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Saiba tudo sobre a NR 6 –

a Norma
Regulamentadora que
trata sobre EPI
Empresas que desejam garantir a segurança do trabalho precisam,
obrigatoriamente, conhecer e seguir as regras estipuladas na NR 6.
Quer saber tudo sobre ela e, ainda, conhecer os EPIs mais comuns?
Continue a leitura!

SEGURANÇA DO TRABALH O, TODOS 0 COMENTÁRIOS


Postado em 03/03/2021 por Estefânia Martins
Atualizado em 05/08/2021
Tempo de leitura: 7 minutos
A NR 6 é conhecida como a Norma Regulamentadora dos
Equipamentos de Proteção Individual. No caso, ela aborda
os principais temas referentes ao fornecimento e utilização de
EPI em empresas de qualquer segmento e porte.
Conhecer a fundo suas regras é essencial para qualquer
empresa. Uma vez que a segurança do trabalho é mais do
que uma exigência do Ministério do Trabalho e Emprego. Mas
sim algo que os colaboradores têm direito a receber, tendo em
vista que envolve o seu bem-estar no ambiente laboral.

Tendo em vista a importância do tema, desenvolvemos este


conteúdo. Nele, você vai conhecer os principais aspectos
sobre a NR 6. Desde o que é e sua origem até seus objetivos
e as responsabilidades que todas as partes têm para o seu
cumprimento. Vem com a gente!

Afinal, o que é NR 6?
A NR 6 é a Norma Regulamentadora que estabelece as
medidas que devem ser tomadas em relação à aquisição,
à distribuição e à utilização de Equipamentos de Proteção
Individual nas empresas.

Por EPI, entende-se todo dispositivo ou produto de uso


individual que se destina à proteção do profissional. Ou seja:
seu objetivo é conter riscos que ameacem a segurança e
saúde no trabalho.

Assim sendo, segundo a NR 6, tais equipamentos são


responsáveis pela proteção e integridade do indivíduo.
Prevenindo, assim, acidentes e doenças ocupacionais, bem
como afastamentos.

Ela estabelece que os itens devem ser utilizados nas


seguintes situações:

 Quando as medidas de ordem geral não garantem a


completa proteção do colaborador;
 Enquanto as medidas de proteção coletivas estiverem sendo
implantadas;
 Para atender situações de emergência.

A NR 6 se destaca pelo fato de se estender a todos os


segmentos. Ou seja, não é restrita a uma atividade ou setor
em específico. Diferentemente da NR 12, que trata da
segurança de quem atua com máquinas e equipamentos. E
também da NR 15, cujo texto aborda o uso de EPI apenas em
operações insalubres.

A norma salienta, ainda, que todos os equipamentos de


proteção devem possuir Certificado de Aprovação (CA). É ele
que garante a qualidade do EPI e, consequentemente, a
proteção ao usuário.

Quando a NR 6 foi criada?


A norma foi originalmente editada pela Portaria MTb nº
3.214, de 8 de junho de 1978. Sua intenção foi regulamentar
os artigos 166 e 167 da Consolidação das Leis do Trabalho
(CLT), que abordavam justamente sobre o uso de EPI.

Quando ela foi publicada, trazia todas as disposições sobre o


fornecimento e uso dos equipamentos. Bem como as
obrigações de empregadores, trabalhadores e fabricantes. E,
ainda, os procedimentos necessários para a emissão de CA
para a sua comercialização.

Desde então, a NR 6 passou por uma série de alterações


pontuais. Até que, em 2001, ela foi totalmente revista – seja
em termos estruturais quanto textuais. As principais
alterações foram as seguintes:

 Inserção de uma lista de EPI como anexo I;


 Exclusão do equipamento do tipo cadeira suspensa, que
protege contra queda de altura;
 Alocação dos procedimentos para emissão de CA, com
formulário para cadastro de fabricante anexado;
 Atualização das obrigações das empresas, incluindo a
substituição de EPI quando danificado ou extraviado;
 Ampliação de obrigações de fabricantes e importadores dos
equipamentos;
 Exigência de marcação de lote de fabricação no
equipamento;
 Previsão de que os EPIs são passíveis de restauração,
lavagem e higienização;
 Definição de procedimentos para a suspensão de CA após
fiscalização.

Após essa grande atualização, a norma passou, ainda, por


duas modificações, em que foram inseridos novos
equipamentos. São eles:

 Vestimentas condutivas de segurança para proteção do


corpo todo contra choques elétricos;
 Colete à prova de balas para vigilantes que manuseiam
arma de fogo.

Principais objetivos da
NR 6
As previsões da norma têm os seguintes objetivos:

 Orientar quanto ao uso adequado de EPI;


 Definir as responsabilidades de empregadores e
empregador;
 Estabelecer critérios para fabricantes e importadores;
 Relacionar os equipamentos que devem ser utilizados;
 Deliberar aspectos técnicos acerca dos ítens.

