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Coordenação-Geral
Cassefaz
Plano de montagem 5
Desdobrável de APOIO 24
2.º Ciclo 27
1 Impressões Florestais
3.º Ciclo 29
1 Em estado de alerta!
2 Na primeira pessoa
Fontes de DOCUMENTAÇÃO 31
Para ler 31
Para pesquisar 32
Para visitar 33
A exposição Floresta não é só PAISAGEM! consiste num conjunto de painéis que focam
conteúdos relacionados com a Floresta, como ecossistema e, também, na sua ligação com o
nosso quotidiano e cultura.
O projecto integra também um filme, que poderá ser utilizado em sala de aula ou como
complemento da própria exposição, e, para cada aluno que visite a exposição, será distribuído
um desdobrável de apoio com um desafio.
1
Este Roteiro Pedagógico está escrito de acordo com a antiga ortografia, assim como todos os materiais
relativos a este projecto.
Cartaz 1 2 & 3
4 5
6 7 8
As florestas caracterizam-se, em primeiro lugar, por serem áreas muito arborizadas, isto é,
com uma grande densidade de árvores. Ocupam cerca de 30% da superfície terrestre, mas
crê-se que no passado tenham chegado a cobrir cerca de 50%!
São o habitat de incontáveis espécies de plantas e animais e a sua biomassa (massa total de
organismos vivos num determinado espaço) por unidade de área é muito superior em relação a
outros biomas (grandes categorias de ecossistemas). Por exemplo, no bioma de uma savana
existem, por diversas razões ambientais, árvores que crescem isoladas e muito espaçadas
entre si.
Podem ser classificadas em diferentes tipos, de acordo com vários critérios. Um dos mais
importantes é o clima, relacionado com o tipo de espécies de árvores que ali se desenvolvem.
FLORESTAS FRIAS
As florestas de climas mais frios situam-se, normalmente, no hemisfério norte, acima do
Equador.
Caracterizam-se, essencialmente, por dois tipos de árvores:
Caducifólias
São árvores de folhas caducas, longas e espalmadas, que caem durante o Inverno.
Necessitam de climas temperados, onde ocorrem todas as estações do ano, para se
desenvolverem.
As florestas caducifólias têm entre duas ou três camadas: a copa (os topos das
árvores), por vezes, uma zona de arbustos e, junto ao solo, plantas rasteiras como musgos,
fetos e flores, durante a Primavera.
Neste tipo de floresta, podemos encontrar:
Coníferas
São árvores adaptadas à ocorrência de neve no Inverno e a sua forma em cone permite que
esta deslize da sua copa até ao solo. As folhas – agulhas longas e finas – não caem durante o
Inverno, são perenes. São árvores muito resistentes, detendo recordes de dimensão e
longevidade.
Cobrem cerca de um décimo dos continentes, essencialmente no Norte, formando um extenso
anel de bosques nas zonas mais frias do Mundo.
Neste tipo de florestas, podemos encontrar:
FLORESTAS TROPICAIS
A maioria dos seres vivos que habitam estas florestas encontra-se, estranhamente, nas
copas das árvores, pois é aqui que recebem mais sol.
No caso dos animais, a sua locomoção é feita através do balanço, como no caso dos gibões ou
dos orangotangos; da corrida e do salto, em que os macacos e os lémures utilizam a sua
cauda como membro de apoio; do voo, feito pelas aves, ou pairando como a osga-voadora; ou
ainda deslizando, no caso das cobras-voadoras.
Nos troncos e ramos das árvores, de espécies bastante heterogéneas, crescem muitas plantas
epifíticas, como bromeliáceas. As suas folhas possuem tecidos de armazenamento de água e
canais de ar.
Junto ao solo, vivem as espécies que necessitam de pouca luz solar directa e gostam de
humidade. É o caso dos caranguejos-dos-coqueiros que, para além de andarem pelo chão à
procura de alimento, trepam às árvores; das borboletas transparentes; dos gorilas de montanha
de dorso prateado; de répteis, como os camaleões e as jibóias; ou ainda de plantas, como a
raflésia de Samatra ou a figueira estranguladora.
