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Cláudio Francisco

Marlene Paulo

Telma Chadreque das Victória Comatiporte

Pirâmide ecológica e Sucessões ecológicas

Universidade Licungo
Faculdade de Ciências e Tecnologia

Licenciatura em Ensino de Biologia pós laboral

Maio, 2021
Cláudio Francisco

Marlene Paulo

Telma Chadreque das Victória Comatiporte

Pirâmide ecológica e Sucessões ecológicas

Trabalho de carácter avaliativo a ser


apresentado ao docente da cadeira de
Ecologia Geral e Humana.

Dr: Amandio Mutumula

Universidade Licungo
Faculdade de Ciências e Tecnologia

Licenciatura em Ensino de Biologia pós laboral

Maio, 2021
ÍNDICE
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 4
2. OBJECTIVOS .................................................................................................................... 5
2.1. Gerais .......................................................................................................................... 5
2.2. Específicos .................................................................................................................. 5
3. METODOLOGIA ............................................................................................................... 6
4. ECOLOGIA ........................................................................................................................ 7
4.1. Etimologia da palavra Ecologia .................................................................................. 7
4.2. Conceitos actualmente empregados ............................................................................ 7
4.3. Componentes estruturais de um ecossistema .............................................................. 7
4.4. Cadeia e rede alimentar ............................................................................................... 8
4.5. Os níveis tróficos ......................................................................................................... 8
4.6. Hábitat e nicho ecológico ............................................................................................ 9
4.7. Fluxo de energia e ciclo da matéria ............................................................................. 9
4.8. Pirâmide ecológica e sucessões ecológicas ............................................................... 10
4.8.1. Conceitos de pirâmide ecológico ....................................................................... 10
4.8.2. Tipos de Pirâmides ecológicas ........................................................................... 11
4.9. Sucessões ecológicas ................................................................................................. 13
4.9.1. Tipos de Sucessão .............................................................................................. 13
4.10. Mecanismos de sucessão ....................................................................................... 13
4.11. Características de uma sucessão ecológica ............................................................ 14
4.12. Estágios da Sucessão ............................................................................................. 14
4.13. Clímax ................................................................................................................... 15
4.13.1. Características do clímax ................................................................................... 15
4.14. Tipos de clímax .................................................................................................. 15
4.15. Teorias sobre o clímax ....................................................................................... 16
4.16. Tipos de Clímax..................................................................................................... 16
5. CONCLUSÃO ................................................................................................................. 18
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................................................. 19
1. INTRODUÇÃO
O presente trabalho procura descrever duma forma sumária, a pirâmide e as sucessões
ecológicas. Apesar desta área estar em pleno desenvolvimento e se tornar cada vez mais
importante por causa da interferência humana sobre os ecossistemas, o conhecimento dos
mesmos é de vital importância para melhor compreensão das relações existentes entre os
seres vivos e o meio em quem vivem, assim como dos factores que contribuem para o
surgimento de sucessões, visto que não surgem repentinamente, de uma forma abrupta, mas
sim num aumento crescente de espécies, até atingir uma situação que não se modifica com o
ambiente, denominada clímax. Uma sucessão pode iniciar-se de diversas maneiras: numa
rocha nua, numa lagoa, num terreno formado por sedimentação entre outros.

É por isso que a ecologia moderna, passou a se concentrar no conceito de ecossistema,


uma unidade funcional composta de organismos integrados, e em todos os aspectos do meio
ambiente em qualquer área específica. Envolve tanto os componentes sem vida (abióticos)
quanto os vivos (bióticos) através dos quais ocorrem o ciclo dos nutrientes e os fluxos de
energia. Para realizá-los, os ecossistemas precisam conter algumas inter-relações estruturadas
entre solo, água e nutrientes, de um lado, e entre produtores, consumidores e decomponentes,
de outro. Os ecossistemas funcionam graças à manutenção do fluxo de energia e do ciclo de
materiais, desdobrado numa série de processos e relações energéticas, chamada cadeia
alimentar, que agrupa os membros de uma comunidade natural.

