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la n t

Pu´teisas
da Serra de Carajás
espécies associadas a sítios arqueológicos

Ronize da Silva Santos


Pedro Glécio Costa Lima
Karen Cibelle Lameira da Silva
Márlia Coelho-Ferreira
Marcos Pereira Magalhães
GOVERNO DO BRASIL

Presidente da República
Jair Messias Bolsonaro

Ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações


Marcos Cesar Pontes

MUSEU PARAENSE EMÍLIO GOELDI

Diretora
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Coordenador de Pesquisa e Pós-Graduação
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NÚCLEO EDITORIAL DE LIVROS

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Editora de Arte
Andréa Pinheiro
Museu Paraense Emílio Goeldi

la n t
Pu´teisas da Serra de Carajás
espécies associadas a sítios arqueológicos

Ronize da Silva Santos


Pedro Glécio Costa Lima
Karen Cibelle Lameira da Silva
Márlia Coelho-Ferreira
Marcos Pereira Magalhães

Belém, 2019
Textos
Ronize da Silva Santos
Pedro Glécio Costa Lima
Karen Cibelle Lameira da Silva
Márlia Coelho-Ferreira
Marcos Pereira Magalhães

Fotografias
João Aires da Fonseca
Lourival Tyski
Márlia Coelho-Ferreira
Pedro Glécio Costa Lima
Pedro Lage Viana
Ronize da Silva Santos
Silvinho Costa da Silva

Projeto gráfico e editoração eletrônica


Andréa Pinheiro

Ficha catalográfica
Serviço de Biblioteca (SEBIB/MPEG)

Revisão científica
Pedro Lage Viana

Plantas úteis da Serra de Carajás: espécies associadas a sítios arqueológicos.

Belém: Museu Paraense Emílio Goeldi, 2019.

112 p.: il. color.

ISBN: 978-65-5000-002-8

1. Plantas úteis - Catálogos. 2. Etnobotânica - Brasil - Amazônia. 3. Santos,


Ronize da Silva. 4. Lima, Pedro Glécio Costa. 5. Lameira-da-Silva, Karen Cibelle.
6. Coelho-Ferreira, Márlia. 7. Magalhães, Marcos Pereira. 8. Coleção marajoara.

CDD: 581.610981152
Sumário
Apresentação

Floresta Nacional de Carajás .......................................................................................................................................... 9

Vegetação florestal - Floresta ombrófila, floresta estacional


e vegetação inundada com presença de palmeiras ............................................................................................... 12

Vegetação não florestal - Vegetação de canga ........................................................................................................ 16

Espécies .................................................................................................................................................................................. 21

Aechmea bromeliifolia (Rudge) Baker.......................................................................................................................... 22


Anacardium occidentale L. ................................................................................................................................................ 24
Ananas ananassoides (Baker) L.B.Sm. ........................................................................................................................... 26
Agonandra silvatica Ducke ............................................................................................................................................... 28
Bauhinia pulchella Benth. ................................................................................................................................................. 30
Begonia guaduensis Kunth ............................................................................................................................................... 32
Bertholletia excelsa Bonpl. ................................................................................................................................................ 34
Byrsonima chrysophylla Kunth ....................................................................................................................................... 36
Caryocar villosum (Aubl.) Pers. ....................................................................................................................................... 38
Cassytha filiformis L. ........................................................................................................................................................... 40
Cochlospermum orinocense (Kunth) Steud. ............................................................................................................... 42
Connarus perrottetii (DC.) Planch. ................................................................................................................................. 44
Cordiera myrciifolia (K.Schum.) C.H.Perss. & Delprete .......................................................................................... 46
Cereus hexagonus (L.) Mill. ............................................................................................................................................... 48
Emmotum nitens (Benth.) Miers ..................................................................................................................................... 50
Erythroxylum citrifolium A. St.-Hil. ................................................................................................................................ 52
Endopleura uchi (Huber) Cuatrec................................................................................................................................... 54
Euterpe oleracea Mart. ....................................................................................................................................................... 56
Gnetum nodiflorum Brongn. ............................................................................................................................................ 58
Guatteria punctata (Aubl.) R. A. Howard .................................................................................................................... 60
Lippia grata Schauer ........................................................................................................................................................... 62
Manihot sp. ........................................................................................................................................................................... 64
Mauritia flexuosa L.f. ........................................................................................................................................................... 66
Mauritiella armata (Mart.) Burret .................................................................................................................................. 68
Mimosa acutistipula var. ferrea Barneby ..................................................................................................................... 70
Myrcia multiflora (Lam.) DC. ............................................................................................................................................ 72
Norantea guianensis Aubl. ............................................................................................................................................... 74
Oenocarpus distichus Mart. .............................................................................................................................................. 76
Ouratea castaneifolia (DC.) Engl. ................................................................................................................................... 78
Passiflora tholozanii Sacco ............................................................................................................................................... 80
Periandra mediterranea (Vell.) Taub.............................................................................................................................. 82
Philodendron spp. ................................................................................................................................................................ 84
Pilocarpus microphyllus Stapf ex Wardlew. ................................................................................................................ 86
Pleonotoma orientalis Sandwith .................................................................................................................................... 88
Pouteria ramiflora (Mart.) Radlk. ................................................................................................................................... 90
Quiina pteridophylla (Radlk.) Pires ................................................................................................................................ 92
Roupala montana Aubl. ..................................................................................................................................................... 94
Sapium argutum (Müll.Arg.) Huber .............................................................................................................................. 96
Smilax sp. ................................................................................................................................................................................ 98
Theobroma glaucum H. Karst. ....................................................................................................................................... 100
Vismia guianensis (Aubl.) Choisy ................................................................................................................................. 102

Referências ......................................................................................................................................................................... 105

Agradecimentos ............................................................................................................................................................... 111


Apresentação
A flora amazônica é extremamente rica, abrigando inúmeras espécies com diferentes tipos de uso, as
quais foram manejadas ao longo do processo de ocupação humana da região, sendo encontradas,
muitas vezes, em vegetação associada a sítios arqueológicos. Esta publicação foi elaborada a partir das
pesquisas conduzidas na Floresta Nacional de Carajás (Flona de Carajás), no período de 2013 a 2016 por
Santos (2017), no âmbito do Projeto Arqueológico Carajás (PACA). Diversos inventários florísticos foram
realizados em ambientes do entorno de sítios arqueológicos de abrigo e de área aberta, localizados nas
serras Norte e Sul de Carajás. As espécies aqui apresentadas foram selecionadas de acordo com sua
relevância na flora local e/ou por sua importância cultural na Amazônia. Vale ressaltar que, segundo
Magalhães et al. (2016) e Costa-Lima (2018), muitas entre estas têm sido utilizadas e manejadas desde
11 mil anos atrás. O reconhecimento dos usos atribuídos a estas plantas nos dias atuais auxilia na
interpretação arqueológica sobre o ambiente e uso do espaço no passado. Contudo, por não haver
comunidades tradicionais habitando as serras, as informações relacionadas ao uso das espécies foram
levantadas em consulta à literatura envolvendo populações tradicionais da Amazônia, com exceção
para algumas plantas da vegetação de canga, que demandaram consultas a trabalhos realizados em
outros biomas brasileiros, onde este tipo vegetacional ocorre.
8
Floresta Nacional de Carajás
A Flona de Carajás está localizada no Sudeste do Pará, Amazônia brasileira, região caracterizada pela
riqueza de recursos minerais, relevo acidentado com platôs de afloramentos de rochas ferruginosas,
abrangendo os municípios de Parauapebas e Canaã dos Carajás (Figura 1).

