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ESCOLA DE SARGENTOS DAS ARMAS

ESCOLA SARGENTO MAX WOLF FILHO


CURSO DE ARTILHARIA

O EMPREGO DA ARTILHARIA NA DEFESA DA AMAZÔNIA E SUAS NOVAS


DOUTRINAS

DANIEL ALVES FREIRE1


GABRIEL CORREA ROCHA2
LEONEL MATHEUS DE SOUZA VIEIRA 3
LUAN SANTOS DE SOUZA4
MATHEUS FERREIRA DE SOUZA BRITO5
PABLO AMARANTE DE SOUZA6

¹ Graduando do Curso Superior de Tecnologia em Artilharia da Escola de Sargentos das Armas (ESA), e-mail:
daniel.alves6991@gmail.com
² Graduando do Curso Superior de Tecnologia em Artilharia da Escola de Sargentos das Armas (ESA), e-mail:
grocha10@icloud.com
³ Graduando do Curso Superior de Tecnologia em Artilharia da Escola de Sargentos das Armas (ESA), e-mail:
leonelmatheus27@gmail.com
4
Graduando do Curso Superior de Tecnologia em Artilharia da Escola de Sargentos das Armas (ESA), e-mail:
luan.sds@hotmail.com
5
Graduando do Curso Superior de Tecnologia em Artilharia da Escola de Sargentos das Armas (ESA), e-mail:
matheusbritomat@gmail.com
6
Graduando do Curso Superior de Tecnologia em Artilharia da Escola de Sargentos das Armas (ESA), e-mail:
pablorj180360@gmail.com
DANIEL ALVES FREIRE
GABRIEL CORREA ROCHA
LEONEL MATHEUS DE SOUZA VIEIRA
LUAN SANTOS DE SOUZA
MATHEUS FERREIRA DE SOUZA BRITO
PABLO AMARANTE DE SOUZA

O EMPREGO DA ARTILHARIA NA DEFESA DA AMAZÔNIA E SUAS NOVAS


DOUTRINAS

Trabalho Científico do Curso Superior de


Tecnologia em Artilharia apresentado à
Escola de Sargentos das Armas como
requisito para a obtenção do título de
Tecnólogo em Ciências Militares

Orientador: Cap Thiago Souza Ferreira

Área de concentração: Ciências Militares

TRÊS CORAÇÕES – MG

2021
1
TERMO DE COMPROMISSO DE ORIGINALIDADE

Nós, Alu Freire – 2647, Alu G. Correa – 1607, Alu Leonel – 1202, Alu Luan – 2656, Alu
Souza Brito – 2501, Alu Amarante – 2627 declaramos, para os devidos fins, na qualidade
de discentes do Curso Superior de Tecnologia em Artilharia que o Artigo Cientifico (AC)
apresentado à Escola de Sargentos das Armas, como requisito para a obtenção do grau de
Tecnólogo em Ciências Militares, encontra-se em conformidade com os critérios acadêmicos
e científicos de originalidade, não apresentando assim, nenhuma forma de plágio (Delito
contra a propriedade intelectual e violação de direitos autorais, previsto no artigo 184
do Código Penal – Violar direitos de autor e os que lhe são conexos). As citações diretas
de trabalhos de outras pessoas, publicados ou não, apresentadas em meu AC, estão
claramente identificadas entre aspas e com a completa referência bibliográfica de sua fonte,
de acordo com as normas estabelecidas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas
(ABNT).
Entre as particularidades do plágio, ressaltamos que o mesmo é CRIME, previsto no Código
Penal Brasileiro, artigo 184 da Lei n° 10.695. Pena: detenção de 3 (três) meses a 1 (um) ano,
ou multa, na qual todos os envolvidos (professor, orientador, coorientador) são responsáveis,
ou seja, se o “nome” consta do trabalho, é também autor do crime.

