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Denições páginas
Curva 1
Parametrização simples 3
Curva simples 3
Parametrização regular 3
Curva regular 3
Comprimento de uma
urva regular 5
Orientação de uma
urva induzida por uma parametrização 5
Reparametrização de uma parametrização 5
Integral de uma função es
alar ao longo de uma
urva 7
Integral de um
ampo ao longo de uma
urva 8
Campos
onservativos 9
Teorema de Green 10
Valor médio de uma função numa
urva,
entro de massa e momentos de inér
ia de uma
urva 11,12
Centro geométri
o de uma
urva 11
1 Curvas em Rn
Daqui em diante sempre que nos referirmos a Rn estamos a pressupor que n ≤ 3.
Denição 1.1. C diz-se uma
urva de Rn se for a imagem de uma função r : [a, b] ⊂ R → Rn e r diz-se uma
parametrização de C . Se r(a) = r(b) então a
urva C diz-se fe
hada.
Exemplo 1.1. Uma parametrização do segmento de reta AB é denida por r(t) = A + t(B − A), t ∈ [0, 1], ver
gura 1.
Exemplo 1.2. Uma parametrização da
ir
unferên
ia
entrada em (0, 0) e
om raio a é dada por r(t) =
(a cos(t), a sin(t) onde t ∈ [0, 2π], ver gura 2.
Exemplo 1.3. Uma parametrização da reta denida pelas equações y = 5x + 3 e z = 2 é r(t) = (t, 5t + 3, 2),
t ∈] − ∞, +∞[.
Figura 2: Cir unferên ia per orrida no sentido positivo, i. e., ontrário ao dos ponteiros do relógio.
Denição 1.2. Diz-se que uma parametrização r : [a, b] → Rn é simples se r for uma apli
ação injetiva.
Denição 1.3. Uma
urva diz-se simples se for a imagem de uma parametrização simples.
A
urva C apresentada na gura 4 é simples porque admite a parametrização dada por r(t) = (t, t2 ), que é
injetiva e t ⊂] − ∞, ∞[.
Observação 1.1. Sejam C uma
urva e c : [a, b] → Rn uma parametrização simples da
urva C . Estabele
emos
uma orientação positiva na
urva que é dada pela forma
omo c(t) per
orre a
urva C à medida que t varia
de a para b.
Observação 1.2. Uma
urva simples diz-se fe
hada se admitir uma parametrização r : [a, b] → Rn tal que
r(a) = r(b).
Observação 1.3. Nas
urvas fe
hadas planares
onsideramos o sentido positivo quando elas são per
orridas
no sentido anti-horário e o sentido negativo quando são per
orridas no sentido
ontrário.
Daqui em diante só estudamos
urvas simples.
Denição 1.4. Sejam C uma
urva e r : I ⊂ R → Rn uma parametrização de C . Diz-se que a parametrização
ré suave ou regular se e só se r for uma parametrização simples, de
lasse C 1 e r′ (t) 6= 0∀t ∈ I .
Denição 1.5. Diz-se que uma
urva C é suave ou regular se admitir uma parametrização que é regular.
Denição 1.6. Sejam C uma
urva regular e r : [a, b] → R3 uma parametrização regular de C . Denem-se
as equações paramétri
as da reta tangente à
urva C no ponto r(t0 )
omo sendo, (x, y, z) = r(t0 ) + λr′ (t0 ),
λ ∈ R. Um exemplo de uma
urva regular está na gura 4.
Exemplo 1.5. Exemplo de uma parametrização que não é de
lasse C 1 de uma
urva.
Considere a parametrização r1 da
urva C que se apresenta na gura 5. A parametrização r1 é dada por
√
se
(t, t) t>0
r1 (t) = .
(t, −t) se t<0
√
(t2 , t t) se
t>0
r2 (t) =
(t2 , −t2 ) se t<0
Observação 1.4. A
urva C do grá
o apresentado na gura 5 não é regular porque não tem sentido falar em
vetor tangente em r(0) pois não se pode denir em r(0) a reta tangente ao grá
o da
urva.
Daqui em diante sempre que falarmos de uma
urva pressupomos que a
urva é regular e
sempre que falarmos em parametrização de uma
urva pressupomos que ela é regular se nada for
dito em
ontrário.