A principal unidade funcional de um ecossistema é sua população. Ela ocupa um certo


nicho funcional, relacionado a seu papel no fluxo de energia e ciclo de nutrientes. Tanto o
meio ambiente quanto a quantidade de energia fixada em qualquer ecossistema são limitados.
Quando uma população atinge os limites impostos pelo ecossistema, seus números precisam
estabilizar-se e, caso isso não ocorra, devem declinar em conseqüência de doença, fome,
competição, baixa reprodução e outras reações comportamentais e psicológicas. Mudanças e
flutuações no meio ambiente representam uma pressão seletiva sobre a população, que deve
se ajustar. O ecossistema tem aspectos históricos: o presente está relacionado com o passado,
e o futuro com o presente. Assim, o ecossistema é o conceito que unifica a ecologia vegetal e
animal, a dinâmica, o comportamento e a evolução das populações.

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2. OBJECTIVOS
2.1. Gerais
Compreender a pirâmide e Sucessões ecológicas

2.2. Específicos
Descrever a pirâmide e Sucessões ecológicas ;
Identificar os tipos de Sucessão;
Identificar os estágios de Sucessão;
Caracterizar as sucessão ecológica
Identificar os factores contribuem para o surgimento de Sucessões ecológicas;

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3. METODOLOGIA
Para a realização do presente trabalho em grupo foi usada a revisão bibliográfica
apoiando-se de plataformas virtuais como a Google, bibliotecas virtuais e uso de alguns
manuais electrónicos. Outrossim, importa ainda referir que usou-se o tipo de letra Times New
Roman, tamanho de letra 12, espaçamento 1.5, obedecendo as normas vigente actualmente na
Unilicungo, na faculdade de ciências e tecnologia, do modelo de escrita da Associação
Americana de Psicologia (APA) 6a edição.

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4. ECOLOGIA

4.1. Etimologia da palavra Ecologia


A palavra ecologia foi empregada pela primeira vez pelo biólogo alemão E. Haeckel
em 1866 em sua obra Generelle Morphologie der Organismen. Ecologia deriva de duais
palavras gregas oikós (casa) e logos (estudo). Assim, a ecologia significa literalmente ‘’ o
estudo da casa’’ ou simplesmente é a ciência do habitat. É neste âmbito que biólogos chegam
a assentar que, a ecologia constitui uma área da biologia que preocupa em estudar as relações
entre os seres vivos e entres eles e o meio em que vivem (Lopes,2004).

4.2. Conceitos actualmente empregados


Actualmente muitos pesquisadores e biológicos, segundo Vitória (2005), a ecologia é
conceituada como a ciência que estuda as condições de existência dos seres vivos e as
interacções, de qualquer natureza, existentes entre esses seres vivos e seu meio.

De salientar que, esta área está em pleno desenvolvimento e se torna cada vez mais
importante por causa da interferência humana sobre os ecossistemas. Essa interferência tem
provocado desequilíbrio ecológicos, somente evitáveis na medida em que conhecemos a
estrutura e funcionamento dos ecossistemas e nos capacitemos a adoptar procedimentos
racionais de utilização dos recursos naturais (Lopes,2004). Outrossim, a preocupação com a
preservação de nosso planeta não é só de agora e tem sido motivo de reuniões mundiais para
se tentar propor medidas em termos globais.

4.3. Componentes estruturais de um ecossistema


Existem varias abordagens concernentes aos componentes estruturais de um
ecossistema, o que por exemplo Lopes (2004), chega a referenciar duais Abióticos e bióticos.
Portanto, no presente trabalho o grupo optou por referenciar três componentes, citados por
Victoria (2005), incluindo para além dos que outrora tivera sido citado por Lopes mas
também, incorporando a Energia como uma das componentes, como estão descritos abaixo:

Abióticos - que em conjunto constituem o biótopo : ambiente físico e factores


químicos e físicos. A radiação solar é um dos principais factores físicos dos
ecossistemas terrestres pois é através dela que as plantas realizam fotossíntese ,
liberando oxigénio para a atmosfera e transformando a energia luminoso em
química .