TRÊS CORAÇÕES, MG, 09 de Setembro de 2021

DANIEL ALVES FREIRE – Alu

GABRIEL CORREA ROCHA – Alu

LEONEL MATHEUS DE SOUZA VIEIRA – Alu

2
LUAN SANTOS DE SOUZA – Alu

MATHEUS FERREIRA DE SOUZA BRITO – Alu

PABLO AMARANTE DE SOUZA – Alu

3
TERMO DE COMPROMISSO DE ORIGINALIDADE -
ORIENTADOR

Eu, Capitão Thiago Souza Ferreira, orientador do trabalho intitulado “O Emprego da Artilharia
na Defesa da Amazônia e suas Novas Doutrinas”, apresentado à Escola de Sargentos das Armas,
como requisito para a obtenção do grau de Tecnólogo em Ciências Militares, asseguro que o
AC entregue pelos meus orientandos não apresenta cópia e se encontra em conformidade com
os critérios acadêmicos e científicos de originalidade, não apresentando assim, nenhuma forma
de plágio (Delito contra a propriedade intelectual e violação de direitos autorais, previsto
no artigo 184 do Código Penal – Violar direitos de autor e os que lhe são conexos).

TRÊS CORAÇÕES, MG, 09 de Setembro de 2021

DANIEL ALVES FREIRE – Alu

GABRIEL CORREA ROCHA – Alu

LEONEL MATHEUS DE SOUZA VIEIRA – Alu

LUAN SANTOS DE SOUZA – Alu

MATHEUS FERREIRA DE SOUZA BRITO – Alu

4
PABLO AMARANTE DE SOUZA – Alu

THIAGO SOUZA FERREIRA – Cap

5
ESCOLA DE SARGENTOS DAS ARMAS
ESCOLA SARGENTO MAX WOLF FILHO
FOLHA DE APROVAÇÃO

Daniel Alves Freire


Gabriel Correa Rocha
Leonel Matheus de Souza Vieira
Luan Santos de Souza
Matheus Ferreira de Souza Brito
Pablo Amarante de Souza

A MODERNIZAÇÃO DA ARTILHARIA NA DEFESA DA AMAZÔNIA

Trabalho Científico do Curso Superior de


Tecnologia em Artilharia apresentado à
Escola de Sargentos das Armas como
requisito para a obtenção do título de
Tecnólogo em Ciências Militares.

DATA: _____/_____/_____

BANCA EXAMINADORA

___________________________________________________
1º Membro: Ten Dinalva Ferreira da Silva,

___________________________________________________
2º Membro: Asp Miriam Kelly de Souza Venâncio

___________________________________________________
Orientador: Cap Thiago Souza Ferreira

6
RESUMO

Há de se compreender que dentre as áreas de operações do Exército Brasileiro, a região


Amazônica é de grande complexidade e requer um enorme efetivo, trabalho logístico e fator
presença das tropas brasileiras. Dentro desse grande e complexo campo de atuação do Exército,
são cumpridas missões de vigilância na área de fronteira, segurança, combate ao tráfico de
drogas, animais e vegetais. Diante disso, o trabalho tem por finalidade apresentar a importância
da Artilharia na defesa da Amazônia legal. O artigo utilizou-se da metodologia de Gil e
Severino, além de utilizar websites, trabalhos de conclusão de curso, artigos científicos, revistas
e manuais do Exército Brasileiro. Portanto, percebe-se que com a modernização da Artilharia
no ambiente operacional de selva, principalmente no que se refere ao de mais novo no Exército
Brasileiro, o Sistema ASTROS, desenvolvido pela indústria brasileira Avibras, tendo total
tecnologia nacional, com mísseis de longo alcance, capazes de saturar áreas e acertar alvos com
precisão numa distância de até 90 km, além da produção do míssel tático Cruzeiro capaz de
bater alvos a 300 km de distância que logo estará disponível para a Artilharia de Mísseis e
Foguetes, o Brasil está com grande poder dissuasório, diminuindo a vontade de inimigos invadir
o território nacional e melhorando o desempenho das forças de segurança na defesa da pátria,
visto que apesar de algumas dificuldades, o sistema ASTROS pode ser empregado na Amazônia
para garantir a soberania nacional. Por este motivo, este trabalho destina-se a apresentar a
importância da artilharia na defesa da Amazônia Legal. O presente trabalho valeu-se de dados
bibliográficos obtidos através de manuais do Exército Brasileiro, revistas, periódicos militares
nacionais, trabalhos e dissertações de conclusão de curso, além de websites, artigos e materiais
extraídos da internet. Com a pesquisa, concluímos que a utilização de novas tecnologias no
ambiente operacional amazônico não só melhorou o desempenho, como também eleva o moral
e a segurança da tropa.
Palavras-Chave: Artilharia. Selva. Defesa

