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(a) (b)
Figura 1.28 – Circuito retificador (a) circuito (b) circuito com diodo modelado
A aproximação linearizada mostrada na fig.1.12 indica em VDO uma
descontinuidade abrupta da inclinação, mas na realidade a passagem do estado off para o
estado on não é exatamente abrupta; portanto, a forma de onda transmitida por meio do
circuito retificador não apresenta uma variação de atenuação abrupta naquele ponto de
descontinuidade . Ao invés disto, existe uma região de ruptura, isto é , uma região onde a
inclinação da característica do diodo varia, gradualmente, a partir de um valor muito pequeno
para um valor muito grande; isto decorre da própria relação exponencial do diodo.
Estimaremos agora a faixa de tensão desta região de ruptura
O ponto de descontinuidade é definido com a tensão VDO, onde a resistência do
diodo varia descontinuamente a partir de um valor muito grande (baixa corrente) para um
valor muito pequeno rD ; assim, definiremos arbitrariamente , a região de ruptura como a
variação de tensão na qual a resistência do diodo é multiplicada por algum fator, por exemplo
100. A resistência incremental (resistência num ponto da característica AC) é definida como
dV V V
r T e VT
dI IS
Se V1 é o potencial em r r1 e V2 é o potencial em r r2 , então :
V2 V1
r1 VT
e
r2
r1
Para 100 , V V2 V1 VT ln 100 0.12V se 1 e V 0.24V para 2 em
r2
iD I S e VD v d VT (1.7)
iD I D e vd VT (1.9)
ID
condutância, siemens, e é chamada de condutância do diodo para pequenos sinais ( g m
VT
). O inverso desse parâmetro é a resistência do diodo para pequenos sinais, ou a resistência do
diodo para pequenos sinais, ou resistência incremental, rd,
VT
rd (1.14)
ID
Retornando a representação gráfica da fig. 30, percebe-se que usar o modelo para pequenos
sinais é o mesmo que supor que a amplitude do sinal é suficientemente pequena de modo que
a excursão do sinal ao longo da curva i-v é limitada a um pequeno segmento, quase linear.
Definindo o ponto onde a tangente intercepta o eixo vD por VDO, podemos
descrever a tangente pela equação
1
iD vD VDO (1.15)
rd
Essa equação é um modelo para o diodo operando com pequenas variações próximas ao ponto
de polarização ou ponto quiescente Q. O modelo pode ser representado pelo circuito
equivalente a seguir (fig.1.31).
V0 é a tensão através da junção sem aplicação de uma tensão externa e é dada por:
N N
V0 VT ln A 2 D (1.18)
ni
desta forma o ângulo da tensão de entrada para atingir o limiar(transição de off para on) é dado por
desta forma o ângulo da tensão de entrada para atingir o limiar(transição de off para).
V
wt0 sen 1 DO (1.21)
VP
no caso de VDO 0.6V temos 3.4 0 para V P 10V e o ângulo de início de condução
pode ser desprezado, neste caso o diodo conduz para todo meio ciclo como será analisado a
seguir (para uma análise mais prática podemos considerar o modelo da queda de tensão)
de saída é igual (obviamente deve ser considerado a queda de tensão sobre os diodos) tensão
de entrada. No semiciclo negativo D2 e D4 são polarizados diretamente enquanto D1 e D3
estão reversamente polarizados. Portanto a tensão de saída é igual a menos a tensão de entrada
(novamente deve ser considerada a queda de tensão nos diodos). Portanto a tensão de saída
tem a seguinte forma do caso anterior (com derivação central). Assim se vi (t ) VP sen wt a
tensão média na saída é dada por:
1
VDC
V
0
P sen(wt ) 2VDO dwt (1.26)
logo
2VP
VDC 2VDO (1.27)
e a tensão de pico inversa em cada diodo é –VP .
FONTE DE ALIMENTAÇÃO
Nos circuitos retificadores não temos uma tensão pura(livre de harmônicos),
mas sim formada por pulsos que tem a mesma freqüência da rede no caso de retificação de
meia onda ou o dobro no caso da retificação em onda completa. Para termos uma corrente
contínua pura precisamos de um circuito de filtragem. Isto é conseguido colocando um
capacitor eletrolítico de “grande valor”. O circuito a seguir representa uma fonte DC:
aplicar esta equação? Em outras palavras, sobre que parte de cada ciclo o diodo permanece
conduzindo? O ponto em que o diodo começa a conduzir é chamado de ponto de limiar de
condução e aquele em que ele corta é chamado ponto de corte. Os tempos correspondentes ao
corte e ao limiar de condução t1 e t2, respectivamente, estão mostrados na figura a seguir, onde
1
I P VP 2
2C 2 ; arctg CRL (1.29)
RL
Nenhuma expressão analítica pode ser dada para t2, o qual deve ser determinado por métodos
numéricos.
É possível obter a tensão de saída contínua para certos valores dos parâmetros
, RL , C e VP a partir da construção gráfica indicada na figura 1.39. Assim, apresentamos
uma solução aproximada e suficientemente precisa para muitas aplicações em engenharia.
Se considerarmos um riplle menor que 10%, podemos representar a saída do
circuito retificador com um filtro capacitivo representada aproximadamente por trechos
lineares. Assim VCC vale
1 (VP Vr VP ) ton (VP Vr VP )toff
VCC (1.33)
T 2 2
desvantagens deste sistema são a regulação relativamente pobre, a alta ondulação em grandes
cargas e as altas correntes de pico que passam pelos diodos.
Anáalise similar pode ser feita para o circuito de meiaai onda. A fórmula
encontrada é a mesma da equação 1.37, só que neste caso a nova freqüência é a metade da
freqüência do de onda completa. Logo para se obter a mesma ondulação que o de onda
completa, precisamos de um capacitor duas vezes maior.
Exemplo: Projete uma fonte DC, com tensão de saída de aproximadamente 15V, usando um
transformador com secundário de valor 12V rms e 60Hz. A carga a ser alimentada precisa de
uma corrente de 100mA. Considere um riplle(Vr) de 10%
Com um transformador de 12V rms no secundário temos uma tensão de pico
aplicada ao capacitor de 12 2 1.4 15.57V e o riplle é dado por:
riplle 0.1 15.57 1.557V