Na prática, a NR 6 visa atuar na prevenção de acidentes,


especialmente aqueles considerados previsíveis devido ao
perfil da atividade desempenhada. Logo, é essencial para
garantir a segurança do trabalho e, consequentemente, o
bem-estar físico e mental aos profissionais.
 Veja nosso checklist para promover Segurança do
Trabalho!

Como escolher o EPI mais


adequado?
Essa é uma dúvida comum a qualquer empresa. Porém, é
essencial esclarecer porque a falta de um dos equipamentos
pode acarretar em danos sérios.

Então, como selecionar o EPI? É preciso realizar


uma análise preliminar de risco. Ou seja, avaliar as
ameaças existentes no ambiente de trabalho, sejam elas:

 Químicas;
 Físicas;
 Biológicas;
 Ergonômicas;
 De acidentes.

De acordo com a NR 6, somente é possível escolher os


equipamentos depois dessa etapa. Uma vez que cada
atividade ou processo possui riscos próprios, bem como níveis
de exposição a eles.

É importante ressaltar, ainda, que a proteção individual não


modifica a dimensão da ameaça. Mas sim reduz as chances
de causar danos à saúde do profissional.
Quer um exemplo? Uma pessoa que trabalha com
equipamentos está exposta a ruídos. Ao utilizar protetor
auricular, o barulho é minimizado. Apesar de continuar no
mesmo ambiente e de se expor ao som.

Após a escolha dos equipamentos, o ideal é criar uma espécie


de checklist de EPI. Com essa lista de verificação, sabe-se
quais materiais precisam ser adquiridos e entregues para
cada colaborador. Sem falar que auxilia na conferência dos
mesmos.

Além disso, há ainda uma etapa tão importante quanto as


outras: a de conscientização. Isto é, os colaboradores devem
entender o porquê precisam utilizá-lo corretamente.

Para isso, é preciso oferecer treinamentos periódicos – seja


sobre o uso e a sua importância, bem como a melhor forma de
manusear e higienizar os itens.

Quais são os principais


tipos de EPI?
O anexo I da NR 6 apresenta os principais tipos de
Equipamento de Proteção Individual, separados pelas
partes do corpo humano. Confira, a seguir, alguns exemplos:

Cabeça
 Capacete;
 Capuz ou balaclava.

Olhos, face e ouvido


 Óculos;
 Máscara de solda;
 Protetor facial;
 Protetor auditivo.

Respiratório
 Respirador purificador de ar motorizado e não motorizado;
 Respirador de adução de ar;
 Máscaras descartáveis.

Tronco
 Vestimentas;
 Colete à prova de balas.

Mãos e pés
 Luvas;
 Creme protetor;
 Manga;
 Braçadeira;
 Dedeira;
 Calçado (botas e sapatos);
 Meia;
 Perneira;
 Calça.

Proteção do corpo inteiro


 Macacão;
 Avental;
 Vestimentas especiais.

Contra quedas
 Cinturão de segurança com dispositivo trava-queda ou com
talabarte;
 Ancoragem.

Mas atenção: as empresas não precisam utilizar todos os


EPIs. Na verdade, elas devem selecionar aquelas que estão
de acordo com as atividades desempenhadas.

Qual a importância da
Norma Regulamentadora
6 para as empresas?
A NR 6 é essencial para as organizações porque serve como
uma espécie de guia. No caso, com ela, eles sabem
exatamente como proceder no que tange ao uso e
fornecimento de EPI.

 Confira nosso modelo de checklist para higienização de


EPI!
Tendo em vista que o Ministério do Trabalho fiscaliza esse
fator, ela evita que as empresas sejam multadas ou mesmo
tenham que parar o seu funcionamento por tempo
indeterminado.

Outrossim, a norma é importante para tornar o ambiente de


trabalho mais seguro e saudável para os colaboradores.
Isso impacta diretamente na produtividade, uma vez que
reduz a incidência de acidentes e doenças ocupacionais que
podem levar ao afastamento.

Quais são as
responsabilidades e
obrigações presentes na
NR 6?
Lembra que falamos que a NR 6 descreve as
responsabilidades dos empregadores, empregados e até
fornecedores em relação ao EPI? Pois bem, ela aborda o
assunto de forma clara e objetiva, para evitar interpretações
distintas.

Vamos mostrar, então, o papel de cada um:

Responsabilidades da
empresa
 Selecionar os equipamentos de acordo com os riscos de
cada atividade;
 Adquirir apenas EPIs com Certificado de Aprovação;
 Fornecer e exigir o seu uso adequado;
 Registrar o seu fornecimento ao trabalhador;
 Orientar e treinar o colaborador para o correto uso, guarda e
conservação do material fornecido;
 Promover o armazenamento adequado de todos os itens;
 Responsabilizar-se pela higienização de EPI, bem como sua
manutenção periódica;
 Substituir imediatamente o equipamento, em caso de dano
ou extravio;
 Comunicar ao Ministério do Trabalho e Emprego caso
observe alguma irregularidade.

