectar quando, aparentemente durante a noite, se
erguem no chão e assim se mantêm durante dias. São os únicos organismos, além das
bactérias, que podem digerir madeira, libertando os nutrientes nele contidos.

A Floresta não é só PAISAGEM | 15


Roteiro Pedagógico
A Floresta não é só PAISAGEM!
Capítulo 5

A importância da Floresta não se esgota na riqueza natural,


assegurando a produção, a protecção e conservação de um património
extraordinário.

A produção da madeira (papel e mobiliário), da cortiça, da biomassa para energia (lenha e


carvão), de frutos e sementes (pinhão, castanha, noz medronho ou alfarroba), entre outras
matérias vegetais e orgânicos (resinas, folhagens ou plantas medicinais e aromáticas).

Cortiça A cortiça é única: flutua, é elástica, não tem cheiro nem


apodrece e é um excelente isolador, para além de ser
ecológica!
Portugal é o maior produtor, transformador e exportador a nível
mundial.

A protecção da Floresta é, muitas vezes, pouco valorizada. No entanto, a protecção da


rede hidrográfica, a protecção contra a erosão do vento e da água, a protecção ambiental e
contra os incêndios ou a recuperação de solos degradados são determinantes na manutenção
do meio natural.

A conservação da biodiversidade, genética, e de outros recursos valiosos não


renováveis. Destacam-se habitats classificados, caso dos carvalhais de Quercus faginea ssp.
broteroi e das florestas de laurissilvas dos Açores e da Madeira; entre muitos casos.

Espécies Existem espécies ameaçadas com estatuto especial de


ameaçadas protecção como o lince-ibérico, o priôlo, a águia-de-bonelli ou a
salamandra-lusitânica. Também temos espécies de flora como
alguns carvalhos e a laurissilva.

A silvopastorícia (a produção de carne, leite, lã ou peles), a caça ou a pesca (em águas


interiores) também valorizam a Floresta.

Numa sociedade cada vez mais urbana, o recreio e o lazer são fundamentais. Espaços de
fruição ambiental têm vindo a ser criados, contribuindo para a protecção e valorização do
património natural.

As plantas medicinais, muitas cultivadas nas nossas hortas e quintais, fazem


parte de uma prática tradicional, muito antiga. Considera-se planta medicinal aquela que
contém um ou mais princípios activos que lhe conferem, no seu todo, actividade terapêutica.
Actualmente, em muitas formulações farmacêuticas aparecem extractos totais de plantas,
isolados ou associados a outros. Tal é o caso de algumas espécies como: a erva-cidreira
A Floresta não é só PAISAGEM | 16
Roteiro Pedagógico
(Melissa monogyna), a valeriana (Valeriana officinalis), o pilriteiro (Crataegus monogyna), o
lúpulo (Humulus lupulus) ou o maracujá (Passiflora ssp.).

A Floresta não é só PAISAGEM | 17


Roteiro Pedagógico
Grandes AMEAÇAS
Capítulo 6

A Floresta enfrenta grandes ameaças e riscos ambientais, fruto do


desenvolvimento da nossa sociedade, mas também da acção, muitas vezes
destruidora, do homem…

Os incêndios florestais são uma grave ameaça para o ecossistema de uma Floresta.
Para além do desaparecimento de massa florestal, são responsáveis pela destruição do habitat
de inúmeras espécies.
A maior parte das causas dos incêndios florestais (98%!) são de origem humana, sendo
apenas 2% provocados por causas naturais. Para além de actos criminosos, o descuido
humano provoca, em média, mais de 7000 incêndios todos os anos…

Estranhamento, o fogo é um factor muito importante em muitos


Fogo ecossistemas, especialmente nos mediterrânicos. A vegetação
encontra-se adaptada às condições bioclimáticas destes
ecossistemas (Verões muito secos e quentes e Invernos
húmidos e frios), mas também à ocorrência de fogo. Tal é o
caso de espécies da família Quercus, como o carrasco, a
azinheira ou ainda do sobreiro.

