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Thermodynamics: An Engineering Approach, 7th Edition

Yunus A. Cengel, Michael A. Boles


McGraw-Hill, 2011©

Capítulo 7
ENTROPIA

Mehmet Kanoglu

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Objetivos
• Aplicar a segunda lei da termodinâmica à processos.
• Definir uma nova propriedade chamada entropia para quantificar os
efeitos da segunda lei.
• Estabelecer o princípio do aumento da entropia.
• Calcular as variações de entropia que ocorrem durante processos
envolvendo substâncias puras, substâncias incompressíveis e
gases ideais.
• Examinar uma classe especial de processos idealizados, os
processos isentrópicos, e desenvolver relações entre propriedades
para esses processos.
• Derivar expressões para o trabalho reversível em regime
permanente.
• Definir as eficiências isentrópicas dos diversos dispositivos com
escoamento em regime permanente.
• Apresentar e aplicar o balanço de entropia a diversos sistemas.

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ENTROPIA

Desigualdade
de Clausius

Definição
formal de
entropia

O Sistema considerado no
desenvolvimento da A igualdade na desigualdade de Clausius vale
desigualdade de Clausius. para os ciclos totalmente ou apenas
internamente reversíveis, assim como a
desigualdade vale para os cíclos irreversíveis. 3
Uma quantidade cuja
integral cíclica é zero (ou
seja, uma propriedade como
volume)
Entropia é uma
propriedade extensiva
de um sistema

A variação da entropia entre dois estados A variação líquida


específicos é a mesma, seja o processo do volume(uma
reversível ou irreversível. propriedade)
durante um ciclo
é sempre zero.
Um caso especial: processos de transferência de
calor isotérmicos e internamente reversíveis.

Essa equação é particularmente útil para determinar


a variação de entropia de reservatórios de energia
térmica. 4
O PRINCÍPIO DO AUMENTO DA ENTROPIA

A igualdade vale para processos


internamente reversíveis e a desigualdade
para processos irreversíveis.

Um ciclo composto de
um processo reversível
e um processo
irreversível.
Entropia é gerada ou criada durante ou processo irreversível, e esta
geração é devida inteiramente à presença de irreversibilidades.

A entropia gerada Sger é uma quantidade sempre positiva ou zero.


A entropia de um Sistema durante um processo pode ser diminuída?
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A variação da entropia de um Sistema
isolado é a soma das variações da
entropia de seus componentes e nunca é
menor do que zero.

Um Sistema e sua vizinhança


formam um Sistema isolado.

O princípio do
aumento da
entropia
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Algumas observações sobre a entropia
1. Processos podem ocorrer apenas em
determinada direção, e não em qualquer
direção. Um processo deve avançar na
direção compatível com o princípio do
aumento da entropia, ou seja, Sger ≥ 0. Um
processo que viola esse princípio é definido
como impossível.
2. Entropia é uma propriedade que não se
conserva, e não existe um princípio de
conservação de entropia. A entropia é
conservada apenas durante processos
reversíveis idealizados e aumenta durante
todos os processos reais.
3. O desempenho dos sistemas de engenharia
é degradado pela presença de
A variação de entropia de
irreversibilidades, e a geração de entropia é
um Sistema pode ser
uma medida das magnitudes das
negative, mas a geração
irreversibilidades presentes durante um
da entropia não.
processo. Ela pode ser usada para
estabelecer critérios de desempenho de
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dispositivos de engenharia.
VARIAÇÃO DA ENTROPIA DE SUBSTÂNCIAS PURAS
A entropia é uma propriedade, portanto, o
valor da entropia de um Sistema é fixo
uma vez estabelecido o estado do
sistema.

Esquema do diagram T-s da água.

A entropia de uma substância Variação da


pura é determinada a partir de entropia
tabelas (assim como as outras
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propriedades).
PROCESSOS ISENTRÓPICOS
Um processo no qual a entropia permanece constant é
chamado de processo isentrópico.

Durante um processo
internamente reversível e
O processo isentrópico é uma linha vertical
adiabático (isentrópico), a
em um diagrama T-s.
entropia permanece
constante. 9
DIAGRAMAS DE PROPRIEDADES ENVOLVENDO A ENTROPIA

Em um diagrama
T-S, a área sob a
curva do
processo
representa a
transferência de
calor em
processos
internamente
reversíveis.