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Bióticos - representados pelos seres vivos que compõem a comunidade biótica ou
biocenoses . compreendendo os organismos heterótrofos dependentes da matéria
orgânica e os autotróficos responsáveis pela produção primária, ou seja, a fixação
do .
Energia – caracterizada pela força motriz que aporta nos diversos ambientes e
garante as condições necessárias para a produção primária em um ambiente, ou
seja, a produção de biomassa a partir de componentes inorgânicos.

Todos os animais são consumidores. Os animais que se alimentam de produtores são


chamados consumidores primários . Os herbívoros , animais que se alimentam de plantas ,
são , portanto , consumidores primários . Os animais que se alimentam de herbívoros são
consumidores secundários , os que se alimentam dos consumidores secundários são
consumidores terciários e assim por diante ; Decompositores, Organismos heterótrofos que
degradam a matéria orgânica contida em produtores e em consumidores , utilizando alguns
produtos da decomposição como o alimento e liberando para o meio ambiente minerais e
outras substâncias , que podem ser novamente utilizados pelos produtores .

4.4. Cadeia e rede alimentar


A sequência de seres vivos, em que um serve de alimentos para o outro é chamada
cadeia alimentar. Todavia, num ecossistema existem várias cadeias alimentares, formando
uma complexa relação de transferência de matéria e de energia, denominado rede alimentar
ou teia alimentar (Lopes, 2004).

4.5. Os níveis tróficos


O conjunto de todos os organismos de um ecossistema com o mesmo tipo de nutrição
constitui um nível trófico ou alimentar. Os produtores ocupam o primeiro nível trófico; os
animais herbívoros, que são consumidores primários, formam o segundo nível trófico; os
animais carnívoros que se alimentam de herbívoros (consumidores secundários) formam o
terceiro nível trófico; os animais carnívoros (consumidores terciários) formam o quarto nível;
e assim por diante.
Um organismo pode ocupar mais de um nível trófico, como acontece, por exemplo,
com os animais omnívoros (omnis= tudo): eles se alimentam de plantas, de herbívoros e de
carnívoros, podendo participar de diversas cadeias alimentares e, assim, ocupar diferentes
níveis tróficos.

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Os decompositores formam um grupo especial nutrindo-se de elementos mortos
provenientes de diferentes níveis tróficos, degradando tanto produtores como consumidores.

Figura número 01: Ilustrando as componentes estruturais bióticos dos ecossistemas.

Componentes estruturais bióticos dos ecossistemas Nível trófico

Autótrofo---produtor 1º

Primário;

Secundário;
Consumido Terceario 4º
r Quarternario
Heterotrófico Decompositor 5º

Fonte: Victora, 2003

4.6. Hábitat e nicho ecológico


O lugar que um organismo ocupa no ecossistema é o seu hábitat, e a descrição de seu modo
de vida constitui o seu nicho ecológico. Assim, um ecossistema representado por uma lagoa,
o habitat de uma alga microscópica é a água superficial. Seu nicho ecológico pode ser assim
resumido: as algas necessitam de luz, de nutrientes minerais, de temperatura adequada,
realizam fotossíntese, reproduzem-se, servem de alimentos para alguns animais.
4.7. Fluxo de energia e ciclo da matéria
Todos os seres vivos necessitam, de matéria prima e de energia para a realização de
suas actividades vitais. Essas necessidades são supridas pelos alimentos orgânicos. Os
organismos produtores (autótrofos) sintetizam seu próprio alimento orgânico a partir de
matéria não orgânica, e esse alimento é utilizado por eles e pelos consumidores
(heterotrófos), que não são capazes de executar essa função.