As pragas e doenças são responsáveis por muitos estragos nas espécies que habitam as
florestas, provocando o seu enfraquecimento ou até mesmo a sua destruição total. No nosso
país, o Nemátodo da Madeira do Pinheiro (NMP) é considerado um dos mais perigosos.
Este verme ataca as árvores coníferas, principalmente as do género Pinus, e o pinheiro-bravo
é a espécie florestal com maior expressão territorial em Portugal.

Pragas e Para além do NMP, existem outros agentes bióticos que


doenças ameaçam a Floresta: o plátipo, a Phytophtora ou carvão do
entrecasco, que atacam sobretudo o sobreiro; a processionária
do pinheiro, que afecta as espécies de Pinus e Cedrus; o
cancro resinoso do pinheiro, pode infectar todas as espécies de
Pinus; o pulgão dos carvalhos; ou ainda o cancro do
castanheiro.

A desertificação constitui outra importante ameaça à preservação da Floresta. A


degradação da terra é um problema mundial que afecta cerca de 3600 milhões de hectares da
superfície terrestre e mais de 250 milhões de pessoas.

O desaparecimento de grandes áreas florestais, provocado pela desflorestação, constitui


um dos mais graves problemas que assombram a Floresta. A destruição de incontáveis
ecossistemas, bem como a redução da capacidade de absorção de dióxido de carbono e o
agravamento do problema do aquecimento global são algumas das consequências mais
preocupantes desta ameaça.

A Floresta não é só PAISAGEM | 18


Roteiro Pedagógico
A poluição dos ecossistemas florestais, através da contaminação do ar, da água e dos solos,
provoca efeitos devastadores. A biodiversidade é gravemente afectada, com diminuição ou a
extinção de muitas espécies da fauna e flora mundiais.

Ouvimos muitas vezes falar em chuva ácida, mas nem sempre


conhecemos o perigo que representa para a Natureza e para o ser humano! Este fenómeno
refere-se à elevada acidez presente na água da chuva, provocada pela poluição atmosférica,
com os gases emitidos pelas indústrias e pelos veículos motorizados.
Para além de ser responsável pela destruição de ecossistemas de importantes florestas,
como é o caso da Floresta Negra na Alemanha, afecta também os solos e a água dos lagos,
rios e oceanos, bem como todas as espécies que os habitam…

A Floresta não é só PAISAGEM | 19


Roteiro Pedagógico
A Floresta é TUA
Capítulo 7

Da mesma forma que uma pequena semente cresce e se transforma na mais


extraordinária árvore, também os pequenos gestos são capazes de
grandes transformações!
A preservação da Floresta está à distância das nossas mãos e do nosso
conhecimento.

O QUE PODEMOS FAZER PARA A PROTEGER?

Reduzir, reutilizar e reciclar! A reciclagem reduz os desperdícios e evita a


procura de matérias-primas como, por exemplo, o abate de árvores para a produção de
papel.
Podes dar largas à tua imaginação e aproveitar embalagens, jornais e revistas velhas
para fazer prendas criativas.

Não deitar lixo para o chão. Devemos recolhê-lo, separá-lo e depositá-lo no


contentor mais próximo.
Manter as florestas limpas é o primeiro passo na prevenção contra os incêndios!

Evitar a utilização de produtos descartáveis, pois são materiais de difícil


degradação no meio ambiente.

Não comprar ou usar produtos que prejudiquem o ambiente, como por


exemplo, sprays que contenham CFC.

Em passeios pela Floresta ou em piqueniques, nunca fazer fogueiras. Basta


uma pequena faísca e um pouco de vento para provocar um grande incêndio…

Evitar todo o tipo de poluição - do ar, da água e dos solos -, principalmente


em zona naturais protegidas. Para além da destruição de habitats, constitui uma das
maiores ameaças para a biodiversidade dos biomas florestais.

Ter muito cuidado para não pisar ou arrancar plantas… Podem ser
únicas! Devemos andar sempre nos trilhos destinados às caminhadas.

Participar em acções de reflorestação, principalmente de espécies


autóctones. Para além de uma oportunidade única de contacto com a Natureza,
estamos a contribuir para a sua renovação.