7
ABSTRACT

It must be understood that among the areas of operations of the Brazilian Army, the
Amazon region is of great complexity and requires a huge amount of staff, logistical work and
a factor in the presence of Brazilian troops. Within this large and complex field of activity of
the Army, surveillance missions are carried out in the area of borders, security, and combating
drug, animal and vegetable trafficking. Therefore, the work aims to present the importance of
Artillery in the defense of the legal Amazon. The article used the methodology of Gil and
Severino, in addition to using websites, course completion papers, scientific articles, magazines
and manuals from the Brazilian Army. Therefore, it is clear that with the modernization of
Artillery in the jungle operational environment, especially with regard to the newest in the
Brazilian Army, the ASTROS System, developed by the Brazilian industry Avibras, with full
national technology, with long-range missiles , capable of saturating areas and hitting targets
accurately at a distance of up to 90 km, in addition to the production of the Cruzeiro tactical
missile capable of hitting targets 300 km away that will soon be available to the Missile and
Rocket Artillery, Brazil is in great shape dissuasive power, reducing the will of enemies to
invade the national territory and improving the performance of security forces in the defense of
the homeland, since despite some difficulties, the ASTROS system can be used in the Amazon
to guarantee national sovereignty. For this reason, this work is intended to present the
importance of artillery in the defense of the Legal Amazon. The present work drew on
bibliographic data obtained from Brazilian Army manuals, magazines, national military
periodicals, course completion papers and dissertations, as well as websites, articles and
materials extracted from the internet. With the research, we concluded that the use of new
technologies in the Amazon operational environment not only improved performance, but also
increased the morale and safety of the troops.
Keywords: Artillery. Jungle. Defense

8
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 10
2 DESENVOLVIMENTO..................................................................................................... 11
2.1 REFERENCIAL TEÓRICO ................................................................................................ 13
2.2 TIPOS DE PESQUISA ....................................................................................................... 14
2.3 TRAJETÓRIA METODOLÓGICA ...................................................................................... 14
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................................................................. 15
REFERÊNCIAS......................................................................................................................16