Os principais produtores são os organismos fotossintetizantes. A energia lumiosa do


Sol é transformada em energia química pelos produtores é transmitida aos demais seres vivos.
Essa energia, no entanto, diminui à medida que passa de um consumidor para outro, pois
parte dela é liberada sob a forma de calor e parte é utilizada na realização dos processos vitais
do organismo.

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Assim, sempre restará uma parcela menor de energia disponíveis para o nível seguinte.
Como na transferência de energia entre os seres vivos não há reaproveitamento de energia
liberada, diz-se que essa transferência é unidireccional e ocorre como um fluxo de energia.

A matéria, no entanto, pode ser reciclada, falando-se em ciclo da matéria ou ciclo


biogeoquímico. Os decompõem organismos são fundamentais neste ciclo, pois eles
decompõem organismos mortos de todos os níveis tróficos, devolvendo ao ciclo elementos
fundamentais.

Figura número 02: Representado o ciclo da matéria e o fluxo de energia

Fonte: Mundo biologia

4.8. Pirâmide ecológica e sucessões ecológicas

4.8.1. Conceitos de pirâmide ecológico


Actualmente muitos pesquisadores e biológicos, segundo Vitória (2005), chegam a
conceituar a Pirâmides ecológicas como representações gráficas da estrutura trófica de um
ecossistema. De assentar ainda, que existe uma gama de pesquisadores que outrossim,
conceituam como representações gráficas de interacção entre os diferentes níveis tróficos em
uma cadeia alimentar (Mundo biologia).

As pirâmides ecológicas são utilizadas para representar graficamente a interacção entre


os diferentes níveis tróficos em uma cadeia alimentar (Mundo biologia).Todavia, na base
dessas representações, há os produtores, seguidos dos consumidores primários, secundários,
terciários e assim sucessivamente, como demostra a figura abaixo:

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Figura número 03: Representado a pirâmide ecológico e que a base da mesma sempre
indica os organismos produtores.

Fonte: Mundo biologia

4.8.2. Tipos de Pirâmides ecológicas


As pirâmides ecológicas podem ser divididas em três tipos: de número, de biomassa e
de energia. Em todos os três tipos de pirâmide, cada degrau representa o nível trófico das
cadeias alimentares. A base representa os produtores, em seguida os consumidores primários,
consumidores secundários e consumidores terciários. De assegurar que a altura desses
rectângulo é sempre a mesma.

4.8.2.1. Pirâmide de números


A pirâmide de números representa o número de indivíduos presentes em cada nível
trófico. De um modo geral, as pirâmides de número são representadas de forma directa, ou
seja, a base, que constitui o nível trófico mais inferior, é mais larga que os níveis seguintes.
Entretanto, em alguns casos pode ser representada de maneira inversa. Um exemplo de
pirâmide de número inversa, é quando uma única árvore serve de alimento para diversos
insectos.

Figura número 04: Representado a pirâmide de números.

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Fonte: Mundo biologia
4.8.2.2. Pirâmide de Biomassa
A pirâmide de biomassa representa a quantidade de matéria orgânica presente em cada
nível trófico. Assim como a pirâmide de número, também é representada em sua maior parte
na forma directa, mas uma excepção é a relação entre fito e zooplâncton, encontrada em
alguns ecossistemas aquáticos. Os valores normalmente são expressos pela unidade de massa
por área do ecossistema (Ex: 1.000 kg/m2):

Figura número 05: Representado a pirâmide de Biomassa.

Fonte: Mundo biologia

4.8.2.3. PIRÂMIDE DE ENERGIA


A pirâmide de energia representa o fluxo de energia em uma cadeia alimentar, ou
seja, a quantidade de energia disponível em cada nível trófico. Na cadeia alimentar sempre há
perda de energia, estando disponível apenas cerca de 10% de energia de um nível trófico para
o nível seguinte. Este fato deve-se às Leis da Termodinâmica que, resumidamente, dizem que
a energia não pode ser criada ou destruída, apenas transformada.