Observação 1.5. Vamos apresentar uma breve expli
ação de
omo surge a fórmula de
ál
ulo para o
ompri-
mento de uma
urva. Seja C uma
urva de R3 e r : [a, b] → R3 tal que r(t) = (x(t), y(t), z(t)), t ∈ [a, b] uma sua
parametrização. Considerem-se agora os pontos ti = a + (b−a)i n , i = 1, · · · , n. Considere-se agora as
urvas Ci
om i = 0, · · · , nS− 1 em que a
urva Ci é o segmento de reta que une r(ti−1 ) a r(ti ). Considere-se agora a linha
poligonal Pn = i=0 n−1
Ci . Como o
omprimento da linha poligonal quando n → ∞ tende para o
omprimento
−−−−−−−−→
da
urva então vamos
al
ular o
omprimento da linha poligonal. Agora, por sua vez, L(Ci ) = kr(ti )r(ti+1 )k e
MIEC - FEUP - AM2 - 2018/19 5
tem-se
p
[x(ti+1 ) − x(ti )]2 + [y(ti+1 ) − y(ti )]2 + [z(ti+1 ) − z(ti )]2 =
L(Ci ) =
v
#
2 2
u 2 2 "
u x(ti+1 ) − x(ti ) y(ti+1 ) − y(ti ) z − (ti+1 ) − z(ti )
u
=t + + (ti+1 − ti )2 =
ti+1 − ti ti+1 − ti ti+1 − ti
v
#
2 2
u 2 2 "
x(t ) − x(t ) y(t ) − x(t ) z(t ) − x(t )
u
i+1 i i+1 i i+1 i
= t + + (ti+1 − ti ) =
u
ti+1 − ti ti+1 − ti ti+1 − ti
v
#
2 2
u 2 2 "
u x(ti + △t) − x(t) y(ti + △t) − y(ti ) z(ti + △t) − z(ti )
u
=t + + (ti + △t − ti ) =
ti + △t − ti ti + △t − ti ti + △t − ti
q
≈
2 2 2
[x′ (ti )] + [y ′ (ti )] + [z ′ (ti )] △t = kr′ (ti )k△t (1)
e assim Z n−1
X n−1
X Z b
l(C) = 1ds = lim Pn = lim l(Ci ) = lim kr′ (ti )k△t = kr′ (t)kdt
C n→+∞ n→+∞ n→+∞ a
i=0 i=0
Teorema 1.1. Seja C uma
urva de R parametrizada por r então o
omprimento l(C)) da
urva C é
n
Z
l(C) = kr′ (t)kdt
C
.
Denição 1.7. Dada uma
urva C de Rn e uma parametrização r, o vetor r′ (t) é tangente à
urva C no ponto
r(t). Interpretando r(t)
omo posição de uma partí
ula no instante t passamos a designar r′ (t)
omo vetor
velo
idade no instante t da partí
ula e a r (t)
hamamos a
eleração da partí
ula no instante t.
′′
Denição 1.8. Quando a
urva C está parametrizada por uma parametrização r(t), t ∈ [a, b] estamos a pressu-
por que ela está munida de uma orientação positiva que é introduzida na
urva quando o vetor r(t) per
orre
a
urva quando t varia de a para b e es
revemos C + , ou então C , para dizer que a
urva está munida dessa
orientação positiva. Es
revemos C − para dizer que C está munida da orientação negativa da parametrização
quando r(t) per
orre a
urva quando t diminui de b para a.
Daqui em diante quando dissermos seja C uma
urva
uja parametrização é r pressupomos
que a
urva está orientada segundo o sentido positivo forne
ido pela parametrização, ex
eto se
houver alguma indi
ação em
ontrário.
Denição 1.9. Sejam C uma
urva, c : [a1 , b1] → Rn , n ≤ 3 uma parametrização de C e h : [a, b] → [a1 , b1 ]
uma apli
ação bijetiva de
lasse C 1 . Então p = c ◦ h diz-se uma reparametrização de c. Existem dois
asos
para a função h. Primeiro
aso, se h(a) = a1 e h(b) = b1 então a reparametrização p mantém a orientação da
urva C . Segundo
aso se h(a) = b1 e h(b) = a1 então a reparametrização p inverte o sentido da orientação da
urva C .