9
1 INTRODUÇÃO

Primeiramente, para ambientação ao tema, cabe destacar que a Amazônia apresenta


características próprias: uma diversidade de espécies biológicas raras e existentes somente
nessa região, recursos minerais abundantes de valores incalculáveis, dimensões continentais e
baixa densidade demográfica. A partir desse ponto, a importância da mesma é imprescindível
para o Brasil. Consequentemente, estudos, projetos e tratados são feitos e realizados para
proteção e manutenção da soberania nacional, tangenciando intenções, tais como a
internacionalização da Amazônia, em foco nos últimos anos, haja vista o interesse do mundo
na região. Com isso, cabe a importância fundamental do Exército Brasileiro na região, mais
precisamente da Artilharia e suas ramificações, estudos e doutrinas são realizados para melhor
aplicação da mesma no ambiente operacional, tendo destaque a 1° Bateria de Obuses do 1°
GAC de Selva na criação de doutrinas.
A selva Amazônica abrange porções territoriais do Brasil, Guiana, Guiana Francesa,
Suriname, Venezuela, Colômbia, Peru, Bolívia e Equador. A extensão fronteiriça
brasileira com os países vizinhos é de aproximadamente 11.000 km, que embora legal,
em largos trechos não é nitidamente balizada, em virtude da cobertura vegetal da
floresta. Com base em análises estruturais e conjunturais, o governo brasileiro,
reunindo regiões de idênticos problemas econômicos, políticos e psicossociais,
instituiu o conceito Amazônia Legal (MANUAL IP-72-1, 1997, p. 2-1)
A saber, esse, tido como problema crônico da mesma, falta de recursos, até mesmo, humanos,
muitas vezes, haja vista a fronteira de 11.000km de extensão. Proteção torna-se extremamente
difícil para todos os países presentes. Em 1966, pela Lei 5.173 de 27.10.1966 (extinção da
SPVEA e criação da SUDAM) o conceito de Amazônia Legal é reinventado para fins de
planejamento e manutenção do ambiente.
Ainda baseado no Manual de Operações na Selva (1997, p. 2-1),
A Amazônia Legal abrange os Estados do Amazonas, Pará, Acre, Amapá, Roraima,
Rondônia, Tocantins e parte dos estados do Maranhão, Goiás e Mato Grosso. Essa
região contém a maior bacia hidrográfica do planeta, a do rio Amazonas/Solimões,
estendendo-se do oceano Atlântico aos Andes, limitada ao norte pelo planalto
Guianense e ao sul pelo planalto Central Brasileiro. A posição da área em relação às
principais rotas do comércio internacional e aos centros de poder nacional é excêntrica
e mal servida de ligações.
De forma contínua, a importância econômica e estratégica da região não se limita somente ao
território, mas também a riqueza enérgica em potencial, tida e como a maior do mundo, A bacia
hidrográfica da Amazônia, outro potencial em crescimento é o transporte hidroviário, haja vista
que mesmo sendo uma de planalto apresenta grandes trechos e afluentes de planícies são
navegáveis, imprescindível para a comunicação na mesma.

10
Vier (2020, p.11), relata que
Ao longo dos anos, a região amazônica vem ganhando cada vez mais espaço em
discussões no cenário político mundial, devido, principalmente, a importância de sua
preservação ambiental e a preservação das riquezas de seu solo.), a motivação em
criticar o Brasil não é clara e, a cada ano que passa, surgem novos motivos e
justificativas para a intromissão de organismos externos. O foco mais recente está nos
incêndios, no desmatamento, no garimpo e na demarcação de terras indígenas. Tais
argumentos estão sendo utilizados por grandes líderes mundiais para exigir absurdos,
como por exemplo, a internacionalização da Amazônia.
A Amazônia Legal pertence ao Brasil, sem sequer abrir para hipóteses de internacionalização
da mesma, como foi referido por países com claros interesses na região. Fatores históricos
comprovam claramente a herança do Brasil e a posse da região, tais como o próprio tratado de
Tordesilhas, 1494, Tratado de Madrid ,1750, estabelecendo o princípio da “uti possidetis’’, a
última de manutenção da soberania do Brasil, foi o Tratado de Acre/Petrópolis ,1903 anexando
o Acre ao Brasil de forma definitiva. Portanto, o direito e o dever de manter a integridade dessa
região é responsabilidade única e exclusivamente do Brasil.