No caso dos seres vivos, a energia obtida através da cadeia alimentar é utilizada para a
manutenção e sobrevivência do organismo. Por esse motivo, as pirâmides de energia não
podem ser representadas de forma inversa, pois sempre há perda de energia de um nível
trófico para o outro.

Os valores são expressos em unidade de energia por área do ecossistema (Ex: 10.000
kcal/m2): Uma limitação das pirâmides ecológicas é que elas só podem ser aplicadas em
cadeias alimentares, que são mais simples que as teias alimentares.

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4.9. Sucessões ecológicas
Sucessão Ecológica é todo processo ordenado de mudanças em um determinado
ecossistema a partir da inserção de espécies em um ambiente antes inabitável ou degradado.
Esse processo ocorre, geralmente, após uma perturbação, podendo ser uma floresta
desmatada, uma região com lava vulcânica solidificada, área praiana recém separada do mar
etc.

A Sucessão ecológica altera o ambiente permitindo a inserção de novas espécies


no habitat favorecendo a biodiversidade e a auto suficiência do ecossistema em questão. Esse
conjunto de processos ocorre até uma instância máxima chamada de Clímax que será
explicada posteriormente.

4.9.1. Tipos de Sucessão


Quando ao carácter da área onde irá ocorrer os eventos, a sucessão ecológica pode ser
classificada em:

Sucessão Primária: é o estabelecimento e o desenvolvimento de comunidades em


habitats recentemente formados ou perturbados anteriormente de tal forma que
ficou destituído de vida. O evento geralmente leva mais tempo até atingir a fase de
Clímax. A fase de Ecese nesse caso é marcada por grandes variações nas relações
interespecíficas que são fundamentais para os eventos subsequentes como
a Facilitação (quando a uma planta facilita a germinação de outras plantas no
ambiente), Inibição (quando uma espécie inibe o surgimento de outras. Sendo
importante principalmente para diminuir os eventos de competição posteriores)
e Tolerância (quando duas ou mais espécies sobrevivem em um mesmo habitat sem
estabelecer necessariamente uma relação benéfica ou não).
Sucessão Secundária: é o processo de Regeneração de uma comunidade após uma
perturbação. Esse evento é mais rápido quando comparado com a Sucessão primária,
pois o ambiente já se encontra em condições adequadas para a reinserção de
organismos e espécies.

4.10. Mecanismos de sucessão


Uma teoria descritiva da sucessão, proposta por Frederic Clements em 1916,[3] é hoje
vista como uma teoria ecológica clássica, e de acordo com o autor, o processo envolve várias
fases:

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Nudação – A sucessão começa com o acontecimento de uma perturbação e o
surgimento de um sítio nu, desprovido de vida.
Migração – Chegada de propágulos ao ambiente.
Ecese – Estabelecimento e crescimento das primeiras plantas (pioneiras).
Concorrência - Fase em que o estabelecimento de novas espécies provoca uma
competição por espaço, luz e nutrientes.
Reação – Como resultado da concorrência que o habitat impõe, as espécies vão sendo
substituídas, de uma comunidade vegetal para outra.
Estabilização – A comunidade se estabiliza após as fases de reação, e surge o
desenvolvimento de uma comunidade clímax.

4.11.Características de uma sucessão ecológica

De acordo com a origem dos eventos de perturbação, a Sucessão também pode ser
classificada em:

Autogênica: Quando perturbações internas decorrente de processos biológicos


promovem os eventos de sucessão;
Alogênica: Quando ocorrem perturbações externas ao ecossistema que acarretam
aos eventos de sucessão ecológica.