Reduzir o consumo de papel. Os truques são muitos e variados: optar pela


utilização de papel reciclado; ler directamente no ecrã do computador ou, caso seja
imprescindível, imprimir os documentos em frente e verso; reutilizar as folhas usadas
apenas de um lado como papel de rascunho; ou ainda usar papel de gramagem
inferior.

A Floresta não é só PAISAGEM | 20


Roteiro Pedagógico
Comprar, sempre que possível, produtos florestais certificados. Assim,
garante-se que a sua exploração foi feita de acordo com critérios ambientais e sociais.

Evitar o consumo energético desnecessário. Não existe produção de


energia sem impacto ambiental. Devemos comprar lâmpadas e electrodomésticos
eficientes e usar a luz natural sempre que possível. E nunca deixar as luzes acesas!

Reduzir, sempre que possível, a utilização de veículos a motor. Para além


de estarmos a contribuir para a protecção do meio ambiente, cuidamos do nosso bem-
estar físico. Que tal desafiar os pais e amigos para uma caminhada?

Reduzir o consumo de água. É um bem essencial para a vida de todos os seres


vivos, que não deve ser desperdiçado. Banhos rápidos…e nunca deixar as torneiras a
pingar!

A floresta tropical da Amazónia é um dos biomas mais ameaçados do mundo,


apesar de concentrar uma importante reserva de ecossistemas e de património genético do
planeta.
A sua destruição, em grande parte devido à desflorestação, relaciona-se com questões
económicas e políticas, nomeadamente a exploração, muitas vezes ilegal, de madeira.
Entre 1977 e 2007, a Amazónia perdeu cerca de 570 000 km2 de floresta - seis vezes mais que
a área territorial de Portugal…

A Floresta não é só PAISAGEM | 21


Roteiro Pedagógico
Floresta, fonte de INSPIRAÇÃO
Capítulo 8

A relação do Homem com a Floresta é uma fonte inesgotável de


inspiração e criação artística.

Uma folha de árvore, pegue-se em cem mil outras da mesma espécie, da mesma árvore, e não
haverá duas perfeitamente idênticas.
Pierre-Auguste Renoir (pintor)

A Floresta, como espaço de fruição e bem-estar, possibilita a realização de


incontáveis actividades ao ar livre, ilustradas por paisagens extraordinárias. De desportos a
passeios, caminhadas e piqueniques, a imaginação é o limite!

Desde muito cedo, a partir do século XV, que a pintura se inspira na Floresta. Pintores
importantes como Constable ou Turner, passando por Renoir, Picasso ou Van Gogh,
descobriram na natureza uma variedade de temas para as suas telas.
No nosso país, podes descobrir as obras de artistas como Tomás da Anunciação, Alfredo Keil
ou Dordio Gomes.

Na segunda metade do século XIX, as tintas de óleo passaram


Ar-livre a ser vendidas em tubos e bisnagas. Este pequeno avanço
tecnológico permitiu que os pintores pudessem sair dos seus
ateliês e vir para o exterior pintar. Foi uma grande
transformação!

E a literatura? Em prosa ou em poesia, muitos foram os autores que escreveram sobre as


belezas que habitam as florestas, como Fernando Pessoa, Florbela Espanca, Miguel Torga,
Sophia de Melo Breyner Andresen ou Eugénio de Andrade.
Muitas das histórias e lendas da nossa infância, como a Branca de Neve, o Capuchinho
Vermelho ou as aventuras do herói Robin Hood, tiveram como cenário este espaço
misterioso…

Fernando “Arroio, esse cantar, jovem e puro,


Pessoa Busca o oceano por achar;
E a fala dos pinhais, marulho obscuro,
É o som presente desse mar futuro,
É a voz da terra ansiando pelo mar.”
Excerto de D. Dinis.

Compositores famosos como Beethoven e Vivaldi também criaram músicas inspiradas na


natureza e na Floresta.
Mas sua influência na música não se fica por aqui. A Floresta também fornece a matéria-
prima (madeira) para a construção dos mais diversos instrumentos musicais e produz o papel
sobre o qual se desenha, escreve e pinta!
A Floresta não é só PAISAGEM | 22
Roteiro Pedagógico
Em Portugal, no Museu da Fundação da Casa de Bragança de Vila Viçosa,
existe um quadro único, inspirado na Floresta: O Sobreiro, de D. Carlos I. O Rei, um
reconhecido artista, fez uma pintura a pastel de um velho sobreiro da Tapada de Vila Viçosa,
que ficou como um ícone.