Figura 1. Mapa de localização da FLONA de Carajás, destacando as áreas de estudo.

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Essa região se tornou um centro importante de estudos sobre a história da ocupação humana na
Amazônia por abrigar um dos maiores complexos de sítios arqueológicos associados à bacia do rio
Itacaiúnas (SILVEIRA, 1994; MAGALHÃES, 2005; MAGALHÃES et al., 2016). Os recentes levantamentos realizados
no âmbito do Projeto Arqueológico Carajás-PACA, coordenado pelo Dr. Marcos Magalhães, têm
identificado uma gama de novos sítios de abrigos e a céu aberto, localizados nas serras e nas terras
mais baixas (MAGALHÃES et al., 2016) (Figura 2).

As peculiaridades ecológicas e arqueológicas da Flona de Carajás chamam a atenção pelo fato de sua
vegetação apresentar todas as características descritas no acervo teórico amazônico sobre a interação
entre pessoas e plantas, tanto no presente quanto no passado, configurando um cenário de pesquisas
raro na Amazônia (SANTOS et. al., 2016).

Associadas aos sítios arqueológicos podem ser encontradas diferentes fitofisionomias, que comportam
florestas ombrófilas, florestas estacionais, vegetação inundada com presença de palmeiras e vegetação
não florestal ou vegetação de canga (SANTOS, 2017).

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Vegetação
Vegetação associada a lagos
de canga
Lago Buritizal

Gruta
PA-AT-337:S11-D47
Sítio
Capela

Rota Lâmina de machado

Sítio Boa Esperança II

Vegetação Ponta de flecha feita


florestal em quartzo hialino,
encontrada aos 28 cm
de profundidade em
relação à superfície

Figura 2. Os sítios arqueológicos Capela e Boa Esperança e as diferentes fitofisionomias da Serra Sul de Carajás.

11
Vegetação florestal
Floresta ombrófila, floresta estacional
e vegetação inundada com presença de palmeiras

A floresta ombrófila abrange áreas de matas abertas, com maior riqueza de cipós e palmeiras e matas
fechadas, com biomassa bastante densa. Em Carajás está distribuída em áreas de terras baixas e áreas
elevadas (montanas e submontanas) (Figuras 3 e 4).

Figura 3. Floresta ombrófila em capão florestal da Serra Norte.

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A floresta estacional (decidual e semi-decidual), ocorre sobre solos rasos relacionados a afloramentos
rochosos, e está condicionada por uma dupla estacionalidade climática (período mais chuvoso, seguido
por estiagem acentuada). Sua característica maior é a caducifolia, acima de 50% nas deciduais e variando
entre 20 e 50% nas semi-deciduais (ICMBIO, 2016).

Essa vegetação florestal (ombrófila e estacional) no topo das serras pode se apresentar de maneira
diferenciada, formando verdadeiras ilhas de vegetação arbórea, denominadas de capão florestal, e que

Figura 4. Floresta ombrófila em vertente da Serra Norte.

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pode ocorrer nas bordas de lagos, em pequenas depressões, tanto no centro como nas bordas de
platôs (SCHAEFER et al., 2012) (Figura 5).

Estes tipos florestais são marcados pela presença de marmeleiro [Aparisthmium cordatum (A.Juss.) Baill.],
espeturana-vermelha (Matayba inelegans Spruce ex Radlk.), bacaba (Oenocarpus distichus Mart.) e uxirana
(Sacoglottis guianensis Benth.).

Figura 5. Capão florestal na Serra Norte.

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Como parte do ambiente no topo das serras permanece úmido ao longo do ano, mesmo durante a
estação seca, há o favorecimento de uma vegetação inundada, dominada pelas palmeiras buriti (Mauritia
flexuosa L.f.) e buritirana [Mauritiella armata (Mart.) Burret], associadas a uma vegetação arbórea e
arbustiva (MORELLATO; ROSA, 1991) (Figura 6).

Figura 6. Área inundada com palmeiras (Mauritia flexuosa) na Serra Sul.

15
Vegetação não florestal
Vegetação de canga

A formação não florestal está situada nas áreas de platô, onde aflora o minério de ferro, e corresponde a uma
vegetação onde predominam gramíneas e arbustos, sendo raros indivíduos arbóreos (VIANA et. al., 2016)
(Figura 7).

Figura 7. Vegetação de canga na Serra Sul.

16
Nesse ambiente predominam espécies como muruci (Byrsonima spp.), vassourinha (Callisthene microphylla
Warm.), jurema (Mimosa acutistipula var. ferrea Barneby) e figo [Pouteria ramiflora (Mart.) Radlk.] (Figura 8).

Figura 8. Vegetação de canga na Serra Sul com indivíduos de Mimosa acutistipula var. ferrea.

17
Outras espécies características são Dyckia duckei L.B. Sm., rabo-de-arara (Norantea guianensis Aubl.),
Ipomoea spp. e canela-de-ema (Vellozia glauca Pohl). Em meio à vegetação de canga ocorrem campos
naturais, ambientes com solo muito raso ou inexistente, onde predominam espécies de ciclo curto,
principalmente Poaceae e Cyperaceae (Figura 9).

Figura 9. Campo natural (vegetação de canga) na Serra Sul.

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A expressividade de plantas úteis encontradas nas fitofisionomias estudadas se revelou como condição
estratégica para que as populações pretéritas estabelecessem ocupações temporárias ou permanentes
nessas serras (Figura 10). Muitas das espécies aqui mencionadas são testemunhos de uma flora com
registros desde o início do Holoceno (ABSY et al., 1991; SILVEIRA, 1994; MAGALHÃES, 2005; HERMANOWSKI;
COSTA; BEHLING, 2012). Existem, portanto, fortes evidências que as sociedades que viveram em Carajás
desenvolveram atividades, que moldaram aquele ambiente às suas necessidades, conforme o uso e o
tempo histórico.

Figura 10. Vegetação com presença de plantas úteis nas proximidades de sítios arqueológicos no Platô NI, Serra Norte, Carajás.

19
20
Espécies

21
Aechmea bromeliifolia (Rudge) Baker
Bromeliaceae
Nome vernacular: gravatá-de-tingir

Planta herbácea epífita ou terrícola de até 1 m de altura,


facilmente reconhecida por sua inflorescência vistosa.
Ocorre do México até o Norte da Argentina; no Brasil
está presente em todos os biomas, abrangendo
vegetação florestal, campo rupestre e cerrado (BFG,
2015; MONTEIRO; FORZZA, 2016). Em Carajás foi
encontrada nas serras Norte (N1, N3) e Sul (S11D)
(MONTEIRO; FORZZA, 2016; SANTOS, 2017). É utilizada no
tratamento de verminoses e seus frutos servem para
atrair vários tipos de caça apreciadas pelos indígenas
Ka’apor (BALÉE, 1994).