Nos dispositivos adiabáticos


com escoamento em regime
permanente, a distância vertical
∆h em um diagrama h-s é uma
medida do trabalho, e a
distância horizontal ∆s é uma
medida das irreversibilidades
Diagrama de Mollier: O diagrama h-s

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O QUE É ENTROPIA?
Relação de
Boltzmann

Uma substância cristalina pura à temperature zero


absolute está em perfeita ordem, e sua entropia é
zero (Terceira lei da termodinâmica).

O nível de desordem
molecular (a entropia) de Energia desorganizada não produz efeito
uma substância aumenta útil, independente de sua magnitude.
à medida que ela se
funde ou evapora.
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O trabalho da roda de pás realizado em um gás
aumenta seu nível de desordem (entropia) e, portanto,
a energia é degradada durante o processo.

Na ausência de Durante um processo


de transferência de
atrito, a elevação de
calor, a entropia
um peso girando um líquida aumenta. (O
eixo não cria aumento da entropia
nenhuma desordem do corpo frio mais do
(entropia) e, que compensa a
portanto, a energia diminuição da entropia
não se degrada do corpo quente).
durante o processo.
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AS RELAÇÕES T ds

A primeira relação T ds, ou


equação de Gibbs

As relações T ds são válidas


para os processos reversíveis e Segunda relação T ds
irreversíveis e para os sistemas
abertos e fechados.
Variações
diferenciais de
entropia em termos
de outras
propriedades.
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VARIAÇÃO DE ENTROPIA DE LÍQUIDOS E SÓLIDOS

Líquidos e sólidos podem


ser aproximados como
Uma vez que para líquidos e substâncias incompressíveis
sólidos uma vez que seus volumes
específicos permanecem
aproximadamente
constantes durante um
processo.

Para um processo isentrópico de uma substância incompressível

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VARIAÇÃO DE ENTROPIA DOS GASES IDEAIS
Para primeira relação T ds Para segunda relação T ds

Uma transmissão
do cnal GI.

15
Calores específicos constantes (análise aproximada)

Variação de entropia de um gás ideal


expressa na base molar

Sob a hipótese de calor


específico constante, o calor
específico é admitido como
constante e calculado em
algum valor médio. 16
Calores específicos variáveis (Análise exata)
Escolhe-se o zero absoluto como a temperatura
de referência e definimos uma função s° como

Expressa em unidades de massa A entropia de um gás


ideal depende de T e
P. A função s°
representa apenas a
parte da entropia que
Expressa na base molar
depende da
temperatura.

17
Processos isentrópicos de gases ideais
Calores específicos constantes (análise aproximada)

Igualando a equação a
zero, obtemos

As relações isentrópicas dos gases


ideais são válidas apenas para os
processos isentrópicos de gases
ideais.

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Processos isentrópicos de gases ideais
Calores específicos variáveis (análise exata)

Pressão relativa e volume específico relativo


exp(s°/R) é O uso de dados de
a pressão Pr para calcular a
relativa Pr. temperatura final de
um processo
isentrópico.

O uso de dados de vr
para calcular a
T/Pr é o volume temperatura final durante
específico relativo vr. um processo isentrópico 19
TRABALHO REVERSÍVEL NO ESCOAMENTO EM
REGIME PERMANENTE

Quando a energia
cinética e potencial
são desprezíveis

Quanto maior for o


volume específico,
maior será o
trabalho
Para o escoamento em regime permanente de produzido(ou Relações para o
um líquido através de um dispositivo que não consumido) por
trabalho reversível
envolve interações de trabalho (como um bocal um dispositivo
com escoamento
em sistemas com
ou um trecho de um tubo), o termo de trabalho é
em regime escoamento em
zero (Equação de Bernoulli):
permanente. regime permanente
e fechados.
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Demonstração de que os dispositivos com escoamento em regime
permanente produzem o máximo e consomem o mínimo trabalho
quando o processo é reversível
Considerando calor entrando e trabalho saindo positivos:

Real
Reversível

Uma turbina reversível produz


Dispositivos que produzem trabalho da mais trabalho do que uma turbina
mesma forma que as turbinas fornecem irreversível se ambas operarem
mais trabalho, e os dispositivos que entre os mesmos estados inicial e
consomem trabalho, como as bombas e os final.
compressores, exigem menos trabalho
quando operam de forma reversível. 21
MINIMIZANDO O TRABALHO DO COMPRESSOR
Quando a energia
cinética e potencial
são desprezíveis

Isentrópivo (Pvk = constantr):

Politrópico (Pvn = constante):

Isotérmico(Pv = constante): Diagrama P-v dos processos de


compressão isentrópico,
politrópico e isotérmico entre os
mesmos limites de pressão
A compressão adiabática (Pvk = constante)
exige o trabalho máximo e a compressão
isotérmica (T = constante) exige o trabalho
mínimo. Por que?
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Compressão em múltiplos estágios com
resfriamento intermediário
O gás é comprimido em
estágios e resfriado entre
cada estágio, quando
passa por um trocador de
calor chamado resfriador
intermediário.