A Floresta não é só PAISAGEM | 23


Roteiro Pedagógico
Desdobrável de APOIO

Com os materiais de apoio disponibilizados, cada aluno receberá um


desdobrável que, para além de um cartão com acesso a comunicações
gratuitas Yorn (no âmbito do apoio da Vodafone), apresenta um DESAFIO!

PARA UMA AULA DIFERENTE!

Este pode ser realizado individualmente ou em grupo, na sala de aula. O objectivo é que, a
partir das pistas fornecidas no desdobrável, os alunos descubram as palavras relacionadas
com a FLORESTA PORTUGUESA (painéis 2 & 3) na sopa de letras.

PISTAS…

1 Área com grande densidade de árvores.

2 Espécie que só existe nesse local.

3 Espécie natural de um determinado território.

Felino mais ameaçado do mundo, com uma população de 220-225 indivíduos, em


4
2009.
Árvore abundante na Mata Nacional do Buçaco. Nome enganador, uma vez que é um
5
cipreste.

6 Semente comestível produzida pelo pinheiro-manso, de excelente paladar.


Matéria-prima produzida pelo sobreiro. Portugal é o maior produtor, transformador e
7 exportador a nível mundial.

Anfíbio que vive em ambientes muito húmidos e não poluídos de zonas montanhosas.
8 A sua grande cauda alongada liberta-se quando presa.

9 Parque situado no Norte do país, onde existem garranos selvagens.

10 Importante pinhal, plantado com o objectivo de ajudar na fixação das areias do litoral.

11 Tipo de floresta, existente na ilha da Madeira, que remonta ao período Terciário (há
mais de 20 milhões de anos).

12 Árvore-símbolo do nosso país, de grande porte e longevidade, com a designação


científica de Quercus suber.

A Floresta não é só PAISAGEM | 24


Roteiro Pedagógico
Soluções
1 Floresta 2 Endémica 3 Autóctone 4 Lince-ibérico 5 Cedro-do-buçaco 6 Pinhão
7 Cortiça 8 Salamandra-lusitânica 9 Peneda-Gerês 10 Pinhal de Leiria 11 Laurissilva
12 Sobreiro.

P I N H A L D E L E I R I A R A N A J P

à S I X M Q B F R A D O C N J H Z T M I
C B U Z C N J M G F X Ã L O E L E B I N
O R I E R B O S A L B O L A R I O N L H
R O I O A U D F R O A I O E Q T F P U Ã
I Q S R P C Ó X C R G Ó A S T O I A C O
C Z C T G Z F L A E I N G O G B J Ç O O
O L E R A N S P V S P E T L P R O F A N
D Q D X T Q A T É T V S Q A T D S A U G
É A R S E R D J R A B J P I A D E I R A
B I O X O N S N O C I R É B I E C N I L
I J D J X L D J É S I B P R L E Q T S C
C Â O E D A T É L I C L E D R R F E P E
O G B H H U A Z M J Q B N V P Ó R M Ç G
D M U Z P R S N Â I Z X E R O U Q É B O
I P Ç T O I R Ó M B C T D I R O J S Q N
R G A E E S G X N X I A A Z N P Q N I H
E Q C Q H S B G Q T O L G E H R T O Q A
I E O S O I A G Ç H Q N E Z X A F Z M B
T M P M I L P J R M A L R B A R O N A R
O L S A E V C O R U J A Ê O N A B A L A
S A L A M A N D R A L U S I T Â N I C A
M F L O L É R G I D U F M N H A J N I C
J U V A S N D O J P O M V A U P N S T A
R O U X A U T Ó C T O N E I C O F D O I

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Roteiro Pedagógico
Actividades(Ponto de PARTIDA)

Porque celebramos o Ano Internacional das Florestas? Utilize esta pergunta


como o ponto de partida para introduzir o estudo deste tema e o PowerPoint de
2
Apresentação do Projecto como suporte visual e converse com os seus alunos sobre
tópicos como:

O que é uma Floresta?