As florestas tropicais constituem ainda o bioma terrestre onde existem mais insectos:
desde criaturas tão familiares como os louva-a-deus; várias espécies de borboletas, como a
borboleta-morfo-azul ou a borboleta-rainha-alexandra, cuja envergadura de asas mede cerca
de 28 cm; as formigas-cortadoras; os gorgulhos-girafa, com os seus pescoços compridos; os
bichos-pau gigantes da Malária; os pesados escaravelhos africanos; até aos perigosos
mosquitos.
Não existe um limite para a idade que uma árvore pode atingir. Existem árvores
que duram apenas semanas ou meses, mas também existem as que vivem durante muitos
séculos: por exemplo, os carvalhos podem atingir 500 anos, as sequóias 3000 e alguns
pinheiros norte-americanos podem viver mais de 4000 anos. A árvore mais velha do mundo,
um pinheiro da espécie Pinus longaeva, existente no Estado do Nevada (E.U.A), contava 4864
anos, quando foi acidentalmente cortada, em 1964…
POVOAMENTOS DE PINHEIRO-MANSO
Onde é?
Região de Álcácer do Sal.
O que é?
Os povoamentos de pinheiro-manso encontram as melhores condições para se
desenvolverem em solos de areia solta. Tal é o caso da região de Alcácer do Sal,
concentrando 60% dos 78 000 hectares que constituem a área de pinheiro-manso do país.
Aqui vivem os melhores exemplares desta espécie, pelo que é também chamado de Solar do
Pinheiro Manso.
Flora
O pinheiro-manso tem uma copa muito larga e achatada, em forma de “guarda-sol” e as suas
sementes, os pinhões, são muito nutritivas.
Esta espécie suporta bem o calor e a secura e precisa de muita luz. Resistente ao vento, é
sensível ao frio. É um pinheiro mediterrânico por excelência.
Fauna
Nas plantações de pinheiro-manso, encontramos o coelho-bravo, que nestes solos arenosos
encontra boas condições para escavar as suas luras (tocas). Junto a esta espécie, vivem
também diversos predadores, como o lince-ibérico – com um estatuto de conservação muito
delicado - e algumas espécies de aves de rapina.
1
Tal como todas as plantas, as árvores necessitam
de água para sobreviver, extraindo-a do solo
graças às suas longas raízes. Esta flui através dos
caules sob a forma de seiva bruta, transportando
sais minerais dissolvidos extraídos do solo. Nos
troncos e ramos mais largos, são os anéis mais
exteriores (como o borne) que transportam este
fluxo.
2
Quando a seiva bruta chega às folhas, começa o
processo de fixação do carbono, ou seja, a
conversão de compostos carbónicos leves e
simples em estado gasoso em compostos
carbónicos pesados e complexos em estado
sólido, como a glucose e derivados: celulose,
lenhina, proteínas e lípidos.
3
O ar que entra no interior das folhas, por meio dos
estomas, possui uma quantidade ínfima de dióxido
de carbono: apenas 0,03%. Na presença de luz,
fonte indispensável de energia para este processo,
este gás combina-se com a água para formar
açúcares – os hidratos de carbono que servirão de
matéria-prima e combustível para todo o
metabolismo que se segue.
4
Os hidratos de carbono são transportados das folhas para o resto da planta, sob a forma de seiva
elaborada. Esta flui em direcção aos órgãos não-fotossintetizantes, através do floema – graças ao qual
todos os órgãos da árvore, incluindo as raízes, recebem os hidratos de carbono de que necessitam.
Estes desempenham duas importantes funções: fornecem matéria-prima para todos os tecidos, incluindo
a madeira, pois são compostos de carbono; e alimentam o metabolismo em geral – ao combinarem-se
com o oxigénio por meio do processo respiratório, decompõem-se em dióxido de carbono e libertam a
energia essencial à vida.
Estima-se que as florestas de todo o mundo armazenem 283 Giga toneladas de carbono!
Numa sociedade cada vez mais urbana, o recreio e o lazer são fundamentais. Espaços de
fruição ambiental têm vindo a ser criados, contribuindo para a protecção e valorização do
património natural.
Os incêndios florestais são uma grave ameaça para o ecossistema de uma Floresta.
Para além do desaparecimento de massa florestal, são responsáveis pela destruição do habitat
de inúmeras espécies.