4.12. Estágios da Sucessão


Dentro do processo de Sucessão Ecológica, cinco fases estão envolvidas:
Nudação: O processo de perturbação que disponibilizará uma área desprovida de vida;
Migração: Logo após a perturbação, os primeiros indícios de futuros organismos se
depositam na área inabitada. Pode ser o acúmulo de sementes, esporos e chegada de
microorganismos;
Ecese: Aparecimento e Estabelecimento das primeiras plantas (pioneiras);
Sere ou Seral: Após o aparecimento da comunidade pioneira e as alterações
ambientais causadas por elas, outras espécies, geralmente mais complexas e
desenvolvidas, começam a se estabelecer no local (comunidade secundária);
Concorrência: O estabelecimento de novas espécies provoca eventos de competição
por alimentos/nutrientes, luz e espaço;
Reação: Após a concorrência, as espécies podem ser substituídas ou podem se
isolarem em pontos e locais específicos do ecossistema;

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Estabilização: Após os eventos de concorrência e a posterior reação, o ecossistema de
modo geral tende ao equilíbrio. Neste momento não surgem novas espécies, a
manutenção das populações e comunidades permanece constante (organismos morrem
e nascem de acordo com a demanda do ecossistema). É o início da fase de Clímax.

4.13.Clímax
A sucessão ecológica para quando o ser consegue alcançar um equilíbrio com o
ambiente físico e biótico, ou estado estacionário. A comunidade atinge o ápice de
suas relações ecológicas, onde se chega ao ponto final da sucessão, ou clímax. Esta
diversidade vai persistir indefinidamente, a não ser por ocorrência de grandes perturbações.

4.13.1. Características do clímax

As populações não se alteram e o ecossistema está equilibrado.


Últimas espécies a instalarem-se, onde os indivíduos são substituídos por outros da
mesma espécie.
De acordo com as formas de vida ou crescimento, são considerados indicadores de
clima da região.
Para cada ambiente físico, há um tipo de clímax.

4.14.Tipos de clímax

Clímax Climático – Apenas uma comunidade clímax, sendo que, esta se encontra
em equilíbrio com o clima regional.
Clímax Edáfico – Mais de uma comunidade clímax, modificada pelas condições locais.
Término da sucessão ecológica, onde as condições edáficas não permitem que o clímax
climático se desenvolva.
Clímax Catastrófico ou Cíclico – Ecossistema com clímax natural cíclico vulnerável a
um evento catastrófico.
Disclímax (Clímax de distúrbio) – Comunidade estável, não incluindo clímax climático
ou edáfico, mantido pelo homem ou seus animais domésticos, onde ocorrem distúrbios
repetidos, muitas vezes decorrentes de actividades antrópicas.
Subclímax – Precede o estágio final da sucessão ecológica.
Pré-clímax e Pós-clímax – Em áreas com condições climáticas semelhantes, diferentes
comunidades clímax se desenvolvem. Se apresentarem formas de vida inferiores aos
apresentados no clímax climático, são denominadas pré-clímax. Se apresentam maior

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diversidade, são denominadas pós-clímax. Estas diferenças de pré e pós-clímax se
explicam pelo fato de, numa mesma região, haver diferenças de umidade e alterações
pequenas de temperatura, devido às mudanças de altitude, ou por proximidade à fontes de
água, encostas de morros, etc.

4.15.Teorias sobre o clímax

Monoclímax – defendida por Clements (1916), o clímax da unidade vegetacional e


animal (bioma) é determinada apenas pelo clima.
Policlímax – Para Tansley (1935), o clímax não é determinado apenas pelo clima,
mas também pela combinação de outros factores, como topografia, nutrientes e
humidade no solo, acção do fogo e animais.
Clímax Padrão – Proposta por Whittaker (1953), reconhece uma variedade de clímax
regido pelas respostas da comunidade às condições de estresses bióticos e abióticos
do ambiente. É definida como clímax climático a comunidade central e mais
difundida na região.