VEGETAÇÃO: capão florestal e canga.

SÍTIO ARQUEOLÓGICO: Gruta da Lua, sítios do platô


N3 (1872*, 1873, 1874, 1878) (Serra Norte).

*As enumerações entre parênteses referentes aos sítios correspondem às


indentificações espeleológicas para as cavidades de Carajás.

22
23
Anacardium occidentale L.
Anacardiaceae
Nome vernacular: caju, cajueiro, caju-anão

Arbusto ou pequena árvore de até 6 m de altura. O fruto (castanha) é um aquênio,


com mesocarpo resinoso preso a um pedúnculo carnoso (pseudofruto) de cor
amarela ou vermelha e tamanho variado. Apresenta distribuição entre as regiões
Norte e Sudeste, abrangendo quase todos os biomas brasileiros, em ambientes
como caatinga, cerrado, restinga e savanas amazônicas (BFG, 2015).
Em Carajás ocorre nas serras Norte (N1, N2, N3), Sul
(S11B, S11D) e do Tarzan (HALL; GIL, 2017; SANTOS,
2017). Destaca-se na economia destas regiões pela
comercialização de suas castanhas e polpa para
sucos e doces; o fruto inteiro é utilizado na
produção da Cajuína, bebida fermentada típica do
Nordeste. Na medicina popular, a infusão da casca combate
tumores e inflamação da garganta (CAVALCANTE, 2010).
A decocção dos brotos terminais, flores e entrecasca trata
diarreia. Esta última é indicada contra infecções
geniturinárias femininas e como cicatrizante de
cortes e feridas (COELHO-FERREIRA, 2009).

VEGETAÇÃO: canga.

SÍTIO ARQUEOLÓGICO: Gruta do Grilo (Serra Norte) e


Almofariz (Serra Sul).

24
25
Ananas ananassoides (Baker) L.B.Sm.
Bromeliaceae
Nome vernacular: ananás, ananás-bravo, ananás-do-mato

É uma erva que pode atingir até 1,25 m de altura.


Ocorre da América Central até o Brasil (CÁCERES
GONZÁLEZ et al., 2013), onde encontra-se
distribuída em todas as regiões, em
ambientes florestais, caatinga e
cerrado (BFG, 2015). Em Carajás
ocorre nas serras Norte (N1, N3) e
Sul (MONTEIRO; FORZZA, 2016; SANTOS,
2017). Da infrutescência madura é
obtido suco, considerado diurético
e emenagogo; quando verde, é
anti-helmíntico e desobstruente.
Ao seu macerado é atribuída
propriedade abortiva (LE COINTE, 1947;
COELHO-FERREIRA, 2009).

VEGETAÇÃO: canga.

SÍTIO ARQUEOLÓGICO: Grutas da Lua, Grilo,


Ananás (Serra Norte) e Capela (Serra Sul).

26
27
Agonandra silvatica Ducke
Opiliaceae
Nome vernacular: pau-marfim

Arbusto ou árvore com até 15 m de altura. Sua


distribuição é restrita ao continente sul-
americano, sendo encontrada nas Guianas,
Peru, Bolívia (RAMALHO; ZAPPI, 2017) e no Brasil,
onde ocorre em todos os estados da região
Norte (BFG, 2015; OLIVEIRA, 2016). Em Carajás foi
encontrada nas serras Norte (N1, N7) e Sul
(S11A, S11D) (RAMALHO; ZAPPI, 2017; SANTOS, 2017). É
utilizada pelos Makuxi das savanas de Roraima na
feitura de artesanato e seus frutos são comestíveis e
atraem diversos tipos de caça (OLIVEIRA, 2016).

VEGETAÇÃO: canga.

SÍTIO ARQUEOLÓGICO: Grutas do N1, Lua, Grilo,


Mapinguari, Guarita e Rato (Serra Norte).

28
29
Bauhinia pulchella Benth.
Fabaceae
Nome vernacular: mororó, unha-de-vaca e
pata-de-vaca-da-folha-miúda

Arbusto ou arvoreta com até 4 m de altura. Encontrada


na Bolívia e em todo o Brasil, com exceção da região Sul
(BFG, 2015). É uma das espécies mais abundantes na
vegetação de canga de Carajás, tendo sido registrada
nas serras Norte (N1, N3, N4, N5, N6), Sul (S11C, S11D),
do Tarzan e da Bocaina (MATTOS et al., 2018; SANTOS,
2017). Tem reputação medicinal por suas propriedades
adstringentes e hemáticas (CORRÊA, 1984).

VEGETAÇÃO: canga.

SÍTIO ARQUEOLÓGICO: Grutas do N1, Lua, Mapinguari,


Guarita, Rato (Serra Norte) e Capela (Serra Sul).

30
31
Begonia guaduensis Kunth
Begoniaceae
Nome vernacular: begônia

Subarbusto a arbusto com até 2 m de altura. Ocorre na


Costa Rica, Panamá, Colômbia, Equador, Venezuela e
Brasil (KOLLMANN, 2016), sendo que neste último é
exclusiva da região amazônica (BFG, 2015). Em
Carajás foi observada na Serra Norte (N3 e N4)
(KOLLMANN, 2016; SANTOS, 2017), onde é
geralmente encontrada nos afloramentos
rochosos, em meio ou nas bordas dos capões
florestais e na transição com a vegetação de
canga. A espécie é empregada no tratamento de dores
estomacais (DUKE, 1970). A beleza de suas flores confere à
espécie potencial para ornamentação.

VEGETAÇÃO: capão.

SÍTIO ARQUEOLÓGICO: Sítios 2029, 2028 do platô N3


(Serra Norte).

32
33
Bertholletia excelsa Bonpl.
Lecythidaceae
Nome vernacular: castanha-do-pará e castanha-do-brasil

Árvore de dossel a emergente que pode atingir até 50 m de altura.


Ocorre na maioria dos países amazônicos (BFG, 2015).
O fruto é do tipo pixídio e fornece um dos tipos de
castanha mais consumido no mundo na forma
in natura ou processada. Está ligada à cultura
das populações tradicionais da Amazônia,
cujos produtos e subprodutos são utilizados
como fonte de alimentação e renda (SOUSA,
2006; ROBERT, 2009). A amêndoa oleaginosa,
com elevado valor energético e rica em
proteínas, destaca-se na indústria de alimentos
e cosméticos. O macerado do opérculo (umbigo)
do fruto serve para tratar anemia, enquanto que o
chá da casca é utilizado contra diarreia (CYMERYS
et al., 2005; CAVALCANTE, 2010).

VEGETAÇÃO: floresta ombrófila das


terras baixas.

SÍTIO ARQUEOLÓGICO: Mangangá (Serra Sul).

