Teste de leitura 7

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Avaliação Professor(a)

Lê o texto.

Nós e a natureza… uma longa história

Durante milhares e milhares de anos, éramos só nós e a natureza. […]
A natureza era amiga, mas era também inimiga: imagina o que seria viveres rodeado
por animais que te queriam comer! Ou teres de suportar invernos rigorosos, secas,
cheias ou pragas capazes de destruir as plantas que te serviriam de alimento. É por isso
5 que, no princípio de tudo, rezávamos às montanhas, às árvores, aos rios. A natureza era
como alguém vivo, como um Deus com quem se pode conversar, a quem se pede muito
alguma coisa ou se pode oferecer um presente em troca de um grande favor.
Salve, ó Nilo!
Que sais da terra
10 E vens dar de beber ao Egito!
Diziam os antigos egípcios ao rio Nilo. […]
A imprevisibilidade sempre nos assustou […] e esta necessidade de sobreviver (neste
caso, de comer!) fez com que, ao longo da nossa história, nos esforçássemos por
dominar o mais possível a natureza e as suas forças selvagens.
15 Tentámos controlar a natureza de muitas maneiras: observando-a atentamente,
estudando as mudanças ao longo do tempo, descobrindo semelhanças e diferenças,
distinguindo os seres que nos rodeavam. Também através da tecnologia, tentámos
tornar as coisas mais fáceis: por exemplo, inventando instrumentos cada vez mais
sofisticados.
20 Com o passar do tempo, a nossa relação com o mundo natural foi-se alterando: como
deixámos de ter tanto medo, já não sentíamos tanta necessidade de comunicar, pedir
ou agradecer; como a natureza já estava mais ou menos controlada, podíamos usá-la
em nosso proveito, sem nos preocuparmos com as consequências.
Depois de muitos erros, percebemos que o planeta tem uma capacidade de
25 renovação finita (o contrário de infinita) e que estamos todos ligados. Se destruímos
florestas a um grande ritmo, elas acabarão por desaparecer; se destruímos o habitat de
um determinado animal, ele corre o risco de se extinguir; se uma espécie desaparece,
outras desaparecerão. Tudo funciona em círculo, um círculo do qual também fazemos
parte.
30 Mesmo que queiramos pensar o contrário, continuamos dependentes do planeta e
dos seus recursos. E, neste momento, a natureza também depende de nós: tornámo-
nos tão poderosos que somos capazes de destruir um planeta inteiro. E isso pode ser
assustador, nem é preciso explicar porquê...
Maria Ana Peixe Dias e Inês Teixeira do Rosário, Lá fora – Guia para descobrir a natureza,
Planeta Tangerina, 2018 (págs. 9-13)
 Teste de leitura 7

1. As afirmações apresentadas de (A) a (E) referem-se a acontecimentos mencionados no texto.

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Escreve a sequência de letras que corresponde à ordem cronológica desses acontecimentos, do
mais antigo para o mais recente.

(A) Os homens compreenderam que muitas das suas ações colocaram em risco o planeta, dado
que tudo está ligado na natureza.

(B) Atualmente, está nas mãos dos homens a sua própria sobrevivência e a do planeta que
habitamos.

(C) Os homens consideravam a natureza uma espécie de divindade, que ora os ajudava ora os
castigava.

(D) Quando os homens entenderam que já tinham algum poder sobre a natureza, procuraram
tirar dela o máximo lucro, sem pensarem nos efeitos da sua ação.

(E) Para não estarem dependentes da “boa vontade” da natureza, os homens procuraram
dominá-la, construindo instrumentos e desenvolvendo técnicas eficazes.

1.°______; 2. °______; 3.° ______; 4.° ______; 5.° ______.

2. Assinala com X, nos itens 2.1. a 2.4., a opção que completa cada frase, de acordo com o texto.

2.1. Na frase “como deixámos de ter tanto medo” (linhas 19-20), a palavra sublinhada exprime
(A) tempo
(B) causa
(C) comparação

2.2. Na linha 24, os parênteses são usados para introduzir

(A) um comentário
(B) uma explicação
(C) uma reflexão

2.3. A expressão que permite substituir “Mesmo que” (linha 28), sem alterar o sentido da frase, é
(A) Ainda que
(B) Sempre que
(C) Desde que

2.4. O pronome demonstrativo “isso” (linha 30) refere-se a

(A) “continuamos dependentes do planeta e dos seus recursos”
(B) “a natureza também depende de nós”
(C) “somos capazes de destruir um planeta inteiro”