Figura 1 – Mapa da Amazônia Legal

Fonte: IMAZON (2014)

2. DESENVOLVIMENTO

Necessidade do Emprego da Artilharia de Mísseis e Foguetes na Defesa da Região

Segundo o Capitão de Artilharia Luciano de Jesus Oliveira, a Região Amazônica é de extrema


importância estratégica para o Brasil, pois é possuidora da maior floresta tropical do planeta,
com imensa fauna e flora, além de deter a maior biodiversidade biológica da Terra e diversos
recursos minerais a serem explorados para o desenvolvimento do país.
Diante disso, o emprego da Artilharia de Mísseis e Foguetes (Art Msl Fgt) é de fundamental
importância para a defesa da região. Sendo utilizado como elemento dissuasório, demonstra o
imenso poder de fogo do Exército Brasileiro. Principalmente quando utilizado o Sistema

11
Astros, desenvolvido pela empresa nacional AVIBRAS, com mísseis capazes de saturar áreas
e acertar alvos numa distância de até 90km.
No entanto, a Art Msl Fgt está localizada na cidade de Formosa-GO e o seu emprego na selva
amazônica necessita de uma logística rústica para deslocar a bateria até a posição. Além disso,
a floresta amazônica é possuidora de grande densidade e carente de rodovias em seu interior,
causando uma dificuldade para que a bateria entre em posição e sendo necessário a utilização
de deslocamento aéreo e fluvial.
Baseado na pesquisa em forma de questionário do Capitão de Artilharia Luciano de Jesus
Oliveira, realizada com Oficiais, sendo 10 (dez) capitães, 5 (cinco) 1° tenentes e 2 (dois) 2º
tenentes possuidores de algum curso de especialização no sistema ASTROS. Em primeiro lugar
foi verificado o conhecimento dos militares no sistema ASTROS e percebeu-se grande
experiência dos mesmos, pois os Oficiais já haviam desempenhado diversas funções desde
instrutor no Centro de Instrução de Mísseis e Foguetes a outras funções desempenhadas dentro
das baterias.
Logo após a verificação da experiência dos militares, foi levantado o seguinte questionamento:
“qual seria a principal dificuldade tática encontrada pelo sistema ASTROS na Região
Amazônica?” E as seguintes observações foram feitas: dificuldade de entrar em posição com a
dispersão desejada; efeitos ambientais causados pelo disparo de mísseis e foguetes; dificuldade
de realizar o reconhecimento pela turma de reconhecimento; saturação da área com a
observação dificultada.
Durante a pesquisa, foi verificado que o modal aéreo seria o melhor para o transporte do Sistema
ASTROS. E também foi verificado as possíveis dificuldades logísticas no emprego do Sistema
ASTROS e foram citadas: falta de estradas com infraestrutura compatível para o deslocamento
das viaturas do Sistema; dificuldade em realizar operações de remuniciamento devido ao
terreno; manutenção do sistema eletrônico devido a grande umidade no terreno; custo do
transporte.
Entretanto nos fatos mencionados, percebe-se grande dificuldade de emprego do Sistema
ASTROS na Região Amazônica, sendo assim o Exército Brasileiro mostrou ser capaz de operar
muito bem o Sistema ASTROS em ambiente de selva na Operação Ágata e Operação Foz do
Amazonas, superando as dificuldades logísticas e do terreno.

Figura 2 – Sistema ASTROS 2020 operando na Amazônia

12
Fonte: ECAM/CMA (2020)

2.1 REFERENCIAL TEÓRICO

Segundo o Art.2º da Lei Complementar nº124 de 2007 que delimita a área de atuação
da Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (SUDAM),
A Amazônia Legal é composta por 772 municípios distribuídos da seguinte forma: 52
municípios de Rondônia, 22 municípios do Acre, 62 do Amazonas, 15 de Roraima,
144 do Pará, 16 do Amapá, 139 do Tocantins, 141 do Mato Grosso, bem como, por
181 Municípios do Estado do Maranhão situados ao oeste do Meridiano 44º, dos
quais, 21 deles, estão parcialmente integrados na Amazônia Legal. Possui uma
superfície aproximada de 5.015.067,75 km², correspondente a cerca de 58,9% do
território brasileiro.