A maior parte das causas dos incêndios florestais (98%!) são de origem humana, sendo
apenas 2% provocados por causas naturais. Para além de actos criminosos, o descuido
humano provoca, em média, mais de 7000 incêndios todos os anos…
As pragas e doenças são responsáveis por muitos estragos nas espécies que habitam as
florestas, provocando o seu enfraquecimento ou até mesmo a sua destruição total. No nosso
país, o Nemátodo da Madeira do Pinheiro (NMP) é considerado um dos mais perigosos.
Este verme ataca as árvores coníferas, principalmente as do género Pinus, e o pinheiro-bravo
é a espécie florestal com maior expressão territorial em Portugal.
Ter muito cuidado para não pisar ou arrancar plantas… Podem ser
únicas! Devemos andar sempre nos trilhos destinados às caminhadas.
Uma folha de árvore, pegue-se em cem mil outras da mesma espécie, da mesma árvore, e não
haverá duas perfeitamente idênticas.
Pierre-Auguste Renoir (pintor)
Desde muito cedo, a partir do século XV, que a pintura se inspira na Floresta. Pintores
importantes como Constable ou Turner, passando por Renoir, Picasso ou Van Gogh,
descobriram na natureza uma variedade de temas para as suas telas.
No nosso país, podes descobrir as obras de artistas como Tomás da Anunciação, Alfredo Keil
ou Dordio Gomes.
Este pode ser realizado individualmente ou em grupo, na sala de aula. O objectivo é que, a
partir das pistas fornecidas no desdobrável, os alunos descubram as palavras relacionadas
com a FLORESTA PORTUGUESA (painéis 2 & 3) na sopa de letras.
PISTAS…
Anfíbio que vive em ambientes muito húmidos e não poluídos de zonas montanhosas.
8 A sua grande cauda alongada liberta-se quando presa.
10 Importante pinhal, plantado com o objectivo de ajudar na fixação das areias do litoral.
11 Tipo de floresta, existente na ilha da Madeira, que remonta ao período Terciário (há
mais de 20 milhões de anos).
P I N H A L D E L E I R I A R A N A J P
à S I X M Q B F R A D O C N J H Z T M I
C B U Z C N J M G F X Ã L O E L E B I N
O R I E R B O S A L B O L A R I O N L H
R O I O A U D F R O A I O E Q T F P U Ã
I Q S R P C Ó X C R G Ó A S T O I A C O
C Z C T G Z F L A E I N G O G B J Ç O O
O L E R A N S P V S P E T L P R O F A N
D Q D X T Q A T É T V S Q A T D S A U G
É A R S E R D J R A B J P I A D E I R A
B I O X O N S N O C I R É B I E C N I L
I J D J X L D J É S I B P R L E Q T S C
C Â O E D A T É L I C L E D R R F E P E
O G B H H U A Z M J Q B N V P Ó R M Ç G
D M U Z P R S N Â I Z X E R O U Q É B O
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R G A E E S G X N X I A A Z N P Q N I H
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I E O S O I A G Ç H Q N E Z X A F Z M B
T M P M I L P J R M A L R B A R O N A R
O L S A E V C O R U J A Ê O N A B A L A
S A L A M A N D R A L U S I T Â N I C A
M F L O L É R G I D U F M N H A J N I C
J U V A S N D O J P O M V A U P N S T A
R O U X A U T Ó C T O N E I C O F D O I
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Enviado através de email.
1 Impressões Florestais
A Floresta é um espaço repleto de formas, texturas, cores e cheiros.
Como todos são diferentes, merecem ser observados com muita atenção e
registados ao pormenor!
Desafie os seus alunos para uma visita a uma área florestal próxima da escola.
Na sala de aula, cada aluno deverá preparar o material necessário, reunindo, num dossier,
folhas A4 de papel cavalinho ou cartolina (brancas ou coloridas), lápis de cera e lápis de
carvão.
Organizados em grupos temáticos – por exemplo, flores, folhas, troncos, sementes e frutos –
3
os alunos partem à descoberta de texturas, através da técnica de frottage . Simultaneamente,
poderão desenhar à vista cada espécie observada. Após recolhida a impressão e o desenho,
os alunos deverão identificar em cada folha a espécie decalcada ou desenhada.
