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Artigo nº 02
PAEG
PROGRAMA DE AÇÃO ECONÔMICA DO GOVERNO
I – introdução
Em 1963, o governo Goulart elaborou o Plano Trienal para reduzir a inflação, garantir
o crescimento até 1965 e realizar as "reformas de base". Para combater a inflação, foram
adotadas políticas fiscais e monetárias contracionistas. A carga tributária foi elevada e os
gastos do governo em investimento e subsídio foram reduzidos. O crédito ao setor privado
também foi contraído. As reformas de base diziam respeito à reforma agrária, às reformas
fiscais, administrativas e educacionais e à redução dos desequilíbrios regionais. Acreditava-
se que sem estas reformas a inflação não seria eliminada.
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ISECENSA – Institutos Superiores de Ensino do Parte 2
Centro Educacional Nossa Senhora Auxiliadora
A Economia Brasileira
Instituto de Ciências Sociais Aplicadas
Curso: Engenharia de Produção Professor Lincoln Weinhardt
Disciplina: Economia e Globalização
1. Política Financeira
a. Política de redução do déficit de caixa governamental;
b. Política tributária, destinada a fortalecer a arrecadação e a
combater a inflação;
c. Política monetária condizente com os objetivos de progressiva
estabilização dos preços;
d. Política bancária, destinada a fortalecer o nosso sistema
creditício;
e. Política de investimentos públicos, orientada de modo que
fortalecesse a infra-estrutura econômica e social do País.
Com base nisto a análise técnica econômica sobre a inflação do 1964, constatou uma
aceleração inflacionária e um aumento no déficit no balanço de pagamentos. Nestes moldes,
com a instalação do governo militar a estabilização da inflação passou a ser prioridade de
política econômica.
Títulos do Tesouro foram vendidos para financiar o gasto do governo com poupança
privada.
As empresas estatais foram estimuladas a fixar os preços de seus produtos com base
em planilhas de custo. Estas empresas puderam então ampliar sua capacidade produtiva
sem impactar as contas do governo. Isto não se aplicou, porém, às empresas produtoras de
insumos básicos.
Na política salarial, reajustes foram concedidos com base na inflação prevista pelo
governo adicionando 1,5% pela produtividade. Como as previsões subestimaram a inflação,
isto acabou provocando perda do poder de compra dos salários entre 1965 e 1967.
Alguns autores acreditam que a contração monetária foi precipitada, pois os principais
responsáveis do aumento da inflação naquele momento eram os preços agrícolas, devido à
quebra de safra.
Com os fatos acima relatados, podemos concluir que em geral, o PAEG foi um plano
bem sucedido: a inflação caiu entre 1964 e 1967. As estabilidades dos preços juntamente
com a reforma financeira deixaram a economia em condições de voltar a crescer a partir de
1968.
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ISECENSA – Institutos Superiores de Ensino do Parte 2
Centro Educacional Nossa Senhora Auxiliadora
A Economia Brasileira
Instituto de Ciências Sociais Aplicadas
Curso: Engenharia de Produção Professor Lincoln Weinhardt
Disciplina: Economia e Globalização
A Correção Monetária, idéia da dupla Campos – Bulhões, era correta, mas virou um
monstro. A idéia era modernizar o fornecimento de créditos, mas, virou uma espiral
inflacionária devido a indexação dos preços através das ORTNs – Obrigações Reajustáveis
do Tesouro Nacional, um verdadeiro canal de transmissão da inflação.
A reforma tributária foi sem dúvida o maior legado do PAEG, com a organização dos
impostos a nível federal, estadual e municipal através da criação do IPI, ICM, ISS, IR,
imposto do comércio externo e imposto territorial rural. Também destaca-se a criação dos
fundos sociais FGTS e PIS a criação do SFH e do BNH. Dirigidos inicialmente as classes
menos favorecidas. Finalmente teremos uma mudança na conjuntura inflacionária
provocando a chamada inflação de custos, devido a elevação dos juros.