34
35
Byrsonima chrysophylla Kunth
Malpighiaceae
Nome vernacular: muruci e muruci-da-capoeira

Em Carajás foram encontradas arvoretas com até 5 m de


altura. É exclusiva da América do Sul, ocorrendo na Bolívia,
Venezuela, Peru e Suriname. No Brasil, ocorre nas regiões
Norte, Nordeste e Sudeste (BFG, 2015). Em Carajás foi
encontrada nas serras Norte (N1, N2, N4, N5, N8), Sul (S11C,
S11D) e da Bocaina (AMORIM; VASCONCELOS; JÚNIOR, 2018). Seus
frutos são comestíveis. A casca apresenta considerável
concentração de tanino, que lhe confere propriedade
adstringente, sendo indicada no tratamento de problemas
estomacais e para a obtenção de corantes (DE MAYOLO, 1989; VEIGA;
SCUDELLER, 2015); as fibras são utilizadas na feitura de cestarias e
esteiras (RONDÓN, 2005).

VEGETAÇÃO: canga.

SÍTIO ARQUEOLÓGICO: Grutas do N1, Lua, Mapinguari,


Guarita, Rato (Serra Norte), Capela e almofariz (Serra Sul).

36
37
Caryocar villosum (Aubl.) Pers.
Caryocaraceae
Nome vernacular: piquiá, pequiá

Árvore de floresta primária, que pode atingir 50 m de


altura. Na América do Sul ocorre no Brasil, Bolívia, Equador,
Guiana Francesa e Venezuela. No Brasil, pode ser
encontrada nas regiões Norte (Amazonas, Amapá, Pará,
Rondônia, Roraima) e Nordeste (Maranhão) (BFG, 2015).
Na Serra de Carajás, os piquiazeiros são frequentemente
encontrados próximos à entrada dos sítios arqueológicos
de abrigo. Os frutos possuem alto valor calórico, bastante
apreciados como alimento, geralmente consumidos, na
Amazônia, com farinha de mandioca. Os frutos e flores são
atrativos para caças. A infusão da casca é mencionada como
diurética e febrífuga, enquanto que o chá combate
infecções nos pés, como a frieira (AMOROZO; GELY, 1988; BALÉE,
1994; REVILLA, 2002; CAVALCANTE, 2010).

VEGETAÇÃO: capão florestal, vertente e floresta ombrófila


das terras baixas.

SÍTIO ARQUEOLÓGICO: Mangangá e Bacaba (Serra Sul).

38
39
Cassytha filiformis L.
Lauraceae
Nome vernacular: erva-de-chumbo

Liana, volúvel ou trepadeira, hemiparasita de caule filiforme, com folhas


reduzidas a escamas (BFG, 2015; MORAES, 2018). Distribuição pantropical
(MORAES, 2018), sendo que no Brasil ocorre em todas as regiões, podendo
ser encontrada em ambientes florestais, savanas e restingas. Em Carajás foi
documentada nas serras Norte (N1, N4, N5) e Sul (S11D) (SANTOS, 2017;
MORAES, 2018). Esta espécie é indicada na medicina popular como
tonificante e sua seiva hemostática é utilizada no
tratamento dentário (LE COINTE, 1947;
BRAGA, 1960; CORRÊA, 1984).

VEGETAÇÃO: canga.

SÍTIO ARQUEOLÓGICO: Grutas do N1, Lua,


Mapinguari, Guarita, Rato (Serra Norte), Almofariz e
Capela (Serra Sul).

40
41
Cochlospermum orinocense (Kunth) Steud.
Bixaceae
Nome vernacular: piriquiteira

Árvore com até 15 m de altura. Distribuição neotropical, registrada na


Guiana, Guiana Francesa, Panamá, Peru, Suriname e Venezuela.
No Brasil pode ser encontrada nas regiões Norte, Nordeste e
Centro-Oeste (BFG, 2015). Em Carajás está presente nas
serras Norte (N3) e Sul (S11A) (JUNIOR; GIL, 2017; SANTOS,
2017). Os indivíduos observados encontravam-se
completamente sem folhas, somente com suas
exuberantes inflorescências que chamam a
atenção pelo amarelo intenso. Na medicina
popular a casca é utilizada para tratar
contusões e como cicatrizante (LE COINTE,
1947). Os Tikuna empregam o chá das
cascas como febrífugo e a fumaça de sua
madeira para a coagulação do látex da
seringueira (SCHULTES; RAFFAUF, 1990). A madeira
fornece bom combustível e as fibras da casca servem
para confeccionar vestimentas, além de ser uma planta
com potencial ornamental (REVILLA, 2002).

VEGETAÇÃO: canga.

SÍTIO ARQUEOLÓGICO: Gruta do Ananás (Serra Norte).

42
43
Connarus perrottetii (DC.) Planch.
Connaraceae
Nome vernacular: barbatimão

Árvore com até 12 m de altura. Apresenta


distribuição na Bolívia, Venezuela, Guiana, Guiana
Francesa e Suriname. No Brasil ocorre nas regiões
Norte e Centro-Oeste (BFG, 2015). Em
Carajás esta espécie é comumente
encontrada nos capões florestais das serras
Norte (N2, N3 e N5) e Sul (S11B, S11C, S11D)
(PASTORE; VASCONCELOS, 2017; SANTOS, 2017). Na
medicina popular, as cascas são indicadas
para tratar afecções geniturinárias em
mulheres, doenças gástricas, dor de cabeça e tosse
(AMOROZO; GÉLY, 1988; COELHO-FERREIRA, 2009).

VEGETAÇÃO: capão florestal e floresta de vertente.

SÍTIO ARQUEOLÓGICO: Grutas da Lua (Serra


Norte), Almofariz e Capela (Serra Sul).

44
45
Cordiera myrciifolia (K.Schum.) C.H.Perss. & Delprete
Rubiaceae
Nome vernacular: puruí e puruizinho

Arbustos de até 4 m de altura.


Encontra-se distribuída desde o
Panamá até o Sul do Brasil, onde
pode ser encontrada em
ambientes abertos e florestais
(BFG, 2015; ZAPPI et al., 2017).
Em Carajás foi identificada nas
serras Norte (N1, N2, N3) e Sul (S11C, S11D)
(ZAPPI et al., 2017, SANTOS, 2017). Entre os
indígenas Kayapó, esta espécie possui diversas
utilidades, servindo como alimento humano,
remédio e atrativo de diferentes tipos de caça
(ANDERSON; POSEY, 1985; POSEY, 2002).

VEGETAÇÃO: capão florestal e canga.

SÍTIO ARQUEOLÓGICO: Grutas da Lua, sítios do platô N3


(1872,1873, 1874, 1878), Mapinguari, Guarita, Rato, Grilo (Serra
Norte), Capela e Almofariz (Serra Sul).

46
47
Cereus hexagonus (L.) Mill.
Cactaceae
Nome vernacular: cacto

Arbusto suculento, com até 15 m de


altura, e distribuição no Brasil, Equador,
Guiana, Guiana Francesa, Venezuela e
Suriname. No Brasil é encontrada na
região Norte, frequentemente em
ambientes de savanas e vegetação rupestre
(BFG, 2015). Em Carajás foi observada nas serras
Norte (N1, N3, N4, N6), Sul (S11A, S11B, S11C,
S11D) e da Bocaina (ZAPPI; TAYLOR, 2017; SANTOS, 2017).
Seu fruto de polpa branca ou rosada é alimentício. A
haste jovem, em alguns casos, é cozida e utilizada na
alimentação. É cultivada, muitas vezes, como ornamental
(BRITTON; ROSE, 1920).

VEGETAÇÃO: canga.