Observação 1.6. Sejam C uma
urva de Rn e c : [a, b] → Rn uma parametrização de c. Considere-se a
parametrização de c denida por cop (t) = c(a + b − t), t ∈ [a, b]. Tem-se cop (a) = c(b) e cop (b) = c(a). Logo
cop inverte a orientação dada por c.
Note que a parametrização g(t) = r(0 + 2π − t), t ∈ [0, π] onde r é a parametrização do exemplo 1.2 inverte
a orientação da
urva do exemplo 1.2.
Exemplo 1.7. Seja p : [0, 1] ⊂ R → Rn tal que p(t) = c(a + (b − a)t). Note que p(0) = c(a) e p(1) = c(b).
Então p é uma reparametrização de c preservando a orientação de c.
Denição 1.10. Sejam C uma
urva de Rn , r : [a, b] ⊂ R → Rn Ruma parametrização de C e f : Rn → R uma
função es
alar tal que f ◦ r é
ontínua em [a, b] então dene-se C
f ds o integral de f ao longo da
urva C ,
através da igualdade
Z Z b
f ds = f (r(t))kr′ (t)kdt
C a
Observação 1.8.
R Seja f : R3 → R uma função positiva e C uma
urva de R3 parametrizada por r : [a, b] ∈
R → R então C f ds representa a área duma
er
a
uja base é a
urva C e a altura da
urva no ponto r(t) é
3
Exemplo 1.8. Considere a
urva C parametrizada por r(t) = (t, t, 0), t ∈ [1, 2] e seja f (x, y, z) = y . Cal
ulemos
o f ds. Tem-se
R
C
1 1 1 2 1 √
Z Z
′
Z √ Z √ t 2
f ds = f (r(t))kr (t)kdt = f (t, t, 0) 2dt = t 2dt = = .
C 0 0 0 2 0 2
√
ver gura 7. Notem que a área da região R (a vermelho na gura) veri
a Area(R) = 2
2
,
onrmando o
resultado obtido no
ál
ulo, ver gura 7.
Observação 1.9. A denição do integral de uma função es
alar ao longo de uma
urva não depende da
parametrização es
olhida no
onjunto das parametrizações que se obtém uma das outras por reparametrização.
Exemplo 1.10.
Exemplo: Sejam C = AB onde A = (1, 1), B = (2, R 2). r é a parametrização de C denida por r(t) = (t, t),
t ∈ [1, 2] e seja f (x, y) = x. Cal
ule o integral de C f ds tal
2 2 2
√
Z Z
′
Z
√ √ Z 3 2
f ds = f (r(t))kr (t)kdt = · · · = t 1 + 1dt = 2 tdt = · · · =
C 1 1 1 2
Exemplo 1.11. Sejam C a
urva do exemplo 1.10, r1 uma sua parametrização dada1 por r1R(t) = r(3 − t) =
(3 − t, 3 − t), t ∈ [1, 2] e f (x, y) = x. Usando esta parametrização,
al
ule o integral de C f ds. Tem-se
R2 R2 √ R2 √ h 2 2
i √
1
f (r1 (t))kr1′ (t)kdt = 1 (3 − t) 2 = 1 (3 − t)dt = 2 3t − t2 = · · · = 3 2 2
1
Observação 1.10. Sejam F um
ampo F : R3 → R3 tal que F é um
ampo
ontínuo R em R , C uma
urva
3
seguinte ra
io
ínio, para n grande podemos pressupor que a função F é
onstante em Ci e o seu valor é F ◦ r(ti )
e vamos pressupor que o trabalho ao longo da linha poligonal é prati
amente igual ao trabalho ao longo da
urva
C pressupondo que n é su
ientemente grande.
Assim o trabalho realizado ao longo da
urva P Ci é Wi = F (r(ti )) · (r(ti+1 ) − r(ti )) que é aproximadamente igual
a F ◦ r(ti ) · r′ (ti )△t onde △t = b−a . Assim n−1
i=0 F ◦ r(ti ) · r (ti )△t logo
Pn−1 ′
n i=0 Wi ≈
Z n−1 Z b
˙ = lim Wi = lim
X
f ds F ◦ r(ti ) · r′ (ti )△t = F ◦ r(t) · r′ (t)dt
C n→∞ n→∞ a
i=0
Exemplo 1.13. Cal
ule o integral onde C é o triângulo
om vérti
es O, A, B orientada no sentido
R
C (x + y)ds
anti-horário.
