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e Desenvolvimento
Reflexões Gerais e Experiências Locais
Jean Henrique Costa & Michele de Sousa
(Organizadores)
Política de Turismo
e Desenvolvimento
Reflexões Gerais e Experiências Locais
Revisão
Rosa Maria Mesquita Leite
Diagramação
Valdianio Macêdo
Capa
Rick Weakmann
ISBN: 978-85-89888-48-6
O reverso da interiorização:
análise do turismo em Aquiraz/CE ____________________________ 69
Michele de Sousa
Turismo cultural:
reflexões e possibilidades de desenvolvimento no RN ____________ 243
Thadeu de Sousa Brandão
Desenvolvimento desigual
Turismo e desenvolvimento na
escala das nações
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O REVERSO DA INTERIORIZAÇÃO:
ANÁLISE DO TURISMO EM AQUIRAZ/CE
Michele de Sousa
LOCALIDADES PORTO
BARRO
DAS PRAINHA PRESÍDIO IGUAPE
PRETO
PROBLEMAS DUNAS
SOCIAIS
EXPULSÃO/ REMOÇÃO DOS AUTÓCTONES X X X X X
“PRIVATIZAÇÃO” DA PRAIA X
SEGREGAÇÃO ESPACIAL X X X
MÃO-DE-OBRA SEM QUALIFICAÇÃO X X X X
PROSTITUIÇÃO E DROGAS X X X
AUMENTO DA VIOLÊNCIA X X X
ECONÔMICOS
DESEMPREGO X X X X
REDUÇÃO DO FLUXO DE TURISTAS X X X X
DECRÉSCIMO DAS ATIVIDADES COMERCIAIS
X X X X
AMBIENTAIS
DESMATAMENTO DE DUNAS E/OU MANGUE X X X X X
EDIFICAÇÕES EM LOCAL INAPROPRIADO X X X X X
DESVIO DA DINÂMICA DOS SEDIMENTOS X X
TRANSFORMAÇÃO/ARTIFICIALIZAÇÃO DA
X X X X X
PAISAGEM
CONTAMINAÇÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS X X X X X
PESCA PREDATÓRIA X X X X
TRÁFEGO DE AUTOMÓVEIS NA FAIXA DE PRAIA X X X X
ACÚMULO DE LIXO X X X X X
CULTURAIS
DESPARECIMENTO PROGRESSIVO DAS
ATIVIDADES TRADICIONAIS X X X X
ESTRUTURAIS
AUSÊNCIA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA X X X X X
AUSÊNCIA DE SANEAMENTO BÁSICO X X X X X
VIAS EM ESTADO PRECÁRIO X X X X X
Considerações finais
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COMPETITIVIDADE TURÍSTICA E
DIFERENCIAÇÃO ESPACIAL NO PÓLO
COSTA DAS DUNAS/RN/BRASIL31
31 Apoio do MCT/CNPq.
Este contexto exige a superação da concepção de um destino
como produto turístico para uma orientação de experiência integral
ao visitante, o que implica em preocupação com fatores relacio-
nados a diferentes dimensões de planejamento, organização e ges-
tão dos recursos e atrativos turísticos de cada localidade (VALLS,
2004; GODFREY, 1998). A exaltação de resultados positivos em
sua maioria relacionados a indicadores econômicos e que refletem
benefícios imediatos, tende a negligenciar fatores comprometedores
do futuro da atividade e da localidade turística, inclusive, destruin-
do argumentos sobre os quais se fundamenta o próprio turismo e a
experiência prometida ao visitante.
Entendendo os impactos do turismo sobre as localidades do
destino potiguar como um tema de extrema relevância e de presen-
ça compulsória nas pautas dos responsáveis por seu planejamento
e gestão, esta pesquisa teve como objetivo central analisar até que
ponto as condições competitivas dos municípios do Pólo Costa das
Dunas (PCDunas) correspondem aos fatores determinantes globais
que caracterizam um desempenho competitivo superior e sustentá-
vel para destinos turísticos atuais e futuros.
Com relação à metodologia, a pesquisa caracteriza-se como
comparativa de casos e combina técnicas quantitativas e qualitativas
para levantamento e análise dos dados. Utiliza-se como instrumento
de avaliação o Competenible Model32, que consiste em uma pro-
posta sistematizada dos principais atributos de avaliação das condi-
ções de competitividade e sustentabilidade de destinos turísticos e
que interpreta o sistema turístico sob três dimensões de um mesmo
processo: uma condição de maturidade, competitividade e susten-
tabilidade (eficiência-eficácia-efetividade), que juntas caracterizam
uma situação geral denominada Sustentabilidade Estratégica do
Destino (SED). Uma explicação detalhada da metodologia se pode
encontrar em Mazaro (2006).
32 Competibilidade.
As dimensões do Modelo reúnem os principais fatores de in-
fluência sobre as condições competitivas do destino e que são consi-
derados como determinantes de desempenho turístico superior.