SÍTIO ARQUEOLÓGICO: Grutas da Lua, Mapinguari,


Guarita, Rato (Serra Norte), Almofariz e Capela (Serra
Sul).

48
49
Emmotum nitens (Benth.) Miers
Metteniusaceae
Nome vernacular: faia e marirana

Árvore com até 13 m de altura. Apresenta distribuição na América do Sul com registros no Brasil e
Bolívia (CRUZ; VIANA, 2016). No Brasil ocorre nas regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste.
Em Carajás foi encontrada nas serras Norte (N1, N4, N5) e Sul (S11C, S11D) (CRUZ; VIANA, 2016;
Santos, 2017). Entre os indígenas Kayapó, os frutos são apreciados como alimento, além de atrair
a caça (ANDERSON; POSEY, 1985).

VEGETAÇÃO: capão florestal.

SÍTIO ARQUEOLÓGICO:
Grutas da lua (Serra Norte)
e Capela (Serra Sul).

50
51
Erythroxylum citrifolium A.St.-Hil.
Erythroxylaceae
Nome vernacular: pimenta-de-nambu

Arbusto ou árvore de até 6 m altura. Distribui-se do México ao Sudeste do Brasil


(COSTA-LIMA; LOIOLA, 2018). No Brasil é encontrado tanto em ambiente florestal,
como não florestal em áreas de Cerrado (BFG, 2015). Em Carajás ocorre nas serras
Norte (N1, N2, N3, N4, N5) e Sul (S11A, S11B, S11C, S11D)
(COSTA-LIMA; LOIOLA, 2018; SANTOS, 2017). Suas folhas têm uso
medicinal entre os amazônidas (REVILLA, 2002) e seus
frutos atraem caça (BALÉE, 1987; 1994; SHANLEY;
ROSA, 2005).

VEGETAÇÃO: capão florestal e canga.

SÍTIO ARQUEOLÓGICO: Grutas do


N1, Mapinguari (Serra Norte),
sítios 653, 687, Capela e Almofariz
(Serra Sul).

52
53
Endopleura uchi (Huber) Cuatrec.
Humiraceae
Nome vernacular: uxi

Árvore de terra firme, podendo atingir até 30 m de altura.


Distribuição exclusiva ao Norte da América do Sul,
abrangendo Venezuela, Bolívia, Guiana, Guiana Francesa,
sendo que no Brasil ocorre em quase todos os estados da
região Norte (BFG, 2015). O fruto apresenta polpa oleosa, de
sabor e cheiro peculiar e agradável, consumido no estado
natural ou com farinha de mandioca, sendo um
importante complemento na alimentação dos
amazônidas (CAVALCANTE, 2010).

VEGETAÇÃO: capão florestal, floresta de


vertente e floresta ombrófila das terras
baixas.

SÍTIO ARQUEOLÓGICO: Mangangá e Bacaba


(Serra Sul).

54
55
Euterpe oleracea Mart.
Arecaceae
Nome vernacular: açaí

É uma palmeira que cresce em touceiras formadas por


sucessivas brotações. O caule do tipo estipe pode
chegar até 30 m de altura. Distribui-se da América
Central ao Norte da América do Sul, abrangendo
as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste do
Brasil (BFG, 2015). Do caule se extrai o palmito,
utilizado como alimento. Os frutos fornecem
uma bebida energética e de alto valor calórico,
regionalmente conhecida como “açaí”, que faz
parte da alimentação diária da população
amazônica (CAVALCANTE, 2010). Tem alcançado
projeção cada vez maior nos mercados nacional e
internacional, tanto na indústria alimentícia quanto
cosmética. O potencial econômico de suas sementes
tem sido revelado para a obtenção de compósitos e
no artesanato regional.

VEGETAÇÃO: área inundada com palmeiras e floresta


ombrófila das terras baixas.

SÍTIO ARQUEOLÓGICO: Mangangá e Capela (Serra Sul).

56
57
Gnetum nodiflorum Brongn.
Gnetaceae
Nome vernacular: ituá

Liana de haste lenhosa e torcida. Apresenta


distribuição no Norte da América do Sul, sendo
que no Brasil encontra-se no Centro-Oeste e
Norte (BFG, 2015). Em Carajás foi
encontrada somente na Serra Norte
(N1, N2, N4 e N8) (MOTA; GIULIETTI,
2016; SANTOS, 2017). As resistentes
fibras do caule são utilizadas em
amarrilhos e para a confecção de
cordas (CAVALCANTE, 2010). As
sementes desta e de outras
espécies do gênero são
comestíveis e bastante apreciadas
pelas populações indígenas e
ribeirinhas da região.

VEGETAÇÃO: capão florestal.

SÍTIO ARQUEOLÓGICO: Grutas do Mapinguari,


Guarita e Rato (Serra Norte).

58
59
Guatteria punctata (Aubl.) R.A.Howard
Annonaceae
Nome vernacular: envira-amarela, envira-amargosa e envira-preta

Árvore de até 8 m altura. Distribuída na América do Sul, na porção amazônica da Colômbia,


Equador, Peru, Bolívia, Venezuela, Guiana, Guiana Francesa, Suriname e Brasil. Neste último,
ocorre nos estados do Amazonas, Pará, Amapá, Mato Grosso, Rondônia
e Maranhão (BFG, 2015). Há registros desta espécie para as serras
Norte (N1) e Sul (S11A, S11D) de Carajás (LOBÃO,
2016; SANTOS, 2017). Das fibras resistentes,
retiradas da entrecasca do caule confeccionam
cordas e diversos tipos de amarrilhos
empregados na atracação de caibros,
palhas e cercas de habitação (OLIVEIRA
et al., 1991). Esta espécie tem
reputação medicinal entre os Kayapó;
seus frutos são comestíveis e, assim
como as flores, são atrativos para caça
(ANDERSON; POSEY, 1985; 1989; POSEY, 2002).

VEGETAÇÃO: capão florestal e floresta de vertente.

SÍTIO ARQUEOLÓGICO: Grutas do N1, Lua, Grilo,


Mapinguari, Guarita, Rato (Serra Norte), Capela,
Almofariz e Violão (Serra Sul).

60
61
Lippia grata Schauer
Verbenaceae
Nome vernacular: alecrim-do-mato

Arbusto aromático de até 3 m de altura. Endêmica do Brasil, restrita aos


estados do Norte, Nordeste e Sudeste (BFG, 2015). Em Carajás foi
encontrada nas serras Norte (N1, N4, N5, N6), Sul (S11A, S11B, S11C,
S11D) e do Tarzan (CARDOSO; O’LEARY; SALIMENA, 2018). No Nordeste
brasileiro, onde seu uso é mais difundido, suas folhas são utilizadas
no tratamento de gripes, lavagem de ferimentos e machucados,
devido ao seu efeito cicatrizante, antimicrobiano e antisséptico
(SOUZA BRITO; SOUZA BRITO, 1993; SOUZA; KIILL, 2018).

VEGETAÇÃO: canga.

SÍTIO ARQUEOLÓGICO: Grutas da Lua,


Mapinguari, Guarita, Rato, Grilo, sítios
1872, 1873, 1874, 1878 do platô N3 (Serra
Norte), Almofariz e Capela (Serra Sul).