Então R R R R
C
(x + y)ds = C1
(x + y)ds + C2
(x + y)ds + C3
(x + y)ds
Para as
urvas C1 , C2 , C3 e C4 podemos utilizar as parametrizações r1 , r2 , r3 e r4 tais que r1 (t) = (t, 0), ∀t ∈
[0, 1], r2 (t) = (1, t), ∀t ∈ [0, 1], r3 (t) = (1 − t, 1 − t), ∀t ∈ [0, 1]. Assim
R R R R
(x + y)ds = C1 (x + y)ds + C2 (x + y)ds + C3 (x + y)ds
CR
1 R1 R1
= 0 (t + 0)||r1′ (t)||dt + 0 (1 + t)||r2′ (t)||dt + 0 (1 − t + 1 − t)||r3′ (t)||dt
R1 R1 R1
= 0 t||(1, 0)||dt + 0 (1 + t)||(0, 1)||dt + 0 (1 − t + 1 − t)||(−1, −1)||dt
R1 √ R1 √ R1 p
= 0 t 12 + 02 dt + 0 (1 + t) 02 + 12 dt + 0 (2 − 2t) (−1)2 + (−1)2 dt
R1 √ R1 √ R1 √
= 0 t 1dt + 0 (1 + t) 1dt + 0 (2 − 2t) 2dt
R1 R1 √ R1
= 0 tdt + 0 (1 + t)dt + 2 0 (2 − 2t)dt
2 2 √
= t2 |10 + (t + t2 )|10 + 2(2t 2 1
√ − t )|0
1 1
= 2 − 0 + (1 + 2 − 0)√+ 2(2 − 1 − 0)
= 21 − 0 + ( 32 − 0) + √2(2 − 1 − 0)
= 21 − √ 0 + ( 32 − 0) + 2(1)
= 2 + 2.
MIEC - FEUP - AM2 - 2018/19 9
Exemplo 1.14. Cal
ule o integral C F ·ds onde C é a fronteira do triângulo formado pelos pontos O = (0, 0, 0),
R
A = (1, 1, 0) e B = (1, 1, 1) e orientada
omo se apresenta na gura abaixo. Seja F (x, y, z) = (x, y, xy).
R1
é dada por r1 (t) = O + t(A − O), t ∈ [0, 1]. Assim r1 (t) = (t, t, 0). Então C1 f (r1 (t)) · r1′ (t)dt = 0 (t, t, t2 ) ·
R
R1
(1, 1, 0)dt = 0 2tdt = [t2 ]10 = 1. Chamemos C2 ao segmento de reta que une o ponto A a B , a sua parametrização
é dada por r2 (t) = A + t(B − A), t ∈ [0, 1]. Assim r2 (t) = (1, 1, 0) + t((1, 1, 1) − (1, 1, 0)) = (1, 1, 0) + t(0, 0, 1) =
(1, 1, t). Cal
ulando o integral tem-se,
Z Z 1 Z 1 Z 1
F · ds = F (r2 (t)) · r2′ (t)dt = (1, 1, 1) · (0, 0, 1)dt = dt = 1
C2 0 0 0
Observação 1.11. Sejam C uma
urva
uja orientação é induzida pela parametrização r : [a, b] ⊂ R → Rn .
Então interpretando r(t)
omo o vetor posição de uma partí
ula no instante t tem-se:
C F · ds representa o trabalho realizado pela força F quando deslo
a uma partí
ula da posição r(a) para
R
•
a posição r(b) ao longo da
urva C .
Rb Rbh ′
(t)
i
F (r(t)) · r′ (t)dt = F (r(t)). krr′ (t)k kr′ (t)kdt =
R
• C
F.ds = a a
Z b
= [F (r(t)).T (t)] kr′ (t)kdt
a
Denição 1.12. Seja F : R3 → R3 de
lasse C 1 em R3 . Dene-se o rota
ional de F
omo sendo um
ampo
de R → R denido por
3 3
~i ~j ~k
∂ ∂
∂
rotF (x, y, z) = ∂x ∂y ∂z
.