Observa-se que a Amazônia é um território vasto, com uma enorme peculiaridade de


vegetação e espaço físico. Tendo em vista isso, é um local que merece um estudo detalhado e
completo, de modo que o Exército possa atuar de forma impecável no emprego dos diversos
meios tecnológicos da Artilharia. Verifica-se que como a Amazônia legal possui uma gama
variada de municípios, fica evidente que o efetivo de militares e aparato tecnológico deve ser
um número elevado, a fim de que possa atender aos diversos estados e população que reside
nesses locais.
O Luciano de Jesus Oliveira (2020, p. 15), relata que
Verificou-se a grande dificuldade de empregar o Sistema ASTROS 2020 em ambiente
de selva. Entretanto, o Exército Brasileiro não se rendeu a tais dificuldades,
viabilizando estudos doutrinários com a realização de exercício empregando o
Sistema ASTROS na Região Amazônica, como por exemplo a Operação Ágata X e
Operação Foz do Amazonas, oportunidades em que foi possível realizar testes do
deslocamento logístico para a região, além da realização de disparos com diversos
tipos de munição.

Nota-se que o ambiente amazônico possui certos empecilhos que não favorecem o
emprego do Sistema ASTROS, pois possui um solo alagadiço, ou seja, a logística para empregar
os diversos meios tecnológicos recentes da Artilharia fica complicada, uma vez que esse
material é utilizado em ambientes com boas rodovias e estradas. Não obstante, o invicto
13
Exército de Caxias não pode diminuir o desejo e vontade do cumprimento de missão e na
Amazônia não é diferente. Diversos meios de estudos foram realizados com o intuito de
empregar o sistema ASTROS na Amazônia.

Segundo o Caderno de Instrução da 1ª Bia O do 1º GAC Sl,


A missão de defender a soberania da Amazônia brasileira, impõe a todos os militares
das mais diversas organizações militares de selva, um constante desafio que deve ser
superado dia após dia. Para a Artilharia, o desafio é apoiar pelo fogo
independentemente das dificuldades impostas pelo ambiente operacional de selva, e
garantir a defesa e proteção da Amazônia a qualquer custo.

Baseado neste caderno de instrução esta pesquisa observou todas as técnicas, táticas e
procedimentos utilizados por um GAC na região de selva em defesa da Amazônia.
A missão deve ser executada de forma racional e efetiva. O Exército Brasileiro atua de
forma impecável de Norte a Sul do país e na Amazônia não é diferente, porquanto lá é um
território muito cobiçado e de grande valia para a população brasileira. As barreiras para
executar o melhor trabalho possível podem ocorrer, entretanto a vontade de executar bem a
missão da Artilharia na região não pode ser diminuída ou menosprezada. A Artilharia sempre
irá buscar engajar os alvos que ameaçam o êxito da operação.

2.2 TIPOS DE PESQUISA

Esta pesquisa se trata de uma pesquisa de caráter qualitativo descritivo e exploratório


no qual abrange referências bibliográficas, análise de exemplos e levantamento de informações.
Foi analisado diversos objetos de estudos disponíveis em acervos do Exército Brasileiro
existentes na internet. Desses objetos, decidimos utilizar como base o artigo do Capitão de
Artilharia Luciano de Jesus, no qual ele apresenta as características desafiadoras do ambiente
amazônico e como o sistema ASTROS se adapta nessa região. Também foi utilizado o Caderno
de Instrução da 1ª Bia O do 1º GAC Sl, que aborda sobre a missão da artilharia de campanha e
a sua doutrina operacional no ambiente de selva.

2.3 TRAJETÓRIA METODOLÓGICA

Em um primeiro momento, foi disponibilizado aos integrantes do grupo o tema do


artigo que seria desenvolvido posteriormente.

14
Desde o início da pesquisa foram utilizados como fonte de consulta artigos científicos,
trabalho de conclusão de curso das diversas escolas de formação militar, manuais do Exército
Brasileiro, além de materiais e notícias encontrados em sites da internet. Logo após, foram
confeccionados os objetivos gerais e específicos e o referencial teórico, embasado no tipo de
pesquisa, e nos autores de livros que servem como base para confeccionar um trabalho de
conclusão de curso. Foi realizado, por fim, um estudo bibliográfico com base nas informações
encontradas acerca do assunto com o objetivo de agregar na formação das futuras gerações de
artilheiros do Exército Brasileiro.