62
63
Manihot sp.
Euphorbiaceae

É um arbusto que cresce cerca de até 3 m de altura. O


gênero Manihot Miller apresenta origem neotropical e
abrange cerca de 100 espécies, sendo 87 no Brasil e
aproximadamente 10 na Amazônia. Nas cangas das serras de
Carajás, ocorrem duas espécies - M. marajoara Chermont de Miranda
ex Huber emend. Secco & Costa e M. quinquepartita Huber ex D.J.
Rogers & Appan – e uma subespécie – M. tristes subsp.
surumuensis (Ule) Rogers & Appan (COSTA; SECCO; GURGEL,
2018). A espécie mais importante do gênero, M. esculenta
Crantz, é conhecida como mandioca, macaxeira, aipim
ou cassava. Trata-se de um dos cinco alimentos
mais importantes da humanidade, por
desempenhar um papel essencial para a
segurança alimentar de mais de um bilhão de
pessoas no mundo (HOWELER; LUTALADIO;
THOMAS, 2013).

VEGETAÇÃO: canga.

SÍTIO ARQUEOLÓGICO: Bacaba.

64
65
Mauritia flexuosa L. f.
Arecaceae
Nome vernacular: buriti e miriti

É uma das palmeiras mais utilizadas na região amazônica, alcançado até 35 m de altura.
Encontra-se distribuída na Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Guiana Francesa, Peru, Suriname
e Venezuela. No Brasil só não ocorre na região Sul (BFG, 2015). Produz frutos nutritivos e
importantes na alimentação das populações da região (CYMERYS et al., 2005). Pode ser consumido
in natura, na forma de mingau, vinho e doces. A polpa desidratada produz óleo comestível (LE
COINTE, 1947). A raiz, na forma de chá, é antirreumática (MARTINS;
FILGUEIRAS; ALBUQUERQUE, 2012). As fibras das folhas podem ser
utilizadas na confecção de cestarias e dos brinquedos
de miriti, bastante conhecidos e comercializados na
região Norte (SANTOS; COELHO-FERREIRA, 2012).

VEGETAÇÃO: área inundada com palmeiras.

SÍTIO ARQUEOLÓGICO: Capela e Almofariz


(Serra Sul).

66
67
Mauritiella armata (Mart.) Burret
Arecaceae
Nome vernacular: buritirana e caranã

É uma palmeira que cresce até 20 m de altura. Encontra-se distribuída na Bolívia, Colômbia, Equador,
Guiana, Guiana Francesa, Peru, Suriname e Venezuela. No Brasil só não é encontrada na região Sul
(BFG, 2015). Há registros desta espécie para as serras Norte (N3) e Sul (S11D) de Carajás (MORELLATO;
ROSA, 1991; SANTOS, 2017). Seu fruto pode ser consumido in natura ou na forma de suco, por vezes
acompanhado com farinha de mandioca (FAO, 1986; CAVALCANTE, 2010). A folha e o estirpe são
empregados na construção de casas (FAO, 1986; VALENTE; ALMEIDA, 2001). Das folhas se confeccionam
utensílios como abanos, peneiras, tipitis, paneiros e tupés (VALENTE; ALMEIDA, 2001).

VEGETAÇÃO: área inundada com palmeiras.

SÍTIO ARQUEOLÓGICO: Grutas do Ananás (Serra Norte), Capela e Almofariz (Serra Sul).

68
69
Mimosa acutistipula var. ferrea Barneby
Fabaceae
Nome vernacular: jurema

É um arbusto ou arvoreta que atinge até 6 m de altura.


Espécie endêmica do Brasil, ocorrendo nas regiões
Norte (Pará), Nordeste (Maranhão) e Centro-
Oeste (Mato Grosso) (BFG, 2015). Em Carajás foi
registrada nas serras Norte (N1, N2, N3, N4, N5, N6,
N7, N8), Sul (S11A, S11B, S11D), da Bocaina e do
Tarzan (MATTOS et al., 2018). A casca é sedativa e
adstringente; e sua madeira é aproveitada como
estaca, lenha e carvão (BRAGA, 1960). A popularidade
da jurema se deve à sua importância em cerimoniais
indígenas no Nordeste, onde se faz uso do chá das
raízes por seu efeito alucinógeno (ALBUQUERQUE,
1997).

VEGETAÇÃO: canga.

SÍTIO ARQUEOLÓGICO: Grutas da Lua, Grilo,


Mapinguari, Guarita, Rato e N1 (Serra Norte).

70
71
Myrcia multiflora (Lam.) DC.
Myrtaceae
Nome vernacular: cambuhy

Arbusto ou arvoreta de até 6 m de altura. Encontra-se


distribuída na Bolívia, Guiana, Guiana Francesa, Paraguai,
Peru, Suriname e Venezuela e em todas as regiões do
Brasil (BFG, 2015). Em Carajás foi identificada nas serras
Norte (N1, N2, N3, N5) e Sul (S11A, S11D) (TRINDADE; ROSÁRIO;
SANTOS, 2018; SANTOS, 2017). Seu uso medicinal foi registrado
entre os Tiriyó, servindo como antídoto contra o curare
(CAVALCANTE; FRIKEL, 1973). Sua madeira é fornecedora de bom
combustível (CORRÊA, 1984).

VEGETAÇÃO: capão florestal e canga.

SÍTIO ARQUEOLÓGICO: Grutas do N1 (Serra Norte),


Capela e Almofariz (Serra Sul).

72
73
Norantea guianensis Aubl.
Marcgraviaceae
Nome vernacular: rabo-de-arara

Arbusto terrestre, rupícola ou hemiepifítico. Possui inflorescência vistosa e de coloração


avermelhada. Distribui-se na Bolívia, Colômbia, Costa Rica, Equador, Guiana, Guiana Francesa,
Suriname e Venezuela. No Brasil ocorre em todas as regiões (BFG, 2015). Em Carajás foi
encontrada nas serras Norte (N1, N3, N4) e Sul (S11D) (VIANA; CRUZ, 2017; SANTOS, 2017). Na
medicina popular, as flores esmagadas são indicadas para aliviar queimaduras e lesões na pele
(SCHULTES; RUFFAUAF, 1990) e a planta tem potencial para a ornamentação (REVILLA, 2002).

VEGETAÇÃO: canga.

SÍTIO ARQUEOLÓGICO: Grutas da Lua, Mapinguari, Guarita, Rato, Grilo (Serra Norte), Capela e
Almofariz (Serra Sul).

74
75
Oenocarpus distichus Mart.
Arecaceae
Nome vernacular: bacaba-de-leque

Palmeira nativa da Amazônia que pode atingir até 20 m de


altura. Ocorre na Bolívia e nas regiões Norte, Nordeste e
Centro-Oeste do Brasil (BFG, 2015). Dos frutos é
preparado o vinho (suco) de cor creme-leitoso,
consumido regionalmente com farinha de mandioca
e algumas vezes com açúcar. Seu estipe resistente é
empregado como esteios e vigas em construções e
em cabo para ferramentas (CAVALCANTE, 2010).
Fornece combustível, atrai caça e as folhas são
utilizadas em cerimônias ritualísticas pelos Ka’apor
(BALLÉ, 1994).