Diagramas P-v e T-s


de um processo de
compressão em dois
estágios com
escoamento em
regime permanente.

Para minimizar o trabalho de compressão


durante a compressão de dois estágios, a razão
de pressão em cada estágio do compressor
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deve ser a mesma.
EFICIÊNCIAS ISENTRÓPICAS
DE DISPOSTIVOS COM
ESCOAMENTO EM REGIME
PERMANENTE
O processo isentrópico não apresenta
irreversibilidades e serve de processo ideal
para os dispositivos adiabáticos.

Eficiência
isentrópica
das
turbinas

O diagrama h-s dos


processos real e
isentrópico em uma
turbina adiabática.
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Eficiência isentrópicas de compressores e bombas

Quando a energia
cinética e potencial
são desprezíveis

Para a
bomba

Eficiência O diagrama h-s


isotérmica dos processos
real e
isentrópico de
um compressor
adiabático
Compressores
são algumas É possível utilizar a eficiência
vezes resfriados isentrópica para compressores não
intencionalmente adiabáticos?
para minimizar o É possível utilizar eficiência isotérmica
trabalho de para um compressor adiabático? 25
compressão.
Eficiência isentrópica
dos bocais

Se a velocidade de entrada
de um fluido é pequena em
relação a velocidade de
saída, o balanço de O diagrama h-s
energia torna-se: dos processos real
e isentrópico em
um bocal
adiabático.

Então,

Uma substância sai de


um local real a uma alta
temperatura (e
consequentemente a
uma baixa velocidade_
como resultado do atrito. 26
BALANÇO DE ENTROPIA

Variação de entropia
de um sistema, ∆Ssystem

Quando as propriedades do
Sistema não são uniformes

Balanços de energia e
entropia para um sistema.
27
Mecanismos de transferência de entropia, Sent e Ssai
1 Transferência de calor
Transferência de entropia por transferência de
calor:

Transferência de entropia por trabalho:

Transferência de calor é sempre


acompanhada por transferência de
entropia em uma quantidade Q/T,
onde T é a temperatura da fronteira.
Nenhuma entropia acompanha o trabalho à
medida que ele atravessa a fronteira do sistema.
Mas entropia pode ser gerada dentro do Sistema
à medida que o trabalho é convertido em uma
forma de energia útil. 28
Mecanismos de transferência de entropia, Sent e Ssai
2 Fluxo de massa
Entropia transferida por massa:

Quando as propriedades da
massa variam durante o processo

Massa contém entropia e também


energia, e portanto o fluxo de
massa para ou de um Sistema
sempre é acompanhado pela
transferência de energia e de
entropia.

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Geração de Entropia, Sger A geração de
entropia for a da
fronteira do Sistema
pode ser calculada
escrevendo um
balanço de entropia
em um Sistema
estendido que inclua
o Sistema e sua
vizinhança imediata.

Mecanismos de transferência de
entropia para um Sistema generalizado.
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Sistemas Fechados

A variação da entropia de um sistema fechado durante um processo é igual


à soma da entropia líquida transferida através da fronteira do sistema pela
transferência de calor com a entropia gerada dentro da fronteira do sistema.

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Volumes de Controle

A entropia de uma
substância sempre
aumenta (ou
permanece constante
no caso de um A entropia de um volume
processo reversível) à de controle varia como
medida que ela escoa resultado do fluxo de
através de um massa, bem como da
dispositivo de corrente transferência de calor.
única, adiabático e em
regime permanente.
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EXEMPLOS
Geração de entropia em uma
parede através da transferência
de calor

Geração de entropia em um
processo de estrangulamento

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Geração de entropia associada a um
processo de trasnferência de calor

Representação gráfica da geração de entropia durante um processo de


transferência de calor com uma diferença de temperatura finita. 34
Sumário
• Entropia
• O princípio do aumento da entropia
• Algumas observações sobre entropia
• Variação de entropia para substâncias puras
• Processos isentrópicos
• Diagramas de propriedades envolvendo entropia
• O que é entropia?
• As relações T ds
• Variação de entropia de líquidos e sólidos
• A variação de entropia de um gás ideal
• Trabalho reversível em regime permanente
• Minimizando o trabalho no compressor
• Eficiência isentrópica de dispositivos de regime
permanente
• Balanço de entropia
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