O que é um ecossistema?
E um bioma?
Que florestas existem em Portugal?
O que é a fotossíntese?
E as plantas respiram?!
Que espécies ameaçadas conhecem?
Porque é importante preservar a Floresta?
A Floresta é uma fonte de inspiração?

2
Enviado através de email.

A Floresta não é só PAISAGEM | 26


Roteiro Pedagógico
Actividades 2.º CICLO

1 Impressões Florestais
A Floresta é um espaço repleto de formas, texturas, cores e cheiros.
Como todos são diferentes, merecem ser observados com muita atenção e
registados ao pormenor!

Desafie os seus alunos para uma visita a uma área florestal próxima da escola.
Na sala de aula, cada aluno deverá preparar o material necessário, reunindo, num dossier,
folhas A4 de papel cavalinho ou cartolina (brancas ou coloridas), lápis de cera e lápis de
carvão.
Organizados em grupos temáticos – por exemplo, flores, folhas, troncos, sementes e frutos –
3
os alunos partem à descoberta de texturas, através da técnica de frottage . Simultaneamente,
poderão desenhar à vista cada espécie observada. Após recolhida a impressão e o desenho,
os alunos deverão identificar em cada folha a espécie decalcada ou desenhada.
De regresso à sala de aula, cada grupo apresenta aos colegas as recolhas realizadas e que
poderão ser reunidas num álbum comum, organizadas por espécies (por exemplo, a forma do
Quercus suber, a textura do tronco e das folhas e a bolota).

Sugira aos seus alunos que levem uma caixa para recolher
E ainda… amostras de elementos secos ou caídos no solo. Mais tarde, na
sala de aula, cada elemento poderá ser estudado,
transformando-se num carimbo. Aplique uma fina camada de
tinta num elemento, inteiro ou seccionado, e pressione-o numa
folha. Poderá explorar a forma, o tamanho e a textura!

2 Vamos conhecer a nossa Floresta?


No nosso país, existe uma grande diversidade de florestas, nas quais
habitam diferentes espécies de fauna e flora. Algumas delas ocorrem
naturalmente apenas em Portugal como, por exemplo, o zimbro ou o
sanguinho, tornando imperativa a sua valorização!

De entre as inúmeras espécies apresentadas nos painéis 2 & 3, organize os seus alunos
em pequenos grupos. Cada um deverá eleger uma espécie de fauna e outra de flora, sobre as
quais realizará uma pesquisa que inclua os aspectos como: identificação e características;
distribuição geográfica; condições ambientais; habitat; alimentação; reprodução; ameaças;
locais favoráveis à observação; utilização; e outras curiosidades.
Toda a informação recolhida deverá organizada em fichas de espécie e apresentadas aos
colegas com imagens ilustrativas!

Desafie os seus alunos a criarem um pequeno documentário


E ainda… com a informação recolhida que poderá ser exibido para todo o
público escolar!

3
Técnica de decalque, na qual se esfrega o lápis de cera ou de carvão numa folha colocada sobre a
textura a recolher. Em folhas coloridas, escolha lápis de cera de cores contrastantes.

A Floresta não é só PAISAGEM | 27


Roteiro Pedagógico
3 Prevenir para Proteger
Os incêndios florestais consomem milhares de hectares de Floresta
todos os anos… Aprender a proteger e preservar este espaço natural
contra esta ameaça é uma tarefa essencial e que está ao alcance de
todos.

Desafie os seus alunos e organize uma visita ao quartel de bombeiros mais próximo da escola.
Tendo como objectivo ficar a conhecer os principais agentes na prevenção e combate dos
incêndios florestais – os bombeiros –, pretende-se que os alunos investiguem
aprofundadamente as principais estratégias utilizadas na gestão das áreas florestais do
concelho a que pertencem.
Para isso, distribuídos em pequenos grupos, os alunos deverão consultar mapas das áreas
florestais do município, conhecer e explorar os equipamentos e técnicas utilizados, entrevistar
os responsáveis pelas equipas de intervenção no terreno sobre as principais formas de
prevenção contra os incêndios e de protecção da Floresta.