VEGETAÇÃO: capão florestal e floresta de vertente.

SÍTIO ARQUEOLÓGICO: Grutas da Lua, Grilo, N1,


sítios 2029, 1872,1873, 1874, 1878, 2028 do platô
N3 (Serra Norte) e Capela (Serra Sul).

76
77
Ouratea castaneifolia (DC.) Engl.
Ochnaceae
Nome vernacular: pau-de-cobra, barbatimão e farinha-seca

Arbusto a arvoreta com até 5 m altura.


Distribui-se pela Bolívia, Venezuela,
Colômbia, Guiana e Suriname. No
Brasil somente não foi encontrada
na região Sul (BFG, 2015). Na Flona
de Carajás, ocorre nas serras Norte
(N1, N3 e N4), Sul (S11A, S11C, S11D) e da
Bocaina (ZAPPI, 2018; SANTOS, 2017). Apresenta uso
medicinal entre as populações tradicionais da
Amazônia, sendo indicada como tônico,
adstringente e contra convulsões. A casca é
usada para inflamação da mulher, hemorragias,
diarreia e dores estomacais (LE COINTE, 1947;
CAVALCANTE; FRIKEL, 1973; COELHO-FERREIRA, 2008).

VEGETAÇÃO: capão florestal e canga.

SÍTIO ARQUEOLÓGICO: Grutas do N1, Lua, sítios 1872, 1873,


1874, 1878 do platô N3 (Serra Norte) e Almofariz (Serra Sul).

78
79
Passiflora tholozanii Sacco
Passifloraceae
Nome vernacular: maracujá-do-mato

Liana de caule volúvel. Espécie endêmica do Brasil,


ocorrendo nas regiões Norte, Nordeste e Centro-
Oeste (BFG, 2015), sendo uma das várias
espécies do gênero com flor vermelha
encontradas no Pará (KOCH; ILKIU-BORGES, 2016).
Os frutos tem sabor agradável, podendo ser
consumidos na forma in natura.

VEGETAÇÃO: floresta ombrófila das terras baixas.

SÍTIO ARQUEOLÓGICO: Mangangá (Serra Sul).

80
81
Periandra mediterranea (Vell.) Taub.
Fabaceae
Nome vernacular: alcaçuz

Arbusto que pode atingir até 2 m de altura.


Distribui-se na Bolívia e em todas as regiões do
Brasil (BFG, 2015). Em Carajás foi encontrada
nas serras Norte (N1, N3) e Sul (S11D) (SANTOS,
2017). A raiz na forma de chá tem uso laxativo,
diurético, expectorante, calmante e anti-
inflamatório do útero e das vias
urinárias. Essa parte da planta,
reduzida a pó, é usada em
cataplasmas para aliviar dores (LE
COINTE, 1947; REVILLA, 2002).

VEGETAÇÃO: canga.

SÍTIO ARQUEOLÓGICO: Grutas do


N1, Lua, sítios 1872,1873, 1874,
1878 do platô N3 (Serra Norte) e
Almofariz (Serra Sul).

82
83
Philodendron spp.
Araceae
Nome vernacular: cipó-tracuá e tracuá

O gênero Philodendron possui hábito


hemiepifítico, raramente cresce em ambientes
rochosos, inundados ou terrestres. No Pará
ocorrem 38 espécies, e na Serra de Carajás oito
foram identificadas (COELHO, 2018). Várias espécies
deste gênero são conhecidas pelas mesmas
denominações vernaculares aqui mencionadas.
A utilidade destas espécies abrange uso
medicinal, a exemplo do P. fragantíssimum
(Hook.) G.Don, cuja inflorescência esmagada é
misturada a uma matéria graxa a ser aplicada
sobre furúnculos e outras infecções da
pele (SCHULTES; RAFFAUF, 1990); as fibras
são frequentemente utilizadas para a
feitura de paneiros, cestos e outros
utensílios (LEONI; MARQUES, 2008).

VEGETAÇÃO: capão florestal e floresta de


vertente.

SÍTIO ARQUEOLÓGICO: Grutas do N1, Lua, Grilo, sítios 2029, 2028 do platô N3 (Serra Norte),
sítios 653, 687 do platô S11D e Almofariz (Serra Sul).

84
Philodendron cf. fragrantissimum (Hook.) G.Don Philodendron sp.

Philodendron cf. acutatum Schott

85
Pilocarpus microphyllus Stapf ex Wardlew.
Rutaceae
Nome vernacular: jaborandi

Arbusto a árvore que alcança até 6 m de altura. Distribui-se no Suriname e nas


regiões Norte e Nordeste do Brasil (BFG, 2015). Em Carajás foi encontrada nas
serras Norte (N1, N2, N3, N6) e Sul (S11D) (SANTOS, 2017, PIRANI; DEVECCHI, 2018).
Segundo Pinheiro (2002), as folhas do jaborandi, usadas entre os indígenas
brasileiros para causar suor profuso e salivação, é uma das espécies
comerciais mais importantes da flora nativa. É a única fonte
natural de pilocarpina, alcaloide empregado na contração da
pupila em certos procedimentos oftalmológicos e no tratamento
de glaucoma. Os usos tradicionais desta planta foram
reconhecidos pela medicina ocidental, que emprega a pilocarpina
no tratamento de xerostomia de pós-irradiação (boca seca) em pacientes
com câncer de cabeça e de pescoço. Cultivada principalmente no
Maranhão, em Carajás predomina o extrativismo.

VEGETAÇÃO: capão florestal e floresta de vertente.

SÍTIO ARQUEOLÓGICO: Gruta da Lua e sítios 2029, 2028


do platô N3 (Serra Norte).

86
87
Pleonotoma orientalis Sandwith
Bignoniaceae
Nome vernacular: jasmim-do-campo

Se apresenta na forma de liana/volúvel/trepadeira.


É endêmica do Brasil, ocorrendo nas
regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste,
ocupando principalmente ambientes
abertos (BFG, 2015). Em Carajás foi
encontrada nas serras Norte (N1, N3,
N5) e Sul (S11A, S11D) (LOHMANN; FIRETTI;
GOMES, 2018). Esta espécie é
morfologicamente similar a P. jasminifolia
(Kunth) Miers, a qual é bastante
referenciada pelo uso de suas raízes e
folhas para problemas do fígado e do
estômago (LA ROTTA et al., 1987; SCHULTES;
RAFFAUF, 1990). Possui grande potencial
ornamental (CORRÊA, 1984).

VEGETAÇÃO: capão florestal e canga.

SÍTIO ARQUEOLÓGICO: sítios 2029, 2028 do platô N3 (Serra Norte),


Capela e Almofariz (Serra Sul).

88
89
Pouteria ramiflora (Mart.) Radlk.
Sapotaceae
Nome vernacular: figo e fruto-de-veado

Árvore a arbusto de até 8 m de altura. Distribui-se no Brasil,


Bolívia e Paraguai. No Brasil foi encontrada em todas as
regiões, com exceção da Sul (BFG, 2015). Em Carajás está
presente nas serras Norte (N1, N2, N3, N4, N6), Sul
(S11A, S11D) e do Tarzan (TERRA-ARAUJO; ZAPPI, 2018).
Os frutos de agradável sabor adocicado são
consumidos in natura (CORRÊA, 1994), e são
atrativos para diversos tipos de caça.