F F2 F
1 3
Denição 1.13. Se F (x, y, z) = (x, y, z) então rotF = (0, 0, 0). Um
ampo F : R3 → R3 de
lasse C 1 diz-se
irrota
ional em R se e só se qualquer que seja (x, y, z) ∈ R3 se tiver rotF (x, y, z) = (0, 0, 0).
3
Observação 1.12. Também se representa o rota
ional de uma função F
omo ∇ × F onde ∇ = ( ∂x
∂ ∂
, ∂y ∂
, ∂z ).
Observação 1.13. Pode-se interpretar um
ampo de F : R2 → R2 tal que F (x, y) = (F1 (x, y), F2 (x, y))
omo
sendo um
ampo de F : R → R para tal es
revemos, F (x, y, z) = (F1 (x, y), F2 (x, y), 0)
3 3
Denição 1.14. Seja F : R3 → R3 . Dizemos que F é um
ampo gradiente se existir uma função f : R3 → R
tal que F (x, y, z) = ∇f (x, y, z) e f diz-se uma função poten
ial de F .
Denição 1.15. Seja F : R2 → R2 . Dizemos que F é um
ampo gradiente se existir uma função f : R2 → R
tal que F (x, y) = ∇f (x, y) e f diz-se uma função poten
ial de F .
Exemplo
1.15. F (x, y) = (x3 , y 3 ) é um
ampo gradiente uma vez que F é o gradiente de f tal que f (x, y) =
4
, y4 .
4
x
4
Demonstração:
R R Rb
Como f é função poten
ial de F então F = ∇f . Tem-se F · ds = ∇f · ds = ∇f (r(t)) · r ′ (t)dt =
Rb Rb d C C a
a
Df (r(t)) · Dr(t)dt = a dt (f ◦ r)(t)dt = f (r(b) − f (r(a)). ⋄
MIEC - FEUP - AM2 - 2018/19 11
Observação 1.14. Interpretando um
ampo F : R3 → R3
omo um
ampo de forças diz-se que o
ampo F é
onservativo se o trabalho realizado por F ao deslo
ar uma partí
ula de um ponto A ao ponto B ao longo de
uma
urva C não depender da
urva utilizada para transportar a parti
ula de A para B mas apenas de A e B .
Denição 1.16. Diz-se que um
ampo F : R3 → R3
ontínuo em R3 é
onservativo se e só se quaisquer que
sejam Ros pontos ARe B ∈ R e quaisquer que seja as
urvas C1 e C2 a unir A a B orientadas de A para B
3
então C1 F · ds = C2 F · ds.
Denição 1.17. Diz-se que um
ampo F : R2 → R2
ontínuo em R3 é
onservativo se e só se quaisquer que
sejam Ros pontos ARe B ∈ R e quaisquer que seja as
urvas C1 e C2 a unir A a B orientadas de A para B
2
então C1 F · ds = C2 F · ds.
Observação 1.15. Interpretando um
ampo F : R3 → R3
omo um
ampo de forças diz-se que o
ampo F é
onservativo se o trabalho realizado por F ao deslo
ar uma partí
ula de um ponto A ao ponto B ao longo de
uma
urva C não depender da
urva utilizada para transportar a parti
ula de A para B mas apenas de A e B .
Denição 1.18. Diz-se que um
ampo F : R3 → R3
ontínuo em R3 é
onservativo se e só se quaisquer que
sejam Ros pontos ARe B ∈ R e quaisquer que seja as
urvas C1 e C2 a unir A a B orientadas de A para B
3
então C1 F · ds = C2 F · ds.
Denição 1.19. Diz-se que um
ampo F : R2 → R2
ontínuo em R3 é
onservativo se e só se quaisquer que
sejam Ros pontos ARe B ∈ R e quaisquer que seja as
urvas C1 e C2 a unir A a B orientadas de A para B
2
então C1 F · ds = C2 F · ds.
Teorema 1.5. (Campos
onservativos) Seja F : Rn → Rn (n ≤ 3) um
ampo vetorial de
lasse C 1 . As
seguintes
ondições são equivalentes:
(i) Para qualquer
urva simples fe
hada orientada C , F · ds = 0.