3 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Em relação ao exposto do estudo e objetivos verificados no início deste trabalho,


percebe-se que a presente análise correspondeu às pretensões, verificando as possibilidades de
modernização da artilharia na defesa da Amazônia, conforme as peculiaridades e possibilidades
do uso de materiais que compõem o sistema bélico da Artilharia e das situações territoriais na
região. O dado estudo possibilitou observar que a região amazônica é relevante por um
ambiente operacional único, no qual pertence grande vulto internacional e território variado.
Deve-se analisar também que, o território amazônico é coberto por uma quantidade imensa de
água, sendo assim ocorre a dificuldade no trabalho do GMF na região, uma vez que o material
utilizado no emprego militar do GMF, quer dizer, o Sistema ASTROS, precisa de um sistema
de rodovias bom para executar os seus deslocamentos, orientar e ocupar a posição. Além disso,
as peculiaridades do solo amazônico dificultam o desdobramento da Bia MF, pois sempre deve
ocorrer a dispersão do material, de modo a reduzir os efeitos de seus fogos de contrabateria.
Por conseguinte, nota-se que é viável e imprescindível o emprego da artilharia
na defesa da brasileira Amazônia, não obstante devem-se observar os fatores da utilização da
mesma, tendo em vista que é um território com diversas peculiaridades e importância mundial.

REFERÊNCIAS

1ª Bateria de Obuses de Selva. Caderno de Instrução Bia O. Marabá - PA: 1º GAC Sl


15
BENETTI, Valéria Flores. O Papel da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica
(OTCA) na Busca pelo Desenvolvimento Sustentável. Santa Catarina: Universidade Federal
de Santa Catarina, 2014.

BRICK, Eduardo Siqueira. RODRIGUES, Bernardo Salgado. SOUSA, Neila. A


Materialidade dos Instrumentos de Defesa na Amazônia. Rio de Janeiro: Revista da Escola
Superior de Guerra, 2018.

DEFESANET. Sistema ASTROS 2020 operando na Amazônia em 2020. Disponível em:


https://www.defesanet.com.br/ca/noticia/38111/Operacao-Amazonia---Disparo-do-Sistema-
ASTROS-2020-pela-primeira-vez-na-Amazonia-Ocidental/. Acesso em 8 set 2021.

GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projeto de pesquisa. São Paulo: Atlas, 2002.

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mapas/mapas-regionais/15819-amazonia-legal.html?=&t=o-que-e. Acesso em 27 jul 2021.

IMAZON. Mapa Amazônia Legal 2014. Disponível em: https://imazon.org.br/categorias-


mapas/amazonia-legal/. Acesso em 27 jul 2021.

IP 72-1: Operações na Selva. 1. ed. Brasília, DF, 1997.

OLIVEIRA, Luciano de Jesus. A Possibilidade de Emprego da Artilharia de Mísseis e


Foguetes em Ambiente de Selva. Rio de Janeiro: Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais,
2020.

RODRIGUES JUNIOR, Iran Jaborandy. A Viabilidade do Emprego do Grupo de Mísseis e


Foguetes na Amazônia. Rio de Janeiro: Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais, 2018.

SEVERINO, Antonio Joaquim. Metodologia do Trabalho Científico. São Paulo: Cortez,


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SILVA, Igor Vinicius Luciano. O Pelotão de Infantaria no Combate aos Problemas da


Amazônia e Como isso pode impactar na soberania Brasileira. Rio de Janeiro: Escola de
Aperfeiçoamento de Oficiais, 2020

VIER, Mateus Pasquali. A Utilização de Novas Tecnologias para a Execução de Operações


Militares em Ambiente de Selva. Resende: Academia Militar das Agulhas Negras, 2020.

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