VEGETAÇÃO: capão florestal e canga.

SÍTIO ARQUEOLÓGICO: Grutas do N1, Lua, Grilo, sítios


2029, 2028 do platô N3 (Serra Norte), Capela e Almofariz
(Serra Sul).

90
91
Quiina pteridophylla (Radlk.) Pires
Quiinaceae
Nome vernacular: língua-de-tucano

Árvore com até 18 m de altura. Distribui-se na Bolívia,


Venezuela, Colômbia, Guiana, Guiana Francesa, Peru e
Suriname. No Brasil pode ser encontrada nas regiões
Norte, Nordeste e Centro-Oeste (BFG, 2015).
Em Carajás foi encontrada na Serra Norte
(N1 e N3) (SANTOS, 2017). Uma das
características marcantes da espécie é a
modificação das folhas, apresentando folha
pinatifída quando jovem e inteira quando adulta
(BFG, 2015). Na medicina caseira, a casca é usada
para lavar ferimentos e tratar distúrbio
gastrointestinal (AMOROZO, 1993; RODRIGUES, 2006).
Entre os Ka’apor foi mencionada como material de
construção, além de ser uma planta importante para
atrair a caça (BALÉE, 1986).

VEGETAÇÃO: capão florestal e floresta de vertente.

SÍTIO ARQUEOLÓGICO: Grutas da Lua e sítios 2029, 2028,


1872, 1873, 1874, 1878 do platô N3 (Serra Norte).

92
93
Roupala montana Aubl.
Proteaceae
Nome vernacular: faeira-branca

Árvore de até 9 m de altura. Apresenta distribuição Neotropical,


sendo que no Brasil ocorre em todas as regiões (BFG, 2015). Foi
observada nas serras Norte (N1, N3) e Sul (S11D) de Carajás
(HALL, 2016; SANTOS, 2017). É mencionada pelos Kayapó como
planta medicinal e fornecedora de combustível (ANDERSON;
POSEY, 1985). Os moradores do Rio Capim utilizam sua
madeira em construções (SHANLEY; ROSA, 2005).

VEGETAÇÃO: capão florestal e floresta de vertente.

SÍTIO ARQUEOLÓGICO: Grutas do N1,


Lua (Serra Norte), Capela e Almofariz
(Serra Sul).

94
95
Sapium argutum (Müll.Arg.) Huber
Euphorbiaceae
Nome vernacular: burra-leiteira

Arbusto a árvore de até 5 m de altura. No Brasil


ocorre na região Nordeste (Bahia, Pernambuco,
Piauí, Sergipe) (BFG, 2015) e recentemente
registrada para o estado do Pará, pela primeira
vez em Carajás, onde foi encontrada na Serra
Norte (N1 e N4) (COSTA; SECCO; GURGEL, 2018).
Algumas espécies desse gênero são
mencionadas como medicinal, a exemplo do S.
glandulosum (L.) Morong, cujas folhas tratam
sarnas e eczemas. Ademais, é uma
planta atrativa para a caça e fonte de
combustível (LE COINTE, 1947;
CAVALCANTE; FRIKEL, 1973; REVILLA,
2002).

VEGETAÇÃO: canga.

SÍTIO ARQUEOLÓGICO: Grutas do


Grilo e da Lua (Serra Norte).

96
97
Smilax sp.
Smilacaceae
Nome vernacular: japecanga

As espécies do gênero são lianas ramificadas. Em Carajás ocorrem


nas serras Norte (N1, N2, N6), Sul (S11A, S11C, S11D), da
Bocaina e do Tarzan (SANTOS, 2017; ANDREATA; WATANABE, 2018).
Algumas espécies possuem propriedade medicinal com
uso bastante difundido entre os amazônidas (CAVALCANTE;
FRIKEL, 1973). Na medicina tradicional andina, as raízes
são aproveitadas como analgésica, antisséptica,
sudorífera, hipotensiva e contra doenças
venéreas (MACÍA; GARCÍA; VIDAURRE, 2005;
GUPTA, 2006). Nas Guianas, é atribuída
propriedade analgésica à infusão dos
ramos de espécies desse gênero; os
mesmos compõem garrafadas para
tratar diversos males (DEFILIPPS; MAINA;
CREPIN, 2004). Suas fibras são
empregadas em amarrações e na
confecção de cestarias.

VEGETAÇÃO: canga.

SÍTIO ARQUEOLÓGICO: Grutas da Capela e


Almofariz (Serra Sul).

98
99
Theobroma glaucum H. Karst.

Malvaceae
Nome vernacular: cacau-do-mato e cacauí

Árvore com tronco reto, copa relativamente


pequena, alcançando até 15 m de altura.
As chamativas flores vermelho-púrpura se
distribuem ao longo do tronco. Os frutos são
consumidos in natura (CAVALCANTE, 2010).

VEGETAÇÃO: floresta ombrófila das terras baixas.

SÍTIO ARQUEOLÓGICO: Mangangá (Serra Sul).

100
101
Vismia guianensis (Aubl.) Choisy
Hypericaceae
Nome vernacular: lacre, lacre-vermelho e pau-de-lacre

Arbusto a árvore de até 13 m de altura. Registrada no


Brasil, Bolívia, Suriname, Venezuela, Colômbia,
Guiana, Guiana Francesa e Caribe. No Brasil
ocorre no Norte, Nordeste, Centro-Oeste e
Sudeste (BFG, 2015). Esta espécie foi
observada em ambientes florestais, nas
serras Norte e Sul de Carajás (SANTOS, 2017).
O látex resinoso, obtido por incisão do
tronco, em aplicação local, combate
eczemas e outras dermatoses; o chá das
folhas, assim como das cascas, trata
inchaço, reumatismo e febre; e os frutos são
úteis contra diabetes (COELHO-FERREIRA, 2009;
BERG, 2010). Os Ka’apor utilizam o látex, de
coloração alaranjada, em pintura corporal (BALÉE,
1994).

VEGETAÇÃO: floresta de vertente.

SÍTIO ARQUEOLÓGICO: Grutas 2028/2029 do platô N3, 1399


do platô N1(Serra Norte) e Capela (Serra Sul).

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110
Agradecimentos

Aos técnicos, estudantes e pesquisadores do Herbário MG, do Laboratório de Arqueologia


e do Laboratório de Etnobotânica do Museu Paraense Emílio Goeldi. Aos especialistas pela
colaboração na identificação das espécies, especialmente ao Dr. Pedro Lage Viana e ao
parataxonomista Luiz Carlos Batista Lobato. À Empresa Vale S. A pelo financiamento do
Projeto Arqueológico Carajás (PACA), no âmbito do qual foi realizada a pesquisa.

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Impressão e acabamento Gráfica e Editora Santa Cruz (Belém-Pará)
Papéis Couchê fosco 115g/m2 (miolo)
Papelão 1250g/m2 / couchê fosco 150g/m2 (capa)
Tipografia Segoe UI (texto)
Signature of the Anciente (títulos)

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