E ainda… Sugira a cada grupo de alunos que, com a informação


recolhida, elaborem um artigo para publicar no jornal ou no
blogue da escola!

A Floresta não é só PAISAGEM | 28


Roteiro Pedagógico
Actividades 3.º CICLO

1 Em estado de alerta!
Em Portugal, existem várias espécies que carecem de um estatuto
especial de protecção por se encontrarem em perigo de extinção. Tal é
o caso do lince-ibérico, do priôlo, da águia-de-Bonelli ou da
salamandra-lusitânica. Apostar na divulgação pode ser o primeiro
passo!

Proponha aos alunos que se organizem em pequenos grupos e escolham duas espécies
portuguesas em vias de extinção. Para tal, poderão consultar os Livros Vermelhos do Instituto
da Conservação da Natureza e da Biodiversidade (http://portal.icnb.pt/ICNPortal/vPT2007/) e
realizar uma pesquisa detalhada na biblioteca da escola, do município e na Internet sobre cada
uma das espécies seleccionadas: identificação e características; distribuição geográfica;
condições ambientais; habitat; alimentação; reprodução; ameaças; locais favoráveis à
observação; utilização; e outras curiosidades.
A partir da informação recolhida por cada grupo, pretende-se que os alunos criem um blogue
onde dêem a conhecer cada uma das espécies ameaçadas, bem como pequenas pistas que
ajudem na sua conservação.

E ainda… Desafie os seus alunos a visitarem parques naturais onde


possam conhecer de perto algumas das espécies que
estudaram!

2 Na primeira pessoa
A Floresta assegura a produção, a protecção e conservação de um
património extraordinário. Conhecer de perto as pessoas que trabalham
diariamente neste espaço natural é, por isso, importante.

São inúmeras as profissões relacionadas com a Floresta: o engenheiro agrónomo, guarda-


florestal, o biólogo, o arquitecto, o bombeiro, o artista, o artesão, o fotógrafo, o escritor, entre
outros.
Convide os seus alunos, organizados em grupo, criar um guião de entrevista e a aplicá-lo a um
profissional ligado a este espaço natural, descrevendo as funções e um dia típico na sua
actividade.
No final, cada grupo deverá apresentar aos colegas a informação adquirida através da sua
entrevista.

E ainda… Caso exista essa possibilidade, proponha aos seus alunos a


filmagem da entrevista e a sua apresentação em sala de aula,
através de montagem de vídeo.

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Roteiro Pedagógico
3 Sustentabilidade: realidade ou utopia?
A Floresta, que representa cerca de 30% da superfície terrestre, dá-
nos recursos económicos, energéticos e sociais. Actualmente, a gestão
sustentável dos recursos naturais está na ordem do dia. O que fazer?

Proponha aos seus alunos que se dividam em três grupos. A partir dos temas “Recursos
económicos gerados pela Floresta”, “Os recursos energéticos fornecidos pela Floresta” e “Os
recursos sociais da Floresta”, promova a discussão!
Cada grupo ficará responsável por um dos temas e terá de o apresentar e defender num
debate moderado pelo professor.
No final, poderão escrever um artigo colectivo com as principais conclusões obtidas.

E ainda… Sugira aos seus alunos a publicação do artigo no jornal ou


blogue da escola e, porque não, o seu envio para uma revista
da especialidade!

A Floresta não é só PAISAGEM | 30


Roteiro Pedagógico
Fontes de DOCUMENTAÇÃO

Para ler

AA.VV. (1994). Enciclopédia Visual – Árvores. Lisboa: Verbo.

Andresen, S. (2004). A Floresta. Porto: Figueirinhas Editora.

Attenborough, D. (1995). A Vida Privada das Plantas. Lisboa: Gradiva.

Baker, W. & Haslam A. (1992). Experimenta! As Plantas. Lisboa: Edição «Livros do Brasil».

Bingham, C. & Morgan, B. (2006). Primeira Enciclopédia da Natureza. Porto: Civilização


Editores.