O universo corresponde aos dezesseis municípios que com-
põem o Pólo Costa das Dunas. No entanto, a análise neste trabalho
se concentrará em dois destes destinos turísticos: Natal e Tibau do
Sul. Esses municípios concentram grande parte da atividade tu-
rística do Estado e a esmagadora maioria dos recursos, atrativos e
infraestrutura turística do Pólo que tem como segmento turístico
principal o lazer e como primeiro atrativo o sol e praia.
O levantamento de dados foi realizado em fontes secundárias e
primárias. Foram realizadas entrevistas com representantes dos agen-
tes institucionais do turismo local e regional com interesse sobre suas
atividades e impactos, tais como governo local/regional, líderes de as-
sociações e sindicatos, dirigentes de organizações não-governamentais.
A análise de dados baseou-se em indicadores quantitativos e
qualitativos de avaliação das condições de desenvolvimento, com-
petitividade e de sustentabilidade turística das localidades, objeto
de verificação neste trabalho, de acordo com o Competenible Model.
A inserção ativa
Considerações finais
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CEARÁ (1995 – 2000)
40 CORIOLANO, 1997.
processos que ocorrem na sociedade. É nesse contexto que se espraia
a gestão ambiental, entre conflitos sociais e políticos inerentes à pró-
pria existência do meio social41.
A Constituição Federal ao consagrar o meio ambiente
ecologicamente equilibrado como direito de todos, bem de uso
comum e essencial à sadia qualidade de vida, atribuiu à respon-
sabilidade de sua preservação e defesa não apenas ao Poder Públi-
co, mas também à coletividade. Mesmo assim, a Constituição de
1988 atribuiu ao Poder Público o papel de principal responsável
pela garantia a todos os brasileiros, do direito ao meio ambiente
ecologicamente equilibrado.
Em se tratando de ações de educação ambiental existe uma
percepção da sua importância para o meio ambiente e o desenvol-
vimento do turismo. Mas é importante lembrar que quando ressal-
tamos a importância da educação ambiental na gestão do meio am-
biente e do turismo, estamos tratando da necessidade da participa-
ção coletiva dos cidadãos na gestão do uso dos recursos ambientais e
nas decisões que afetam a qualidade do meio ambiente.
41 Ibidem.
42 Apud HAZIN; OLIVEIRA; MEDEIROS (2003).
industriais, mas para o consumo de bens, serviços e paisagens”. E
nesse processo, antigas e novas identidades se cruzam, recriando um
espaço social híbrido dando lugar a uma nova organização socioes-
pacial, colocando em desafio a sobrevivência de antigas paisagens e à
resistência do lugar.
Para Luchiari (2001), a organização territorial dos lugares
turísticos não responde somente à lógica do lugar, do meio e da
população local, ela é a reprodução de atributos valorizados nos cen-
tros urbanos emissores, materializando-se nas novas representações
sociais impressas ao uso do território.
O turismo, ao se apropriar do espaço e usá-lo de forma espe-
cífica, modifica a paisagem existente e dá origem a novas formas ur-
banas. No processo de desenvolvimento de Icapuí o turismo afetou
a sua paisagem natural e construída e modelou as feições das praias
com cimento e concreto e um traçado arquitetônico que entrou em
descompasso com as propostas de desenvolvimento de um turis-
mo sustentável em vários aspectos. O primeiro deles, na concepção
compartilhada dos projetos, pois muitas vezes as comunidades eram
chamadas para saber que o projeto urbanístico iria chegar, mas não
eram chamadas para decidir sobre como seria executado esse pro-
jeto. Alguns depoimentos coletados chamam a atenção para isso.
Muito embora, considerem a importância das obras para o desen-
volvimento do turismo.
A construção de calçadões nas praias de Redonda, Barreiras e
Tremembé, dentro de um projeto de urbanização turística, resulta-
ram completamente numa transformação da paisagem natural des-
sas praias, assim como a construção de barracas padronizadas na
praia de Redonda.
Nesse caso, as opiniões são bem divergentes. Para aquelas pes-
soas mais relacionadas ao turismo como comércio e meio de vida,
as barracas trouxeram um visual novo e mais bonito para a praia.
Enquanto que para aquelas pessoas com que o turismo e meio am-
biente se inter-relacionam, as barracas e os calçadões acabaram com
as paisagens e intervieram no movimento das marés. Entretanto,
as barracas antigas eram bastante precárias tanto no aspecto visual
quanto nas condições sanitárias.
Por outra, os muros estão fazendo a praia virar cidade. É im-
portante observar estes depoimentos contrários e complementares:
A organização das barracas mudou muito, porque antes
existiam umas barracas veias e nojentas e isso era muito
ruim, depois foram feitas as barracas e deu um termo de
limpeza, embora a barraca seja feia, um termo de limpeza
fico [...] (Empreendedor local, Praia de Redonda, dezem-
bro de 2002).