R
C
(ii) Para quaisquer duas
urvas orientadas C1 e C2
om os mesmos extremos então F · ds.
R R
C1
F · ds = C2
Observação 1.18. Para ver a demonstração deste teorema ver página 467 do livro Vetor Cal
ulus da bibli-
ograa prin
ipal da
adeira.
2 Um
onjunto U de Rn , n ≤ 3 diz-se simplesmente
onexo se qualquer linha simples fe
hada puder ser
ontraída num ponto.
12 MIEC - FEUP - AM2 - 2018/19
Exemplo 1.17. Considere o
ampo ve
torial F (x, y) = (−y 2 , −yx) de
lasse C 1 . Use o teorema de Green
para
al
ular o integral de F ao longo da fronteira de D, onde
R D é denido por D = {(x, y) ∈ R : −1 ≤ x ≤
2
Resolução 2. Pretende-se
al
ular ∂D+ F.ds onde F é o
ampo dado por F = (P, Q)
om P (x, y) = −y 2 e
R
. Assim,
ZZ Z 1 Z x2 +1
∂Q ∂P
ZZ ZZ
− dydx = (−y + 2y)dydx = ydydx = ydydx
D ∂x ∂y D D −1 2x2
Z 1 2 x2 +1 1
1 1 2 −3x5 x3
y x 16
Z
2 2 2
= dx = [(x + 1) − (2x ) ]dx = + + = .
−1 2 2x2 2 −1 10 3 2 −1 15
Daqui em diante vamos supor que a densidade no ponto (x, y, z) é ρ(x, y, z).
Teorema 2.1. (valor médio) Seja C uma
urva de Rn parametrizada por r então o valor médio de uma função
es
alar real, fC ao longo da
urva C é dado por
R
C f ds
fC =
l(C)
.
Denição 2.1. A massa total de uma
urva C de R3 é dada por,
Z
m= ρds
C
MIEC - FEUP - AM2 - 2018/19 13
Exemplo 2.1. Cal
ule a massa total de um o
om a forma de um semi-
ír
ulo de raio a
entrado na origem
onsiderando que a densidade de massa num ponto da
urva é igual à sua distân
ia à reta que passa pelos pontos
extremos do o.
A distân
ia de um ponto P à referida reta é igual à sua ordenada. Assim ρ(x, y) = y . Uma parametrização
do semi-
ír
ulo é dadaR por r(t) R= (a cos(t),
R a sin(t)), t ∈ [0, π]. √
A massa total M = C ρds = C yds = 0π a sin(t)kr′ (t)kdt = · · · = 0π a sin(t) a2 dt = 2a2 π.
R
Denição 2.2. O Centro de massa de uma
urva C de R3 é o ponto (x, y, z) tal que,
1
R
• x= M C xρds
1
R
• y= M C yρds
1
R
• z= M C zρds
Observação 2.1. O
entro de massa de uma
urva C
uja densidade é ρ = 1 diz-se
entro geométri
o da
urva C .
Denição 2.3. Seja C uma
urva de Rn , os momentos de inér
ia, Ix , Iy e Iz de C relativamente aos eixos
xoordenados Ox, Oy e Oz de uma
urva são denidos através das igualdades:
(y 2 + z 2 )ρds
RRR
• Ix = c
2
+ z 2 )ρds
RRR
• Iy = c (x
(x2 + y 2 )ρds
RRR
• Iz = c
Do mesmo modo se dene a massa, os
entros de massa quando a
urva C está em R2 apenas há uma ligeira
modi
ação nos momentos de inér
ia.
y 2 ρ(x, y)ds
RR
• Ix = c
2
RR
• Iy = c x ρ(x, y)ds
14 MIEC - FEUP - AM2 - 2018/19
3 Apêndi e
Nota: Sejam C uma
urva e r : [a, b] ⊂ R → Rn uma parametrização de C . Diz-se que r é uma parametrização
regular por bo
ados se existirem números reais t0 · · · , tm tais que t0 = a e tm = b e ti−1 < ti para i = 1, · · · m
e tal que r é uma parametrização regular em ]ti−1 , ti [ para i = 1, · · · , m. Podemos estender todas as
denições para
urvas que admitam parametrizações regulares por bo
ados.