Borràs, L. (2004). Atlas Básico de Botânico. Lisboa: Didáctica Editora.

Burnie, D. (1995). Dicionário Escolar da Natureza. Porto: Civilização Editores.

DESA – Divisão de Educação e Sensibilização Ambiental (2005). Guia Ilustrado de Vinte e


Cinco Árvores de Lisboa. Lisboa: Câmara Municipal de Lisboa.

Direcção-Geral de Inovação e de Desenvolvimento Curricular (2006). Guia de Educação


Ambiental: conhecer e preservar as florestas. Lisboa: Ministério da Educação.

Humphries, C. J. (2005). Guia de Campo das Árvores de Portugal e Europa. Fapas.

Losa, I. (2000). Beatriz e o Plátano. Lisboa: Edições Asa.

Magalhães, A. M. & Alçada, I. (2005). Há Fogo na Floresta. Lisboa: Editorial Caminho.

Naturibérica (coord.) (1991). Roteiros da Natureza – Região de Lisboa e Vale do Tejo. Lisboa:
Círculo de Leitores.

Nicholson, S. (2002). Floresta Tropical. Porto: Porto Editora.

Silva, J. S. (coord.) (2007). Floresta e Sociedade. Uma história em comum. Lisboa: Público,
Comunicação Social, SA., Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento.

Silva, J. S. (coord.) (2007). Guia de Campo. As árvores e os arbustos de Portugal continental.


Lisboa: Público, Comunicação Social, SA., Fundação Luso-Americana para o
Desenvolvimento.

Wilkes, A. (1991). O Meu Primeiro Livro da Natureza. Porto: Civilização Editores.

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Roteiro Pedagógico
Para pesquisar

PT

Agência Portuguesa do Ambiente


http://www.apambiente.pt/Paginas/default.aspx

Arborium – Atlas de Árvores de Leiria


http://www.arborium.net/

Árvores e Arbustos de Portugal


http://arvoresdeportugal.free.fr/

Associação Florestal de Portugal


http://www.forestis.pt/

Autoridade Florestal Nacional


http://www.afn.min-agricultura.pt/portal

Associação Nacional de Fitossociologia


http://www3.uma.pt/alfa/checklist_flora_pt.html

Instituto da Conservação da Natureza e da Biodiversidade


http://portal.icnb.pt/ICNPortal/vPT2007/?res=1280x800

Liga para a Protecção da Natureza


http://www.lpn.pt/

Naturlink – A Ligação à Natureza


http://naturlink.sapo.pt/

Portal da Biodiversidade dos Açores


http://www.azoresbioportal.angra.uac.pt/

Quercus – Associação nacional de Conservação da Natureza


www.quercus.pt/

ING

Internacional Year of Forests


http://www.un.org/en/events/iyof2011/index.shtml

World Forestry Center Online


http://www.worldforestry.org/

WWF – For a Living Planet


http://wwf.panda.org/

A Floresta não é só PAISAGEM | 32


Roteiro Pedagógico
Para visitar

Visite as Áreas Protegidas de Portugal!


Para mais informações, espreite em:

Instituto da Conservação da Natureza e da Biodiversidade


http://portal.icnb.pt/ICNPortal/vPT2007/?res=1280x800

Centro de Ciência Viva da Floresta | Proença-a-Nova


Moitas, 6150-345 Proença-a-Nova
Castelo Branco

Tel.: (+351) 274 670 220


Fax.: (+351) 274 670 228
Email: info@floresta.cienciaviva.pt
http://ccvfloresta.com

Museu de História Natural | Universidade de Lisboa


Rua da Escola Politécnica, 58
1269-102 Lisboa

Tel.: (+351) 213921825; (+351) 213921808


E-mail: geral@museus.ul.pt
http://www.mnhn.ul.pt/

Tapada Nacional de Mafra


Portão do Codeçal
2640-602 Mafra

Tel.: (+351) 261 817 050 (dias úteis) | (+351) 261 814 240 (Fins-de-semana e feriados)
Fax: (+351) 261 814 984
Email: geral@tapadademafra.pt | informacoes@tapadademafra.pt
http://www.tapadademafra.pt/

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Roteiro Pedagógico

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