De regresso à sala de aula, cada grupo apresenta aos colegas as recolhas realizadas e que
poderão ser reunidas num álbum comum, organizadas por espécies (por exemplo, a forma do
Quercus suber, a textura do tronco e das folhas e a bolota).
Sugira aos seus alunos que levem uma caixa para recolher
E ainda… amostras de elementos secos ou caídos no solo. Mais tarde, na
sala de aula, cada elemento poderá ser estudado,
transformando-se num carimbo. Aplique uma fina camada de
tinta num elemento, inteiro ou seccionado, e pressione-o numa
folha. Poderá explorar a forma, o tamanho e a textura!
De entre as inúmeras espécies apresentadas nos painéis 2 & 3, organize os seus alunos
em pequenos grupos. Cada um deverá eleger uma espécie de fauna e outra de flora, sobre as
quais realizará uma pesquisa que inclua os aspectos como: identificação e características;
distribuição geográfica; condições ambientais; habitat; alimentação; reprodução; ameaças;
locais favoráveis à observação; utilização; e outras curiosidades.
Toda a informação recolhida deverá organizada em fichas de espécie e apresentadas aos
colegas com imagens ilustrativas!
3
Técnica de decalque, na qual se esfrega o lápis de cera ou de carvão numa folha colocada sobre a
textura a recolher. Em folhas coloridas, escolha lápis de cera de cores contrastantes.
Desafie os seus alunos e organize uma visita ao quartel de bombeiros mais próximo da escola.
Tendo como objectivo ficar a conhecer os principais agentes na prevenção e combate dos
incêndios florestais – os bombeiros –, pretende-se que os alunos investiguem
aprofundadamente as principais estratégias utilizadas na gestão das áreas florestais do
concelho a que pertencem.
Para isso, distribuídos em pequenos grupos, os alunos deverão consultar mapas das áreas
florestais do município, conhecer e explorar os equipamentos e técnicas utilizados, entrevistar
os responsáveis pelas equipas de intervenção no terreno sobre as principais formas de
prevenção contra os incêndios e de protecção da Floresta.
1 Em estado de alerta!
Em Portugal, existem várias espécies que carecem de um estatuto
especial de protecção por se encontrarem em perigo de extinção. Tal é
o caso do lince-ibérico, do priôlo, da águia-de-Bonelli ou da
salamandra-lusitânica. Apostar na divulgação pode ser o primeiro
passo!
Proponha aos alunos que se organizem em pequenos grupos e escolham duas espécies
portuguesas em vias de extinção. Para tal, poderão consultar os Livros Vermelhos do Instituto
da Conservação da Natureza e da Biodiversidade (http://portal.icnb.pt/ICNPortal/vPT2007/) e
realizar uma pesquisa detalhada na biblioteca da escola, do município e na Internet sobre cada
uma das espécies seleccionadas: identificação e características; distribuição geográfica;
condições ambientais; habitat; alimentação; reprodução; ameaças; locais favoráveis à
observação; utilização; e outras curiosidades.
A partir da informação recolhida por cada grupo, pretende-se que os alunos criem um blogue
onde dêem a conhecer cada uma das espécies ameaçadas, bem como pequenas pistas que
ajudem na sua conservação.
2 Na primeira pessoa
A Floresta assegura a produção, a protecção e conservação de um
património extraordinário. Conhecer de perto as pessoas que trabalham
diariamente neste espaço natural é, por isso, importante.
Proponha aos seus alunos que se dividam em três grupos. A partir dos temas “Recursos
económicos gerados pela Floresta”, “Os recursos energéticos fornecidos pela Floresta” e “Os
recursos sociais da Floresta”, promova a discussão!
Cada grupo ficará responsável por um dos temas e terá de o apresentar e defender num
debate moderado pelo professor.
No final, poderão escrever um artigo colectivo com as principais conclusões obtidas.
Para ler
Baker, W. & Haslam A. (1992). Experimenta! As Plantas. Lisboa: Edição «Livros do Brasil».
Naturibérica (coord.) (1991). Roteiros da Natureza – Região de Lisboa e Vale do Tejo. Lisboa:
Círculo de Leitores.
Silva, J. S. (coord.) (2007). Floresta e Sociedade. Uma história em comum. Lisboa: Público,
Comunicação Social, SA., Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento.
PT
ING
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