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TURISMO CULTURAL: REFLEXÕES E
POSSIBILIDADES DE DESENVOLVIMENTO
NO RN
O turismo cultural
O turismo cultural é um segmento cujos programas são vol-
tados aos participantes interessados em conhecer costumes de deter-
minado povo ou região. Dentre essas atividades estão as músicas, as
festas, as danças, o folclore, a religiosidade, a culinária, o modo de
viver em uma determinada região etc.
Turismo cultural pode também ser definido como o conjunto
de atividades turísticas que se desenvolve em função do patrimônio
histórico-cultural e permitem a observação da organização social do
homem junto ao seu ambiente, retratando seus usos e costumes,
tanto atual como de seus antepassados.
Sendo assim, pode-se dizer que o turismo cultural engloba to-
dos os aspectos das viagens pelos quais os turistas conhecem a vida,
o prazer e o pensamento de cada comunidade receptora. Com essa
visão, o turismo se apresenta como uma ferramenta importante para
promover as relações culturais e também estimular fatores culturais
dentro de uma localidade, sendo um meio de fomentar a atração de
turistas e visitantes.
Segundo Funari e Pinsky:
Turismo Cultural consiste no deslocamento do indivíduo
com objetivo de conhecer a história daquele povo, sua
cultura, idioma, folclore, gastronomia, costumes, artes,
tradições e crenças, não somente no intuito de conhecer,
mas conseguir de certa forma o aprendizado ou saciedade
da vontade em compreender e vivenciar alguns dos vários
aspectos daquela sociedade. Esse é o principal ponto que
diferencia as outras formas de turismo do turismo cultu-
ral, pois não é o que se vê, mas como se vê que caracteriza
o turismo cultural. (FUNARI; PINSKY, 2003, p. 10).
O turismo cultural no RN
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SÍTIOS GEOLÓGICOS,
GEOCONSERVAÇÃO E
ECOGEOTURISMO NA REGIÃO SERIDÓ
DO RIO GRANDE DO NORTE45
Ecoturismo, ecogeoturismo e
geoconservação: uma proposta para o
Semiárido Nordestino
Sítio geológico-geomorfológico-arqueológico
Barra da Carnaúba
Complexo geomorfológico-arqueológico-
paleontológico do Totoró
Problemática ambiental
Considerações finais
Diante da problemática ambiental que envolve os sítios iden-
tificados, juntamente com sua potencialidade ecogeoturística ainda
inexplorada, aliada à ausência de leis que visem proteger esse patri-
mônio, propõe-se algumas medidas de proteção, calcadas em pro-
jetos de geoconservação e ecogeoturismo, como forma de garantir
a preservação do patrimônio natural objeto deste estudo. Destarte,
objetivam preservar a história do planeta e da evolução da vida na
Terra para as presentes e futuras gerações, uma vez que, quando de-
teriorados estes sítios, que possuem idades na escala de bilhões e
milhares de anos, jamais podem ser recuperados, desaparecendo por
completo da face da Terra. Analogamente, seria como se arrancasse
uma página do único livro que conta a história evolutiva do nosso
planeta, e essa página não pudesse mais ser reescrita.
Dentre essas medidas, a seguir se sugere algumas específicas
que podem ser adotadas à proteção do sítio:
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SOBRE OS AUTORES
Michele de Sousa
Bacharel em Turismo pela Universidade de Fortaleza.
Especialista em Turismo e Meio Ambiente pela Uni-
versidade do Estado do Ceará. Mestre em Desenvolvi-
mento e Meio Ambiente pela Universidade Federal do
Ceará. Professora assistente da Universidade do Esta-
do do Rio Grande do Norte. E-mail: sousa_michele@
yahoo.com.br
Raimundo Freitas Aragão
Licenciado em Filosofia. Bacharel em Geografia. Espe-
cialista em Educação Ambiental pela Universidade Es-
tadual do Ceará. Mestre em Desenvolvimento e Meio
Ambiente pela Universidade Federal do Ceará. Dou-
torando em Geografia Humana pela Universidade Fe-
deral do Ceará. E-mail: ararageo2007@yahoo.com.br
Rosana Mazaro
Bacharel em Administração. Mestre em Administra-
ção pelo PPGA/UFSC. Doutora em Administração/
Turismo pela Universidade de Barcelona-DITMUB,
Espanha. Coordenadora do Programa de Pós-Gradu-
ação em Turismo - PPGTUR/UFRN. Coordenadora
do Grupo Interdisciplinar de Pesquisa em Turismo e
Sociedade – BITS. E-mail: rosanamazaro@uol.com.br
Thadeu de Sousa Brandão
Sociólogo. Mestre e doutorando em Ciências Sociais
pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte.
Professor de Sociologia do Curso de Direito da Fa-
culdade Câmara Cascudo e da FARN. Professor de
História do Ensino Médio do Centro de Educação In-
tegrada (CEI), Natal/RN. E-mail: professorthadeu@
hotmail.com