Responsabilidades dos
colaboradores
 Utilizar os itens fornecidos apenas para a finalidade a que
estes se destinam ;
 Responsabilizar-se pelo armazenamento e pela
conservação do EPI;
 Comunicar o empregador caso ocorra alguma alteração que
torne o item impróprio para uso;
 Notificar a perda do equipamento;
 Manter o EPI em boas condições;
 Cumprir com todas as orientações e determinações da
empresa no que tange ao uso dos itens.
Responsabilidade do
fabricante ou importador
 Cadastrar-se junto ao órgão competente;
 Comunicar qualquer alteração nos dados cadastrais
fornecidos;
 Solicitar a emissão ou renovação do CA dentro do prazo;
 Requerer novo CA caso haja alteração nas especificações
do EPI aprovado anteriormente;
 Responsabilizar-se pela manutenção da qualidade dos itens
disponibilizados;
 Oferecer instruções técnicas na língua nativa local (no
nosso caso, português);
 Comercializar apenas produtos com CA;
 Adicionar o número do lote de fabricação em cada peça;
 Fornecer informações sobre o processo de limpeza e
higienização dos seus produtos, indicando quando há
necessidade de revisão ou substituição;
 Promover a adaptação do EPI para pessoas com
deficiência;
 Providenciar a avaliação da conformidade do EPI no âmbito
do Sistema Nacional de Metrologia, Normalização e
Qualidade Industrial (SINMETRO), quando for o caso.

Já ao Ministério do Trabalho e Emprego, cabe garantir a


integridade e qualidade dos equipamentos. Para isso, atua de
forma rígida no cadastro de fornecedores. Bem como fiscaliza
as empresas com frequência, para verificar se estão sendo
usados, de fato.
Principais desafios para o
cumprimento da norma
O principal desafio, certamente, é fazer com que o
trabalhador entenda a necessidade de utilizar
adequadamente os Equipamentos de Proteção
Individual. Bem como ter um cuidado extra com a sua
conservação.

Os argumentos para isso são diversos, desde esquecimento a


incômodos durante o serviço.

Porém, essa conscientização é essencial. Uma vez que é a


vida deles que está sendo exposta aos riscos. Logo, sem a
sua ajuda, eles mesmos ficam sujeitos a danos físicos e
mentais.

Da mesma forma, muitos empresários consideram o uso de


EPI apenas como uma exigência legal. Ou seja, como algo
que são obrigados a adotar, mas que, de fato, não é de seu
interesse. Logo, acabam fazendo as coisas pela metade,
disponibilizando apenas o básico para não serem punidos.

Eles esquecem, porém, que esse desleixo pode acarretar em


acidentes graves. Que podem levar a afastamentos ou mesmo
multas altas em caso de processo trabalhista.

Para enfrentar esses desafios, é preciso que haja


conscientização de todos, fortalecendo o papel
da segurança do trabalho na empresa. Ao mesmo tempo,
deve-se entender o EPI como um investimento e um item
essencial de proteção. E não como um gasto ou peça que
prejudica no desempenho.

O entendimento da NR 6 ajuda muito nessa missão, uma vez


que ela esclarece uma série de pontos. Deixando claro a
importância que os equipamentos possuem para todas as
partes.

Como se adequar a NR 6?
O primeiro passo consiste em entender todos os pontos
abordados na NR 6. Ou seja, ler o documento e trazer cada
regra para a sua realidade. Buscando ter, especialmente,
clareza quanto a importância de segui-la.

Em seguida, é preciso realizar a análise dos riscos existentes


em cada atividade desempenhada na empresa. A fim de
determinar quais EPIs devem ser adquiridos e quem deve
receber cada um deles.

Uma dica de ouro é utilizar o Checklist Fácil para criar uma


lista de verificação com todos os itens necessários. Uma
vez registrados, você pode promover inspeções, checagens e
vistorias para se certificar de que todos estão utilizando os
equipamentos necessários.

Além disso, caso algum item esteja fora dos padrões legais, é
possível criar um plano de ação diretamente no sistema.
Assim, o responsável pela compra saberá como agir, tornando
o processo mais ágil e seguro.

E mais: você pode agendar os checklists. Assim, evita que os


prazos sejam descumpridos e que alguma informação
importante seja deixada para trás.

Agora que você entendeu tudo sobre o NR 6, que tal saber


mais sobre a nossa solução? Agende uma demonstração
gratuita agora mesmo e veja na prática como ela pode ajudar
a sua empresa na padronização desse e de tantos outros
processos!

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