Uma teoria apresentada recentemente, chamada Teoria Alternativa dos Estados


Estáveis, sugere que não há um ponto final na sucessão, mas muitos estados
de transição ao longo do tempo ecológico (Jackson, 2003)

4.16.Tipos de Clímax

Quando o ecossistema atinge o Clímax, ele alcança o equilíbrio entre seus fatores
bióticos e abióticos. Dessa forma, o ecossistema se encontra estável, sendo necessários novos
eventos sucessivos apenas após novas perturbações.

A área de Clímax dentro de uma grande extensão territorial pode ser analisada
unitariamente. Diminuindo essa escala de análise é possível notar certos ambientes e
territórios dentro do ecossistema que ainda está se desenvolvendo. Dessa forma, o Clímax
pode se comportar de duas formas:

Clímax transitório: Quando o equilíbrio da comunidade só é atingido por um tempo


determinado, ou seja, é esperado um novo evento de perturbação nessa área.
Exemplo: Poça d'água, serapilheira de uma região desmatada e carcaça de animais
mortos.

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Clímax Cíclico: Quando as comunidades presentes revezam entre si pela
permanência em um habitat, possuindo, dessa forma, uma permanência cíclica, assim
uma necessita da outra para permanecer em conjunto.

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5. CONCLUSÃO
Após a realização do trabalho, o grupo concluiu que, a ecologia é uma ciência
multidisciplinar, que envolve biologia vegetal e animal, taxonomia, fisiologia, genética,
comportamento, meteorologia, pedologia, geologia, sociologia, antropologia, física, química,
matemática e electrónica. Quase sempre se torna difícil delinear a fronteira entre a ecologia e
qualquer dessas ciências, pois todas têm influência sobre ela. A mesma situação existe dentro
da própria ecologia. Na compreensão das interacções entre o organismo e o meio ambiente ou
entre organismos, é quase sempre difícil separar comportamento de dinâmica populacional,
comportamento de fisiologia, adaptação de evolução e genética, e ecologia animal de
ecologia vegetal. A ecologia se desenvolveu ao longo de duas vertentes: o estudo das plantas
e o estudo dos animais. A ecologia vegetal aborda as relações das plantas entre si e com seu
meio ambiente.

Outrossim, concluímos também que as pirâmides ecológicas podem ser divididas em


três tipos: de número, de biomassa e de energia. Em todos os três após de pirâmide, cada
degrau representa o nível trófico das cadeias alimentares. A base representa os produtores,
em seguida os consumidores primários, consumidores secundários e consumidores terciários.

Constatou-se ainda que, as sucessão não surge repentinamente, de uma forma abrupta,
mas sim num aumento crescente de espécies, até atingir uma situação que não se modifica
com o ambiente, denominada clímax. Uma sucessão pode iniciar-se de diversas maneiras:
numa rocha nua, numa lagoa, num terreno formado por sedimentação entre outros.

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6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. Lopes, Sónia.(2004). Introdução à Biologia e origem da vida, Citologia, Reprodução,
Embriologia e Histologia, Seres vivos, Evolução e Ecologia (Ed 1).São Paulo:
Saraiva.
2. Vitoria, ES. (2005). Ecologia: Conceitos fundamentais. São Paulo: Universidade Federal
do Espírito Santo.
3. Mundo biologia. Pirâmides ecológicas (Módulo 9). Brasil.
4. Ricklefs, R. E. (2009). A economia da Natureza. (Ed 5ª pp. 388-405). Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan.
5. Coutinho, L. M( 2006). O conceito de bioma (Pp 3-23). Brasil
6. http://www.ib.usp.br/~delitti/projeto/ricardo/historico.htm/ acessado em 24 de Maio de
2021.
7. http://www.infoescola.com/biologia/sucessao-ecologica/ Infoescola - comunidade clímax
acessado em 24 de Maio de 2021
8. Araújo, F. S. et al.(2006). Revista árvore, Viçosa (v.30). Brasil.

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